Futebol dos Heteros... Ou Não Cap.23

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1821 palavras
Data: 27/03/2016 19:36:48

Cap.23

Ouvir aquilo apertou o meu coração. Porém, eu sabia como devia agir.

- Eu já tinha pensado nisso... - falei - e se acontecer... A gente se separa - falei, o abraçando.

- Mas você suportaria ficar longe de mim...

- Não sei... Eu gosto tanto de você... Mas também não serei birrento. A sua carreira é mais importante que o nosso namoro...

- Não diga isso ! - falou, segurando a minha mão - nada é mais importante para mim que o nosso namoro - sorri.

- Jura ?

- Juro... - falou, me beijando - eu sinceramente não sei se conseguiria viver longe de você...

TEMPO DEPOIS

Viajamos para Córdoba no dia seguinte, e lá fizemos os dois últimos jogos da primeira fase. Na segunda rodada, enfrentamos o Uruguai. Como já esperado, foi um jogo muito truncado. No fim do jogo eu estava esgotado, porquê tinha muita gente me marcando, me derrubando, e eu precisava me movimentar para me livrar dessa marcação, caso quisesse ganhar. Também terminei o jogo com algumas marcas, mas valeu a pena. Nem mesmo as cotoveladas, caneladas e empurrões que eles me deram me pararam. Numa jogada, eu recebi a bola girei e me livrei da zaga. Só de raiva que eu tava, driblei o goleiro e fui com a bola lá dentro. Depois outro jogador marcou, e terminou 2 x 0.

- Tô morto ! - falei, me jogando na cama.

- Muita correria nesse jogo... - disse ele, jogando as coisas no canto e se jogando também ao meu lado.

- O Valdez quase arranca a minha perna... Deve estar cheia de marcas - dizia, levantando a calça que estava vestindo. E como esperava, estava cheia de marcas roxas.

- Tira a calça...

- Ah não Rafael, hoje não tenho disposição... - ele riu

- Seu mente suja ! Não é para isso, é para eu passar um creme nessas marcas, para aliviar a dor e elas sumirem logo.

- E você tem algum creme ? - ele fuçou a mala e logo tirou um pote.

- Quando a gente leva muita porrada no jogo, acaba acostumando a ter... - falou, vindo até mim com aquele creme. Tirei a calça e fiquei apenas de cueca. E então ele começou a massagear a minha perna com aquele creme - você vai ver, amanhã amanhece melhor, a dor passa e as manchas melhoram - ri

- O que seria de mim se você não existisse ?

- Não teria o meu amor... - falou, me dando um selinho.

- Confiado... - ele apertou um pouco mais forte - ai, devagar !

- Para que você não menospreze o meu amor... - falou, fechando o pote. O jogou, e então se jogou em cima de mim - porquê eu te amo muito - e mais uma vez me beijou.

TEMPO DEPOIS

Não estávamos com sono, mesmo depois de toda a correria que houve no jogo. Então ficamos assistindo TV, enquanto eu estava deitado no peito dele.

- O que você acha de eu cortar o cabelo ? - perguntei.

- Porquê ? Eu gosto tanto dele assim...

- Ah... Apenas pra mudar de visual mesmo.

- Não sei... Eu amo passar a mão nesse cabelo - falou, beijando o meu pescoço...

- Bobo... - mais um silêncio se formou entre nós.

- Engraçado...

- O que ?

- A meses atrás eu não ligava para nada. Era arrogante, prepotente, nada humilde. Menosprezei meu próprio irmão. Rezava a cada dia para que recebesse uma proposta da Europa. E agora... Eu já nem sei se quero ir para a Europa... Agora você é mais importante que a minha carreira, para mim... - apenas o olhei.

- Deixa de besteira. Sempre foi seu sonho... Você deve ir, se uma proposta acontecer.

- Mas... E você ?

- Eu continuarei aqui... Não irei morrer...

- Mas vai ficar longe de mim... Como farei para dormir sem esse cheirinho - perguntou, cheirando o meu pescoço.

- Você leva todas as minhas camisas...

- Sei lá... Do jeito que você fala parece que quer viver longe de mim...

- Besta ! O que eu não quero é ser um empecilho para você realizar o seu sonho. OK ? - ele apenas me abraçou...

- É... Namorar com você não foi uma escolha ruim. Pelo contrário. Foi a melhor escolha que eu já fiz até hoje...

TEMPO DEPOIS

Já classificados, enfrentamos a Venezuela apenas para cumprir tabela. E terminamos bem, com um 5 x 0. 2 do Rafa, 2 meus e 1 do Reis. E assim a primeira fase se foi. Agora vinha o pior momento. O mata-mata, aonde qualquer erro pode ser fatal. E acabamos pegando a Colômbia nas Quartas. Lá fomos nós para La Plata. Mais um jogo truncado, porém aquele time que a cada vez mais se encaixava acabou vencendo por 3 x 0. Rafa fez os três e despontou na artilharia. Eu ficava muito feliz por ele, afinal não era meu objetivo ser protagonista na seleção.

- Ae cara ! - gritava eu, o abraçando quando a gente entrava no quarto - tô muito feliz que você fez os três gols de hoje.

- Você sabe que não são mais os gols que fazem a minha felicidade hoje - falou, me puxando e fazendo eu deitar na cama. Logo estava sobre mim.

- Você pare de me provocar ! Temos que nos concentrar...

- Nos concentramos depois ! - dizia , abrindo o meu casaco e mais uma vez...

Na semifinal, enfrentamos o Chile em Mendonza. Foi o mais difícil sem dúvida até ali. Eles tem muita qualidade, nos assustaram várias vezes. O jogo foi para a prorrogação. E numa falha da zaga deles, eu acabei conseguindo fazer o gol, faltando cinco minutos para terminar o jogo. Ai foi uma alegria enorme. Todos festejaram. Porém, um erro da nossa zaga e eles saíram na cara do gol. O goleiro acabou fazendo pênalti, e na batida eles converteram. Resultado, tivemos que enfrentar a disputa de pênaltis.

- Porra, tô chateado ! - dizia pro Rafael, bebendo água...

- Chateado porque ? A gente fez o que pode... Mas hoje não deujogador chileno que jogava com a gente veio nos cumprimentar. Eu não esperava que fosse colocado para cobrar, afinal geralmente os treinadores colocam os mais velhos. Mais para minha surpresa...

- Ben, você vai cobrar...

- Eu ?

- Sim... Se concentre e faça o seu melhor.

E lá fomos nós cobrar. Aquela corrente de jogadores olhando as cobranças. Quem abriu as cobranças foi o Chile. Eles converteram. Depois o Rafael cobrou e fez. E assim seguiu. 2 x 1, 2 x 2, 3 x 2, 3 x 3, 4 x 3, 4 x 4. Na quinta cobrança, aonde a pressão viria toda para mim caso eles fizessem, o goleiro defendeu. Ficou empatado. Era a minha vez. Se eu fizesse, terminava e iríamos para a final. Fui para a bola devagar, rezando para todos os anjos. O goleiro, como sempre, veio intimidar.

- Vas a perder ! - falou, voltando a baliza. Eu fiquei quieto, apenas concentrando. Olhei para o gol, para o estádio todo. E quando ouvi o juiz apitar, fui com tudo. Mandei a bola tão forte que a rede furou. E fiz. Ao ouvir aqueles gritos, me joguei no chão. Não estava acreditando.

- Conseguimos ! Conseguimos ! - Rafael gritava após me abraçar, no meio ouvido. Foi o momento mais emocionante da minha carreira até ali.

TEMPO DEPOIS

E então fomos para a final. Para a nossa sorte, ou azar, enfrentariamos a Argentina, a Dona da casa. Já esperava estádio lotado, catimba, mais pauladas, enfim, tudo o que esse clássico normalmente tem. Voltamos então para Buenos Aires. Mas antes daquela decisão, precisava espairecer. Eu e Rafael pedimos permissão ao treinador e saímos pela noite de Buenos Aires.

- O que você quer fazer ?

- Não sei... Jantar em um bom restaurante...

- Depois faremos isso. Mas primeiro, vamos visitar o Rosedal em Palermo...

- E o que é isso ?

MINUTOS DEPOIS

O Rosedal é uma espécie de praça, muito linda, cheia de Rosas e Plantas, além de algumas esculturas. Um local extremamente agradável e romântico.

- Já tinha vindo aqui ?

- Já... Mas nunca acompanhado. Sempre nas minhas curiosidades...

- Não é bonito ?

- É lindo - rapidamente tirei meu celular do bolso para tirar fotos. Não demorou muito para ouvirmos brincadeiras de argentinos.

- Serán vencidos ! - gritou um. Porém num clima de brincadeira. E logo um turista apareceu.

- Cara, não acredito que é vocês ! - era brasileiro.

- Brasileiro ?

- Com certeza, Paulista... Vocês jogam muito, valeu pelas alegrias viu...

- Só fazemos o nosso trabalho - falei, rindo.

- Tira uma foto comigo Ben ? - e então ele veio, meio que na intimidade, me puxou para um abraço. E então eu sorri para a foto... Quando de repente fui puxado por Rafael.

- Agora você me dá licença, ainda temos muita coisa para fazer.

- Claro, claro. Boa sorte contra a Argentina, massacrem eles ein ! - e então saímos quase que em disparada.

- Calma Rafael, porque está indo tão rápido ?

- Acha que eu não notei, aquele sujeito tirando uma casquinha sua ? - ri.

- Tá com ciúme porquê ele quis tirar foto comigo ? - ele cerrou os olhos.

- Me provoca e você fica sem sexo por um mês...

- Calma... Isso é coisa da sua cabeça ! - falei, o puxando para um lugar escondido - ele não tirou uma casquinha minha...

- Acho bom. Não quero homem tocando o que é meu...

- E desde quando eu sou seu ? - ele me olhou...

- E não é ?

- Tá... Eu sou seu... - falei, dando um selinho nele.

TEMPO DEPOIS

E enfim o dia da final chegou. Tremendo as pernas, eu fui para o campo aquele dia. Não era a nossa casa, então pela primeira vez eu estava jogando uma decisão com quase todo o estádio contra. O jogo iniciou tenso. Estavam mais querendo bater do que jogar. Em um momento tive que segurar o Rafael, que ficou com raiva de um empurrão que um deu nele e partiu para cima.

- Calma caralho ! Não é hora de brigar... - dizia, virando ele em direção para um lado mais calmo. E o pior que o jogador que estava me marcando também estava vindo forte. Em um certo momento, eu fiquei com raiva e dei um lençol nele. Resultado, ele me chutou no estômago. Cai no chão, e o juiz acabou o expulsando. E nessa mesma falta, um jogador marcou de cabeça. Foi a alegria do nosso time e o silêncio do estádio. Depois, já sem paciência para muita coisa, dei um jeito de driblar quatro e fiz o gol. O jogo foi fácil. Terminou 4 x 0. Eles não tiveram reação para nada, não queriam jogar. E nós fomos campeões.

- Eu não falei porra ! Eu não falei ! Nós ganhamos ! - Rafael dizia, comemorando comigo no vestiário.

- Para eles aprenderam a jogar...

- Hoje nós vamos comemorar - falou, pegando levemente na minha bunda.

- Rafael ! Seu tarado ! Tem gente aqui... - e então ele saiu rindo.

NARRADO POR RAFAEL

Estava muito feliz por ter conquistado mais aquele título. E mais feliz ainda por estar cada vez mais junto de Ben. A cada dia tinha certeza que ele era a pessoa certa pra mim.

- Alô ? - falei, atendendo o telefone.

- Rafael ? Sou eu, seu empresário.

- Ah, diga...

- Parabéns pelo título...

- Obrigado ;)

- Tenho uma novidade que com certeza você vai amar.

- O que ?

- O Barcelona fez uma proposta para você. 1 milhão por mês, mais todo o resto. E eles pagam a multa de rescisão...

Continua

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Comentários

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Machoooo acabei de ler todos os capítulos deste conto e me encantei com a história , to aguardando o próximo

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Amores passam 1 Milhão kkkkkk Passa tbm mas demora kkkkk a loka continua gato❤😍

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Essa hora é a mais difícil, mas acho que um bom entrosamento vale mais que 1 milhão.

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Amei. muito bom acho que ele nao vai querer ficar longe do ben rsrs

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E agora ele vai embora como sempre, e aí o Ben vai ficar com o idiota do Léo. 😒

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e agora oque o Rafael vai escolher??? amor ou carreira???

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