O Destino - Parte 3

Um conto erótico de Vitor
Categoria: Homossexual
Contém 1705 palavras
Data: 28/01/2016 01:54:14

Capítulo 3

Pensão

O tempo parou, no momento que desci do ônibus, parecia um cartão postal, só que era ao vivo, um paraíso que eu nunca tinha visto assim tão perto, senti a brisa fria bate nos meus cabelos, meu rosto machucado se refrescou com o vento. O sol aquecia de leve minhas costas, mais era uma sensação gostosa.

Fiquei olhando para o nada por um bom tempo, mas sinto alguém cutucar meu ombro, sentir uma dor grande que me acordou e me fez olha para o idiota que tinha feito isso.

-Ai, caralho, não sabe que está machucado? –Falei com raiva ao ver que tem tinha feito isso era o Bento.

- A cara me desculpe. –Ele falou com uma cara de preocupado.

-Hum, o que você quer? –Falei com rispidez, não estava com paciência para ele e não ia deixar aquela cara de cachorro com fome me iludir.

-Ah! Eu tenho uma suspeita que você não tem para onde ir, né?

Não, eu não tinha para onde ir, nem sabia o que eu ia fazer da minha vida, desde quando sair de São Paulo, não pensei em nada, só que eu queria ir o mais longe daquela cidade, daquelas pessoas, naquele cheiro, de tudo que me lembrava a minha vida passada.

Mas, fiquei quieto, ele então voltou a falar.

-To vendo que ta mudo também, mas vamos fazer assim. –Ele pegou sua mochila que estava nas costas e vi que tirava um papel e uma caneta. Lá ele escreveu um bilhete e vi que era um telefone e o nome dele.

-Aqui, toma. –Ele me entregou.

-O que devo fazer com isso? –Falei olhando para aquele pedaço de papel.

-Vai ali, naquela pensão- Ele apontou para uma casinha do outro lado da rua. -Lá você entrega isso para a dona Marli e pede para ela ligar nesse numero, eu troquei meu telefone, ela não tem o novo.

-Sim, mas como isso me ajuda? –Falei ainda sem entender nada.

-Você não quer uma cama e um lugar coberto para passar a noite? –Ele falou me olhando como se eu fosse um demente.

-Obrigado, mais não preciso da sua ajuda. Eu me viro sozinho. – estava com raiva, não sei por que, mas ele me deixava

revoltado, acho que devia ser pela semelhança com meu passado, não ia querer nenhum contato com esse cara e menos ainda dever um favor para ele.

-Uhum, ta bom, eu tentei ajudar, só que você é orgulhoso demais. Mas ainda ta de pé se você quiser vai lá e manda ela me ligar.

-Vou me lembrar disso quando precisar. –Falei sendo muito sínico com ele, sentia as palavras queimar na minha boca.

Ele olhou para mim, com aquele sorriso perfeito que mostrava as suas covinhas, seus olhos me fitavam, minha cara queimou, meu corpo voltou a tremer sentir um enorme desejo de pedir desculpa, mas minha mão subiu involuntariamente e apertei de leve minhas costelas, sentir uma dor infernal e tudo que me aconteceu voltou com um flash e abaixei o rosto e fiz uma careta de raiva, dor, ressentimento, tristeza, eu tava perdido sentir que meus olhos encheram de lagrimas, mas, não podia chorar ali, não na frente dele.

-Valeu cara, se cuida em. Olha se você for dormir no banco da praia cuidado com o Senhor Alfredo rouba saco. –Ele falou e deu uma gargalhada da própria piada.

-O que? –Eu levantei meu rosto, confuso e tentando entender o que ele quis dizer.

-Vitor, ele de noite sai na rua e gosta de atacar os homens, sabe o lugar preferido dele é os testículos, tem uma historia que um homem saiu de madrugada na rua e esse velho veio com uma faca e cortou fora os ovinhos do cara.

Eu olhei para ele, minha raiva se transformou em risos, eu não podia negar que ele era muito engraçado e dramático nas historia, só não sabia se era verdade ou se ele estava tentando quebrar o clima. Eu abri um leve sorriso e ele piscou para mim e foi embora.

Pronto, agora estava sozinho. Olhei para minha carteira e tinha só uma nota de 5 reais, e o papel que o Bento me deu com seu telefone. Fui andando para frente, atravessei a rua e me sentei em um banco e fiquei olhando para o mar, as ondas batia forte na areia branca daquela praia, tinha alguns turistas, devia ser umas 40 pessoas, algumas tomando sol, conversando, bebendo. Crianças brincavam na areia, felizes e sem se preocupar com nada.

A fome estava começando a aperta, agora estava vendo que devia começar a pensar em algo que ia fazer. Olhei de novo para aquele número e olhei para pensão que ficava do outro lado da rua, eu tinha que engoli meu orgulho e ver que a necessidade que fazia as pessoas, nunca fui orgulhoso, mas aquele cara me deixava com pé atrás, era mais como uma auto proteção.

Mas o céu em cima de mim começou a se fecha, de longe ouvi o barulho de um trovão, ótimo. Segui na direção a pensão, era uma casa humilde, com a fachada escrito “Marli Hospedaria”. Parecia ótima e bem caseira, resolvi entra.

Cheguei ao balcão e esperei ser atendido, mas nada. Esperei mais um pouco e nada ainda. Resolvi bater palma e veio uma senhora gordinha, devia ter uns 50 anos, cabelos quase todo grisalhos, usava óculos de grau e um sorriso muito sincero.

-Boa noite, em que posso te ajudar?

-Boa noite, eu cheguei hoje de viagem e um homem me indicou à senhora, falou que era para te entregar isso que saberia o que fazer. –Resolvi fala a verdade, eu precisa de ajuda, tinha que aceitar isso, depois eu iria devolver o dinheiro e o favor que ele fez.

-Assim, senhor Alberto é um ótimo homem, sempre ajudando as pessoas que precisa, se foi ele que me indicou, seja bem vindo, somente não temos quartos vagos hoje. –Ela percebeu minha cara tristeza ao ouvi essa notícia. – Mas tenho um quarto de empregado no último andar, estou sem ninguém para me ajudar, se você não se importa de ficar lá?

-A senhora esta precisando de um ajudante geral?

-Estou sim, o último se casou e foram embora, muitos jovens não aguentam ficar nessa vida parada que é essa cidade.

-Eu sei que a senhora não me conhece, mas eu to sem emprego e sem onde ficar, se quiser eu posso ajudar a senhora.

Ela me olhou nos olhos, viu meus machucados, me senti sem graça por candidatar a um emprego e ela nem me conhecia, sabia que não ia deixar.

- Olha como falei, se o senhor Alberto que te indicou, mas tarde vou ligar para ele, mas eu vou te dar um voto de confiança. Leve suas coisas para o quarto, que amanha você começa a me ajudar, levanta as 6 e vem para cozinha, vou te mostra a casa, e te dar alguma coisa para comer, deve ta com fome.

Não me cabia de felicidade, será que tudo mundo nessa cidade é simpático assim? Eu não to acostumado com isso, nunca tive ninguém que confiasse em mim tão rápido e eu também não era assim. Mas essa cidade tinha algo mágico, as pessoas passavam por mim e sorria e me cumprimentavam, muitos senhores ficava na praça conversando com seus amigos, de noite não era perigoso sair na rua, tudo isso me deixa maravilhado.

Fui para o quarto depois de comer e tomar banho, ainda bem que tinha um banheiro só para mim. O quarto era bem pequeno, mas tinha um guarda roupa e uma cama de solteiro. O que mais impressionou foi à vista peça janela, era noite, mas a lua iluminava a praia, de longe se via a água azul escura, o cheio enchia meus pulmões, nunca foi tão maravilhoso respirar sem a poluição que era acostumado. Desfiz minha mala e tentei dormi, mas os pesadelos eram os principais problemas dos meus sonhos. Mas mesmo assim consegui dormir, com a esperança que amanha era um novo dia, e queria muito que ocorresse bem a minha nova vida.

Pela manha, me levantei, fiz minha higiene matinal, me vestir com o uniforme que a Dona Marli tinha me dado, e desci. Na cozinha tinha uma mesa enorme Dona Marli já estava acordada e pelo cheiro estava fazendo café, já tinha umas frutas e pão na mesa, falei bom dia para ela, e veio me dando um leve abraço tomando cuidado para não me machucar devido minhas lesões. Aquele gesto fez meus olhos encherem de lagrimas, mas me contive e respondi o abraço dela.

-Bom dia rapaz lindo, como você está machucado vou pegar leve com você hoje, toma seu café da manhã e depois me ajudar a por a mesa que os turista já vão acordar.

Assim comi e ajudei e mais tarde chegaram algumas pessoas, todas eram turistas, conversavam com seus familiares, dona Marli estava conversando com uma turista e me chamou.

-Vitor, você pode ir ao mercado para mim? Aqui ta a lista de compra, pede para o senhor João trazer a compra para você aqui.

Peguei a lista e fui para o mercadinho pertinho da pensão, fiz a compra passei no caixa e pedi para um senhor gordinho e simpático leva para mim e mostrei o meu braço quebrado.

-Você é novato aqui?

-Sim, cheguei ontem, estou trabalhando para a dona Marli.

-Você é de onde? –Meus Deus tanta pergunta sobre minha vida, só hoje nessa ida para o mercado umas 5 pessoas perguntaram isso, mas não vi problema em responder para ele.

-Sou da capital. –Esperei que ele não perguntasse mais nada, mas quando ele ia abri a boca para fazer mais uma pergunta chega um rapaz por trás dele e fala.

-Desculpa, mas essas compras é para leva na pensão da dona Marli? – Quando olhei para ele meu coração disparou.

ContinuaNossa gente tanto tempo que não escrevo, estou enferrujando, desculpa se tem vários erros, com o tempo volto a pegar o jeito, e me desculpa pela demora, aconteceram varias coisas nesse tempo, mas agr vou tenta volta. O capitulo ta meio fraco, mas depois desse as coisas começa a ficar melhor. bjão a todos e comentem....

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