Relatos de um Escravo

Um conto erótico de Bruno
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1227 palavras
Data: 17/01/2016 13:11:46

Esse conto tem por objetivo mostrar alguns relatos da minha vida. É difícil encontrar alguém que realmente possa entender o que realmente passamos. As vezes imagino contando para um amigo as coisas que me sujeitei com meu ultimo dono e isso me faz repensar como seria nossa amizade depois disso. Inclinar-se para as praticas do BDSM é algo solitário, as vezes é como ser de outro planeta, até seu melhor amigo vai te olhar como se você fosse a pessoa mais louca do mundo. Se pensarmos bem, gostar de apanhar, levar mijo, ser fudido com força, ser humilhado, ficar com um plug enfiado no cu como castigo e etc. são coisas que se dissermos em voz alta até para nós soa como estranho.

Sendo assim, vou narrar esse conto como uma forma de me abrir um pouco e compartilhar com os outros como é a vida de um submisso.

Optei por narrar a historia em terceira pessoa, para que durante a leitura não pensem em mim, que estou narrando, e sim no personagem que no fundo vivencia parte da minha vida como submisso.

É um conto erótico com ênfase na iniciação e vida de um escravo dentro do BDSM. Quanto aos fetiches, vou narrar todos que vivenciei então, pode ser que vejam coisas não tão comuns.

No mais espero que gostem.

Cap 1. Inesperado.

A necessidade de ter um dono em sua vida crescia a cada dia. Não havia um dia que dormia sem bater uma pensando em um dono. As pessoas que conhecia ou via na rua, que fisicamente se encaixavam nesses desejos se tornavam imagens reais em sua mente de cenas quentes de dominação onde ele, como submisso, terminava humilhado e gozado.

Tinha vinte e quatro anos e, vivenciando o mundo gay há pelo menos seis anos, tinha ao menos uma certeza: encontrar um dono no meio gay era mais difícil que encontrar um cara cem por cento ativo. Essa era a triste realidade, a maioria dos dominadores queriam apenas “bater” o “meter” com força e, quando se apaixonavam, se negavam a fazer esse tipo de prática. Jonas procurou em sites de relacionamento, aplicativos de celular, no Google e ate mesmo em comentários de blogs com temática de dominação e nada encontrou. Por isso ao longo dos anos Jonas foi se cansando e por fim parou de procurar.

Mas algo era certo, tudo na vida acontece no momento que tem de acontecer e, se você realmente quer alguma coisa, essa coisa acontece. E num dia totalmente inesperado alguém apareceu.

Voltava para casa depois de ficar até mais tarde no trabalho. Estava largado no banco do metrô com preguiça até mesmo de mexer celular, que logo ficaria descarregado. Sonolento ele viu, pelo reflexo do vidro uma pessoa sentada no banco do outro lado. Aparentava ter trinta e cinco anos, era moreno claro, parecia ser alto e tinha os ombros largos. Usava o uniforme da empresa em que trabalhava, que consistia em uma camisa social azul clara com bolso, a qual ele deixava uns quatro botões abertos revelando pelos negros. A calça jeans era meio justa e estava suja de graxa talvez, as botas negras de peão de obra pareciam cheias de poeira. O rosto era quadrado, sobrancelhas grossas e expressivas arqueavam sobre os olhos e a sombra da barba cobria parte do rosto. Os lábios eram grossos e carnudos. O olhar fixo nele, pelo reflexo do vidro, parecia curioso.

Por um momento eles se encararam, Jonas não desviou olhar e o homem também não. Havia algo nos olhos negros dele, algo selvagem, bruto. Sem saber por que desviou o olhar e ficou um tempo sem olhar. Depois voltou o olhar novamente e viu que o homem ainda olhava, o olhar era sério e impaciente. Sem dizer nada ele indicou o banco vazio ao seu lado com o olhar, sentindo a região do umbigo gelada Jonas mudou de lugar, o pau pareceu dar sinal de vida entre as pernas.

Ao sentar ao lado dele a primeira coisa que sentiu foi o cheiro forte de suor dele, cheiro de macho, pensava. Aquilo fez o pau de Jonas latejar. Jonas ajeitou a gola da camisa e respirou fundo, o cheiro lhe deixou com muito tesão, e o homem, alto, bruto e forte fez sua imaginação pipocar. Naquele ângulo Jonas pode ver as mãos grandes e cheias de veias com os dedos entrelaçados sobre as coxas grossas e o peito peludo pela parte desabotoada da camisa. A primeira cena que veio a sua mente foi aquele macho te batendo de cinto, colocando ele de quatro e sentando a vara no seu cu. A imagem pareceu boa e seu pau latejou entre as pernas...

- Até quando vai ficar olhando?

Jonas foi arrancado de sua imaginação erótica ao ouvir o timbre forte da voz do homem, que em tom de desaprovação fez as bochechas de Jonas arderem.

- Desculpa, eu... não quis... eu – Jonas se embolou com as palavras na medida que o homem se endireitou no banco, encostado as costas no encosto do banco. Os peitos ficaram estufados na camisa e alguns fiapos de pelo saltaram para fora. Ele tinha uma leve barriguinha de chope e a camisa parecia apertado para o seu tamanho. Seu olhar enérgico voltou para Jonas. – Desculpa, acabei me distraindo.

- Se distraiu com o que, nunca viu homem não? – disse olhando nos olhos dele, o olhar parecia estranhamente irritado e Jonas ficou com medo, gente homofóbica estava surgindo em todos os lugares. Sem jeito ele jogou a mochila no colo, escondendo assim o volume entre as pernas.

Sem resposta ele olhou para o lado e ninguém pareceu ter ouvido.

- To esperando a resposta – disse olhando ele nos olhos, e seu olhar era intenso. Era como se quisesse se impor com o olhar.

- Desculpa, eu me des... – ele pousou a mão grossa na coxa de Jonas fazendo o calar com um suspiro, logo sentiu o pau endurecer ainda mais. Seu corpo ficou mole e sua vontade foi abraçar o macho gostoso na sua frente e sentir o cheiro do pescoço dele.

Ele apertou a mão com força na coxa de Jonas com o olhar fixo no dele. Quanto mais tempo olhava mais a mão dele apertava sua coxa. Sentindo uma leve dor Jonas olhou para baixo, estava com vergonha, medo... receio, simplesmente não sabia o por que. Nesse momento a mão do homem afrouxou. Seus olhos focavam a mão grande e cheia de veias ainda em sua perna. Mão forte, mão rígida...

- Vou descer na próxima estação – disse o homem se levantando, Jonas queria olhar entre suas pernas mas ficou com medo da possível reação dele. Não sabia se aquilo era uma despedida ou um convite. Arrumando o pau duro na calça Jonas se levantou e o seguiu, que se fodas! Se fosse um homofóbico não teria apertado sua cocha e nem teria olhado em seus olhos daquele jeito: olhos cheios de desejo e imposição. Também nem pensou no que estava fazendo, apenas o seguiu, sentiu-se intimidado pelo homem e isso era raro. Enquanto caminhava pelo vagão seguiu com o olhar as costas largas do homem, era alto e bem parrudo. Quando a porta do metrô se abriu o homem saiu sem olhar para trás. Nos segundos em que a porta ficou aberta Jonas deu os ombros e saiu. Que se dane tudo!

E foi assim que tudo começou.

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Comentários

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Minha pica babou na cueca...Jonas será bem fodido, de forma agressiva. desejando esse Jonas!

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Bruno o Jorge realmente existe ou é um personagem produto de sua fantasia?

Um abraço

Você escreve muito bem

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Gostaria muito de fazer contato com outros machos dominadores

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Excelente o conto. Descreve com precisão os desejos e os prazeres de uma relação dominação submissão

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Ótimo começo, continua logo cara

Nota 10

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