O Garoto do Ônibus Cap.15

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 856 palavras
Data: 21/12/2015 15:49:26

Cap.15

Eu olhei para ele, ele olhou para mim. A aflição nos definia.

- Faremos o possível - foi só o que eu consegui dizer. Ele nada falou.

- Então eu espero que vocês façam um ótimo trabalho. Vocês já tem o roteiro, não é ?

- Sim, o produtor nos mandou a algum tempo.

- Já decoraram as falas ?

- A maioria...

- Não esqueçam de ensaiar juntos, para vocês terem noção do que realmente vão fazer em cena.

- Tudo bem diretor.

- Então vocês podem ir se instalar no quarto aonde estão instalados. Tenho muita fé em vocês garotos. Parece estar escrito em suas testas a palavra Seiko (Sucesso).

- Arigato, diretor ! - saímos felizes daquela sala. O nosso diretor confiava em nós. Isso nos deixava mais tranquilos, pois não corríamos o risco de sermos boicotados no primeiro erro. E ainda mais nervosos, pois os erros deveriam ser mínimos para que não haja perda da confiança. Saímos da sala, caminhamos para o corredor, quando ouvi a sua voz.

- Você tem certeza que vai conseguir me beijar e encenar carinhos comigo ? - perguntou, enquanto olhava pro chão.

- Porquê não ?

- Ah... Não sei... Você pode ter muita vergonha na ora... Sei lá... Nojo... Eu... - segurei o seu braço, fazendo ele parar.

- A última coisa que eu sentiria iria ser nojo caso te beijasse Yuki-San - falei, fazendo ele virar o rosto - tenha certeza disso - ele apenas sorriu com o canto de rosto, enquanto continuamos a andar.

MINUTOS DEPOIS

Nós tínhamos um quarto em dupla. Dormiriamos os dois no mesmo quarto. Arrumava as poucas coisas que eu iria tirar da mala sobre a mesa ao lado da cama. Quando de repente senti alguém me abraçando forte. Olhei para as Mãos, eram as Mãos dele.

- Yuki-San ? - senti ele recostar a cabeça nas minhas costas.

- A minha mãe ficaria tão feliz... Se visse eu me tornar um ator. De repente me deu uma saudade dela. Deixa eu me sentir um pouco amado, pelo menos, já que ninguém me ama... - aquilo que ele falou era de cortar o coração. Apesar de ele estar tentando esquecer a morte dos pais, isso nunca seria plenamente possível. Vez ou outra, ele lembraria dos pais. Me virei e olhei em seus olhos.

- Não diga besteiras Yuki-San. Eu amo você ! - ele arregalou os olhos - eu nutro uma grande amizade por você, sabes disso. Faço muitas coisas por você. Estou sempre ao seu lado. Isso não é amar ? - ele sorriu. Beijou o meu rosto, e então recostou a cabeça no meu peito.

- Você é incrível Gustavo-San ! A pessoa mais incrível que eu já conheci ! - dizia, me abraçando fortemente.

- Vocês são namorados de verdade ? - perguntava um dos nossos colegas de cena, o Ryoma.

- Não kkkk - Yuki disse - só que ele é a pessoa mais importante para mim hoje... Então nossa relação é íntima - eu não esperava que ele fosse dizer algo assim. Eu não sabia que era a pessoa mais importante pra ele.

- Como ele pode ser tão importante, e a não ser seu namorado ?

- É uma longa história - falei - não tem necessidade de contar aqui, mas essa nos tornou amigos-irmaos - nos olhamos, ele sorriu.

- Pelo jeito vocês tem muita afinidade mesmo ein.

- Será se isso e bom ? - ele perguntou.

- Não sei, mas acho que vocês vão ter muita química em cena - ele veio, nos olhou - acho que eu já vi vocês em algum lugar. Em Shibuya, eu acho.

- Sério ?

- Sim kkk - nós e ele começamos a conversar. Falamos de diversos assuntos, e de cara vimos que Ryoma seria a pessoa que mais afinidade teríamos dentro daquele elenco.

TEMPO DEPOIS

Jantamos, tomamos um banho e em seguida voltamos pro quarto. Pegamos o roteiro e começamos a ensaiar.

- Você precisa passar mais tristeza.

- Você acha ?

- Acho. Vamos de novo - ensaiavamos a cena em que ele via o meu personagem partir da escola. Haveria apenas uma narração, ele gravaria depois. Nenhuma palavra, tudo o que deveria ser dito e entendido seria passado por ele na cena.

- É melhor deixarmos para amanhã. Eu já estou meio sonolento. Lembre-se que não podemos ter olheiras, senão daremos muito trabalho para os maquiadores.

- Sim, você tem razão... - deixamos os roteiros de lado e, em seguida eu fui escovar os dentes.

- Gustavo-San ?

- Hai !

- Como você acha que faremos para que eu chore nessa cena ?

- Não sei... Acho que se você pensar em algo triste consegue... Se não, a produção dá um jeito.

- Humrum - enquanto eu escovava os dentes, percebia que ele continuava ali, me observando.

- O que houve ?

- Não, nada... - olhou pro chão, olhou pra mim... - Gustavo-San, você namora alguém ?

- Não, porquê ?

- Nada. Curiosidade... Eu nunca vejo você com ninguém então fiquei curioso.

- Ninguém me quer, então para que estarei com alguém - ele sorriu.

- Você tem certeza disso ?

- Tenho, porquê ? Sabe de alguém que gostaria de me namorar ? - terminei de escovar os dentes e limpei a minha boca. O olhei. Ele olhou pro chão, para os lados, e falou apenas uma coisa.

- Não ! - e então se foi para a cama, sem dizer mais uma palavra que seja. Sai do banheiro, o acompanhei com o olhar. Ele se mostrou retraído. Será que ele queria me dizer algo ?

Continua

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Comentários

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Que perfeito cara, quero os dois juntos logo, aguardando 👏👌👏👌

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