Por que tem que ser assim?

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3264 palavras
Data: 18/04/2016 01:42:34
Última revisão: 18/04/2016 02:20:36

- E aí mãe, essa ficou boa? (disse, eu, após experimentar varias roupas diferentes).

Joana - Agora sim. (disse minha mãe) - Ta lindo da mamãe. (disse ela, dando um beijo em minha testa).

- Ta bom mãe, ja chega. (disse eu, ficando todo envergonhado).

Chamo-me Arthur, tenho 18 anos, e acabei de concluir o ensino médio. Há algum tempo venho deixando currículos em varias empresas com o intuito de obter uma oportunidade, e alcançar o meu primeiro emprego. Moro com minha mãe e uma irmã de oito anos em um pequeno apartamento de três cômodos.

Joana - Não fique nervoso.

Arthur - como não ficar mãe? - Nessas entrevistas eles fazem cada pergunta que a gente não entende.

Joana - Pare, pense, e de uma resposta sensata. Se voce não souber responder, diga a verdade oras, que não sabes e pronto.

Arthur - fácil assim ne dona Joana!? (falei calçando os sapatos sociais que minha mãe havia pego emprestado com o filho de seu patrão, que por coincidência calçava a mesma numeração que eu).

Joana - sim. (respondeu ela sorrindo). - quer carona?

Arthur - com certeza.

Verificamos se o apartamento estava todo trancado, e saímos de casa.

Eu havia recebido uma ligação de uma empresa do ramo automobilístico. Ainda não sabia qual seria o cargo, caso eu fosse contratado, mas minha mãe disse que eu deveria ir bem ''alinhado'', pois a primeira impressão é a que fica. No dia anterior minha mãe ensaiou comigo algumas prováveis perguntas que poderiam me fazer nessa entrevista.

xxxxXXXX

Joana - esta entregue. (disse minha mãe estacionando o carro em frente a empresa).

Arthur - obrigado mãe. Deseje-me sorte.

Joana - sorte meu amor. Vá confiante que tudo dará certo.

Arthur - Tudo dará certo! (eu repeti, tentando me convencer daquilo).

Joana - exatamente.

Saí do carro, e minha mãe seguiu seu rumo.

Minha mãe era professora de português, e nos horários vagos dava aula particular à domicilio.

xxxxxxxXXX

Caminhei lentamente, e subi uma imensa escada. Parei na frente de uma porta enorme e toda espelhada. Pessoas entravam e saiam a todo instante. Fiquei hipnotizado com a beleza daquele lugar. Já havia achado tudo muito lindo no dia que eu fui entregar o currículo, mas agora que eu estava prestes a trabalhar ali, passei a observa-lo com outros olhos.

Abri a porta ,lentamente, e fui entrando, vagarosamente. Eu estava parecendo aqueles matutos quando chegam do campo.

- Bom dia. (disse eu já na recepção).

Recepcionista - Bom dia. Em que posso ajuda-lo?

Arthur - é que me ligaram para vim participar de uma entrevista.

Recepcionista - a sim. (disse ela muito gentil). - Voce preenche essa ficha aqui, e aguarda a vez. (disse ela me entregando uma ficha em mãos).

Arthur - Desculpe mas eu não tenho caneta. Poderia me emprestar uma, ou então me vender?

A moça riu.

Recepcionista - Irei emprestar uma, mas lembre de devolver hen!?

Arthur - obrigado! (falei sorrindo).

Recepcionista - Por nada.

Sentei em uma cadeira, e comecei a preencher aquela ficha, que parecia ser um questionário interminavel.

Pelo tempo que fiquei ali pude ver uma enorme quantidade de candidatos que entravam na empresa. Provavelmente todos iriamos concorrer juntos.

Terminei de preencher a ficha, e me dirigi a recepção novamente.

Arthur - aqui moça, e agora o que eu faço?

Recepcionista - agora voce aguarda. Dentro de instantes vocês serão chamados, por ordem de chegada. Você fica com a ficha, e entrega a Amanda.

Arthur - quem é Amanda?

Recepcionista - é a chefe do ''RH''. É ela quem irá fazer a entrevista com vocês.

Arthur - entendi.

Voltei a sentar, e fiquei aguardando me chamarem. Depois de um longo período de tempo o telefone da recepção começou a tocar, a cada vez que aquilo acontecia era para chamar um candidato a vaga.

Eu começava a ficar nervoso. Sentia minha testa suar frio.

xxXXXX

- Sr Arthur? (disse a recepcionista).

Arthur - sou eu. (falei levantando-me imediatamente).

Recepcionista - pode subir. Sala 14.

Arthur - Aonde fica?

Recepcionista - terceiro andar, quarta sala a esquerda. Na frente esta escrito ''RH''.

Arthur - ok. Obrigado.

Dirigi-me ao elevador e antes de tomar posse dele, fui abordado por um segurança.

- Bom dia. (disse ele).

Arthur - bom dia.

Segurança - terei que revista-lo antes de voce subir. É de praxe.

Arthur - ah sim. Tudo bem!

Levantei meus brações, e deixei o segurança fazer o seu serviço.

- Ok. Pode subir. Boa sorte! (disse ele).

Arthur - obrigado.

Entrei no elevador, e me dirigi a sala do ''RH''.

Quanto mais me aproximava daquela sala, mais forte o meu coração batia.

Bati na porta, e pedi licença.

- Pode entrar. (disse uma moça sentada a uma mesa de vidro).

Arthur - licença.

- sente-se. Tudo bem? (perguntou a moça muito educada).

Arthur - tudo, e a senhora?

- Estou ótima. Graças a Deus.

A moça esticou as mãos, e eu lhe entreguei a ficha que havia preenchido na recepção. Ela começou a ler mentalmente.

Arthur - Amanda neh seu nome?

- Isso. (disse ela).

Amanda - Estou vendo aqui que voce tem dezoito anos. Novinho neh!?

Arthur - isso. Dezoito anos! (confirmei).

Amanha - Estou vendo também que você não tem experiencia.

Arthur - é verdade. Não tenho experiencia mesmo. Mas tenho muita disposição, e tenho também facilidade em aprender.

Amanda - ótimo. Quais suas qualidades Arthur?

Arthur - Eu sou responsável, organizado, sou muito empenhado no que eu faço.

Amanha - Entendo... E por que voce escolheu a nossa empresa?

Aquela pergunta eu não sabia responder. Afinal de contas, eu não havia escolhido, tinha deixado currículos em vários locais, e aquela foi a primeira empresa que havia me chamado para participar de uma entrevista.

- A empresa tem um serviço solido, e me parece ser um ótimo inicio para quem tem vontade de trabalhar. (enrolei).

Amanda - certo! - Voce tem algum talento? - Algo que possa ser desenvolvido na suas rotinas de trabalhos?

Arthur - bem, eu sei tocar violão, pratico jiu-jitsu, tenho facilidade em consertar computadores, sou bom em matemática... Por hora é o que eu me lembro. Serve? ( Não entendi o porque ela havia feito aquela pergunta).

Amanha - ahan.

Amanda fez varias outras perguntas.

A cada pergunta feita, Amanha fazia algumas anotações na minha ficha.

Amanda - Bem Arthur. Agradeço a sua participação, e ainda hoje entraremos em contato.

Arthur - Amanda, pra qual cargo, é essa entrevista?

Amanda - ah, são vários. Dependendo do perfil do candidato, vemos a melhor forma de encaixa-lo.

Arthur - mas deu certo, eu vou ser contratado?

Amanda - ainda não tem como eu dizer nada. Tenho varias outras entrevistas.

Arthur - Mas pensa em mim com carinho. Prometo que vocês não irão se arrepender.

Amanda - prometo que pensarei.

Amanda me cumprimentou, e eu saí de sua sala. Passando pela recepção, percebi que ja haviam chegado outros candidatos.

- Acho que não vou ter a menor chance. (pensei comigo mesmo).

Retirei-me daquele local, apanhei um ônibus, e dirigi-me à minha casa.

xxxXXX

Tomei um banho rápido, esquentei o almoço que minha mãe havia deixado pronto antes de sair, e fiquei vendo tv enquanto comia.

Joana - oi. Tem noticias boas para mim? (disse minha mãe entrando no quarto com minha irmã, Eduarda).

Arthur - sinceramente eu não sei. (falei desanimado).

Joana - como não sabe? (disse minha mãe, sentando a meu lado).

Arthur - a moça ficou de ligar. Mas tinham muitos outros caras sabe? Não era só eu.

Joana - mas entrevista é assim mesmo. São vários entrevistados.

Arthur - E a moça que me entrevistou ainda questionou o fato de eu ser muito novo, e sem experiente. Acho que não vai rolar não mãe.

Joana - vamos pensar positivo. (disse ela cruzando os dedos).

xxXXX

Depois do almoço, eu fui para o meu quarto, e tirei um belo de um cochilo.

- Arthur. Acorda... Acorda meu filho.

Eu ouvia essas palavras vindo de longe, e achava que fosse sonho.

- Telefone. ( gritou minha mãe).

Arthur - hã... o que? (falei desnorteado).

Joana - telefone.

Arthur - poxa mãe, me acordou por causa de uma ligação?

Joana - é importante. Fala logo que a moça esta na linha.

eu fiz cara de sono, e coloquei o celular no ouvido.

Arthur - alô.

- Alô... Arthur?

Arthur - sou eu.

Sentei para ver se eu despertava do sono, e minha mãe ficou o tempo todo a meu lado.

- Aqui é Juliana da Montroux Veículos...

Arthur - sim, sim. (interrompi a moça). - Eu estive aí hoje com a Amanda.

- Justamente, eu sou a secretária dela. Estou ligando para confirmar sua presença amanha as 8 horas. Você pode?

Arthur - claro... Mas é pra que?

Juliana - Você foi pré selecionado para uma segunda etapa da entrevista que fez hoje. Venha munido com documentos originais e copias.

Arthur - pode deixar. Como é seu nome mesmo?

- é Juliana. (disse ela séria).

Arthur - Obrigado Juliana. Amanhã cedo estarei aí.

Juliana - Ok. Esperamos por você.

XXXX

Arthur - uooooooooooooooooow! ( vibrei e dei cambalhotas pelo quarto).

Joana - conta tudo. O que eles queriam?

Arthur - a senhora é muita curiosa. (disse eu rindo).

Joana - deixa de ser chato Arthur, conta logo o que eles queriam.

Arthur - acho que eles irão me contratar. A moça pediu para eu levar, amanhã, todos os meus documentos com cópias.

Joana - que ótimo meu filho. Você merece.

Minha mãe me deu um abraço apertado, e eu correspondi.

Arthur - por onde eu começo?

Joana - calma. Primeiro escolha a roupa que voce vai usar para eu ja deixar passada, a depois voce providencia os documentos.

Arthur - tem razão mãe.

Abri o meu guarda roupas, e passei muito tempo para escolher uma roupa mais ou menos apropriada para o meu primeiro dia de emprego.

- será que eu seria vendedor, ou iria trabalhar no escritório? (aquele pensamento estava me matando).

xxxXXX

Na manhã do dia seguinte.

Arthur - cuida mãe. Eu não posso chegar atrasado no meu primeiro dia.

Joana - Ainda temos tempo Arthur, tome seu café com calma.

Arthur - não consigo mãe. Estou nervoso, estou aflito. Já estou pensando em como gastar meu primeiro salário.

Minha mãe fingiu tossir.

Joana - voce vai ajudar a mamãe com as contas não vai?

Arthur - Não queria. (disse rindo). - Mas se não tiver outro jeito.

Joana - não tem. Esse é o único jeito.

Rimos.

Minha mãe terminou seu café e me deixou em frente a '' Montroux Veículos''.

Joana - Boa sorte. Não fique nervoso, e me mantenha informada.

Arthur - pode deixar mãe.

Eu dei um abraço em minha mãe, e em seguida saí do veículo.

Voltei a subir aquela enorme escada, e parei em frente a porta de vidro. Fiquei um tempo admirando minha roupa.

Eu tenho aproximadamente, 1,76 de altura distribuídos em 74kg, olhos azuis que herdei do meu pai. Meu cabelo é castanho encaracolado. Naquela manhã eu trajava uma calça jeans preta, um sapa tênis cinza com cadarços branco, e uma camisa manga três quartos. Dei um sorriso, e finalmente abri a porta.

- Bom dia. (falei a recepcionista).

- Ola. retornou hen!?

Arthur - pois é. A Juliana me ligou.

Recepcionista - Já estou sabendo. Trouxe a documentação solicitada?

Arthur - trouxe sim. Quer dar uma olhada?

Recepcionista - A Juliana ira olhar. Você pode subir diretamente ao ''RH''. Ainda lembra aonde é?

Arthur - lembro sim.

Recepcionista - então boa sorte!

Arthur - obrigado.

Passei pela revista de ''praxe'', e em seguida entrei no elevador.

Não estava conseguindo esconder o meu sorriso.

xxXXX

- Oi. Posso entrar? (falei, assim que cheguei a sala da Amanda).

Amanda - olá Arthur. Entre.

Arthur - Bom dia.

Amanda - Bom dia.

Arthur - ligaram pra mim vir aqui hoje, e trazer meus documentos.

Amanda - Sim. Foi eu quem mandei ligar. Trouxe os documentos?

Arthur - Trouxe. Estão aqui. (falei abrindo uma pasta em cima da mesa).

Amanda - ótimo.

Naquele momento, eu devia estar parecendo um abestado. Não conseguia nem disfarçar minha felicidade.

Amanda averiguou toda a minha documentação, e em seguida me dirigiu a palavra.

Amanda - Arthur. Seguinte... Temos uma vaga para o almoxarifado.

- Almoxarifado? (eu pensei).

Amanda - gostei muito de voce, gostei do seu perfil, e quero saber se voce tem interesse nesse cargo.

- Almoxarifado não era o cargo que estava nos meus planos, mas fazer o que neh!? - Eu precisava trabalhar. (pensei).

Arthur - tenho sim. (menti).

Amanda - ótimo. Esse aqui será seu salario inicial. (Amanda começou a rabiscar um pedaço de papel qualquer). Voce terá direito a auxilio alimentação, auxilio refeição, trabalhara oito horas diárias, recebera um cartão com as passagens proporcionais aos dias trabalhados, e poderá tirar duas horas de almoço. Alguma duvida?

Arthur - não senhora. (o sorriso que antes estava em meu rosto, agora havia sumido, e dado lugar a um rosto de frustração).

Amanda - ótimo. Voce ira fazer o exame admissional. O motorista levara voce e os demais.

Arthur - e quando eu começo?

Amanda - hoje mesmo.

xxXXX

Conforme Amanda havia informado, eu saí com outros três rapazes. Fomos fazer exames em uma clinica particular, e voltamos para dar inicio as atividades.

xxxXXX

Amanda - Juliana, leva o Arthur até o almoxarifado, e o apresente ao Benjamim.

Juliana - ahan. levo sim.

Andamos por uns corredores longos. Achei que nunca fossemos chegar.

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Juliana - Ben? (disse abrindo a porta).

- Aqui arquivando umas notas. (respondeu uma voz masculina).

Juliana - Ben. Trouxe um novato pra ti treinar.

- Mais novatos? (perguntou o rapaz).

Juliana - sim. São ordens da Amanda, se estiver achando ruim tem que falar com ela.

- Não estou falando isso. Acontece que semana passada mesmo ja vieram dois, e não deu certo.

Juliana - por isso mesmo o Arthur foi contratado. (disse Juliana me fitando).

Eu dei um sorriso tímido.

- Oi. Benjamim. Prazer. (disse ele finalmente saindo daquele monte de papeladas).

Arthur - prazer. Sou Arthur.

Juliana - ja estão familiarizados. Ben. (disse Juliana encarando o rapaz).

Benjamim - o que foi?

Juliana - quando tu for almoçar leva o Arthur contigo.

Benjamim - levo sim. Pode deixar.

Juliana - vou voltar para os meus afazeres. Arthur, enquanto a voce, qualquer coisa me procura. - Ah, ja ia esquecendo. (disse ela voltando da porta). - esse aqui é seu crachá provisório, depois irei providenciar um definitivo.

Arthur - ok Juliana. Obrigado!

Juliana se retirou, e Benjamim começou a me mostrar o ambiente.

xxxXXX

Arthur - caralho. É grande pra porra aqui neh!?

Benjamim - grande? - Você esta sendo gentil. Isso aqui é enorme, ou melhor, monstruoso.

Nós rimos.

O meu primeiro dia foi mais para conhecer, e ajudar o Benjamim.

Ben - Arthur. Deixa essa caixa la no setor de despache.

Arthur - aonde é isso?

Ben - 5º andar, sala 25. Lá voce fala com o Alex.

Arthur - beleza.

Levantei a imensa caixa, e fui ate o corredor central apanhar um elevador.

A caixa pesava muito, o que fazia com que eu suasse bastante. Ao aproximar do elevador, entraram dois senhores de ternos, e eu gritei para que eles parassem o elevador pra mim.

- Hey. Espera. (disse eu).

Um rapaz moreno, do cabelo castanho liso, e curto passou a mão fazendo com que a porta do elevador não fosse fechada.

Arthur - Obrigado. (disse assim que consegui chegar ao elevador). - essa caixa esta pesando pra caraleo.

- Vai subir? (perguntou um dos rapazes).

Arthur - 5º andar por favor. (respondi).

- Esse é o elevador executivo, o dos empregados é na outra ala. (disse ele).

Arthur - eu não sabia que haviam dois elevadores. (falei ainda parado na porta com a caixa em mãos).

- Pois é, mas tem.

Arthur - Tudo bem. Desculpa o equivoco.

- ok! (Disse o cabeludo).

Tive que voltar todo o percurso perguntando aonde eu encontrava o elevador dos empregados.

xxxxXX

Arthur - poxa Benjamim, tu nem me falou que tínhamos que usar um elevador diferente. (comentei assim que voltei ao almoxarife).

Ben - como assim diferente?

Arthur - me falaram que tem um tal executivo, e um outro dos empregados.

Ben - ah ta. Pensei que tu ja soubesse.

Arthur - Não. Fiquei sabendo hoje. Uns caras praticamente me expulsaram do elevador.

Benjamim começou a rir.

Ben - deveriam ser os patrões. (disse ele).

Arthur - e são muitos?

Ben - um grupo de acionista, mas existe uma escala hierárquica.

Arthur - o que quer dizer?

Ben - que existe um patrão mais poderoso que os outros patrões.

Arthur - entendi.

Ben - agora vamos deixar de conversa fiada, e vamos almoçar.

Benjamim trancou a porta do almoxarifado, e descemos. Quando estávamos passando pela recepção os mesmos dois homens do elevador estavam conversando com uma terceira pessoa.

Arthur - hey. Foram eles que me expulsaram do elevador. (apontei a cabeça em direção a eles).

Benjamim - como eu imaginei. São os acionistas da empresa. - Ta vendo aquele de cabelo curto e terno cinza?

Arthur - tou sim.

Benjamim - ele que é o barão daqui.

Arthur - barão?

Benjamim - é po. É ele quem tem o maior poder aqui dentro. Ele manda e a gente só obedece.

Arthur - entendi.

Benjamim - mas pra nós é tranquilo. No nosso setor quase não temos que cruzar com ele. Esse é o lado bom.

Arthur - faz sentido.

Os funcionários daquela empresa almoçavam em um restaurante que ficava logo a frente, e comigo não foi diferente. Benjamim, e eu travessamos a rua e ja estávamos dentro do restaurante.

Fizemos nossos pratos, e sentamos a mesa para almoçar.

Durante o almoço, Benjamim me contou varias coisas sobre o patrão. Disse também quem eram as boas pessoas, e quem eram os falsos. A forma que ele falava estava me deixando com medo. Ele disse que as pessoas queriam subir de cargo a qualquer preço, e muitas vezes prejudicavam umas as outras.

Arthur - eu não tenho a intenção de ficar muito tempo, é so ate conseguir algo melhor.

Benjamim - mas aqui é bom, pô, é só voce ser esperto.

Arthur - entendi.

Passamos praticamente todo o horário de almoço conversando, quando demos conta ja havia se passado as 2 horas.

Ben - eita porra. Estamos atrasados. Vou só ao banheiro, e a gente volta pra empresa.

Arthur - eu espero.

xxXXXX

Quando saímos do restaurante o ''barão'' como o Benjamim havia chamado nosso chefe, estava conversando com uma mulher em frente a sua empresa. A mulher lhe entregou uma criança, e em seguida entrou em um carro tomando rumo ignorado. O ''barão'' tirou um celular do bolso, e começou a falar com alguém. Enquanto isso a criança que estava com ele saiu correndo pela rua, e um carro em alta velocidade foi em sua direção. Como em questão de segundos, eu saí correndo e joguei meu corpo para proteger aquela criança. O carro freou em cima da gente. Ouvi um grito de desespero, e em seguida o barão estava ajoelhado ao lado da criança.

Barão - Henrique! (dizia ele).

Henrique - minha cabeça pai, minha cabeça esta doendo muito.

Barão - não se mecha meu filho. Papai vai ligar pra um ambulância.

Levantei do chão, e me aproximei dos dois.

A essa hora o motorista do carro ja havia saído, e estava desesperado, dando varias justificativas para aquele acidente ter acontecido.

Barão - voce ta louco? (dizia o barão). - Eu vou processa-lo.

motorista - eu não tenho culpa. Foi o moleque que entrou em minha direção.

Barão - moleque é voce rapaz. No minimo deve estar alcoolizado.

motorista - eu não bebo.

Barão - Não me interessa. Deveria estar dirigindo em velocidade acima do permitido.

O motorista não negou.

Alguns curiosos começaram a se fazer presente,e eu fiquei conversando com a criança para saber se ela estava consciente.

- teu braço ta sangrando. (disse Benjamim a meu lado).

Arthur - ralou. Ta doendo pra caraleo.

O ''barão andava de um lado para o outro, o motorista idem.

Ouvimos barulho de sirenes, e era a ambulância se aproximando.

Arthur - graças a Deus. (disse eu).

Henrique começou a chorar desesperadamente.

Henrique - eu vou levar injeção?

Arthur - eu não sei Henrique, mas eu te garanto que o que eles fizerem vai ser pro teu bem, pra ti ficar curado logo.

Henrique chorava que soluçava.

O Barão se aproximou de nós, e eu me afastei um pouco, para que ele pudesse ter contato com o filho.

Barão tirou a carteira do bolso, e me deu uma nota de cem reais.

Barão - Pegue. Vá em uma farmácia fazer um curativo nesses machucados.

Arthur - opa. Valeu chefe, mas eu queria aguardar o atendimento do Henrique.

Barão - Não precisa. Do meu filho cuido eu.

Continua...

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Comentários

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Chego novo aki + comecei agora é achei legal 😍😍😘

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Ansiosa para ler o próximo capítulo, pois o conto promete.

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descreve o poderoso, o artur tem cara de ser bem anta.

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Nossa! Pelo visto essa história promete. Alías, o sengor não brinca em servico kkkk, publique outro ainda hoje ? Pliss. Abracos man...

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"Do meu filho cuido eu" acho que ele foi irônico nessa parte, porque a última coisa que ele fez aí foi cuidar.

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