Enzo Cap.16

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1823 palavras
Data: 29/03/2016 02:27:46

Cap.16

Ao ler aquilo meu queixo foi no chão. Eu, sinceramente, não esperava ler aquilo. E não tem outro secretário. É apenas eu... Ele só podia estar apaixonado por mim. Por algum motivo uma felicidade inenarrável tomou conta de mim ao ler aquilo. Era como se eu tivesse ganho na loteria. Apenas guardei o papel.

- Daniel, você não viu um papel jogado por aqui ? - perguntou, adentrando a sala.

- Vi - falei, entregando a ele - tá aqui...

- Você leu o papel ?

- Não né... Não é meu... - por dentro uma vontade de abraça-lo tomava conta de mim.

- Claro... Você pode pegar um Cappuccino e trazer para mim ?

- Humrum...

TEMPO DEPOIS

Trouxe o Cappuccino já pronto.

- Aqui está - dizia, entrando na sala dele.

- Ah, obrigado Daniel... - parei durante alguns segundos e o fiquei olhando. Minha barriga estava cheias de borboletas e uma sensação ótima tomava conta de mim - o que foi ?

- Não, não... Nada... - falei, virando de costas - com licença... - caminhei até o meu local de trabalho mais uma vez e me sentei perante aquele computador. Olhando toda a minha trajetória até ali, eu sei o quanto já errei. O quanto, na minha época de imaturidade, fui uma pessoa ruim. Paguei por isso, perdendo tudo aquilo que eu achava importante. Porém, foi necessário... Eu precisava acordar para a vida. Agora, sou um bom homem. Cuido da minha casa, trabalho. Porém, não livre de erros. Cometi um erro. Justificável, mas ainda assim um erro. E agora... Sabendo que ele nutria algo por mim... Já não devia mais esconder aquilo. Era a hora de contar a verdade. Era a hora de dizer quem eu era. Não Daniel, mas o Enzo. Explicar por quê eu mentir. Pedir perdão. Mostrar o quanto eu mudei. E o quanto merecia de verdade o perdão dele. Mostrar que o Daniel e o Enzo de hoje são as mesmas pessoas... E principalmente... Dizer que... Ele não sai mais da minha mente.

NARRADO POR MARCOS

Estava decidido. Não guardaria mais segredo. Depois do que aconteceu, na noite anterior. Daquele beijo, que nem mesmo o álcool apagou da minha mente, eu já não conseguia mais esconder. Estava completamente apaixonado por ele. E tinha que dizer a verdade para ele. E rezar para que ele retribuisse. Eu nunca me apaixonei por nenhum emprego. Normalmente, não misturo o trabalho com a vida pessoal. Mas com ele é diferente. Sei lá, parece que a alma dele se entrelaçou com a minha e eu não consigo, de forma alguma esquece-lo. Nem ao menos parar de pensar nele. Fui caminhando, lentamente até a porta e abri só uma frestinha. E então o observei. Atento, preocupado com o novo trabalho. Vez ou outra o telefone tocava e ele atendia, com aquela educação de sempre. Não só a aparência me atraiu. Ele tinha caráter. Ele parecia ser diferente dos outros. Ele fez de tudo para se levantar. Eu não sei se teria a disposição que ele teve. Além disso, ele é engraçado. E toda vez que está perto de mim me alegra. Sim, eu estava muito apaixonado por ele.

- Vou sair Daniel. Se alguém ligar você anota o recado... - falei, passando pela sala.

- OK...

MINUTOS DEPOIS

Vim até o shopping. Queria comprar um presente. Queria mostrar a minha paixão de todas as formas possíveis. Sempre foi assim. Eu sempre fiz questão de mostrar do jeito que fosse o quando alguém era importante pra mim. Passei em frente à uma joalheria e vi dois anéis. Porém, não sabia o tamanho do dedo dele. E então, quase ao lado, vi um cordão. Com pingentes de letras. Decidi comprar uma com o D, e outra com o M. Caso ele aceitasse o namoro, eu usaria a com D, e ele a com M. Caso contrário, usaria a com as iniciais dos nossos nomes mesmo.

- Moça, eu vou querer os dois.

- OK... - logo ela embalou e eu saí com o presente. Estava confiante. Tinha quase certeza, meu coração dizia. Ele sentia algo por mim também. Seria aquele dia. Aquele dia eu assumiria tudo o que sentia por ele.

HORAS DEPOIS

- Mas porquê Marcos ?

- Porquê sim oras, precisa de motivo pra você ir na minha casa ?

- Precisa...

- Não precisa - falei, rindo.

- Desse jeito vão pensar que eu me mudei de casa, já não vou na minha faz bem uns três dias. Ao menos eu preciso pegar roupa nova.

- Tá, nós vamos na sua casa. Mas depois você não me escapa - ele riu...

MINUTOS DEPOIS

- Porquê você quer tanto que eu vá a sua casa ?

- Para ter companhia... - dizia eu, vendo ele dobrar uma roupa para levar.

- Você já não tem o Félix...

- Ah, mas o Félix é um gato. E ele não gosta de companhia... - ri.

- Então, porquê não se casa ?

- Como se alguém quisesse casar comigo... - ele ficou me olhando naquele momento, sem que eu entendesse o porquê - o que foi ?

- Não... Nada...

MINUTOS MAIS TARDE

Mais uma vez entravamos em casa.

- A casa está mais arrumada - ele falou.

- Minha tia deve ter passado por aqui - falei. Logo Félix apareceu.

- Oi... Como foi o seu dia... - ele apenas miou. Fui até a vasilha de comida e coloquei mais ração e água - hoje vou cozinhar carne - gritei da cozinha.

- Não prefere que eu cozinhe hoje...

- E você sabe cozinhar ?

- Estou aprendendo... - ri

- Qual é ? - achei que ele estivesse mentindo.

- Juro... Semana passada fiz a comida lá em casa e ficou bem gostoso - revirei os olhos.

- Então tá... Mas eu ajudo...

MINUTOS DEPOIS

E não é que ele cozinhava bem ? Ele fez apenas uma macarronada, que era rápido. Mas estava muito gostosa.

- Olha, se eu soubesse que você cozinhava bem tinha deixado você cozinhar mais vezes - ele fez uma cara feia.

- E você achava que eu cozinhava mal ?

- Achava - falei, rindo... - sabe Daniel, eu queria te dar um presentepresente ? Mas... Hoje nem é meu aniversário, nem nada...

- E precisa de um motivo para se presentear alguém...

- Não, mas...

- Então pronto - falei, pegando a caixa. Eu tinha tirado o pingente, afinal, só colocaria depois de saber o que ele vai pensar sobre o nosso namoro - abre... - ele sorriu, limpou as Mãos e então abriu a caixa. E então viu o cordão - o pingente... Eu te dou depois...

- Porquê ?

- Logo você vai saber...

- Então tá - falou, pegando o cordão - é muito lindo Marcos, obrigado...

- De nada... - ele olhou e então guardou novamente e voltou a comer. Eu apenas o olhava, comendo... Estava ansioso... Como a muito tempo não ficava.

MINUTOS DEPOIS

- Você tá roubando ! - gritava ele, enquanto jogávamos vídeo game.

- Eu ? Roubando ? Mas porquê...

- Ué... Você sabe todas as artimanhas e eu mal sei pegar no controle.

- Tá bom, eu vou com mais calma... - jogávamos futebol no vídeo game. Acredito eu que por ele não ter hábito, não sabia muita coisa. Mas era legal jogar com ele. Tudo ao lado dele era legal de se fazer... Acabei deixando ele ganhar uma, só para ele ficar feliz.

- Gooolll ! - ele gritou, feliz - não falei, não falei que pelo menos um eu fazia em você.

- Tá... Você fez um gol... - falei, revirando os olhos porque eu havia deixado ele fazer aquele gol - agora, Daniel... Eu queria te falar uma coisa...

- Ah é ?

- É... Eu... Tenho estado muito ansioso sabia ?

- Mas... Mas porquê ?

- Ah... É porquê... Acho que me apaixonei por alguém...

- Se apaixonou... - ele ficou vermelho aquela hora, eu não entendi o porquê.

- É... Me apaixonei... - naquele momento segurei a mão dele - por você - ele não esboçou reação. Apenas piscou e ficou me olhando... - eu não sei se você sente a mesma coisa, ou se... - de repente então ele me beijou. Foi o melhor beijo que eu já havia recebido até então. Um beijo forte, cheio de vontade... Eu não esperava. Eu só, curti o momento. Quando acabamos, estávamos ofegantes - quer namorar comigo ?

- O Que ? - ele arregalou os olhos.

- Eu quero que você seja meu namorado !

- Jura...

- Juro - falei, pegando os dois pingentes - se você aceitar, quero que você use o M. Eu vou usar o D. Se não, eu vou usar o M - ele arregalou os olhos e pareceu ficar sem graça.

- Eu fico, com o M - falou, pegando da minha mão - mas... Eu não queria que você usasse esse D. Amanhã eu vou trazer um pingente que eu gosto e você usa ele. OK ?

- OK - falei, sorrindo. Ele se aproximou, pegou no meu rosto - então é isso ? Estamos juntos agora ?

- Sim... É isso - falei, o beijando de novo.

NARRADO POR ENZO

Meu coração queria explodir de alegria naquele momento. Então as minhas suspeitas eram reais. Ele estava apaixonado por mim. E queria ser meu namorado. Quase pirei ao saber daquilo. Eu não sabia se gritava, se comemorava, se o beijava, se o abraçava. Eu não sabia o que fazer. Ou melhor, sabia sim.

- Marcos.. Eu preciso te contar uma coisa... - dizia, já me lembrando do meu segredo. Daquela noite, não podia passar.

- Ah é ? Conte-me então...

- Não... Eu... Prefiro tomar banho primeiro e depois eu conto...

- Ah... Tudo bem... Não demora muito... Já quero curtir o meu namorado pertinho de mim - sorri, beijando ele novamente. Na verdade, aquele banho era pra eu respirar fundo, criar coragem e ensaiar direito o que iria falar. O namoro poderia ir por água abaixo, naquele momento.

MINUTOS DEPOIS

Porém, quando eu saí do banheiro ele havia dormido. Eu nada pude fazer. Não iria acorda-lo. Decidi contar apenas na manhã seguinte. Apenas estendi minha toalha, Fechei a porta e apaguei as luzes. E então me deitei, ao lado dele. Ele estava de peito para cima, de modo que eu podia observa-lo.

- Quem diria... Depois de tudo... Você domina o meu coração... De novo... - falei, apenas o abraçando. Ele retribuiu levemente o abraço. E então, dormimos

NO DIA SEGUINTE

NARRADO POR MARCOS

Acordei eram umas 08hrs da manhã. O sol forte invadia o quarto. Ainda atordoado, abri os olhos e vi Daniel dormindo ao meu lado, profundamente. Sorri, beijei sua testa. Me mexi levemente buscando me levantar, quando sem que eu notasse, bati em várias coisas que estavam na mesa ao lado da cama.

- Affs, que merda ! - me abaixei, peguei meu celular, uma chave e por último fui pegar a carteira do Daniel. Porém, os documentos dele haviam se espalhado. E notei algo de estranho. Assim que eu peguei o RG, vi o nome Enzo - Enzo ? - virei o documento, e a foto que estava lá era a dele. Começei a olhar, documento por documento, e todos tinham o mesmo nome, Enzo... Imediatamente, a imagem daquele adolescente de mesmo nome voltou a minha mente. Olhei para ele, e pela primeira vez reparei - eles são idênticos ! - e tive certeza, quando peguei uma carteira de estudante. Era da escola que eu tinha feito o meu Ensino Médio. Era ele, o meu rival na foto - não pode ser !

- O quê que foi ? - falou ele, com aquela voz de sono.

- Você mentiu pra mim !? Você é ele ? Você é o Enzo !?

Continua

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Comentários

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Não consigo abrir o 18° capítulo de " Meu Primo Desconhecido " 🙁. Verifique-o por favor! 😉

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O cap 18 do primo desconhecido não tá abrindo, arruma ai pfv!

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Posata a continuação logooooo conto muito bom

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Caracaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa meu pai, como diz meu namorado -fudeu , kkkkkk .Ansioso pelo próximo capítulo

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Ameiiii! Só estou com pena do Marcos, espero que ele entenda o que esta se passando realmente e dê tudo certo.

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Nota 10 porque não da pra dar mais. Arfff... sabia que ele ia perder a chance de contar. ótimo conto.

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estou com dó do Marcos, vai sofrer pra caramba ateh ele perdoar o Enzo, como eu ja comentei em outro cap, mentira tem perna curta, ele ja deveria ter contado a vdd....o perdão eh obvio, mas acredito que ambos vão sofrer mto...

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Ah independente de ele ter demorado a contar, ele merece o perdão do Marcos. Abraços 😄

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Amei. É Bem feito pro enzo pq demorou a contar a vdd. espero que o marcos o perdoe. Adorando o conto. :)

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Ameeeei! Mas tenta publicar um pouco mais cedo dessa vez

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