Romances Proibidos 27

Um conto erótico de Cah & Fer
Categoria: Homossexual
Contém 2689 palavras
Data: 14/01/2016 15:43:27

Romances Proibidos 27

(CAROL)

Quem falou que foi a Nanda infelizmente errou. Pois quem me ligava foi minha operadora do celular quero morrer com este tipo de ligação, tanto nem atender esse tipo de ligação eu não atendo mais. Depois de ter meus pensamentos interrompidos com a ligação não atendida da minha operadora paguei a conta do restaurante e fui pra casa.

Levei mais tempo que o normal para chegar em casa, por causa do transito. Assim que ponho os pés em casa vejo algumas sacolas jogadas no chão da sala, logo pensei que foi Rita balanço a cabeça desanimada com a situação e recolho as sacolas. Levo as para a cozinha, guardo tudo nos seus devidos lugares, vou até meu quarto para assim terminar algum trabalho e um relatório para meu chefe. Mais não consegui fazer por que o barulho que vinha do quarto da Rita era demais. Voltei pra sala e lá fiquei até por fim em um trabalho, o relatório e ainda de lambuja uma atividade da faculdade. Gastei toda a tarde com isso, não tive nem tempo de pensar na Nanda.

Juntei meus cadernos e livros e fui me ajeitar pra tomar um banho, serio o barulho que vinha do quarto da Rita estava insuportável e constrangedor no mínimo dei graças que não encontrei ninguém no corredor já que não tinha levado as minhas roupas para o banheiro. Entrei no meu quarto enquanto vestia minhas roupas ouvi a Rita saindo do quarto que bem provável era o Rodrigo que estava com ela.

Demorei um pouco mais pra sair do quarto, para ter certeza que não encontraria ele. Me enganei feio com isso, entrando na cozinha tive uma baita surpresa vendo a Rita na cozinha preparando algo creio eu que pra ela e para ele também.

CAROL: Oi gente.

RODRIGO: Oi

RITA: Você chegou faz tempo amiga?

CAROL: Sim, logo depois do almoço.

RITA: Não voltou para o estágio hoje?

CAROL: Não, nosso patrão nos deu o resto da semana pra ficar em casa.

RODRIGO: Vocês trabalham juntas, moram e estudam?

RITA: Sim, praticamente um casamento que deu certo.

RODRIGO: Vira está boca pra lá meu anjo.

O tom de voz que ele falou foi como se fosse alguém superior. Fechei a cara e perguntei.

CAROL: Por que?

RITA: Ele fala assim por que já foi casado Carol.

Sabia que a Rita estava tentando amenizar a situação mais não ia adiantar muito.

CAROL: Deixa ele responder Rita.

RODRIGO: Falei que era pra virar a boca pra fora porque, é nojento este tipo de relação.

RITA: Que tipo de relação Rodrigo?

Minha paciência já tinha se esgotado.

RODRIGO: Pra falar a verdade nem devemos falar que esse tipo de coisa é relação. Estão mais para o tipo de aberração.

CAROL: Se eu fosse você, não terminava de concluir seus pensamentos.

RITA: Vamos mudar de assunto?

RODRIGO: Não. Agora eu quero concluir. Pra mim esse povo que fica saindo com gente do mesmo sexo não passam de aberrações.

Pra mim foi o que basto, minha vontade era de meter a mão na cara dele.

CAROL: Aberrações? Aberração são pessoas como você homo fóbicas, preconceituosas de mente pequena.

RODRIGO: Você fala como se...

RITA: Vamos parar agora com isso já deu.

Quem ele pensava que é? Cara sem noção.

CAROL: Como se... O que?

RODRIGO: Fosse desta corja de seres.

RITA: Pode parar Rodrigo, você passou dos limites.

Ele passou dos limites a muito tempo.

CAROL: Pra sua informação sou sim LÉSBICA com muito orgulho.

Ele me olhou de cima a baixo com cara de nojo com ar de deboche falou.

RODRIGO: Pra mim mulher que gosta de mulher é falta de pau.

CAROL: O que?

Fiquei me controlando pra não fazer besteira.

RITA: Como?

RODRIGO: E isso mesmo. Tenho certeza que você nunca teve um homem de verdade que desse um trato em você. Por isso que fica ai...

Me segurei ao máximo, mais não aguentei mais, ele tinha chegado no limite da minha paciência. Não pensei nas consequência do meu ato. Sem pensar dei um tapa na cara dele sem deixá-lo terminar sua frase nesta hora de tamanha raiva estava a ponto de chorar, de pura raiva e ódio por ainda ter pessoas que pensam desta forma preconceituosas ficar sentida por minha amiga estar se envolvendo com um homem que é capaz de falar atrocidades como esta. Ele se levantou e já indo em minha direção para me bater com certeza.

CAROL: Você não é louco de fazer isso. Por que? Se for irá sair daqui numa viatura de polícia.

RITA: Rodrigo chega.

Não sei o que poderia ter acontecido ali se a Rita não tivesse intervindo na situação, ele creio que vendo que pra ela, ele também tinha passado dos limites veio com toda falsidade do mundo me pedir desculpas por ter falado aquelas atrocidades pra mim. Não perdi meu tempo ali ouvindo desculpas falsas sai do apartamento antes que falasse pra ele poucas e boas. Eu tremia de raiva achei mais prudente sair para andar um pouco pra refrescar a mente.

Depois de um tempo andando pelo meu quarteirão resolvi ir até a padaria, pra ter certeza que quando eu voltar para casa não encontrar ele lá. Quando estava atravessando a rua indo em direção a padaria já me encontrava no meio da rua um motoqueiro passa tão rápido que me joga no chão quase me atropelando, fiquei sem reação de tão assustada que fiquei ali no chão. O motoqueiro parou a moto desceu e veio em minha direção ainda com o capacete na cabeça. Me pegou pelo braço com muita força fazendo assim eu sair do chão.

CAROL: Você está me machucando.

Foi quando ele levantou o visor do capacete me deixando vê-lo.

RODRIGO: Devia tomar mais cuidado.

Me falou com um olhar carregado de ódio e raiva.

RODRIGO: A próxima vez você não pode ter a mesma sorte.

Ele pareceu pensar em o que ia me dizer ou me deixando ingerir o que ele estava falando.

RODRIGO: Vou deixar bem claro aqui pra você. Não bati em você por que Rita estava lá, senão fosse pela presença dela eu teria esmagado tua cara na parede, com tanta pancada que iria dar na sua cara. E tem mais. Vou te mostrar como um homem come uma mulher de verdade.

Passando a língua nos lábios e me olhando como se me devorasse concluiu dizendo.

RODRIGO: Vou comer você. Senão não me chamo Rodrigo, e sabe o melhor você vai gostar.

Não consegui, comecei a chorar de pavor daquele homem fiquei desesperada, ele me soltou prometendo vim outro dia especialmente pra me ver. Tremi novamente por causa dele não por raiva e sim medo. Sentei na guia da calçada, tirei o celular do meu bolso não sei o porquê mais liguei pra ela com as mão tremendo.

(MILLA)

A Bruna estava tão interdita com seu celular que nem me viu chegar perto dela. Me lembrei do dia que ela virou minha confidente, tanto ela a Nanda como Isa presenciaram uma briga minha com o Caio no qual quase resultou na nossa separação. Aquele dia ela foi a única que veio falar comigo e pra mim ter calma que nada se resolvia com a cabeça quente. Não queria ligar pra ela hoje, sei que seria o dia do ponto final das saidinhas dela com a Nanda, e o pior de tudo isso é que sabia que ela gostava muito da Nanda mais já fazia muito tempo que ela se sentia incomodada em como a Nanda vinha a tratando. Quando ela me viu sorriu.

BRUNA: Oi amiga.

MILLA: Oi

BRUNA: Como você está?

MILLA: Precisando de um ombro amigo.

BRUNA: É pra isso que estou aqui.

MILLA: Mais antes me dizer como foi com a Nanda?

BRUNA: Como eu tinha imaginado.

Vi o quanto ela parecia triste com tudo aquilo.

BRUNA: Olha mais estou aqui pra te ouvi.

Ela pareceu melhorar do nada. Deixamos os carros onde estavam e fomos até uma lanchonete que tinha enfrente a escola pedimos sucos e lanches para assim podemos conversar enquanto comemos. Enquanto comíamos falei tudo que tinha acontecido mais cedo na casa do Caio, ela me ouviu sem dizer nada. Esperei ela digerir o que eu tinha falado, ela pareceu pensar no que me falar.

BRUNA: Nossa amiga.

MILLA: Eu o amo, mais não sei dizer o porquê de não ter respondido.

BRUNA: O por que está na cara.

Ela falou como se fosse a coisa mais óbvia.

MILLA: Pra você.

BRUNA: Você está com medo.

Ficamos muito tempo ali conversando falei de todos meus sentimentos e ela acabou também desabafando comigo, disse que eu não precisava ter medo de nada que eu e Caio já morávamos juntos praticamente que se eu quisesse ver o quanto isso era verdade era só eu tentar passar uma ou mais semanas sem dormir na casa do Caio que ai eu ia sentir o quanto nossa relação era extremamente estável já. Também a aconselhei sobre a relação dela com a Nanda porém, ela falou que passou dos limites com ela hoje quase tanto um tapa na cara da Nanda. Não precisei falar minha opinião por que ela já sabia de cor e salteado. O conselho que a Bruna me deu foi muito bem aceito tanto que eu iria tentar pôr em pratica.

Nos despedimos e fui para casa dos meus pais. Chegando na casa deles eles ficaram até surpresos deu estar lá, me questionaram por estar lá e logo acharam que eu e Caio tinha brigado minha mãe até chegou a ir até meu quarto pra falar comigo.

MÃE: O que aconteceu filha?

MILLA: Nada mãe.

MÃE: Filha você não dorme aqui em casa faz meses.

Fiquei em choque com o que minha mãe me falava, foi difícil assimilar as coisas. Com a conversa que tive com a Bruna a coisa que ela me fez perceber foi que o meu medo era de o casamento com o Caio desse errado por causa da convivência, mais vendo minha mãe ali falando só confirma o que a Bruna me disse. Eu tinha medo de uma coisa que já era minha realidade de vida. Ao fim da conversa com minha mãe fui tomar um banho, saindo do banho escudo meu celular tocando, quando peguei o celular respiro fundo e atendo.

MILLA: Oi meu amor.

CAIO: Oi bebe. Onde você está?

MILLA: Na casa dos meus pais.

CAIO: O seu pai está bem?

MILLA: Meu amor não tem nada de errado com nenhum de meus pais, preciso de um tempo pra pensar sobre seu pedido.

CAIO: Mais pensei que você pensaria aqui na nossa casa meu amor.

Fiquei com o choro preso na garganta mais precisava ser forte conversamos muito disse a ele que passaria por lá para deixar seu carro que está semana não dormiríamos juntos por que iria ficar a semana toda na casa dos meus pais. Deixei bem claro que queria falar com ele todos estes dias, ele me falou que sentiria minha falta na cama. Fui dormir sem jantar, chorei até adormecer com falta dele ao meu lado isso me fez pensar o quanto ia ser difícil ficar na casa dos meus pais.

(NANDA)

Fiquei ali pensando se ligava ou não pra ela, decidir por não ligar não queria que ela tivesse tanto o controle da situação, seria mais fácil pra conquistá-la se ela estivesse desnorteada com tudo, primeiro dá e depois tira. Estava praticamente dormindo dentro do meu carro quando recebo uma ligação do Caio.

NANDA: Fala Caio.

CAIO: Oi Nanda...

Caramba ele estava mal.

CAIO: Eu preciso de conversar com alguém, e essa pessoa só pode ser você.

NANDA: Pode falar Caio.

CAIO: E que não rola por telefone, pode ser pessoalmente?

NANDA: Logico. Quando?

CAIO: Hoje depois do seu serviço?

NANDA: Por mim está ótimo. Onde?

CAIO: Aqui no Galpão.

NANDA: Beleza.

Fiquei um pouco preocupada com ele mais eu tinha certeza que depois dele desabafar seja lá o que tinha o Caio ficaria melhor. Essa relação com o Caio de usar um ao outro de ombro amigo pra desabafar era bem comum, mesmo quando o que tinha pra ser dito seja coisas tão constrangedoras como o dia que ele brocho, ele ficou em pânico por dias ri muito com isso, ou o dia que o pai de uma guria veio falar comigo pra namorar a filha dele, ele quase se mijou de tanto que ria. Mas também temos os papos sérios como o dia que ele ficou tentado a trair a Milla ou o dia que fui assaltada que entrei em pânico no dia, então viramos conselheiros e consultores um do outro.

Quando desliguei o celular já era hora de voltar a trabalhar. Assim que entrei a Isa veio ao meu encontro sentou na minha mesa literalmente na mesa, e me questionou sobre a conversa com a Bruna falei como tinha sido em detalhes ela riu muito, cheguei até pensar que ela iria passar mal de tanto ria. Depois ela falou que Duda tinha novamente prometido que iria dormir com ela, e ainda por cima a semana toda duvidei muito, mas não disse nada pra Isa, falei pra ela não ficar com tantas esperanças mais tive uma grande surpresa que era a Isa não botando tanta fé na palavra da namorada.

Apesar de ter muitas coisas pra fazer o meu dia passou se arrastando como se o dia todo eu ficasse sem fazer nada. Ao bater o ponto a Isa me convidou para beber algo com ela porém, já tinha combinado com Caio de conversarmos, sabia que ela tinha feito este convite por medo de a Duda não estar lá e ela ficar mais mal. Dei graças que ela não insistiu em saber qual era meu compromisso então nos despedimos e fui me encontrar com Caio. O caminho não era muito longe de onde eu estava, não demorei mais que 10 minutos pra chegar no Galpão.

Parei o carro em frente ao Galpão encontrei o Caio na porta da recepção me esperando. Ele me viu pareceu aliviado com minha chegada.

CAIO: Pensei que você não veria.

NANDA: Qual foi o dia que te deixei na mão?

CAIO: Nunca.

NANDA: Então qual foi o problema?

CAIO: Fiz o pedido pra Milla.

NANDA: E qual foi a resposta?

CAIO: Esse é o problema Nanda. Ela não me deu a resposta.

NANDA: Como assim?

CAIO: Ela me pareceu confusa. Como se eu estivesse fazendo o pedido para pessoa errada, ela ficou ali na minha frente tonta parecendo que iria sair correndo a qualquer momento.

NANDA: Puxa Caio, como você está se sentindo?

CAIO: Mal Nanda, muito mal.

Fiquei triste de ver meu amigo daquele jeito, ficamos conversando por muito tempo ali mesmo na frente do Galpão sentamos na calçada do estacionamento.

NANDA: Sei que parece meio estranho Caio, mais acho que a Milla deve estar muito confusa.

CAIO: Como assim?

NANDA: Ela vive como casada com você já porém isso aconteceu de forma natural.

CAIO: Então foi por isso que pedi ela em casamento.

NANDA: Caio vê se intende. A Milla ficou com medo, tem muitas pessoas que sentem medo de ver seus sonhos sendo realizados.

CAIO: Como alguém pode sentir medo de ter seus sonhos sendo realizados.

NANDA: Simples ter medo dos sonhos de tanto tempo ser frustrados, então eu falo pra você. Deixa ela ter um tempo pra ela um espaço pra pensar, mostre a ela que os sonhos delas são os seus também.

Enquanto eu falava ele pareceu pensar sobre tudo que eu falava, quando terminamos a conversa ele pareceu bem mais aliviado ficamos de conversar outro dia e se ele precisasse me ligava novamente, não perdi a viagem e também falei da Carol pra ele que me aconselhou que deveria ir com mais calma. E com certeza eu iria pôr em pratica seu conselho, ambos aconselhados cada um foi para sua casa o Caio parecendo mais aliviado e eu com muita fome me fazendo assim pensar em passar na padaria antes de ir pra casa.

Demoramos mas postamos. Ta ai meninas mais um capítulo. Até os próximos, em breve. Beijos

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Que cara ridículo! Arg! Voltem logo rs.

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