O filho do patrão. 09

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 2743 palavras
Data: 01/04/2016 09:22:19
Última revisão: 01/04/2016 09:42:24

Junior estava tão preocupado em me aquecer que não se tocou que minhas mãos passeavam pelo seu corpo, e acabara de tocar em sua arma.

- Essa é minha oportunidade de escapar daqui. Agora ou vai, ou...

Eu me fodo. (pensei comigo mesmo).

Junior - ta ficando quentinho?

Pedro - ahan. (respondi, mas ainda continuava sentindo dores).

Junior - Tem certeza que não quer comer?

Pedro - tenho. Não desce nada.

Junior - E o que sera isso?

Pedro - talvez porque eu coloquei roupa limpa sem me secar.

Junior - Mas eu também fiz isso, e não me aconteceu nada.

Enquanto eu distraia Junior com conversa, passei a mão por baixo de sua camisa, e puxei a arma.

Pedro - acabou cara, acabou! (disse eu apontando a arma em direção ao rosto de Junior).

Junior levantou as mãos para o alto, e tentou me ludibriar.

Junior - abaixa essa arma.

Eu balancei a cabeça que não.

Pedro - quem é que ta por cima agora?

Junior - abaixa essa arma, voce vai fazer merda.

Continuei usando a cabeça em negativa.

Pedro - eu não vou abaixar. Sai do carro lentamente.

Junior - Me da arma, vamos negociar.

Pedro - eu não quero negociar com voce. Voce é sujo, é covarde, é mal.

Mesmo estando em desvantagem, Junior ria, sarcasticamente.

Junior - eu sou mal... sou mal sim... eu ja matei, e ja fiz coisas bem piores. Então me devolve a porra dessa arma, e eu esqueço que isso aconteceu, e ficamos numa boa.

- Não. (disse eu, de forma direta).

Junior - Me da logo essa arma... Olha pra voce, esta se cagando todo. Aposto que nunca pegou em uma arma na vida, deve não saber nem atirar.

Pedro - Eu posso aprender em voce. Agora sai do carro. Anda que eu tou perdendo a paciência.

Junior saiu do carro com um sorriso no canto da boca. Alguma coisa ele estava armando pra cima de mim.

Pedro - agora entra no banco do motorista.

Junior - qual é a tua? Vou ser teu motorista, agora?

Pedro - Vai me levar ate a cidade.

Junior - Voce só pode ta de brincadeira com a minha cara neh!?

Pedro - Voce acha que eu tou brincando? ( tentava mostrar para o Junior que eu também sabia ser mal, mas não sei se estava colando).

Junior - Voce é muito ingrato. Eu cuidei de voce... dei comida, banho, me preocupei com essa tua falsa dor ao ponto de te desamarrar, e agora voce vem armar pra cima de mim?

Pedro - Não me interessa. Voce quer o mal a meu pai, por consequência quer o mal a mim também.

Junior - voce só pode ta louco. Eu nunca te desejei o mal.

Pedro - não me enrola, e vamos deixar de conversa. Entra logo no banco do motora.

Junior - Eu vou da a voce um ultima chance, me da a arma numa boa, e eu juro que o perdoo.

Dessa vez, foi eu quem ri.

Pedro - voce não ta mais no controle. Deu pra perceber? -Agora entra na porra desse carro, que eu ja perdi minha paciência.

Junior - Ta ok. Você venceu, mas a depois, não diga que eu não o avisei.

Junior abriu a porta do carro lentamente, e entrou.

- Qual o destino patrãozinho? (Disse ele zombando de mim).

Uma nostalgia me veio naquele momento, e me veio a mente o Antonio.

Junior - E ae... qual vai ser?

Junior me tirou dos meus pensamentos.

Pedro - Eu quero ir pra minha casa.

Junior me olhou pelo retrovisor interno. Seu semblante era de ira, e ao mesmo tempo de alguem que ainda tinha uma carta na manga.

Junior - Ok. Então vamos para sua casa.

Junior deu partida no carro, e começou a cantar em forma de assobio. Uma música que me fazia lembrar algo do meu passado.

♫♫♫♫

Mudaram as estações, nada mudou

Mas eu sei que alguma coisa aconteceu

Tá tudo assim, tão diferente

Se lembra quando a gente

Chegou um dia a acreditar

Que tudo era pra sempre

Sem saber que o pra sempre sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou

Quando penso em alguém, só penso em você

E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos

Pra deixar tudo como está

Nem desistir, nem tentar

Agora tanto faz

Estamos indo de volta pra casa

Mesmo com tantos motivos

Pra deixar tudo como está

Nem desistir, nem tentar

Agora tanto faz

Estamos indo de volta pra casa.

♫♫♫

Por um instante um alivio me invadiu. Estava indo de volta para minha casa.

Junior não se comunicava comigo. Apenas assobiava.

Eu atribuo isso ao fato de ele estar nervoso.

O celular do Junior tocou.

Pedro - nem pense em atender.

Junior me olhou com cara fechada, mas não falou nada.

Eu estava no banco traseiro, e tinha todo o controle do carro, e da situação.

Junior aumentou a velocidade do veiculo, e algumas vezes não conseguia controlar, passando com o carro por alguns buracos.

Praticamente a cada um quilometro, Junior me olhava com desconfiança, pelo retrovisor.

Junior - parece que vai chover, voce vai querer continuar? - A estrada a essa hora é perigosa.

Pedro - Não importa, só quero parar quando chegarmos em casa. E pode ter certeza que voce vai passar um bom tempo guardado.

Junior deu de ombros.

- Não sera a primeira vez. (disse ele).

xXXX

Começou uma chuva lenta, e foi ganhando proporções.

Junior - Tem certeza que não quer parar?

Pedro - Total certeza.

Junior - ok.

Junior aumentou consideravelmente a velocidade do carro.

Pedro - que tu ta fazendo po? - Vai mais devagar.

Junior - Ta achando ruim, vem dirigir.

Pedro - ta indo muito rápido cara, diminui, eu tou mandando.

Junior - tu é uma piada cara. Com uma arma nas mãos, e não consegue me obrigar a ir mais devagar.

Pedro - eu não quero ter que fazer isso. Prefiro que voce use o bom senso.

Junior - eu não sei o que é isso.

Junior conversando comigo não percebeu que um animal silvestre havia invadido a nossa pista, e ao tentar desviar do mesmo, saiu da estrada, capotando o carro varias vezes.

Não conseguíamos gritar o nome de ninguém, nem pedir por socorro. Foi tudo tão rápido, que eu só consegui gritar '' vai bater'' e depois disso ja estava virado de cabeça para baixo, dentro de um carro fumaçando por todos os lados.

Na minha cabeça, aquilo iria explodir igual nos filmes, e eu só pensava em sair, e correr o mais distante possível.

Depois de muito relutar consegui sair do civic, e passei os olhos procurando pelo Junior, não o vi, então abaixei, e ele estava dentro do carro.

- Junior! ( Eu exclamei de forma baixa)

Depois fui aumentando o tom da voz, mas ele não me respondeu. lembrei que eu tinha uma arma, mas provavelmente havia sido arremessada para longe, com os movimentos do carro.

- Junior! (voltei a chama-lo, mas desta vez tocando em seu corpo).

Junior não respondeu.

- Junior! Junior!

Entrei em desespero.

- Junior!

Eu batia na lateral do carro, tentando acordar Junior, mas era em vão.

Toquei no pulso dele, e senti que ele respirava.

Pensei em milésimos de segundo, e resolvi que eu não ficaria ali. Do baixo, eu conseguia avistar a estrada, e saí em disparada.

A chuva caia forte, e eu sentia que ainda estava com dores, porém, lucido.

Poucos carros passavam por ali, e eu dava com a mão, mas não paravam. Fiquei tempos pegando chuva, ate um caminhão parar.

O motorista abriu o vidro lateral.

Pedro - Eu sofri um acidente moço. Meu carro capotou, e caiu nessa ribanceira.(falei apontando para baixo).

O moço pareceu desconfiado.

- Pra onde voce esta indo? (perguntou ele).

Pedro - pra cidade?

- E esse sangue? (falou ele analisando meu corpo).

Pedro - foi o acidente que me deixou assim.

- E não seria melhor chamar a policia rodoviária?

Pedro - eu nao tenho celular, alem do que demoraria muito pra chegar policia aqui nessas bandas.

- Tudo bem. Eu te dou uma carona ate a policia rodoviária.

Pedro - não tem como me deixar no hospital?

O homem hesitou, mas acabou concordando.

Eu entrei no carro, mas fiquei pensando no Junior.

Será que eu iria ter coragem de o deixar morrer ali?

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Junior - ta ficando quentinho?

Pedro - ahan. (respondi, mas ainda continuava sentindo dores).

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Pedro - Moço. tem como ajudar a retirar meu amigo das ferragens do carro? - ele ficou preso, e estar inconsciente.

- La embaixo, eu não vou descer não. Garanto levar voce e ninguém mais.

O homem parecia estar desconfiando de que eu fizesse parte de uma quadrilha.

- salvar a minha pele, e deixar o Junior la, ou salvar ele e continuar com minha pele em risco? (eu pensei rapidamente).

Pedro - ta ok então moço. Eu vou ficar.

xxXXXX

- Sera que mais alguém vai parar? (eu perguntei a mim mesmo, enquanto o caminhão sumia da minha vista).

xXXX

Desci ate onde estava o carro, e Junior continuava na posição, tornei a chama-lo, mas ele não reagia. Resolvi tentar puxa-lo pelo vidro quebrado da janela do carro. Junior parecia um defunto, só que respirando.

Depois de horas tentando, consegui move-lo ate a margem da rodovia.

Fiz varias outras tentativas, e consegui carona, com um casal em uma caminhonete.

Pedro - por favor senhor. Eu e meu amigo, sofremos um acidente de carro. O senhor pode nos levar ate um hospital mais próximo?

Não sei se o Homem me reconheceu de algum lugar, mas topou na hora.

- Entra ae atras. (disse ele).

- o que aconteceu? (perguntou a mulher).

Pedro - capotamos com o carro, e caímos na ribanceira.

- Meu Deus. (disse ela levando as mãos a boca).

Pedro - esta tudo bem comigo. Mas meu amigo esta inconsciente.

O homem desceu do carro,e me ajudou a embarcar com o Junior.

xXXX

Chegamos ate o hospital,e eu entrei logo pela emergência. O casal não só nos deu carona, como nos acompanhou o tempo todo, dentro do hospital. Eu comecei a pensar na possibilidade de uma possível recompensa pelo meu aparecimento. O casal parecia interessado demais em nos ajudar, só mais tarde descobri que era apenas ajuda mesmo, eles nunca haviam me visto na vida.

Enquanto Junior era submetido a uma cirurgia de emergência, eu fui atendimento, e recebi apenas curativos e injeções no bumbum.

Durante todo o procedimento, eu ficara na sala de acompanhantes, esperando noticias. Eu estava tão preocupado com o Junior, que nem sequer lembrei de ligar para o meu pai, ou Naná, ou Antonio.

Sentei em uma cadeira, e acabei cochilando. Alguns policiais que estavam de plantão ja sabiam do meu desaparecimento, e quiseram me encaminhar ate uma delegacia. Eu recusei, não iria jamais deixar o Junior sozinho naquele momento. Mas quando eu recebesse uma noticia de que ele estava recuperado, seria o primeiro a entrega-lo a meu pai.

xXXx

- Senhor! - Senhor!

Pedro - hã? (acordei assustado).

- A cirurgia ja acabou, e seu amigo ja foi encaminhado para um leito.

Pedro - e como ele esta?

- Não corre risco de morte. Mas ficara em observação.

Pedro - entendi. E eu tenho que ficar com ele?

- Voce conhece alguém da família dele?

Pedro - sim... quer dizer não. (falei confuso).

- Sera necessário fazer a ficha de entrada. Voce tem algum documento dele?

Pedro - Não senhora. Nenhum.

- Voce tera que prestar depoimentos, pois trata-se de um acidente.

-Tudo bem. (eu falei sem convicção). - Mas primeiro eu posso ver ele?

- É preferível. Ele ira precisar de um acompanhante.

xxxXXX

Me encaminharam ate o leito do Junior. Quando cheguei ao lado de sua cama, ele dormia feito uma pedra. A enfermeira disse que era normal, depois da cirurgia.

Fiquei em pé ao lado de Junior, pois não tinha aonde sentar. Junior estava muito machucado, cheio de hematomas, havia um curativo grande na cabeça, e seu lábio estava com um corte.

Depois de algum tempo, Junior acordou grog. Não falava nada, mas entendia tudo. Eu expliquei que devido as imprudências dele, havíamos capotado. Expliquei também que a policia iria me interrogar para eu relatar o que havia acontecido no acidente, e que eu iria contar toda a historia, desde o sequestro, as violências, carcere privado... Tudo.

Junior me olhava com uma cara indecifrável. Do nada, ele segurou minha mão, firme, mas não era como se quisesse me prender, até porque não tinha mais como ele fazer isso. Ele segurava minha mão como se quisesse me agradecer por algo.

Pedro - Eu faria por qualquer um, mas isso não significa que eu vou esquecer o que voce me fez passar.

Junior foi soltando minha mão aos poucos, e a apoiou em seu abdomem.

A enfermeira veio lhe aplicar alguns medicamentos, e Junior dormiu novamente.

xxXXX

Estava no leito do Junior, quando um funcionário disse que alguém me procurava.

Pedro - quem é? (perguntei)

- Disse que é seu pai. (falou um funcionário do hospital).

Saí em disparada. Com toda aquela confusão, eu havia esquecido do meu pai.

xXXXX

-Pai.

Pai - me filho.

Corri em direção a meu pai, e lhe dei um abraço forte.

Meu pai me apalpava para saber se estava tudo bem. Passou as mãos por meus machucados, e começou a chorar discretamente.

Pedro - Não chora pai. Eu estou bem.

Pai - quem fez isso com voce? - quem teve coragem de fazer essa maldade?

Pedro - é uma longa historia pai.

Pai - Como voce chegou aqui? quem o trouxe?

Pedro- também é uma longa historia.

Pai - Vamos a uma clinica particular, voce precisa de checape completo. E a depois vamos ate a delegacia.

Pedro - Não preciso fazer checape não, pai. Eu estou bem. E sobre a delegacia, eu queria deixar pra outro dia. Hoje eu só preciso descansar.

Meu pai não descordou de mim, mas disse que teríamos que tomar as providencias judiciais cabíveis.

Eu confirmei que sim, e fomos pra nossa casa.

No estacionamento do hospital vi alguém parado em frente a um carro estacionado, a pessoa acenou para mim, e eu sai correndo, mancando, em sua direção.

- Nunca mais vou te perder de vista, patrãozinho. (disse Antonio me dando um abraço carinhoso).

Pedro - a partir de hoje, eu faço questão que o senhor esteja sempre comigo, cara.

Antonio - ate dentro do quarto? (perguntou Antonio me zuando).

Pedro - ate no banheiro, se for preciso.

Nós rimos.

Antonio entrou no banco do motorista, e meu pai, e eu fomos atras.

No meio do caminho de volta a casa, eu contei o que havia acontecido, e meu pai, e Antonio disse que queria ver esse ''tal'' de Junior. Combinamos que a noite voltariamos ao hospital, os tres.

xxxxXXX

Cheguei em casa, e fui recebido pelos empregados. Parecia uma festa.

Naná - Meu menino. ( E começou a chorar).

Pedro - Não foi dessa vez que teu menino bateu as botas, Naná.

Falei tentando fazer a minha quase babá não chorar.

Naná - Isolado, Pedrinho. (disse ela batendo na mesa de madeira). - ta repreendido. Diga isso nem de brincadeira.

Ficamos em um tempo de euforia, e depois de comer uma dispensa inteira, subi para o meu quarto, para tomar um banho demorado. Queria tirar todo cheiro ruim, que estava em meu corpo.

xXXX

Fiquei debaixo do chuveiro pensando em tudo o que havia acontecido naquela semana maluca.

- O que sera que aconteceu com Kevin? - E o Vitinho? sera que o Raulino havia o encontrado? Sera que Junior era tão perigoso ao ponto, de Vitinho ter fugido da cidade, com medo?

Encerrei meu banho, e consequentemente meus pensamento.

Ao sair do banheiro, Antonio estava deitado em minha cama, parecia cochilar. Usava um terno social preto, e havia tirado os sapatos ficando apenas com uma meia social azul escuro.

- Aonde estaria sua esposa, e seu filho, que eu ainda não tinha visto? (pensei comigo mesmo).

Eu coloquei uma cueca, e um short qualquer, e fiquei o encarando. Fiquei feliz, pois pensei que não veria Antonio novamente.

Aproximei-me da cama, e deitei ao lado dele. Com o barulho que fiz, ele despertou do leve sono, e tentou levantar.

Antonio - Foi mal, patrãozinho. Eu tou cansado demais, tenho dormido quase nada esses dias.

Pedro - dorme aí Antonio.

Antonio - não, não. Seria folga demais da minha parte.

Pedro - besteira. Pode dormir, a cama da pra nós dois.

Antonio não pensou duas vezes, e despencou o corpo sobre a cama novamente.

Antonio - Eu tava muito preocupado com o senhor. (disse ele quase cochichando).

Eu olhei fixamente nos olhos de Antonio.

Pedro - eu também estava preocupado com todo mundo aqui. Obrigado por ter cuidado do meu pai, esse tempo todo.

Antonio - Por nada, mas teu pai já ta bem grandinho. (disse ele sorrindo). - Minhas atenções daqui pra frente voltam ao patrão filho.

Antonio puxou minha cabeça para próximo, e começou a fazer cafuné.

Eu sorri, e me senti seguro, só não sei ate quando.

Continua...

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Comentários

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É simplesmente maravilhoso o enredo e os detalhes. Desde o primeiro um filme se passa pela minha cabeça. Espero que mantenha o fôlego até o fim da narrativa. Obrigado pelo seu trabalho.

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Hummmm será que o Pedro vai ficar dividido entre o mocinho e o bandido rsrsrs

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Nossa que história maravilhosa, incrivel como a gente se engana a cada capítulo, pq sempre pensamos algo e na hr é totalmente diferente kkkk, mas bom msm .

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Achei que fosse ela algo entre ele e Junior mas espero que Ainda role. Bje e parabens

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