O Enviado - Cap. 4

Um conto erótico de Paulo
Categoria: Homossexual
Contém 608 palavras
Data: 05/02/2016 20:46:17

Eu tinha 99% de certeza de que, o que eu estava sentindo não era paixão, e sim amor. Douglas agora tomava conta da maior parte de meus pensamentos. O buraco em meu peito estava se fechando aos poucos e eu não pensava mais tanto em meu irmão, e as lembranças já não me faziam sofrer como antes, agora elas já não passavam de lembranças felizes. E eu estava muito feliz por isso, porque eu estava bem comigo mesmo, eu me conhecia, e tinha controle sobre minha vida.

Eu agora só precisava ter alguém com quem dividi-la.

Estava sentado no sofá de minha casa cutucando meu celular, o dia estava sendo tedioso e monótono. Eu não tinha nada para fazer, a não ser ficar jogando. Passei praticamente toda à tarde no celular. Quando o sol já estava quase se pondo, ouvi a campainha tocar. Fui atender.

– Oi! - Douglas falou sorrindo.

– Oi! - Respondi. - Que surpresa! - Sorri. - Entra!

– O que está aprontando ai? - Perguntou.

– Nada. - Respondi.

– Sério? Poxa, está com a casa só para você, e não aproveita? - Perguntou surpreso.

– Diga o que eu iria fazer aqui? - Indaguei.

– Ah sei lá. - Falou. - Tem tantas coisas.

Douglas passou por mim e se sentou no sofá. Sentei-me ao seu lado.

Douglas me encarou com seus lindos olhos.

– E como você está? - Perguntou.

– Bem melhor. - Respondi.

– Que bom, continue assim! - Falou. - Está gostando da escola? - Perguntou ainda me encarando.

Fiquei meio encabulado com a pergunta, não tinha amizade com ninguém além dele, então não tinha certeza ao certo do que achava dá escola. Mas menti.

– Tem sido bem legal. - Respondi.

– Que bom. - Seus olhos pareceram duvidar de mim. - Vamos lá para o terraço? Amei aquele lugar. - Falou entusiasmado.

– Ah claro. - Respondi.

Ao chegarmos no terraço Douglas logo se sentou nas cadeiras e encarou o céu quase nublado daquela tarde.

– Acho que nunca vou me cansar de vir aqui! - Falou me encarando. Sorridente.

– Pode vir sempre que quiser! - Falei. Retribui o sorriso.

– Olha que eu venho em! - Sorriu.

Sentei-me na cadeira ao lado e ficamos os dois encarando o céu e tentando desvendar o desenho e formato das nuvens.

– Veja aquela, parece um. Um!

– Coelho! - Respondi.

– É isso mesmo! - Me encarou sorrindo.

– Sabe, eu acho que estou me apaixonando. - Falou me encarando.

– Sério? E por quem? - Senti meu rosto esquentar.

– Eu acho que a pessoa já deve saber. - Ele continuou a me encarar.

Eu só queria me enterrar nesse momento.

Eu sabia que ele estava falando de mim, mas eu simplesmente fiquei quieto. Burro, burro, burro! É o que eu definitivamente sou. Burro! Você só precisa reagir, sua paca!

Sorri.

- Mas eu não sei se ele gosta de mim da mesma maneira! – Ele me encarou.

Mantive-me calado, simplesmente não soube como reagir, mas o que dizer nessa hora? Senti sua mão quente tocar minha face e o vi se aproximar de mim, meu coração disparou e senti o sangue passar por cada artéria do meu corpo. Nunca havia ficado tão nervoso antes. E finalmente senti seus lábios tocarem os meus, foi mágico, nossos movimentos foram sincronizados, foi um encaixe perfeito, encerramos o beijo e Douglas me olhou com seu olhar terno.

- Eu amo você. – Falou tocando meus lábios.

Eu o encarei, certo de que desta vez responderia, toquei sua face.

- Eu também amo você. – Ele sorriu.

- Não sabe como é bom ouvir isso. – Falou.

- Para mim também! – Sorri.

Beijamo-nos novamente, a sensação foi incrível não havia me sentido tão feliz desde aquele dia, era como se tivessem retirado um caminhão das minhas costas. Sentia como se o vento fosse me carregar a qualquer instante. Seu toque, seus lábios seu sabor, eu estava lentamente me viciando.

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