Paulo Cabral Cap.1

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1179 palavras
Data: 30/04/2016 07:10:34
Última revisão: 30/04/2016 18:58:44

Cap.1

Me chamo Paulo Cabral. Tenho 21 anos. Dizem que sou bonito, a modéstia não me deixa concordar. Tenho um corpo malhado, sou branco, alto, loiro, de olhos azuis. Nasci, cresci e vivo em Madureira, no Rio de Janeiro. Minha mãe, dona Marli é meu maior exemplo de vida. Ela foi uma guerreira. Lutou a vida toda para me criar, e tendou me dar uma família. Apesar disso, eu nunca tive uma de verdade. Minha mãe, quando jovem, se deixou ser seduzida por um garoto alemão. Eles foram para a cama, e ela acabou engravidando de mim. Por isso tenho essas características tão incomuns no Brasil. Nessa época ela morava com meus avós, em Niterói. Eles, quando souberam expulsaram ela de casa e ela se mudou para a casa de nossos tios, em Madureira. Teve que fazer muitas coisas, em busca de dinheiro. Porém, em nenhum momento ela desistiu de mim. Me teve, me criou, me fez me tornar um homem honrado. Não deixou que eu caísse no mundo das drogas, que tanto rodeava a minha vida. Depois de um tempo ela conseguiu realizar o sonho de ter uma casa para ela. E hoje ela é realmente o pilar principal da minha vida.

-Oi mãe – dizia eu, chegando da faculdade. Fazia faculdade de Odontologia

-Oi meu amor... - dizia ela, recebendo o meu beijo – como foi na faculdade ?

-Foi bom, mas eu estou estudando muita Biologia – ela riu.

-E isso é bom ou ruim...

-Acho que é bom...

Eu havia passado na universidade pública, com muito esforço, e consegui assim enxergar algum futuro para as nossas vidas. Eu até queria conseguir um emprego de meio periodo para ajudar ela, mas ela não deixava de jeito nenhum, ficava com a minha carteira de trabalho porquê não queria que eu não focasse a minha atenção nos estudos. Apesar disso, eu fazia alguma renda vendendo alguns quitutes que eu sabia fazer bem para os meus amigos de faculdade.

-Você ainda continua vendendo isso na faculdade ?

-Sim ! Consigo tirar quase 60 reais por dia na faculdade vendendo isso – ela apenas me olhava.

-Tá bom... - reparei que ela estava ligeiramente animada naquele dia – porquê a senhora está assim ?

-Assim como ?

-Animada desse jeito... Vai sair com alguém é ?

-Vou...

-Hum... E quem é o felizardo ?

-É um homem que eu conheci. Ele tem um bom emprego, tem porte, parece ser um bom homem.

-E vai demorar muito ?

-Ai Paulo, eu não sei. Mas não se preocupe, vá dormir e acorde cedo amanhã. Eu sei me cuidar...

-Humrum... Da última vez que disse isso a alguém engravidou de mim... - ela me olhou.

-Primeiro, isso foi a 20 anos atrás. Segundo, isso não foi um erro. Afinal, eu tive você... - ri. Quem diria eu que as minhas palavras iriam ter tanto poder...

HORAS MAIS TARDE

Acordei por volta das 04h30 da manhã com um barulho na casa. Julguei ser a minha mãe chegando. Me levantei para me certificar.

-Mãe, já chegou ? - essa fala foi seguida de um silêncio. Porém em seguida de um gemido. Estranhei, e fui andando em direção a sala. Quando cheguei lá, porém, arregalei os olhos – MÃE ! - ela estava sentada no sofá. A roupa estava rasgada, ela estava cheia de hematomas no rosto. Ver aquilo fez meu coração doer – o que foi mãe ? O que houve ? - corri para o lado dela – a senhora foi assaltada, é isso ? Reconhece quem foi ? Eu mato o desgraçado !

-Não ! - ela chorou – ele me estuprou filho. Ele me estuprou ! - eu não sabia o que dizer. Não sabia o que fazer. Só a abraçei. E os meus olhos se encheram de ódio. Eu mataria o desgraçado que fez aquilo.

DIAS DEPOIS

Ela acabou se recuperando fisicamente, porém mentalmente ela estava muito abalada. E para piorar, ela estava se sentindo mal. Vi ela vomitando no banheiro mais de uma vez.

-O que foi mãe ? Comeu alguma coisa ruim ?

-Não sei... Esse cheiro tá me dando enjoo... - desconfiei de algo que não queria que fosse verdade. Arrastei ela pro médico, ele fez um exame. E eu confirmei.

-Dona Marli... Você está grávida...

Sim, ela engravidou daquele maldito assim como engravidou de mim.

-Mãe... Se você quiser... Você pode abortar... A lei permite – ela me olhou de cara feia.

-Eu não vou abortar ! Eu não abortei você quando era jovem, não farei agora depois de velha !

-Mas vai ser uma gravidez de risco...

-Que seja ! Esse garoto que vai vir é sangue do meu sangue, não vou destruir a vida dele...

MESES DEPOIS

E ela aguentou firme. Minha mãe já tinha 41 anos naquele momento. E mesmo com todas as restrições, ela foi firme, aguentou e foi até o final da gravidez. Eu e ela preparamos tudo pra receber aquela nova criança. E no dia da cesárea, quem estava na sala de cirurgia com ela era eu.

-Aguenta firme mãe. Vai ser agora que o Gabriel vai nascer... - segurei na mão dela, e logo Gabriel veio ao mundo. Lindo.Saudável. Perfeito. Assim eu descreveria ele. Quando bati o olho, chorei, assim como ela. O caçulinha veio ao mundo.

-Oh Meu Deus, ele é lindo ! - dizia ela, vendo a enfermeira limpar ele – trás ele aqui, deixa eu ver ele de perto... - a enfermeira trouxe ele, nos vimos ele de perto – oi lindinho... Meu filhinho... - de repente a máquina começou a disparar... Os batimentos dela começaram a acelerar, os médicos começaram a se desesperar, ficou aquele tumulto. Eu me desesperei.

-Oh Meu Deus, o que está acontecendo ? - ninguém me respondia. E acabei sendo expulso da sala de cirurgia.

TEMPO DEPOIS

Sim, ela faleceu. Logo depois de ter dado a luz, ela faleceu. Meu mundo caiu. De repente, a certeza do meu mundo se foi. Eu perdi o meu pilar principal. Não sabia mais o que fazer...

-Ai mãe... Porquê a senhora se foi ? - perguntava eu, no enterro – e agora, o que vou fazer da minha vida ?

Durante alguns tempo, eu me mantive com a poupança que nos tinhamos. Mas o que eu não podia gastar aquele dinheiro. Era o dinheiro que eu tinha para pagar os materiais da minha faculdade, e que estava guardando para um dia ter uma clínica própria. Olhava para o Gabriel, todos os dias, e tentava buscar um rumo para a minha vida.

-Como é que você está ? - Um dos meus amigos de faculdade perguntava...

-Mal – dizia, com sono – o Gabriel chora a noite, não me deixa dormir direito. Acho que tô fazendo algo errado.

- Que nada... Isso é normal, todos os bebês são assim...

- É, eu sei... E para terminar, estou precisando de grana...

- Porquê, o que você tem não tá mais dando ?

- Tá... Mas não é para eu mexer naquele dinheiro, se não depois eu não vou conseguir concretizar os meus sonhos.

- Hum... Tem um local aí que eu costumo ir quando preciso de dinheiro. Você é bonito, vai se dar muito bem lá...

Continua

E ai ??? Gostaram ??? Gente, comentem e votem por favor OK ? Escolhi um rosto para o personagem Paulo Cabral, e é o ator Nicolas Prates. Sempre que pensarem no Paulo, pensem nele OK ? Beijos :)

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Comentários

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Adorei o conto logo de cara, e essa idéia de idealizar o rosto do personagem com alguém conhecido é muito boa tbm, o Chay só não é loiro e nem tem olhos azuis haha. Será prostituicão ou uma agência de modelos ou será algo que vai envolver as duas coisas ? Ancioso demais. Abracos man...

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Mais um de prostituição... Ou será que o lugar que ele falou é alguma coisa de modelos ?

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gostei. fiquei animado com esse primeiro capitulo.

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Primeiro capítulo já foi ótimo, aguardo os próximos, parabéns!

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