O destino que quis - Cap 2

Um conto erótico de R.Pitta
Categoria: Homossexual
Contém 806 palavras
Data: 30/03/2016 23:07:55

Ola, amores. Olha eu aqui de novo. Esse conto é um conto muito especial. Foi feito pela propria Camilla (Cah ou Camz). O ponto de vista dela. Pretendemos continuar igual ao outro conto. Então daremos inicio a mais um. Saudade de todas!RODOLFO><

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Camilla Camelo

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Eu, tímida? Jamais. O que eu sentia - sim, SENTIA - ultrapassava tudo aquilo que já tivesse um conceito pré-definido. Por esse motivo diversas vezes perdi muitas oportunidades, até mesmo de boas amizades. Era taxada como metida. Mas que nada, era mesmo o excesso de vergonha. Isso mesmo, vergonha de falar. Falar com pessoas. Vergonha de cumprimentar, de alguém me gritar, vergonha de chamar a atenção de alguém. É, assim que me defino. Tinha vergonha de chamar a atenção de alguém e isso ainda se mantém, mas de forma mais comedida. É uma bobeira não é?! Eu sei! Também acho, mas como controlar?

Talvez por isso sempre fui muito ligada ao mundo virtual. Jogos, redes sociais, amizades e até namoros. Naquela época era sim namoro virtual e não namoro a distância. Era mais uma forma de me relacionar com alguém escondendo minha vergonha. Não precisaria ver ninguém, era apenas teclar. Companheirismo virtual. Com o tempo me acostumei a ligar, mas nada passava disso. Pra mim nada era sério, não imaginava conhecer alguém fora daquele mundo. Até que conheci Bianca.

Ela sim mudou minha forma de pensar. Nos conhecemos em Janeiro de 2010, eu tinha 16 anos, ela 22. Me desenvolvi muito rápido com essas aventuras virtuais. Era mais cabeça, mais centrada que muitas da minha idade. Minha mãe nos impôs uma responsabilidade muito precoce e isso me fez mais mulher apesar da pouca idade. Isso chamou a atenção dela. Já ela, mulher, independente, cabeça. Bom papo, boa companhia.

Começamos a namorar em poucos dias. No primeiro não passava de mais um virtual. Logo a vi diferente. Eu e ela somos taurinas, e em pouco tempo já brigávamos pela teimosia e ciúmes.

Nesse tempo continuei minhas amizades, continuei a conhecer pessoas novas. E uma em especial, que eu havia conhecido alguns dias antes da Bia se fez presente. Como meu namoro começou depois que eu conheci a Raquel, eu não achei necessário ou não quis dizer a ela que comecei a namorar. Jamais imaginei que iria me envolver com ela também. Kel era uma menina espontânea, oposta à mim, comunicativa, brincalhona. Quebrava um pouco meu péssimo senso de humor. Nos falávamos com frequência, ela me disse que nunca havia ficado com mulher e aquilo me instigou um pouco. Pra minha tristeza já no outro dia que nos conhecemos ela me mandou uma mensagem.

-Beijei uma garota.

-Rs. Que bom. Gostou?

Conversamos um pouco e logo vi que havia ficado empolgada com a tal Rebeca. Aff. Raquel espontânea me contou detalhes e até mesmo o nome da garota. O ciúmes me mordeu um pouco. -Mas que infantil, não tenho nada com ela. Mas bem que queria, aquela baixinha mexeu comigo.

Conversamos durante a semana, conversas mais quentes e em outras mais tranquilas. Ela sabia como me prender, mas ao mesmo tempo que falava da Rebeca me empurrava para a Bia. Um dia sem falar com Kel e aceitei o pedido de namoro da Bia. Será que eu havia feito certo? Tinha sim. Bia me fazia bem. Só não sabia como falar pra Kel.

Estava começando a levar aqueles relacionamentos virtuais a sério. Não eram apenas companhias, estava me envolvendo realmente com Bia. E o pior de tudo era que com a Kel também. Em um final de semana, como o mundo virtual é muito intenso, eu já estava tendo as brigas de ciúmes com a Bia. Isso nos afastou. Aquela coisa de orgulho taurino, nenhuma queria dar o braço a torcer. No domingo de manha Kel me ligou cedo, estava saindo a passeio com a família. Conversamos por horas, brincamos. Ela me fazia tão bem. Estava toda empolgada, rindo como nunca. Até que ela me surpreendeu.

-Você quer namorar comigo?

Putz. E agora? E a Bia? Milhões de pensamentos passaram em segundos. Apesar de eu mesma não dar muito crédito aos namoros virtuais, eu jamais teria coragem de namorar duas. Enganar duas. Mesmo que por pouco tempo, até eu me resolver com a Bia talvez. Se fosse pra ficar com a Kel sei que o destino se encarregaria daquilo. Mas eu não podia fazer aquilo com elas naquele momento. Não podia fazer isso comigo.

Depois dos pensamentos que me atordoaram em segundos, reagi.

-Kel, eu.. eu tô namorando.

Não sei se falei do jeito certo, mas eu queria ser sincera. Não queria começar nada enganando alguém. Talvez eu podia ter pedido um tempo pra pensar, mas não. Fui direta. Mesmo não sabendo se me arrependeria depois. A ligação foi finalizada sem nenhuma resposta dela. Entendi o recado. Ela não queria mais falar comigo. Apenas respeitei.

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