O Orfão. 11

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3894 palavras
Data: 15/02/2016 15:04:57
Última revisão: 15/02/2016 15:43:44

Miguel - é o Guilherme.

Felipe - e agora?(falei cochichando).

Guilherme - Miguel... Acorda porra, o Felipe sumiu de novo.

O Miguel soltou um ''puta que pariu'' e eu afundei a cabeça no travesseiro.

Miguel - ele deve ter saído pra dar uma volta, mano. (Miguel falava sem nem sair do quarto).

Guilherme - a essa hora? qual é o maluco que sai a essa hora pra dar uma volta?

Miguel - ele esta acostumado. Felipe é menino de rua.

Eu olhei o encarando.

Guilherme - Ele não é mais da rua.

Miguel - talvez sentiu saudade, sei la. Vai dormir cara, tu ta preocupado atoa, quando o dia amanhecer, ele aparece.

Guilherme - Nada de dormir, levanta que vamos atras dele.

Miguel - O que? Você só pode esta de brincadeira.

Guilherme - Falo serio, vou trocar de roupa e te espero na sala.

Miguel foi ao encontro do irmão, mas ele ja nao estava mais na porta do quarto.

Miguel - puta que pariu. E agora?

Sentei na cama e passei as mãos por minha cabeça.

Felipe - sabia que não deveríamos ter feito isso.

Miguel - Não fizemos nada de errado, o Guilherme que deveria não ser tão entrometido, atrapalhando a foda dos outros.

Felipe - Ele não atrapalhou nada cara, ele ta é preocupado comigo.

Miguel - Claro que ele atrapalhou, e agora vou ter que sair a essa hora te procurando sem você esta perdido. (Falava Miguel, terminando de colocar sua roupa).

Felipe - se agente falar a verdade, vocês não precisam ir atras de mim.

Miguel - Isso gênio, vai la e conta a verdade pro Guilherme, mas leva a mochilinha nas costas porque depois que ele descobrir que voce é viado, acabou tua estadia aqui.

Felipe - Como tu pode ser assim? Ainda pouco estava me tratando super bem e agora fica me taxando de viado?

Miguel - Não falo por mal Felipe, só que você ainda tem muito o que aprender. Ninguém é cem por cento bonzinho como você pensa.

Felipe - E você?

Miguel - O que tem eu?

Felipe - Tem algum por cento de bondade?

Miguel - Eu não sou uma má pessoa. Só que também não sou otario.

Nossa discussão foi interrompida pois o Guilherme voltou a chamar pelo Miguel do lado de fora do quarto.

Miguel - estou saindo Guilherme, espera 5 minutos.

xXX

Felipe - você vai mesmo?

Miguel - e tem outro jeito?

Felipe - É perigoso sair a essa hora. Não é melhor contar a verdade?

Miguel - O melhor é ficar entre nós dois. O Guilherme não precisa ficar sabendo de nada.

Felipe - A gente diz que eu vim apenas dormir aqui.

Miguel - Você é muito inocente Felipe, tu acha que o Guilherme não iria sacar?

Eu fiquei calado.

Miguel - Tu Vai fazer o seguinte, fica olhando pela janela, e assim que tu ver o carro do Guilherme ou o meu sair da garagem, você vai sair pela porta central e ficar aguardando agente no corredor. Quando agente voltar você confirma a minha versão.

Felipe - qual versão?

Miguel - Que você saiu pra dar uma volta.

Felipe - ele vai achar que eu sou abestado.

Miguel - Não tem problema.

Felipe - e tem mais, eu não sei mentir.

Miguel - vai ter que aprender.

Miguel falou isso e saiu do quarto me deixando com uma difícil missão.

Eu fiquei olhando pela janela e quando vi que o carro do Guilherme saiu da garagem tomando rumo a rua principal eu fiz o que havia combinado com o Miguel: Saí pela porta e fiquei no corredor em frente ao apartamento aguardando pelo retorno deles.

xXX

Mesmo sem relógio eu supunha que ja faziam mais de 30 minutos que eu estava ali sentado.

xXXX

E ae - alguém falou se aproximando.

Oi - eu respondi meio receoso.

Qual a boa? (perguntou o rapaz)

Felipe - tou na minha cara, não quero confusão.

O cara começou a rir.

- eu também não, só quero sombra e água fresca. (disse ele sentando a meu lado).

Um silencio se tomou.

- ja pegou chifre cara? (perguntou ele)

Felipe - o que tu disse?

-chifre, galhada, cornoooooo, ja aconteceu contigo?

Felipe - ainda não, mas obrigado por perguntar. (falei me levantando)

O rapaz me puxou fazendo eu sentar novamente.

- Por que a vida é tão injusta hen parca? agente se dedica uma vida toda a uma pessoa e ela em apenas uma noite joga tudo fora.

Felipe - Você pegou chifre. É isso?

- Bingo (falou o rapaz gargalhando)

Felipe - E você se dedicou a vida toda a essa pessoa que te chifrou?

- Vivi exclusivamente pra ela.

Felipe - eu tou entendendo. Mas se ela fez isso com você é porque não te merecia.

Quem era eu em vida pra dar aqueles conselhos pra alguém?

- Acho que eu fui o errado. (falou ele cabisbaixo)

Felipe - E por que tu acha isso?

- Eu pressionei ela demais.

Felipe - Porra, se pressionando ela ja conseguiu fazer isso, imagina se você tivesse a deixado solta?

- Tu acha?

Felipe - tenho certeza cara. Vale apena chorar por ela não, você ainda vai encontrar muitas garotas.

- Mas eu quero ela, não quera outras. (falou ele começando a chorar)

Felipe - E ta disposto a perdoar?

- por enquanto vou deixar ela de molho.

Felipe - pelo menos isso, pra ela começar a te valorizar.

O cara encostou a cabeça no meu ombro e começou a chorar chamando o nome da amada.

Felipe - camila é tua namorada?

- ela mesmo!

Felipe - chora não cara,vai pra casa dormir, e depois tu pensa o que tu vai fazer com a Camila.

- Me ajuda a chegar em casa?

Felipe - claro. (falei me levantando e dando o braço para que o corno, quer dizer o rapaz pudesse se apoiar em mim)

- Obrigado. (falou ele me abraçando)

Felipe - Não ha de que. Onde tu mora?

- 213, falou ele.

Felipe - Te levo ate la. ( o rapaz passou a mão pelo meu ombro e eu o ajudei a chegar em seu apartamento).

o 213 ficava em frente ao apartamento do Guilherme.

Felipe - Cade tuas chaves?

Ele passou as mãos pelos bolsos varias e varias vezes e nem sinal de chaves.

- Acho que perdi, vai ter que ser no tradicional mesmo. (Tivemos que tocar a campainha).

Depois de um tempo um senhor veio atender.

- Pois não! (disse o senhor com cara de poucos amigos)

Felipe - Bom dia senhor, tivemos que tocar a campainha porque seu filho perdeu a chave.

- Vão pro inferno seus filhos de uma puta, brincadeira a essa hora da madrugada. Eu tenho mais o que fazer. (e bateu com a porta em nossa cara).

Felipe - Não é O 213 neh!? (falei sério)

O bêbado começou a rir.

- brincadeirinha. (rs) é o 214.

O 214 era do lado do apartamento do Guilherme. Saí arrastando o rapaz e mais uma vez toquei a campainha.

Um cara apenas de cueca, abriu a porta.

- O que vocês querem? (perguntou o homem com voz de sono)

Felipe - Esse cara mora aqui?

- Ele não mora aqui não, mas toda vez faz essa gracinha.

Felipe - O senhor sabe onde ele mora? - perguntei ao homemfalou o Bêbado, rindo muito).

Felipe - Não acredito mais em você. (Falei com raiva).

- Mas é o 215 mesmo. (confirmou o homem)

Felipe - Obrigado senhor.

- por nada. (e também bateu com a porta em nossa cara).

Caminhei com o bêbado ate o 215 e finalmente chegamos ao apartamento correto.

Depois de tocar a campainha, uma senhora veio atender.

Felipe - Bom dia senhora.

bom dia - (respondeu ela) - meu filho que estado é esse?

- foi a Camila, mãe. ( o rapaz respondeu e voltou a chorar).

Você é amigo dele? ( a senhora me perguntou).

Felipe - Não senhora, eu encontrei ele agora pouco.

Me ajude a colocar ele pra dentro, por favor?

Felipe - ajudo sim.

A senhora deu espaço e eu ajudei a levar o rapaz ate o quarto.

Saí de la e ele ficou chamando pela Camila.

A senhora me acompanhou ate a porta e eu me despedi. Voltei a sentar do lado de fora do apartamento do Guilherme. Muito tempo depois eles chegaram, quando vi Guilherme saindo do elevador me deu um frio na barriga.

xXXX

Miguel - ó ae, não falei que ele deveria ter ido dar uma volta e quando chegássemos ele estaria aqui? (falou Miguel, tentando enganar o irmão).

Guilherme sacou a chave do bolso e abriu a porta.

Entra, Felipe. Temos que conversar sério. (falou ele calmamente).

Eu passei pela porta e sentei no sofá. O miguel passou em seguida e sentou a meu lado.

Miguel - faz o que combinados que não tem erro. (falou ele num tom baixo para que o Guilherme não ouvisse)

Guilherme - Miguel!

Miguel - sim?

Guilherme - deixa nós dois a sós, por favor?

Miguel - e por que não posso ficar? também fiquei preocupado com o Felipe.

Guilherme - por favor Miguel.

Miguel foi para o quarto contrariado.

xXX

Guilherme sentou a meu lado e eu me senti sufocado.

Guilherme - então Felipe, estou tentando entender ate agora esse teu sumiço.

Felipe - Me desculpa Guilherme.

Guilherme - cala a boca, só eu falo e você escuta, entendeu?

Eu concordei, e achava ate melhor.

Guilherme - Olha, eu não sei nada sobre você, não sei de onde você veio, e também nunca questionei sobre isso. Abri a porta da minha casa e te recebi aqui de braços abertos. Sempre vi um bom menino em você, sempre tive a intenção de te ajudar sem querer nada em troca. Eu tenho te tratado esse pouco tempo como alguém da minha família, mas eu preciso que você me respeite e respeite a minha casa também.

Guilherme falava não com raiva, mas sim com um pulso firme de dar medo.

Um silencio se tornou e eu podia sentir nossas respirações.

Guilherme - agora me diz, aonde você foi essa hora da madrugada?

Felipe - ...

Guilherme - Estou esperando Felipe. Me da uma boa explicação pra esse teu sumiço repentino. Você não esta gostando daqui, é isso? O problema sou eu?

Eu comecei a chorar, não conseguia mentir para o Guilherme.

Felipe - Claro que eu tou gostando, aqui é demais.

Guilherme - então... qual o problema? (perguntava Guilherme, abrindo os braços)

Felipe - eu não posso contar.

Guilherme - Felipe, me responde com sinceridade, você esta envolvido com drogas?

Felipe - Não. claro que não, Guilherme.

Guilherme -Então o que pode ser de tão grave que não pode me contar?

Felipe - eu vou embora cara. (falei levantando-me).

Guilherme - Senta ae. Não precisa você ir embora, só quero que jogue limpo comigo.

Felipe - eu não sou digno de ficar aqui na tua casa. (falei abaixando a cabeça).

Guilherme - Para com isso, Felipe. Nada haver o que você falou agora.

Felipe - Mas é assim que eu me sinto.

Guilherme - Porque quer. Eu não o trato mal, sempre procurei deixar você a vontade.

Eu nao respondia nada. Naquele momento ouvia mais do que falava.

Guilherme - Já vi que não vai dizer neh!?

Balancei a cabeça que não.

Guilherme deu uma respirada funda e balançou a cabeça em conformidade.

Guilherme - muito bem, muito bem.

Felipe - Você quer que eu vá embora?

Guilherme - Não. Eu quero que você vá dormir.

Eu me levantei e o Guilherme se deitou no sofá.

Felipe - e tu? (perguntei)

Guilherme - Vou terminar de dormir por aqui. O dia ja esta quase amanhecendo mesmo.

Felipe - dorme na tua cama então, eu passo o resto da noite aqui.

Guilherme nem olhava na minha cara.

Guilherme - Já disse que vou dormir aqui. (disse ele fechando os olhos e me evitando totalmente).

Eu dei as costas e fui em direção ao quarto, e Guilherme me chamou novamente.

Guilherme - Felipe?

Felipe - Oi Guilherme? (voltei as pressas)

Guilherme - tem mais uma coisa.

Felipe - Pode falar. (disse isto me aproximando dele).

Guilherme - aqui na minha casa quem faz as ordens sou eu, e se você apronta uma dessas mais uma vez, ouve bem, só mais uma vez...

Felipe - Você vai me mandar embora? (perguntei o interrompendo)

Guilherme -Não, eu não vou manda-lo embora, mas juro por Deus que eu te dou uma surra que vai fazer você nunca mais esquecer de mim.

Felipe -Eu não vou aprontar mais meu amigo. (jurei beijando os dedos)

Guilherme - assim espero. Agora vá dormir que o dia ja estava amanhecendo.

xXX

Fui pra cama, mas não conseguia pegar no sono, pensando na merda que eu havia feito.

xXX

No dia seguinte acordei cedo pra ir trabalhar. Fiz minha higiene, coloquei minha roupa e saí apressado pra não chegar atrasado.

Parei na sala e fiquei olhando Guilherme dormir, me aproximei e pensei se acordaria ele pra me despedir ou não. Fiquei ao lado do sofá ate criar coragem de acorda-lo.

Felipe - Guilherme... Hey cara! (falava eu dando uma leve chacoalhada em seu corpo)

Guilherme foi despertando aos poucos, e antes de falar comigo deu uma boa espreguiçada no sofá.

Guilherme - Fala Felipe. (Dizia ele ainda deitado no sofá).

Felipe - Eu ja tou indo.

Guilherme - Indo pra onde? (falou ele levantando-se).

Felipe - Trabalhar, eu não ti falei que consegui um emprego novo?

Guilherme - Comentou alguma coisa, mas eu não sabia que ja ia começar.

Felipe - Pois é, eu entro as 8 horas, tou te avisando pra ti não achar que eu saí pra aprontar.

Guilherme passou a mão na testa.

Guilherme - Já tomou café?

Felipe - Da tempo não.

Guilherme olhou no relógio.

Guilherme - tu entra as 8?

Felipe - Isso.

Guilherme - E aonde é esse trabalho?

Passei o endereço certinho para o Guilherme.

Guilherme - Vai tomar café que eu vou me arrumar e deixo você la.

Felipe - Não precisa, eu tou sem fome.

Guilherme - Vai passar mal por ae sem comer.

Felipe - Passo nada, sou resistente a fome. (falei sorrindo, mas Guilherme não estava com cara de muitos amigos).

Guilherme - Você quem sabe, não vou insistir não. (Falou ele rude).

Falei um tímido ta e saí do apartamento. Assim que cheguei no ponto o ônibus passou e em menos de 60 minutos eu ja estava na oficina do Diogo.

xXXX

Felipe - Bom dia amigo.

Bom dia - respondeu o funcionário.

Felipe - O Diogo ta ae?

Ta pra faculdade - (falou ele carregando alguns recipientes).

Felipe - é que ontem ele me contratou e disse pra eu começar hoje.

- Tou sabendo já, ele me passou o bizu.

Felipe - e o que eu vou fazer?

- Cara, serviço aqui é o que não falta. (falou ele retirando o suor da testa)

Felipe - Serviço é meu nome. (falei sorrindo)

- Ótimo. Guarda essa mochila la no escritório e vamos arregaçar as mangas.

Felipe - Na hora.

Guardei minha mochila e voltei para começar meu serviço.

- E ae, guardou?

Felipe - guardei.

- Então me segue que eu vou te apresentar pra galera.

Assim eu o fiz, e ele me apresentou para os outros três funcionários.

- Esse aqui é o piolho, aquele que esta debaixo do carro é o Raul, e esse que esta o auxiliando é o Leandro, meu irmão.

Cumprimentei todos eles.

- E eu, sou o Leonardo.

Felipe - O teu eu já estava sabendo, o Diogo comentou.

Leonardo - Pois é, na ausência do Diogo eu sou responsável pelos moleques e agora por você também.

Felipe - blza.

Leonardo - E agora chega de apresentações e vamos trabalhar? (rs)

Felipe - Você quem manda. (rs)

Leonardo - Eu preciso dar um brilho em uma ''hilux'' e tu vai me ajudar.

Felipe - Vamos la. (falei acompanhando o Leonardo)

Estávamos quase terminando o trato na ''hilux'' quando um ''Hb-20'' estacionou e o Leonardo saiu de dentro. Cumprimentou todo mundo e em seguida falou exclusivamente com o Leonardo.

Diogo - E ae Leo, como nosso cara ta se saindo?

Leonardo - Ainda é cedo pra falar Digão, mas ele esta se saindo bem.

Diogo - E tu Felipe, que ta achando do teu instrutor?

Felipe - Da hora, ele ta me passando todos os procedimentos.

Diogo - que bom. Sugue esse cara viu!?

Felipe - pode deixar. (falei sorrindo).

Diogo subiu para o escritório e Leo e eu continuamos na ''Hilux''.

Quando terminamos, Leonardo foi ate a salinha vip e voltou com duas cervejas.

Leonardo - Toh. (falou ele me entregando uma).

Felipe - Não Léo, obrigado!

Leonardo - Bebe pô, o Diogo não embasa não. Só não pode ficar mamado.

Felipe - Tah ok. (falei pegando a cerveja de sua mão, abrindo e tomando uma golada).

No horário do almoço, o Diogo me deu uma ficha e eu almocei em uma churrascaria próximo a oficina.

xXX

Já eram 17 horas quando a oficina começou a fechar.

Diogo - Felipe, da uma subida aqui. (gritou Diogo de seu escritório)

Piolho - Vish moleque, quando o chefe fala assim é as contas. (falou ele rindo e todos o acompanharam)

Leandro - Porra mano, o cara mal entrou e tu já tostou ele para o Diogo? kkkkk. (ele falava se referindo ao Leonardo).

Felipe - Mas o que eu fiz? (eu fiquei nervoso e fui o único que não ri das piadas).

Leonardo - Isso é putaria desses bundões, vá la na fé que não deve ser nada demais.

Eu subi as escadas apreensivo e quando ja estava no alto bati na porta.

Felipe - Da licença Diogo?

Diogo - Entra ae Felipe. senta!

Felipe - Ta! (falei sentando).

Diogo - e ae, o que você achou desse primeiro dia?

Felipe - Eu gostei, é mais puxado que na lanchonete, mas eu não fujo de serviço não.

Diogo - O Leonardo te elogiou, disse que você é muito esforçado, e caprichou no serviço.

Felipe - Obrigado.

Diogo - Felipe, você vai fazer alguma coisa importante hoje?

Felipe -Não, nada!

Diogo - então você vai passar a noite aqui na oficina.

Felipe - plantão?

Diogo - Não, não. (respondeu Diogo rindo) -vamos assar uma carninha, tomar umas geladas e convidar umas damas de companhia. (falou ele rindo)

Felipe - entendi. Mas eu vou recusar, moro longe e tenho que pegar dois ônibus, tenho que dormir cedo pra poder repor as energias pra amanhã.

Diogo - e qual a pressa? amanha é feriado mesmo!

Felipe - feriado de que?

Diogo - independência. Tu vive em qual mundo Felipe? (perguntou ele rindo).

Felipe - eu não sabia que era feriado.

Diogo - Mas é. A não ser que voce queira vir trabalhar sozinho! (rs)

Felipe - Não, não. Se é folga, agente folga. (rs)

Diogo - Mas deixe de me enrolar, você fica conosco?

Eu pensei um pouco.

Felipe - fico.

Diogo - Blza! (falou Diogo esfregando uma mão na outra)

xXXX

Já era tarde da noite e eu estava jogando sinuca com o Leonardo. Alguns caras estavam se atracando com umas minas, e por diversas vezes eles tentavam joga-las para cima de mim que recuava.

Diogo - e ae Felipe, ta curtindo? (Perguntou Diogo se apoiando na sinuca atras de mim).

Felipe - tou sim.

Diogo - Quer uma carninha? (falou ele com um espeto na mão)

Antes de eu responder, o piolho apareceu chamando pelo Diogo.

- Tem um cara ae - (falou ele)

Diogo - Cliente?

Piolho - Não. é aquele mesmo cara la da lanchonete.

Diogo - qual cara da lanchonete?

Piolho - aquele que vocês tiveram um atrito.

Diogo - Não lembro.(falou Diogo com a boca cheia de carne).

Piolho - Como não mano!? Aquele que vocês tiveram uma briga feia na frente do posto por causa desse cara ae!

Felipe - O Guilherme ta ae? (perguntei espantando)

Piolho - sei o nome dele não, sei que ele ta ae fazendo confusão.

Diogo - esse bicho quer uma coça, vamos la piolho, e chama os caras.

Piolho - Agora chefe!

Felipe - ele não quer confusão nenhuma não Diogo, provavelmente ele ta atras de mim.

Diogo - Mas ele ta no meu território. (falava Diogo caminhando ate a frente da oficina).

Felipe - Mas ele nao quer confusão mano. (eu insistia).

Diogo - Mas eu quero. (falou Diogo, decidido)

Em pouco tempo os amigos do Diogo nos acompanharam.

- Felipe... Felipe! (Ouvia o Guilherme gritando meu nome do lado de fora da oficina).

Diogo - E ae meu irmão, nos encontramos novamente hen!? (falou ele subindo a porta de enrolar).

Guilherme - o que tu faz aqui?

Diogo - eu sou o dono disso aqui. (falou Diogo abrindo os braços)

Guilherme - É aqui que tu ta trabalhando Felipe?

Diogo - é aqui sim, e qual o pó?(Falou Diogo, encarando o Guilherme)

Guilherme- tou falando com ele e não com você!

Felipe - é aqui sim Guilherme, e como foi que tu me encontrou?

Guilherme - Você me deu o endereço hoje cedo, esqueceu?

Felipe - Não lembrava.

Guilherme - Pois é, mas deu. Agora entra no carro e vamos embora daqui.

Diogo - ele não vai a canto nenhum. Ele esta com minha galera e esta curtindo, quem vai embora é você a custa de porrada.

Guilherme - Não te mete rapaz, eu não quero te acertar novamente.

-Mas nós queremos (falou piolho, surgindo atras de nós juntamente com os outros funcionários e alguns amigos convidados).

Felipe - Diogo, eu tou indo com ele, não carece confusão cara, a festa esta de boa, pra quer acabar na pancadaria?

Diogo - a festa agora que vai começar.( falou Diogo tirando um canivete do bolso da calça).

Guilherme - Felipe entra no carro.

Felipe - Tou tentando negociar...

Guilherme -Entra no carro porra, não me tira do sério. (Falou Guilherme me interrompendo).

Eu olhei assustado para o Guilherme,meus olhos se arregalaram.

Diogo - Você só vai se quiser Felipe. Esse bosta não vai te tirar daqui a força.

Nessa hora o Guilherme me arrastou pelo braço e me jogou no banco de trás do carro. Diogo juntamente com o piolho e o Leandro partiram para cima dele.

Guilherme sacou uma arma da parte de tras da calça e deu um tiro para o alto.

Guilherme - O próximo vai ser na tua testa seu filho de uma puta.

Diogo - Uow irmão... pega leve, abaixa essa arma.(falou Diogo com as mãos para o alto).

Guilherme - vou contar ate cinco e não quero ver você mais na minha frente. ( eu via tudo de dentro do carro, sem acreditar que aquilo estava acontecendo).

Guilherme - um.

Diogo -Não vai fazer merda cara.

Guilherme - dois.

Diogo - Você vai se arrepender.

Guilherme - três.

Piolho - Digão, vamos pra dentro irmão, depois agente acerta as contas com esse cara.

Guilherme - quatro. (Guilherme mirou a arma e antes do cinco já não tinha uma alma a nossa frente).

xXX

Já dentro do carro eu tentava conversar com o Guilherme.

Felipe - Pra que isso cara?

Guilherme - Você já viu que horas são?

Felipe - não sei, umas 8, sei la.

Guilherme - ja passa das 22 h. Você saiu de casa antes das 7 horas. Que porra de trabalho é esse que vara a noite?

Felipe - era uma festinha, não achei que fosse gerar esse clima.

Guilherme não falou nada.

Felipe - minha mochila ficou la.

Guilherme continuava calado e concentrado no volante. Por mais que eu tivesse passado uma temporada no campo, eu cresci naquela cidade e sabia que o caminho que ele estava tomando não era o do seu apartamento.

Felipe - pra onde estamos indo?

Guilherme continuava calado.

Felipe - pra onde nós estamos indo Guilherme? (comecei a me desesperar)

Guilherme parou o carro em uma estrada de barro, deserta e longe de tudo.

Guilherme - desce do carro.

Felipe - o que?

Guilherme -mandei descer do carro.

Felipe - Mas pra que descer aqui? não tem nada aqui cara.

Guilherme desceu do carro e abriu a porta do passageiro.

Guilherme - Vamos. Desce do carro.

Eu percebi que ele falava serio e achei melhor não contraria-lo. Assim que saí do carro, Guilherme bateu a porta com muita força, fazendo eu me borrar de medo.

Ele ficou parado de frente pra mim e começou a retirar o cinto que usava na calça.

Guilherme - eu falei que mais uma que você aprontasse eu iria lhe dar uma surra.

Felipe - Você vai me bater? (falei sem acreditar naquilo)

Guilherme - É apenas um corretivo, que eu tenho certeza que seus pais nunca lhe deram. (falou ele ja com o cinto em mãos).

Aquilo só poderia ser brincadeira.

Continua...

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Comentários

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Posta mais um capítulo mais rápido possível. O conto é perfeito. Parabéns!!

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Tenta postar 2 caps por dia!!! amei seu conto!!! <3

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Puta que pariu!!! Porra de vida sofrida essa.

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Dois filhos da puta do caralho esses irmaoz

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Mais ulha... vai pegar uma coça... cara adorei... ele te ama de verdade... qm disse q uma porrada não educa...

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Corretivo? Oi? Me matando de achar graça aqui. hahuhahuahuaha. Acho que é a primeira vez que vejo uma atitude tão inusitada como essa. Continua...

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Q porrah de atitude é essa do Guilherme, acho q uma conversa resolveria tudo... Massa seu conto

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Adorei o capítulo! Espero que Guilherme ñ bata em Felipe! Minha opinião sobre Miguel mudou dps disso!

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sera q o gui vai mesmo bate no felipe q issso gente q cara loko é esse kkkkk mais to amando cara seu conto bjs

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Amando é pouco para o que estou sentindo pelo conto !!! , não creio que ele vai dar uma surra mas sim um susto e ainda vai rolar uns pegas ai . Meu favorito vc me surpreendeu , veio mais cedo do que eu esperava , um grande abraço e não demora .

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FICO PENSANDO NO INTERESSE DE MIGUEL COM FELIPE. A ATITUDE DE MIGUEL PRIMEIRO COM FELIPE E COM O IRMÃO. E NAS REAIS INTENÇÕES DE GUILHERME COM O FELIPE TB. E A NOIVA DO GUILHERME, ONDE ENTRA NESSA HISTÓRIA A PARTIR DE AGORA? TÁ FICANDO INTERESSANTE MAS MUITA COISA PRECISA SER ESCLARECIDA. VOU LER COM CERTEZA TODOS OS CAPÍTULOS ATÉ O FIM PRA FICAR SABENDO. RSSSSSSSSSSSSSS. MUITO BOM

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