Cadelinha de Madame

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Homossexual
Contém 1559 palavras
Data: 07/03/2016 18:42:32

Acordei no horário costumeiro na manhã seguinte ao programa com o "Big Pênis" - por volta das oito e meia - por alguns segundos pensei que ainda era criança, já que acabara de sonhar que minha mãe veio me acordar enquanto eu dormia um pouco mais do que deveria. Era assim quase todos os dias: ela me chacoalhava para que eu acordasse ou perderia o horário da escola e me dava a maior bronca quando verificava que eu tinha dormido pelada.

Até hoje adoro dormir sem roupa, não somente pelo conforto, mas também pela sensação gostosa. Desde bem novinha, logo depois que deitava para dormir eu tirava minha roupa quando estava sob as cobertas e a escondia debaixo do travesseiro. Naquela época eu já sentia tesão e tinha sonhos gostosos quando dormia nua...

— KAMILAAA! — Toc Toc Toc.

Aff! Era a doida da Yasmin arrebentando a garganta e a minha porta.

Enrolei-me no lençol e fui atendê-la.

— O prédio está pegando fogo? — brinquei com ela.

A garota era muito agitada, se esgueirou pelo pequeno vão que deixei aberto e falando sem parar que a gente tinha marcado de ir fazer umas comprinhas antes de irmos para a academia e que íamos chegar atrasadas e coisa e tal. Eu havia esquecido completamente desta parte das compras, estava "só o pó" e queria descansar um pouco mais. Caminhei até meu quarto implorando para que ela deixasse as compras para a manhã seguinte (ela me seguiu sem parar de falar) e desabei novamente na cama.

Choraminguei e disse que estava com o corpo dolorido. Das pontas dos pés até o pescoço foi minha resposta quando ela quis saber onde doía. A seguir a doidinha saiu correndo e já estava no hall quando gritou:

— Pera ai que eu já volto.

Um minuto depois ela estava de volta com um vidrinho de óleo de camomila nas mãos dizendo que faria uma massagem terapêutica em mim e que eu ficaria novinha e sem dores. Não achei uma má ideia, concordei com a massagem e deitei de bruços, pelo menos poderia ficar deitada mais um pouco.

Ela enrolou seus cabelos lisos, longos e negros em forma de coque e os prendeu com uma piranha no alto da cabeça, deslizou o lençol até minha bunda e disse para que eu relaxasse. Suas mãos macias de pele leitosa começaram as primeiras massagens em meus ombros com apertos leves que a princípio doeu um pouquinho, mas a seguir ficou bem gostoso. Juntando o cheirinho proveniente do óleo com a minha cama macia e o silêncio - pois finalmente ela parou de falar - eu até que adormeceria, não fosse o arrepio gostoso que senti quando suas mãos deslizaram por minha coluna chegando até minha região lombar. Momentos depois ela jogou o lençol para o lado e deslizou suas mãos massageando meu bumbum, quadris e coxas. Fez com que eu não segurasse um gemidinho quando apertou a parte interna das minhas coxas tocando de leve em minha xoxota.

— Está doendo? — ela perguntou.

Quis responder que o gemido era de tesão e que meu corpo estava inteirinho à sua disposição, no entanto, controlei a libido e disse que não doía e que ela continuasse. Eu ainda não sabia ao certo o que existia por detrás daquele jeitinho infantil e de moleca da Yasmin, a gente não conversava sobre garotos ou sexo, pois ela desconversava quando percebia que o assunto estava se encaminhando nesta direção. Eu não forçava a barra, gostava da companhia da minha coleguinha e de conversar banalidades.

Alguns minutos depois a massagem relaxante terminou ao chegar aos meus pés, parabenizei a garota que levava jeito pra coisa. Minhas dores sumiram e a sensação de corpo renovado era gratificante.

Logo depois de uma ducha morna, um iogurte desnatado e uma fruta, nós saímos para as comprinhas. Na sequência fomos para a academia malhar, e no meu caso, também para observar futuros fregueses.

Naquela noite eu tive um encontro com um cliente que marcava pela quinta vez em dois meses, era um dos meus clientes preferenciais e começava a se tornar um fixo. Ele pagou pela noite toda. Inicialmente eu o acompanharia a uma reunião de amigos em uma mansão de pessoas do seu círculo de amizades, depois terminaríamos a noite em um motel.

Durante a festinha íntima a dona da casa e seu marido me assediaram alternadamente, parecia um tipo de disputa, ou aposta para ver quem me levaria para a cama. Eu não entendi o que motivou todo aquele assédio, mas toda mulher gosta de se sentir desejada, diante disso meu ego foi à milhão.

Mulheres têm táticas sutis de atrair sua presa... A dona sofreu um contratempo com uma taça de vinho que derramou "acidentalmente" sobre seu vestido. Pediu minha ajuda para se recompor e escolher outra roupa.

Minutos depois em seu quarto ela já havia tirado seu vestido exclusivo de milhares de reais e agora sim me pareceu magnífica apenas com o sutiã tomara que caia e a calcinha finíssima, assim como suas meias 7/8 presas por cinta liga. Meu vestido que custou mais de oitocentos reais deve ter custado menos que o conjunto de lingerie que a embelezava. Ninguém diria que aquela felina tinha mais de 40 anos, tanto que, a princípio julguei que aquele corpinho jovem, de pele sedosa, curvas naturais e perfeitas não tivesse mais que 25.

Ela foi objetiva dizendo que queria transar comigo naquele quarto e naquele instante. Apesar de irresponsável e maluca, eu era profissional e teria que recusar a proposta, estava a trabalho e poderia perder um cliente muito importante. Ela me ofereceu 3 mil reais... Aff! Sei que teria que fazer vários programas para ganhar este valor, porém expliquei que meu prejuízo seria enorme se o homem não me procurasse mais, ele é especial e frequente.

Ok, ela disse, e destrancou uma gaveta em uma mesinha, abriu e a mesma estava cheia de grana, inclusive dólares.

Falou para eu pegar quanto eu achava que compensaria receber para ficar com ela esta noite e dispensar meu cliente. Havia apenas um detalhe, ou um limite, eu não poderia ser gananciosa demais e pegar além do que ela estava disposta a pagar, ou voltaria para o meu coroa sem a grana e esqueceríamos tudo o que foi dito naquele quarto.

"Caralho, que decisão difícil." Pensei rapidamente. Correria o risco de perder um preferencial e quase fixo, todavia, aquela era a chance de estabilizar minha situação financeira pelos próximos meses.

Olhei para ela como se pedisse sua permissão e caminhei até a gaveta ao ser incentivada por um aceno de sua cabeça.

Peguei 22 mil. Em meu raciocínio 20 seria um valor justo, quanto aos 2 a mais: parte seria para o reembolso que a agência faria ao cliente e o restante era um extra para agradar meu chefe, pois sabia que meu filme iria queimar legal. A grana me manteria até que estivesse rolando minha produção independente. Mesmo temerosa que tivesse pegado mais do que deveria, estendi meus braços em sua direção.

— Sou toda sua esta noite por este valor — falei demonstrando segurança.

Ela estranhou o valor quebrado e questionou.

— E por que 22? — respondi que era o meu número da sorte.

— Hoje realmente é o seu dia de sorte. Jogou alto, mas eu pago. Pode colocar em sua bolsa.

Ah! Fiquei aliviada e radiante ao ouvir isso, porém, ela aproveitaria cada minuto pago a preço de ouro, e já que a noite estava paga, aproveitou para tirar meu vestido, sutiã e conduzir-me até a cama. Deitou sobre mim já com seus seios nus e beijou-me a boca de uma maneira que misturava ansiedade e gula ao mesmo tempo em que seu abraço puxava meu corpo fazendo nossas pernas se encaixarem e nossas bocetas roçarem por cima das calcinhas. Meus seios foram devorados logo a seguir e a dona fez meu calor subir e um desejo enorme de sentir sua boca em meu sexo.

Putz! Ela cortou o barato falando que aquilo era somente o aperitivo, guardaríamos nossos desejos para o prato principal que viria somente depois que os convidados forem embora.

Assim que nos recompomos, voltamos para a festa e ouvi um monte do meu cliente após comunicar-lhe da mudança de planos. Caraca! Ele disse que faria a minha caveira na agência.

Uma hora depois eu não pensava mais no coroa, imaginava-me abrindo minha agência paralela enquanto caminhava abraçada à mulher e adentrando o quarto onde teríamos nossos momentos íntimos.

Fui apresentada aos seus brinquedinhos eróticos que agitariam nossa noite e fui sua cadelinha por horas intermináveis.

Na manhã seguinte, durante a despedida, ela revelou que tudo o que houve entre nós não passou de uma vingança, pois meu cliente a dispensou naquela noite para ficar comigo, isto até me tocou, mas não me arrependi de trocá-lo pelos 22 mil e nem das marcas que ficaram em meu corpo. Precisaria de outra massagem terapêutica da Yasmin.

Uma coisa que não entendi: por que o dono da casa também me assediou grandão, será que ele é gay e também foi rejeitado por meu ex-cliente?

Eu nunca ficaria sabendo.

Caso não tenha lido o “Primeiro Programa” (é o conto que inicia esta série)

Continua com:

"Noiva de Mentirinha"

"Ficha Rosa"

"Pausa para Namorar"

"Jogos Sexuais - Noite de Terror"

"Profissão Puta"

"Cantinho dos Prazeres"

"Bacanal Beneficente"

"Encontros e Desencontros"

"Adestrando um Cavalo"

Beijos e até o próximo conto!

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 107Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

Comentários

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Meu pequeno dicionário:

Relaxar = fazer algo repetitivo e que não requer concentração ou disciplina, pois já é de total conhecimento do praticante.

Tedioso = repetição de algo já dito ou visto uma infinidade de vezes e sem acrescentar nada de novo. Mais do mesmo. Aborrecer enchendo linguiça.

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Grata, Jota, S, por mais uma visita. Sobre a narrar a transa com a dona rica: o conto em questão faz parte de uma série que tem uma história principal, não é apenas um conto erótico de parte única. Ficar narrando golpe a golpe uma relação sexual a cada capítulo ficaria tedioso. Eu entendo erotismo como um todo, desde uma frase de carinho, um toque na mão e uma roupa mais ousada. Chupadas, estocadas e afins rolam bem em filmes pornográficos e eu até escrevo contos assim vez ou outra, porém, de parte única, só para relaxar e agradar parte dos seguidores. Atualmente eu gosto de escrever sobre outros temas. Perderei seguidores? Claro que sim, mas eu escrevo porque gosto, curto muito escrever. Evidente que como toda escritora ou escritor eu quero ser lida e que os outros curtam meus textos, contudo, não escrevo o que não gosto só para agradar um público. Bom, já escrevi demais. Este espaço deveria ser apenas para comentários rápidos e dúvidas sobre o texto postado, mas eu quis lhe tirar algumas dúvidas, caso a tivesse. Continue escrevendo, Jota,S, e se faz isso por prazer, as pessoas encontrarão e lerão seus textos se você o fizer com o coração e sem ficar obcecado pelo retorno. Beijos!

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Muito gostoso Kamila!Pena que vc não contou em maiores detalhes a transa com a coroa apetitosa. Vc ficou constrangida em contar? Mas olha, poucas coisas são melhores que uma coroa fogosa. Elas fazem tudo e normalmente fazem bem. Quando eu era um garotão de 20 e poucos anos tive uma amante com mais de 40. Helga. Ela era linda, inteligente e tinha gostos muito parecidos com os meus. Mas era casada e tinha medo de largar o marido, afinal, eu não tinha onde cair morto e ela era rica além de achar que devido a diferença de idade ela se tornaria incompatível pra mim em pouco tempo. Quando o romance acabou fiquei bem mal. Até hoje guardo a esperança de me reencontrar com ela, que deve estar agora uns 70 anos.Enfim, mas uma vez estou falando de mim quando devia estar falando do seu conto...Valeu a pena os 22 mil visto que o outro cliente provavelmente te pagaria o mesmo numa dezena de encontros?Ps.: Publiquei mais um conto essa semana. Que tal você um conto meu pela primeira vez?

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Nassa que babado em? ,uma boa grana é tentador,e ainda bem k deu certo espero que conte o k ocorreu depois disso com o cliente e a agencia,rrrr bora ler o proximo ;)

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Fiquei emocionada com tanto carinho e homenagem Alec, você é uma pessoa muito especial. Eu achei melhor não relatar as cenas eróticas com a "madame', como você disse: A imaginação pode ser melhor que uma frase escrita. Eu gosto que o leitor entre no conto e imagine o que possa ter acontecido, porém alerto aos que tem fetiche por sadismo (sem nuca ter experimentado). Caso resolva experimentar, pense bem antes de entrar no jogo, pois é PUNK, muito PUNK e não é minha praia rsrs.

Obrigada pela atenção e lindas palavras, beijão!

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Olá, Kamila! Aqui estou, pois não poderia deixar de parabenizá-la, pelo Dia Internacional da Mulher. Faço minhas as palavras da composição de Pixinguinha: 'Tu és divina e graciosa, estátua majestosa do amor por Deus esculturada e formada com ardor da alma da mais linda flor...' Registro, aqui, meu carinho, respeito e admiração por ti, como escritora e como pessoa. Abraços apertados, um grande beijo e peço a Deus que me conceda mais oportunidades de homenageá-la. Mais beijos, afinal, carinho nunca é demais. Seu fã. Alec.

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Kamila, minha linda, você foi muito hábil em demonstrar que a vingança é um prato que se pode comer ao estilo 'pode vir quente que eu estou fervendo', rs. Escrito com classe, este conto não deixa explícita a intimidade entre as duas felinas insanas, mas (usando de uma expressão muito sua), deixa a imaginação do leitor 'a milhão'. Deliciosa tática de trocar o que seria expresso pelas entrelinhas, assim, cada um(a) tem a oportunidade de fantasiar o que faria, no lugar da dona da casa, ou seja, tem a chance de se ver do lado de dentro do seu conto. Parabéns por inovar e por surpreender, a cada conto! Beijos, aplausos e todo o meu carinho!

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