Recordações - Diário Gay Parte 13

Um conto erótico de Fabioo
Categoria: Homossexual
Contém 1610 palavras
Data: 18/12/2015 01:57:48

Ele me esperava em frente a porta com uma pizza gigante e uma garrafa de vinho.

Seria o ápice daquele dia tortuoso e demorado. E eu o fecharia com chave de ouro me entupindo de pizza e me embriagando num bom e velho vinho tinto.

Fazer o que né? É a vida! Não é assim que devemos pensar? rsrs

Ele estava de short, chinelo, uma camiseta pólo play verdade e aquele belo sorriso no rosto.

As vezes em nossos treinos ele me derrubava no tatame e me prendia com as mãos de uma maneira que ficassemos cara a cara, e eu me perdia observando aquele sorriso.

Ricardo como vai? Faz tempo que está aqui?

Ele respondeu: olá garoto, tudo bem sim, faz uns dez minutos que cheguei, não se preocupe. Te liguei algumas vezes mas só chamava!

Eu passei a mão no bolso, retirei o celular e percebi que ele tinha mesmo me ligado nove vezes rs.

Desculpa Ricardo, estava no modo silencioso e eu nem toquei no celular hoje.

Ele riu, me admirando e parecendo não se importar pelo fato de eu não ter atendido.

O cheiro da pizza estava me matando, a fome, o sono e a dor no rosto e nas costelas pareciam ter aumentado naquele momento.

Entramos e eu fui correndo para o banheiro tomar um banho rápido enquanto ele ajeitava a mesa.

Um turbilhão de imagens, sons e sentimentos se entrelaçavam em meus pensamentos naquele banheiro.

"Meus pais me rejeitando outra vez, o olhar de ódio do João enquanto gritava comigo, a calma e serenidade no rosto do Danilo enquanto o João me agredia, o som dos soluços de choro da Karla enquanto falávamos ao telefone, o olhar de tristeza do Duda enquanto eu expunha minhas opiniões"

Terminei o banho, me troquei e voltei até a cozinha.

O aroma estava divino, a taça vazia na mesa aguardando o vinho e ele encostado no balcão me esperando já bebendo.

Me olhou e levou a mão até meu rosto.

Dói?

Eu: está doendo um pouquinho!

Ele: quer que eu te leve ao hospital, me parece estar ficando inchado e roxo, é perigoso sei lá?

Eu: não precisa Ricardo, eu passo um antiinflamatório e um analgésico e amanhã já estará bom.

Ele queria saber o que realmente havia acontecido e eu contei a ele sobre tudo.

Ele sempre quieto me observando enquanto eu contava sobre a aventura sexual que tive na noite anterior, a despedida do Danilo.

As vezes eu achava que ele queria dizer alguma coisa, mas não falava nada, acho que por medo de dizer algo estúpido ou sei lá.

Ele não me interrompeu e não tirou os olhos de mim, as vezes fazia um sim ou não com a cabeça, mas sempre demonstrando interesse naquilo que ouvia.

Encontrava desculpas para me tocar, no meu ombro, no meu braço, na minha mão; e quando terminei de contar ele me falou sobre o filho.

O Danilo teve um romance bem forte e verdadeiro com o João, ele nunca deixou de amar e sempre se culpou pelo fim do relacionamento entre os dois.

Coisa de quem ama mesmo, e quando o João decidiu que iria embora ele só contou para o Danilo uns três dias antes de embarcar.

Eu vi o mundo do meu filho desabar, aquele período tive que trocar de emprego e mudar de cidade pra ver se ele mudava ou se pelo menos amenizasse a dor da perda.

Depois de dois anos que os dois haviam terminado o Dani se interessou por você e eu vi que ele estava bem, feliz e vivo novamente.

Eu não poderia de maneira alguma estragar o momento de felicidade do meu filho ao seu lado.

Eu não falo com o João e não aprovo o namoro de interesse daquele garoto, mas criei o Dani pra ser um homem de caráter e de personalidade.

Ele é maior de idade, tem o dinheiro dele e os interesse dele, não concordei com a mudança, mas tive que aceitar, ele foi pra lá contra a minha vontade e sabendo que pode voltar a hora que quiser.

Realmente o Ricardo era um homem de verdade, de responsabilidade, de pulso e de dar tesão em todo mundo junto.

Bebemos o vinho, comemos a pizza e conversamos sobre várias outras coisas.

Eu tendo sempre a impressão de que ele queria me dizer algo, mas estava receoso.

Me levantei e fui tirar as coisas para colocar na pia e quando estava de costas para ele eu ouço um barulho e um murmúrio de arrependimento.

Nossa olha só o que eu fiz!

Que desastrado eu sou, nossa vai manchar sua toalha de mesa Fábio.

Eu me virei e vi que a mesa estava respingada de vinho e a camisa verde agora com uma bela roda marcada no peito.

Ele riu meio sem graça e se desculpando por algo que pareceu ser um acidente, mas foi proposital.

Eu puxei a toalha e a retirei da mesa, levei até a lavanderia enquanto ele me seguia.

Vai Ricardo tire essa camiseta pra eu colocar na máquina antes que essa mancha seque e não saia mais.

Pronto era tudo que ele queria!

Tirou a camisa e eu pude ver com clareza o vigor e virilidade daquele belo Deus grego.

Dava para contar os gominhos na barriga dura e chapada que ao todo eram oito e aquela marca forte do músculo do final do abdômen contornando a cintura e desenhando um "v" onde minhas mãos se encaixariam facilmente.

O peito largo e tonificado, fechado de pelos aparados e bem escuros. Meu pau subiu no céu na mesma hora, até minhas dores sumiram com aquela bela paisagem parada na minha frente.

Eu coloquei a camiseta na máquina e corri até meu quarto para pegar outra camiseta para ele.

Ele teria tudo de mim naquela noite, mas não fizemos absolutamente nada. Acredito que ele estava apenas mexendo com meu ímpeto e me fazendo criar algum desejo sobre ele, atiçando minhas vontades adormecidas.

No final da noite eu recebi a notícia que ele tentou a noite toda me dizer mas ficou pensando em como me contaria.

Ele estava saindo com outra pessoa e estava tentando não pensar muito em mim, me evitaria por um tempo.

Não foi um choque e não fiquei impressionado, não precisava nem ter me dito, achei bonito essa consideração da parte dele.

Minha vontade era jogar ele na cama e dar pra ele em todas as posições que eu conhecia, não conhecia e as que eu poderia inventar rs.

Tudo bem, era a vez dele me dar um gelo, aquela cena mexeu muito comigo.

Ele foi embora e eu fiquei lavando as louças e pensando naquele corpo.

Bati várias punhetas pensando nele.

Resolvi olhar o celular novamente e vi outras mensagens da Michelle perguntando se estava tudo bem.

Uma mensagem do Dimas pedindo outro favor de faculdade.

Graças a Deus era nossas últimas semanas e ele ainda estava com perigo de bomba.

Respondi a mensagem dele e logo ele me manda outra.

Amanhã eu passo na sua casa e a gente conversa melhor, é sério cara sei que não fui muito legal com você, mas você é o único que pode me ajudar.

Eu me aproveitei da situação e respondi que naquele caso o valor seria maior.

Ele disparou outro texto: dinheiro não é o problema contanto que você me ajude.

Aquilo me alegrou e eu dormi tranqüilo, um sono de pedra.

No outro dia cedo o Dimas bateu minha porta, eu estava saindo para correr.

Muito cedo Fábio?

Rindo respondi; não, já estou indo correr, mas dá tempo de ver com você sobre seu sufoco.

Ele me explicou oque precisava e quando precisava, me deu cinqüenta porcento do valor e o restante na entrega como da outra vez.

Eu me senti um mafioso passando produtos roupados na porta de casa rs.

Ofereci um café e ele entrou já andando em direção a cozinha.

Estava atrás dele e pude sentir que já tinha um tempo que ele não via um banho.

Dimas me desculpa a intromissão, mas quando foi a última vez que tomou um banho?

Ele fez uma cara meio sem jeito e respondeu: tem três dias que não vou pra casa, to com essa roupa desde então.

Olha cara não somos amigos, mas eu não posso me dar ao luxo de virar as costas para alguém.

Quando se não fosse a bondade de algumas pessoas eu nem estaria aqui te recebendo na minha casa.

Tem toalhas no banheiro, corre lá tomar um banho que eu vou pegar uma roupa limpa pra você.

Ele subiu foi até o banheiro e tomou um banho enquanto eu procurava algumas roupas limpas para ele vestir.

As roupas que ele estava usando estavam tão fedidas, que nem coloquei na máquina, joguei direto no lixo.

Ele voltou limpo e sentou-se para o café.

Fábio eu me sinto muito mauzão de ter feito aquilo com você cara, na boa meu, me desculpa mesmo. Você está sendo muito bacana comigo.

Imagina Dimas, aquilo é passado, já tem anos eu nem me lembro mais.

Agora me diz porque tu não ta dormindo na sua casa?

Eu fazer aquela pergunta, foi a mesma coisa que expulsá-lo da minha casa.

Ele se levantou e saiu pra rua.

Não era da minha conta, mas aquelas eram minhas roupas, não me serviam mais, mas eram minhas.

Quando eu fosse entregar o trabalho ele me contaria tudo, pelo menos era isso que eu pensava e acreditava rs.

Trabalhei o dia inteiro pensando no corpo do Ricardo e alternando para o problema do Dimas. Ambos não eram da minha conta, mas mexiam com meus pensamentos.

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Comentários

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Legal, o dimas ou rola algo ou morre por traficante. Vai ter pov do Ricardo?

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Nossa cara ñ faz isso,vc ta perdendo o Deus grego do Ricardo,e esse Dimas é um escroto.Continua

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