Apenas Mais Uma de Amor: Capítulo #05 - Conflitos de sentimentos e de ideias:

Um conto erótico de Luk Bittencourt
Categoria: Homossexual
Contém 4262 palavras
Data: 29/01/2016 11:29:09

# Relembrando o capitulo anterior:

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#Enquanto isso no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes/Pernambuco:

Passará das 14h quando André, chega com o filho em casa, ele não vai voltar para a empresa, na verdade ele perdeu duas semanas das férias por causa da organização de seus camarotes no carnaval e também deixando a empresa na linha, já que vai passar 10 dias com o filho e a megera da mulher em Orlando.

O silêncio da casa era algo quase constrangedor, não se ouvia nada, Miguel lutava com o sono para permanecer acordado ao lado do pai. André o pega nos braços novamente e diz para ele:

André: Filho, você está com sono, pode dormir, o pai vai ficar em casa hoje de tarde e você pode descansar, mais tarde a gente brinca, está bem?! – Falou e beijando o filho no rosto.

Miguel: Hum rum, mimi papai, mimi... – disse colocando a cabecinha no ombro do pai, que subia as escadas para levar o filho ao quarto.

Depois de tirar o tênis do filho e deixa-lo só de cueca, André dá um beijo em sua testa, quando está saindo do quarto do filho tem uma surpresa nada boa...

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Uma surpresa nada boa? Que nada, uma surpresa PÉSSIMA, isso sim. André, logo fechou a cara, era sua sogra e a Rosana com caras nada boas para sua direção; se a mulher é uma megera, imagine a mãe, adianto a você que ler que a filha perto da mãe é uma princesa uma lady;

- Isso são horas de chegar? Época de férias e na rua essa hora e ainda leva o filho pequeno, é um irresponsável mesmo. – Disse a sogra como se fosse dona da verdade e que sua opinião fosse lá grande coisa.

André: Eu é que pergunto isso são horas de está na casa dos outros? Não tem o que fazer? Arruma um gato e vai cuidar dele, tira as pulgas, dá banho e comida. Garanto que isso será muito bom para a senhora, dona Rute! – Disse fazendo pouco da mulher.

A Rute é uma é uma mulher pobre, mas daquelas que se sente a própria rainha da Inglaterra, se acha fina, mas não tem modos algum. Anda de táxi para cima e para baixo, mesmo sem um único tostão no bolso, esnoba passando o cartão que a filha lhe deu. Vive na aba do genro milionário, que lhe dá uma pensão mensal. Apesar da tal pensão não ser lá grande coisa, se acha no direito de falar o que quer... bem nem tanto como gostaria...

Rosana: Não fale assim com minha mãe seu, seu, seu... – disse alterada.

André: Seu o que? – Falou serrando os punhos de raiva. - Vai fala, vamos ver quem é pior, eu... ou... você? E eu falo como eu quero, a casa é minha e ainda sustento essa morta de fome ai que você chama de “mamãe”! – disse dando as costas. A conversa estava em um tom tão alto que o Miguel acordou assustado e começou a chorar e chamar pelo pai dentro do quarto. – Olha só o que vocês fizeram, vieram me infernizar e acabaram acordando o Guel... – Disse abrindo a porta e entrando, mas não sem antes... – quando eu por ele para dormir, não a quero aqui. Espero ser obedecido, já suportei demais você, estou louco para cortar certas verbas e cancelar alguns cartões... – Por fim fechou a porta do quarto, deixando as duas com raiva e ao mesmo tempo tensas e mortas de medo.

O André, apesar de ser boa pessoa e de enorme coração, quando ele quer ser mau... BOM... digamos que ele realmente será MAU. Em uma briga certa vez com um rapazote desses metido a machão, ele deu uma surra no moleque que de tanto apanhar a criatura quase morreu. Pode-se dizer que era ainda um adolescente, André tinha por volta de 19 para 20 anos quando isso aconteceu. Depois desse ocorrido, recebeu-lhe uma boa bronca vindo do pai, e ainda teve confiscado cartão de crédito e as chaves do carro. Seu Antônio, esse era o nome do pai do André; um português com um pé na Itália. Homem firme, porém amoroso e atencioso. Ele chegou ao Brasil com a família, todos fugindo do resquícios da segunda grande guerra, passou fome e mal tinha o que se vestir, embarcou em uma longa jornada através do mar até chegar aqui. Lutou muito na vida, trabalhou dia e noite até erguer um império no ramo de bebidas alcoólicas e outros empreendimento. Tinha quase 40 anos quando sua segunda mulher deu a Luz ao André, seu primogênito, por quem era tão louco como o filho é com o Miguel! Quando chegou a adolescência, André começou a apresentar problemas, tanto na escola ou em bares nessas saída com os amigos nas noites. O pai sempre ficará com o coração na mão, pensando que o filho poderia morrer em uma briga ou em um acidente de carro. Só veio a sossegar quando o filho deu a noticia que ia ser pai. O André se acalmou, sim. Ficou mais responsável, mesmo que isso só veio acontecer perto dos 31 anos. Pelo filho ele daria a vida, em uma conversa com pai ele disse não amar a Rosana, ela era apenas uma diversão. O pai, homem sábio, deu-lhe muitos conselhos e um desses conselhos foi acatado pelo filho “ex-RBD”(Desculpa, não aguentei, hahahaha). Era um contrato muito bem amarrado e esse contrato só era bom para o André, e assim foi feito. Casaram-se pouco antes da criança nascer. Com o nascimento de Miguel, seu Antônio deu 10% do seu patrimônio para o neto, porém uma clausula no testamento impediria que certas pessoas, cheguem perto dos referidos bens, sem que o mesmo tenha uma determinada idade!

Durante o resto daquele dia, André não saiu de perto do filho, depois de acalma-lo, preferiu dormir na cama com ele bem abraçadinho.

Já era noite quando acordaram, ou melhor o Miguel acordou o pai:

Miguel: Pai, acorda, vamos comer para brincar? Acoooooooooooooorda. – Dizia balançando o pai, que abriu os olhos e viu seu bem mais preciso ali em pertinho, sorriu e abraçou o filho.

André: Estou acordado, vamos comer, só assim para você sossegar! – Disse levantando-se, quando estava já quase na porta ouviu o filho resmungar. Virou-se e viu o filho com uma cara de dá medo de tanta fofura.

Miguel: Rum... – Olha o pai com cara muito brava, com os bracinhos cruzados.

André: O que foi? – Disse sem entender o motivo da birra.

O Miguel estendeu os braços e disse: Sou bebê. Tem que cuidar de mim igual o vovô disse no Natal, lembra? – Falou lembrando do que o vôzinho amado tinha dito brincando sobre como cuidar do neto para o André.

André: Aaaaaaaaaaaaaaaah, é verdade. O papai esqueceu que tem um bebezinho em casa. Vem meu bebê amado. – Disse pegando-o no colo e enchendo de beijo.

Miguel sorria satisfeito, afinal não são todas as crianças que tem um pai tão amoroso quanto o seu. Desceram rumo a sala de jantar para se deliciar com o jantar e curtir a noite com o pai!

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# Enquanto isso no bairro de Monsenhor Fabrício, Iputinga, Recife/Pernambuco:

Lucas passou a tarde inteira deitado em sua cama, que era bem simples que mal o aguentava. Durante a tarde ele tentava entender o que acontecerá com aquele homem para ele beija-lo.

Lucas: Meu Deus, me dá uma luz, o que foi aquilo? O que ele viu em mim? Não sou nenhum fodão, sou gordo e desastrado, e... e... e ele é um Deus da mitologia grega. Aqueles braços, aquele peitoral. Meu senhor que calor é esse que subiu aqui? – Disse rindo e continuava tentando ter as respostas de seus questionamentos. – Senhor se isso for sonho não me acorda, por favor, não me acorda, deixa eu sonhando com aquele homem maravilhoso... – do nada outro pensamento vem a sua mente. – Não eu não sou nada para aquele homem, foi só coisa de momento, imagina, um homem como aquele rico, lindo e gostoso vai querer o que comigo? Pobre, gordo e feio! È, é isso mesmo Lucas, vamos parar com isso, ele é seu chefe, deve ter apenas respeito por ele. Esquece o que aconteceu entre vocês. – Aconselhava-se sozinho olhando para o teto.

Do nada ouviu uma batida no portão, ele já sabia quem era... sua mãe, como sempre chegava depois do filho, ela tinha preguiça de abrir a bolsa ou melhor MALA DE VIAGEM (imaginem o tamanho da criança), para pegar as chaves. Assim que o Lucas abriu o portão já ouviu desaforo.

- Até que fim, pensei que tivesse que bater mais para entrar na minha casa... – disse irritada, debochando e fazendo pouco do seu filho caçula.

Lucas se controlava para não dizer poucas e boas, porque afinal ela é sua mãe.

#Flashback:

O convívio entre os dois azedou depois da morte do pai. Os dois não tinham um bom relacionamento, na verdade Lucas e o Pai viviam brigando igual cão e gato. Mesmo sendo filho, Lucas suportou por muito tempo os abusos do pai. Mas depois de anos ele se rebelou e só não bateu no próprio pai, pelo fato de se controlar ao máximo. O pai por alguma motivo odiava o Lucas, e isso era transformado em surras. Bom, surras é uma forma bem bonita e delicada de falar; eram torturas, as vezes com cinto, ou com correias de motor de ônibus, outras com mangueiras e até pedaços de pau. Uma vez o Lucas chegou a ser internado depois de uma dessas sessões de torturas, mas não podia dizer a verdade, o pai estava na porta do quarto encarando-o com cara de poucos amigos. Enquanto era interrogado pelos policiais e médicos. Em junho de 2010, o pai veio a falecer depois de apenas 3 dias internado na UTI. Calma lá, antes que pensem, o Lucas não teve nada haver com isso, o homem não se cuidava, tinha diabetes, e ela causou varias complicações e por esse fato veio a óbito.

Passaram-se 7 dias desde o enterro, a tia do Lucas, irmã do pai do Lucas, apareceu na casa deles e chamou a mãe para uma conversa a sós. Nessa conversa ela revelou o motivo do Lucas apanhar tanto do pai. De alguma forma ele soube que o Lucas era gay e estava apaixonado por um rapaz do bairro. A mãe desde então passou a olhar para o Lucas com uma forma feia e só piorava. Um ano depois do falecimento do pai, eles se mudaram para Monsenhor Fabrício. E logo em seguida ele se assumiu para mãe, ela tentou bater mas ele não deixou-a tocar um dedo nele. Xingou, falou muitas coisas feias que magoaram o jovem rapaz. Ele saiu de casa por alguns dias, tinha uma pequena economia, e com elas usou para alugar um quarto em uma pensão e começou a correr atrás de emprego. Tinha se formado em jornalismo a alguns semanas mas não conseguiu se consolidar, diziam a ele que não tinham vagas mas a verdade o Lucas sabia bem. Para ser repórter de televisão precisa ser ao menos apresentável ou ter um padrinho forte na empresa, e o Lucas além de não ter o tal padrinho era gordo, e isso só diminuía sua autoestima que já era baixa, mais baixa que o chão. Se fazia de forte por fora, mas na verdade quando ninguém o via, ele chorava muito. Quantas foram as incontáveis noites em que ele dormiu depois de muito chorar.

Depois de tanto procurar emprego e não achar, acabou achando mais dor de cabeça para si. Sim, dor de cabeça deveria ser o nome dela. Sua irmã mais velha, a queridinha da mamãe. Ela tinha-o encontrado em um shopping onde ele foi deixar currículo.

- Que palhaçada é essa? Deixou a mamãe sozinha em casa e fugiu, quanta irresponsabilidade, você definitivamente é um zero a esquerda. – Disse segurando o irmão.

Lucas: Se ela é tão boazinha, como você mesma diz, vai morar com ela. – Disse com cara de tédio, sabia que a irmã saiu de casa por DOIS motivos, o primeiro era o pai do Lucas, que não gostava da enteada; e o segundo porque a mãe enchia as orelhas dela por ser uma “mocinha”, não deveria sair a noite! Aaaaaah se dona Luzinete soubesse que de “mocinha” naquela época não tinha nada.

- Eu sou casada e tenho filhos para cuidar, não sou você um nada e um viado nojento... – disse cuspindo em alto e em plenos pulmões, mas calou-se quando Lucas deu-lhe uma forte bofetada.

Lucas: Me respeite, não lhe dou o direito para se meter em minha vida, você não paga minhas contas. Sou maior de idade, e vacinado! – Disse dando as costas para irmã, que já chorava no chão onde foi parar por causa do tapão. Todos em volta boquiabertos pela cena que acabaram de ver! No por fim a mãe teve um problema cardíaco e o Lucas como todo bom filho voltou para casa, para cuidar dela. Não tinha outro mesmo...

#Fim do Flashback;

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A mãe do Lucas continuava a incomodar, ele não perdeu tempo. Levantou-se da cama, largando lá seu livro e foi até o banheiro tomou um banho, e quando já estava se vestindo a mãe aparece na porta.

- Posso saber, para onde a vossa alteza vai essa hora da noite? – Disse debochando e preocupada. Afinal amava o filho, não conseguiria viver tranquila longe dele.

Lucas: Vou dá umas voltas, quem sabe a senhora melhore o humor ficando sozinha. – Disse seco, sem olha-la. Ela ficou com mais raiva ainda dele pela resposta.

- Nossa, hoje você está tão sensível, não me diga que está apaixonado, quem é o viado da vez? Pelo amor de Deus, não seja aqueles que querem ser mulher e ficam ridículas com roupas feminina. – Disse rindo, ela não sabe que ele gosta do tipo machão!

Lucas - Não estou apaixonado e se estivesse, pode ter certeza que não lhe apresentaria, faria de tudo para lhe manter o mais longe possível e imaginável. E não se preocupe, nunca lhe fiz passar vergonha até agora e não vai ser aos 29 anos que irei! – Disse seco e serio para ela.

Ela ficou incomodada, pensava que novamente iria sair de casa e por isso resolveu tentar outra estratégia.

- Me desculpe, eu ainda não consigo aceitar que você é gay... – disse triste e olhando para o chão até ser interrompida.

Lucas: Não quero ser aceito, quero ser respeitado, mas não desculpo. A senhora teve a pior mãe do mundo e vive atrás dela como um cãozinho. Eu não sou como a senhora. – Disse serio. – Eu lhe amo, lhe amo muito, mas me dói saber que minha mãe vive me fazendo coisa ruins. – Disse com os olhos marejados.

- Bom, já que é assim, tudo bem. Vai jantar? Trouxe um pouco do feijão da FUNASE e depois poderíamos assistir um filme. – Disse tentando fazer ele amolecer o coração calejado.

Lucas: Mãe eu já disse que vou dá uma volta, estou com a cabeça cheia e ficar em casa não me ajuda. Sinto muito! – Disse saindo do quarto. – Ah, não precisa se preocupar, ainda não vou embora, apenas vou comer algo fora e ver o mundo como ele é! – Saindo pelo portão e deixando a mãe menos preocupada.

Chegando a parada onde iria pegar um ônibus rumo ao centro da cidade, teve a grata surpresa de encontrar a única amiga que tinha no bairro. Simone, uma jovem senhora, de 42 anos. Ela ia ao centro da cidade buscar o filho caçula que estava no shopping assistindo um filme. Eram quase 20h quando pegaram o ônibus, não estava cheio ao contrario da manhã a noite para ir era super tranquilo. Ele começou a desabafar mais afastado dos outros passageiros com a amiga. Contou-lhe tudo que aconteceu.

- Eu não acredito que você não foi me dizer logo quando chegou. Meu Deus deve está com essa cabecinha a mil não é? – Disse abraçando o amigo.

Lucas: Sim, estou passei a tarde toda com pensamento no que aconteceu, não sei como resolver ou agir. Será que ele estava fazendo um teste comigo? Será que ele está afim de mim? Ai Jesus Cristo, odeio ficar assim, simplesmente odeio. – Disse batendo na cadeira do ônibus, fazendo alguns olharem para eles com caras nada boas.

Simone, nada pode dizer, apenas abraçou o amigo e pediu-lhe para se acalmar. Quando o ônibus chegou ao centro do Recife, começou uma forte chuva, Simone nem precisou descer do ônibus o filho subiu no mesmo, já estavam combinando isso pelo telefone. Na parada seguinte Lucas se despediu da amiga e desceu, foi ao Subway comprar um lanche.

Ele estava distraído na fila até ser surpreendido por um forte abraço por trás, apesar de sentir-se protegido pelo abraço, ficou irritado pois ele não gosta de liberdades. Lucas virou pronto para xingar o infeliz, mas quando se vira dá de cara com um sorriso lindo. Era Arthur, seu vizinho policial.

- O que você faz aqui, delicia? – Disse Arthur, com um sorriso muito safado.

Lucas: Vim lanchar, por que? Você vem aqui para outra coisa? – Disse incomodado e irritado pela pergunta e seu rosto não era nada amigável!

- Calma esquentadinho, quem te mordeu? Posso morder também? – Disse rindo e tentando fazer o Lucas se acalmar, ele sabia que tinha problemas por baixo de toda aquela braveza do vizinho.

Lucas: Uma palavra forte e ao mesmo tempo comum... MÃE. – Disse revirando os olhos. E o vizinho entendeu o recado. – Ela me tira do serio, me arrependi de ter voltado. Depois que eu comecei a me arrumar ela tentou me controlar, você conhece a peça, sabe que ela se faz de boazinha quando quer algo, e assim fez novamente. Veio dizendo que me amava, que não era fácil aceitar um filho gay e bla bla bla bla; Argggggggggggh estou de saco cheio disso tudo. – Disse com tanta raiva que quase quebra o vidro do balcão, o gerente olhou repreendendo. – Desculpa senhor, não fiz por querer! – Falou constrangido.

Depois de pegar um grande sanduiche com refrigerante e de quebra um cookie com gotas de chocolate para finalizar o lanche, foi se sentar em uma mesa no canto, sendo acompanhado pelo vizinho Arthur. Durante aquele lanche Arthur tentava a todo custo arrancar um sorriso do vizinho que tanto gostava.

Como já disse o Lucas é tido como metido para alguns jovens, é caladão, na dele, vive dentro de casa ou estudando. Porém outros vizinhos gostam muito do rapaz. Sempre solidário ajuda as senhoras a carregar as sacolas do supermercado, cede a vez na fila do mesmo para idosos e pessoas com poucas compras. Lucas ajudava idosos que tinham alguma coisa que dificultava a locomoção, em outras palavras um bom samaritano. Arthur sabia de tudo dele, até da sua sexualidade! Não podem se dizer amigos, a mulher do Arthur, se pudesse mataria a sombra do cidadão só porque vive colocado nele. Quase no fim do lanche Lucas estava mais calmo e rindo, esqueceu até as coisas que acontecerá horas antes e turbinava sua mente. Já ia dá 22h quando o Lucas disse ao Arthur;

Lucas: Cara, olha a hora, vamos para casa, tua mulher vai comer teu fígado pelo horário. – Disse se assustando e tentando botar medo no vizinho.

- Nada, essa hora está no culto. Acredita que agora ela deu para tentar me levar? Eu creio em Deus, creio mesmo, mas não será um pastor charlatão que vai me salvar. – Disse serio.

Lucas: Uiiiiiiiii, imagina se ela sonhar o que você curte longe dela.... – Disse gargalhando do amigo.

- Nem inventa, se ela sonhar, puf, fudeu geral, nem meus filhos ela vai deixar eu ver. Porque tu acha que eu to no armário? – Disse triste.

Lucas: É, eu sei que você é louco por aqueles dois figuras. Aaaaaaaaaah, sabia que o Diego me chamou de tio? Ele gritou da janela, claro... “Tioooooooo, bom dia”. – Disse rindo relembrando da cena. – Não deu dois minutos e adivinha quem apareceu atrás com cara de buldog velho? – Perguntou gargalhando mais alto ainda, fazendo o Arthur rir e imaginando a cena.

- Não me diga que ela estava com o lenço na cabeça?! Tudo bem, certos lenços são bonitos, mas ela está agora obsecada, quando não é isso é aqueles bobes de dona Florinda. – Disse rindo igual ao Lucas. – Olha, vamos embora, antes que tenhamos raiva. – Disse levantando-se e dirigindo para fora da lanchonete.

Lucas já ia em direção a parada, que fica bem em frente, mas foi segurando pelo ombro.

- Onde você pensa que vai? – Perguntou Arthur, serio.

Lucas: Vamos pegar ônibus onde? Dentro do Subway? – Perguntou fazendo pouco caso do amigo.

- Estou de carro cabeção, vem. Quer me dá a mão para não se perder? – Disse rindo e fazendo o Lucas ficar de bico.

Lucas: Você sabe que eu odeio ser tratado feito bebê. – Disse com uma tromba maior que a do elefante, e Arthur ria.

- Relaxa flor, eu sei que você não gosta, por isso mesmo te abuso. – Disse piscando para ele. – Vem entra, vamos embora.

Lucas: Sim senhor, sargento pincel! – Disse batendo continência.

- Odeio quando você me chama assim, tenho cabelos caralho, não sou careca! – Disse bravo colocando o carro para andar.

Lucas: Devolvi na mesma moeda, tiozinho! – Disse gargalhando, Arthur também riu dessa vez.

- Você é o primeiro que eu realmente gosto de está ao lado. Será que estou apaixonado? – Falou serio para o Lucas.

Lucas: Vamos parar com esse papo? Não vai levar a lugar algum! Você é um homem casado, pai de duas crianças lindas, duvido que você queira assumir algo comigo. Sim, comigo só se namorar, e não será as escondidas, tenho dito. – Falou irritado. Depois de alguns minutos em silêncio Lucas quebra o gelo. – Desculpa Tutu. Eu gosto muito de você, mas sou sonhador, você sabe bem disso, quero um romance igual aqueles dos filmes. Eu sei que na vida real não serão apenas flores, mas ao menos vamos sentir o aroma delas. – Falou sereno com o olhar perdido pela janela.

Arthur continuava calado, depois levou a mão na cabeça do Lucas e ficou uns minutos fazendo um cafuné preguiçoso. Lucas estava calmo, do jeito que Arthur gostava. Ele não sabia diferenciar o que sentia pelo vizinho. Em certos momentos era um carinho para ter ele em seus braços, em outros era apenas uma proteção tipo irmão mais velho. Mas de uma coisa era certa, iria proteger sempre o gordinho que estava a seu lado naquele momento.

Era mais de 22:30h quando o Carro do Arthur entrou na rua da casa deles, de longe ele já viu que ia ter confusão, em frente a sua casa estava a mulher e algumas vizinhas. Ele parou o carro na frente da casa do Lucas, e depois de um abraço e um aperto de mão e alguns sorrisos, o mesmo saiu do carro entrando em sua casa. Arthur andou pouco mais de 15 metros e chegou a frente do portão de casa que viverá com mulher e filhos. Não desceu do carro, aproveitando que o portão estava aberto entrou com o carro e depois de desliga-lo e pegar sua mochila sai dele, já dando de cara com Silvana, sua possessiva esposa. Nem abriu a boca para dizer nada, pois não deu tempo ela começou a dizer alto o quanto ele era um irresponsável, que não era hora para chegar principalmente com um viadinho a tira colo. Arthur já estava acostumado, deu as costas subindo a escada para tomar um banho, deixando a mulher falar sozinha.

Na vizinhança ela era tida como louca, Arthur era um bom rapaz e trabalhador, sempre estava na hora que precisavam dele na proximidade da casa. A briga continuará dentro de casa, mas depois de falar tanto acabou cansada e o Arthur poderia curtir seus programas preferidos.

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#Enquanto isso no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes/Pe:

Eram 22:45h, Miguel bêbado de sono, brigava com ele para permanecer acordado para terminar de assistir o filme. Rosana aparece na sala tentando seduzir o marido com um robe sexy e o chama para cama. Ele estava desligado, pensando em tudo que passou de manhã com aquele gordinho. E não dá muita bola para esposa que sobe para o quarto com raiva. Já faz muito tempo que não a tocava sexualmente, desde o carnaval passado para ser mais exato. André pega o filho no colo e começa a acarinha-lo, era um amor tão forte entre esses dois, que fazia inveja a mãe do garoto.

Ainda em seus pensamento, André, acabou adormecendo com o Miguel em cima de sua barriga, lá mesmo no sofá. Acordou e já eram quase 00h o filme tinha acabado fazia muito tempo e estava no menu principal. Levanta-se deixando o pequeno ainda no sofá, vai até os aparelhos de TV e Bluray e desliga-os. Depois pega o pequeno nos braços e levando-o para seu quarto. Quando chega no quarto do casal, dá graças a Deus a megera está dormindo, tira a roupa e se deita.

Na madrugada, sente um toque gostoso nos lábios, ele vai abrindo os olhos e lá está o Lucas. Sorrindo para ele, ainda fraco pelo sono é puxado para um beijo e depois começa a sentir mais tesão, ele joga o Lucas na cama com força e vai para cima dele como um leão que está prestes a devorar sua presa. Ele sorri, olhando em seus olhos. Nesse momento, André se declara para o Lucas bem perto do ouvido.... – Eu te amo – André ouvi um riso de quem gostou do que ouviu – Lucas... – Nesse momento ele acorda com um empurrão forte, que o faz cair no chão do quarto.

Continua....

Beijoooooooooooo

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Comentários

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Maravilhoso, quero só ver a cara da dita cuja kkkkk's, continua logo. Abraço!

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