O Orfão. 06

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1838 palavras
Data: 04/02/2016 22:33:13
Última revisão: 04/02/2016 22:54:03

Guilherme – e ae, sente algum alivio? (perguntou Guilherme me encarando)

Felipe – sinto. Tuas mãos são macias. (falei com um sorriso no rosto e os olhos fechados).

Guilherme – como é que é?

Meu sorriso se desfez.

Abri meus olhos e fiquei observando a expressão seria do Guilherme.

Guilherme – minhas mãos são macias é?

Felipe – apenas modo de falar. (eu disse, afastando meu peito de perto do Guilherme). Quis disser que a dor ate passou.

Guilherme – sei.

Vesti minha blusa, e dei uma lavada em meu rosto.

Felipe – vamos voltar pra eu terminar de engraxar teus sapatos.

Guilherme não respondeu nada, apenas abriu caminho para eu passar.

xXX

Depois que terminei meu serviço, recebi a contraprestação e acompanhei Guilherme ate a praça.

Guilherme – vou trabalhar, Felipe. e suponho que você também.

Felipe – vou sim, vou subir e ver o que eu consigo.

Guilherme – Está certo. Agente se esbarra por ae. (falou Guilherme me cumprimentando).

Felipe – antes de tu ir, eu queria te pedir um favor.

Guilherme – pois peça.

Felipe – é que eu tou começando em um emprego hoje. Emprego mesmo, desses que a gente tem que cumprir hora, e todo final do mês faça chuva ou sol, recebe direitinho.

Guilherme – mas isso é muito bom, Felipe, e onde é?

Felipe – acho que você não conhece, mas é numa lanchonete, chamada: ‘’ Mil sabores pizzaria’’.

Guilherme – claro que conheço, mas em qual endereço você vai trabalhar?

Felipe – Jardim botânico. Não é só la?

Guilherme – não. ‘’mil sabores’’ é muito grande, e tem varias filiais.

Felipe – não sabia.

Guilherme – mas é verdade. O dono de lá é cliente nosso.

Felipe – o Gustavo?

Guilherme – O Gustavo é filho do dono. O dono mesmo é o Alberto.

Felipe – não sabia, quem me contratou foi o Gustavo.

Guilherme – ele é gente fina, já o Alberto e meio casca dura.

Felipe – Deus me livre de encontrar ele por la. (rs)

Guilherme – Deus te livre mesmo. (rs), mas me diga em que você precisa da minha ajuda?

Felipe – tenho vergonha de pedir isso, nem te conheço direito, mas é que eu não tenho aonde tomar banho.

Guilherme –kkkk. Eu percebi Felipe. Você esta meio sujinho mesmo.

Fiquei vermelho de vergonha.

Guilherme – mas eu deixo você tomar banho na minha casa sim. É isso que você ia pedir?

Felipe – só se não for te incomodar.

Guilherme pensou um pouco.

Guilherme – que horas?

Felipe – tenho que entrar no serviço as 16 h.

Guilherme – esse horário eu ainda estou aqui na empresa. (pausa e mão na cintura)

Felipe – não tem problema, era só se desse mesmo. (falei me despedindo de Guilherme)

Guilherme – eu não terminei de falar. Esse horário eu ainda estou na empresa, mas você passa aqui as 15 h em ponto, que damos uma corrida la em casa. Tudo bem?

Felipe – Tudo bem sim, Guilherme. As 15 h eu te espero no ponto dos engraxates, pelo que aconteceu a ultima vez eu prefiro evitar ir na empresa.

Guilherme – eu entendo Felipe. Eu entendo. As 15 h hein, não vá falhar comigo.

Felipe – não irei. (rs)

Despedi-me do Guilherme, e segui meu caminho assobiando e cantando e seguindo a canção.

Depois de trabalhar em diferentes pontos da cidade, voltei ate a praça dos taxistas e devolvi a caixa ao leke.

Felipe – aqui leke, a caixa e a grana que faturei hoje.

- Porra, hoje foi bom hein!? Falou ele.

Felipe – pois é. (rs). Vou ter que ir nessa, ainda vou aparar a juba.

- falou leke.

Felipe – falou.

xXX

Cortei o cabelo, e comprei um cortador de unhas, quando estivesse no banho iria dar um trato em mim legal.

xX

Guilherme – e ae, Felipe, me atrasei um pouquinho. Um cliente chato acabou tomando meu tempo.

Felipe – que nada, tem problema não. (falei levantando-me do banco da praça).

Guilherme – então vamos?

Felipe – vamo sim.

Entrei no carro do Guilherme e seguimos para sua casa.

Ao chegarmos ao local, vi algo familiar, era um apartamento no mesmo condomínio que o do Miguel, o que mudava era apenas o andar.

Entramos no elevador e rapidamente chegamos ao nosso destino: O local onde habitava o Guilherme.

xX

Guilherme – entra ae, Felipe, fica à vontade.

Felipe – da licença. (falei, passando pela entrada do apartamento).

Guilherme- enquanto você toma banho eu vou fazer uma boquinha, esta servido?

Felipe – quero não amigo, tou muito ansioso pra começar a trabalhar.

Guilherme – mas tem que comer. Já ao menos almoçou hoje?

Felipe – sim, sim, já almocei. Só queria mesmo tomar um banho.

Guilherme- sei.

Guilherme me mostrou o banheiro, e retornou para a cozinha.

Aquele banho era tudo o que eu estava precisando. Higienizei bem o meu corpo, passei champô, condicionador, gel no cabelo, anti-transpirante e ainda fiz a barba e escovei meus dentes. Agora sim, não mais iria ter aquela aparência de menino de rua que tanto me perseguia. Queria ver alguém me revistar agora. Coloquei no meu corpo roupas novas, guardei as velhas dentro da mochila e saí do banheiro.

Fui ate a cozinha, mas o Guilherme não estava lá. Saí a sua procura, tinha que ir trabalhar, mas antes queria agradecer. Procurei pelos cômodos ate chegar ao quarto, hesitei um pouco, não queria ser invasivo demais. Pensei, pensei, e resolvi entrar. Bati na porta, primeiro.

Felipe – posso entrar?

Guilherme – entra. (Guilherme estava deitado na cama com o controle da tv em mãos. Trajava o mesmo terno social de quando chegamos, a única diferença e que ele havia tirado os sapatos e estava apenas com as meias).

Felipe – eu já tou saindo, vim só agradecer e me despedir. (falei já dentro do quarto do Guilherme).

Guilherme – tem o que agradecer não. Porra, você ta parecendo galã de ‘’hollywood’’.

Felipe – Você achou?

Guilherme – claro que achei, só esta faltando uma coisa pra dar uma melhorada.

Felipe – e o que é?

Guilherme – tira essa blusa.

Enquanto eu tirava minha blusa, Guilherme foi ate um roupeiro, abriu a porta de correr e tirou uma camisa social.

Guilherme – experimenta.

Pedi licença, peguei a camiseta de Guilherme, coloquei em mim e fiquei me admirando em frente o espelho. Eu havia ficado ainda mais bonito.

Guilherme – me da aqui o braço. ( O Guilherme deu umas dobras na manga da camisa, a deixando ainda mais estilosa). – o que achou?

Felipe – Muita massa, cara. (falei com empolgação)

Guilherme – também achei, e dai você já vai bonitão no seu primeiro dia de trabalho.

Felipe – sim, com certeza. Mas, Guilherme, você ta me dando ou emprestando essa camisa?

Guilherme começou a rir.

Guilherme – digamos que é um presente.

Felipe – porra, obrigado. (rs)

Guilherme – de nada. (respondeu Guilherme com os braços cruzados e as costas na porta do roupeiro).

Felipe – eu posso passar um pouco de perfume?

Guilherme – claro que sim.

Passei o perfume, dei uma cheirada no sovaco e creio que não ficou faltando mais nada.

xXX

Felipe – agora tenho que ir, se não vou chegar atrasado no primeiro dia, ae não vai prestar pro meu lado.

Guilherme – eu te levo lá. Mas antes queria um favor teu.

Felipe – só pedir amigo.

Guilherme – na realidade é um tanto pessoal.

Felipe – pessoal como assim?

Guilherme – estou com muitas dores na coluna, Felipe. Comecei a sentir essas dores, ontem. Teria como você... (Guilherme não completou a frase, fez apenas movimentos com as mãos).

Felipe – não entendi Guilherme. Teria como eu o que?

Guilherme – você... Como eu posso pedir isso? (dizia Guilherme sem encontrar palavras)

Felipe – não sei falar, não sei o que tu quer.

Guilherme – eu quero saber se tem como você fazer uma massagem nas minhas... Costas. Pronto, falei. (disse ele ficando vermelho).

Felipe – poxa amigo, acontece que eu não sei fazer massagem. Não tenho jeito.

Guilherme – não tem problema, e só pra eu aguentar retornar à empresa.

Felipe – posso tentar...

Guilherme – é rapidao. Assim que terminar, eu deixo você em seu trabalho.

Felipe – beleza.

Guilherme começou a tirar sua roupa para poder receber a massagem, e eu fiquei paralisado, parecia que ele estava fazendo strip-tease. Primeiro ele tirou o terno, depois tirou a gravata e deixou cair no chão mesmo.

XXXx

Guilherme – Felipe, ei, estou falando contigo. (Guilherme falava balançando a mão direita na minha frente).

Felipe – hã? (não estava entendendo nada do que o Guilherme falava).

Guilherme – me ajuda aqui, por favor. Desabotoa a manga da minha camisa.

Felipe – ah sim, desabotoo sim.

Tirei os botões das mangas e Guilherme terminou de tirar o restante, e jogou a camiseta no chão, como fez com as outras peças.

Em seguida deitou na box de casal, e ficou com as costas pra cima.

Felipe- vou ter que ficar em cima de tu, ta?

Guilherme apenas levantou a mão fazendo sinal de positivo. Subi então sobre seu corpo e fiquei de quatro com seu corpo entre as minhas pernas. Fiquei um tempo paradao, não sabia por onde começar.

Guilherme – o que foi? (perguntou Guilherme)

Felipe – nada não. (falei, tentando não aparentar nervosismo)

Respirei e minhas mãos tremulas encontraram o corpo do Guilherme. Comecei pela parte dos ombros, e depois fui descendo.

Guilherme soltou um gemido, fazendo-me parar, rapidamente.

Felipe – machuquei cara?

Guilherme – não, não. Esta muito bom. pode continuar.

Eu olhei para o rosto do Guilherme, ele estava deitado com o rosto virado para o lado, seus olhos estavam fechados e sua boca estava um pouco aberta. Conforme eu fazia a massagem dava pra ver suas diferentes expressões faciais.

Depois de uns dez minutos fazendo massagem, eu resolvi parar, ia acabar me atrasando.

Felipe – Guilherme.

Guilherme - ...

Felipe – ei. (falei baixo, tocando em seu rosto).

Guilherme não respondia, saí de cima dele e vi que ele estava dormindo, e soltava um ronco baixo, quase silencioso. Comecei a balançar seu corpo, ate que ele dispertou.

Guilherme – oi. (falou ele, começando a despertar)

Felipe – é que eu preciso ir, se não vou chegar atrasado.

Guilherme levantou o braço esquerdo, olhando as horas no relógio, passou a mao pela cabeça.

Guilherme – ta bom, vou só colocar a camisa de volta e já te levo. (Guilherme estava meio crog do sono).

Saí do quarto e fiquei esperando ele na sala.

xXX

Já dentro do carro.

Guilherme – Felipe, você tem certeza que nunca fez massagem em ninguém?

Felipe – tenho sim, nunca fiz isso não.

Guilherme - esta de parabéns. é muito boa.

Felipe – me esforcei, mas eu nunca havia feito nada do tipo.

Guilherme – a dor ate sumiu.

Felipe – ah, para. Você ta mentindo. (falei sorrindo).

Guilherme – juro que não. Passou mesmo. (rs)

Felipe – que bom então. (rs)

Chegamos ate o local onde eu iria trabalhar.

Guilherme – é aqui mesmo?

Felipe – é sim.

Guilherme – você vai sair que horas?

Felipe – ainda não me falaram. Só sei que eu entro as 16 h.

Guilherme – hummm.

Felipe – vou nessa, meu amigo. Muito obrigado pelo banho. (falei apertando a mão do Guilherme)

Guilherme – por nada.

Abri a porta do carro e já ia saindo quando o Guilherme falou comigo.

Guilherme – felipe, espera um pouco.

Felipe – o que é?

Guilherme – se eu voltar a sentir a dor nas costas, posso te pegar aqui pra tu fazer mais uma vez a massagem?

Continua...

XX

amanhã começa o carnaval. Vocês irão para algum lugar?

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Comentários

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Foi com uma massagem que comecei um relacionamento...

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Hummmmm que delícia de massagem e..... quem é o Miguel nessa história rsrsrsr, #teamguilherme rsrsrsr

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Olha essa investida kkkkkkkkkkkkkkkkkk. . . bacana muito bom.

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n cara kk vo so ficar em casa lendo e assitindo e so kk e vc vai pra algum lugar? Ta otimo o conto cara bjs

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Poxa, gosto bastante do Miguel, mas o Guilherme é legal e tem atitude. Ainda prefiro o Miguel, por que... Tem que ser wai *~* Muito bom, aguardando

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Ja comecei a gostar desse Gustavo hehe....

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Adorei o capítulo! Fico imaginando o que Guilherme quer realmente com o Felipe! Bom Carnaval pra vc e pra todos nós leitores!

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guilherme está estranho. se nao for uma porfia entre o guilherme e o miguel pra ve quem pega o felipe. vai ter pov, dos outros pernsonagens.?

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Guilherme um fofo tem que ficar com o Felipe

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