A leveza de amar - Cap. 7

Um conto erótico de Bo J.
Categoria: Homossexual
Contém 811 palavras
Data: 28/03/2016 21:15:05

Acordei com Marina me encarando e não de uma forma positiva eu diria. Eu esperava aquele sorriso lindo de bom dia meu amor mas, não foi o que recebi.

- Bom dia, eu acho.

- Você acorda muito tarde. Tô com fome!

- (Risos) Você ficou me esperando acordar pra comer? Porque não foi até a cozinha e tomou café da manhã meu bem?

- Queria comer com você – ela fez um bico – além do mais eu sou visita não é?

- Visita? Você dormiu na minha cama, fez amor comigo. Você é bem mais que uma visita Marina.

- Para de falar e vamos comer logo antes que eu te dê uma surra.

Fomos para a cozinha e Marina correu pra cafeteira eu fui até a geladeira e tirei tudo que tinha, já estava com medo de Marina hahahahaha. Depois de tomar café e o humor de Marina ter mudado completamente recolhi tudo e fui até a pia para lavar a louça. Marina chegou por trás me segurando pela cintura, beijando meu pescoço.

- Não faz assim amor, eu preciso ir até a academia.

- Pra que? Posso te fazer soar aqui mesmo.

- Marina...

A campainha tocou e eu sabia que era Cecília, nós costumávamos ir juntas para a academia algumas vezes na semana. Abri a porta e quando ela viu Marina riu maliciosa.

- Ui já estão dormindo juntas! Típico, daqui a pouco adotam um gato e dividem a vida inteira.

Olhei pra Cecília repreendendo-a, sabia que era uma referência à minha desilusão amorosa no passado, Cecília retribuiu o olhar demonstrando que só queria que eu fosse com calma pra não me magoar. Marina estava entre nós e parecia ter percebido.

- Isso não vai acontecer Cecília, sou alérgica a gatos.

Marina falou humorada mudando o clima.

- Vou trocar de roupa para sair.

Fomos pra academia e Marina não quis nos acompanhar, disse que precisava ir até o casarão e organizar algumas coisas, emprestei meu carro pra ela. Marina não parecia feliz, sabia que poderia ter a ver com a falta do que fazer já que seus companheiros tinham ido para outro estado.

- Acho que Marina não ficará bem sem os companheiros e sem as apresentações.

- Acho que você deve ir com calma Olívia.

- Cecília, você é a última pessoa de quem esperava ouvir isso.

- Só não quero que você fique ferida quando ela precisar partir. Sabe que uma hora ela vai embora, assim como a Débora.

- Sou intensa demais pra ir com calma Cecília. Se eu tiver que sofrer, quero pelo menos me permitir amar bastante antes.

- Seja como for, estou contigo.

Durante uma corrida na esteira tive uma ideia para que Marina fizesse o que ama e ainda arrumasse companhia. Desliguei rápido a esteira e quase caí, fui até a administração da academia e marquei uma reunião com a dona da academia. Fiquei ali malhando até que pudesse finalmente falar com a Vanessa, dona da academia.

- Tenho uma proposta que vai te render aumento com certeza.

- Sou toda ouvidos Olívia.

- Que tal se você abrisse turmas de dança?

- Dança? Acha que muita gente se interessaria?

- Com certeza!

- Não sei... Não conheço ninguém que queira dar aulas e nem tenho espaço.

- Deixa isso comigo, conheço a pessoa perfeita pra dar as aulas e se você me permitir, posso fazer umas pequenas alterações e criar novos espaços na academia.

- E o que você ganha com isso?

- Bom... Talvez você possa dar 50% dos lucros das aulas de dança para a professora. Eu não tenho interesse financeiro.

Vanessa ficou um pouco relutante então dei a ela um tempo para pensar na minha proposta, se ela não topasse procuraria outro lugar. Peguei um ônibus até o casarão para encontrar Marina e lhe contar a novidade e depois fazermos uma reunião para mostrar minhas propostas sobre a reforma do casarão.

- Você não consegue mesmo ficar longe de mim não é?

Marina fazia uma cara de deboche linda.

- Não seja convencida! Estou aqui apenas como profissional, tanto que nem vou te beijar.

- Veio direto da academia, quão profissional hein!

Ela me puxou e me beijou.

- Adoro teu cheiro, mesmo quando está suada.

- Tem gosto pra tudo né? Enfim, quero te fazer uma proposta.

Contei tudo a Marina e ela estava radiante, me olhava de maneira serena mas, lá no fundo do seu olhar eu via um brilho tão intenso que meu coração se iluminava.

- Por quê você está fazendo tudo isso por mim? Me conhece há tão pouco e não mede esforços pra me fazer feliz e me ajudar.

- Já ouviu falar de uma lenda japonesa ou chinesa, não me lembro muito bem, que afirma que as pessoas estão ligadas por uma linha vermelha e destinadas a se encontrarem? Não importa a quanto tempo te encontrei mas sim o quanto eu te conheço e eu tenho quase certeza que te conheço tão bem... Que houveram outros encontros antes desse.

- Eu te amo Olívia.

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Comentários

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Eu te amo? Foi isso? Agora pega fogo!!!

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Excelente conto. No aguardo da continuação...

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