Eldorado 03

Um conto erótico de Marvo
Categoria: Homossexual
Contém 2027 palavras
Data: 17/12/2015 06:56:03

3 anos atrás

Estávamos na mansão do senhor prefeito, mas exatamente ao redor da piscina, ainda comemorávamos a nossa aprovação no vestibular. Estávamos comemorando juntamente com alguns amigos, que também haviam passado. Éramos um grupo de 15 pessoas, celebrando a o primeiro passo para a vida a adulta! E eu o observava de longe, ele estava radiante, a noticia que havia sido aprovado não poderia ter deixado mais feliz, ele estava ali, com uma garrafa de cerveja na mão sorrindo entre os amigos, estava sem camisa deixando a mostra o corpo que eu tanto gostava, ele estava feliz, gesticulava enquanto falava, sorria pra tudo e enchia meu coração de alegria.

Eu poderia estar nesse mesmo estado de excitação e alegria, mas na verdade não estava, medicina nunca foi meu sonho, acabei me inscrevendo, mas por conta dele e dos meus pais. Eu não sabia o que fazer depois do ensino médio e deixei ele me convencer, convencimento esse que veio através de algumas horas de sexo, mas no fundo eu sabia que de longe era isso que eu queria pra minha vida.

Mas ali estava, comemorando, rindo, bebendo e fingindo que estava tudo bem, talvez fingir que estava feliz, fizesse esquecer tudo o que aconteceu nos últimos dias. Talvez ficar admirando o cara mais gato de toda Eldorado enquanto dança, passasse um pouco daquela dor que estava sentindo. Isso mesmo, ficaria ali vislumbrando o futuro medico mais gato de toda Eldorado, que era o meu namorado.

- Dez conto pra saber o que você está pensado – falou Helô, me tirando do meus devaneios.

- Estou aqui visualizando como vou ficar gato de jaleco!

- Que convencido, meu deus – ela disse me abraçando – mas falando sério, eu te conheço amigo, sei quando não está bem – disse olhando nos meus olhos – e algo me diz que aconteceu alguma coisa.

- Não grila Helô, está tudo bem – digo bebendo minha cerveja – só é estresse, estava preocupado com o resultado do vestibular, apenas isso – sorrio – mas agora já tudo bem, afinal não é todo dia que se passa em medicina né?

- Assim que se fala – ela diz sorrindo e levantando – precisamos de mais cerveja e de uma boa musica para dançar! OHH JOÃO NINGUÉM GOSTA DE SNOW PATROL AQUI NÃO FILHO – ela grita e se vira novamente para mim – vou resolver esse problema e já volto!

Observo à sair, e reparo melhor ao nosso redor. Todos dançando, bebendo e eu aqui sentado e ficando bêbado lentamente. “O que você está esperando pra levantar essa bunda e se divertir com seus amigos” diz meu consciente. E é isso que eu faço levanto á procura do garoto dos olhos castanhos mais lindos que eu já vi, e o encontro perto da porta que dá acesso a cozinha da mansão com dois amigos nossos. Ele me ver e sorri em minha direção, o mesmo sorriso pelo qual me apaixonei pela primeira vez que vi.

- Com licença rapazes, mas preciso do meu namorado agora – digo o abraçando – espero que não se importem – digo enquanto ele passa o nariz de leve no meu pescoço.

- Ele é todo seu – diz Rodrigo sorrindo – Vamos Mario, deixa os pombinhos comemorarem.

- Divirtam-se – diz Mario saindo com Rodrigo.

- Achei que ficaria sentado e bebendo sozinho pequeno – diz Nick abraçando a minha cintura.

- Que nada, eu estava super me divertindo – digo rindo – é tão bom te ver feliz Nick.

- Queria poder dizer o mesmo amor, mas você está estranho esses dias, aconteceu alguma coisa?

- Impressão sua amor – digo beijando sua boca – estou bem!

- Eu te amo, faço de tudo por você – ele me beija de leve nos lábios - preciso de você!

- Eu te amo mais – suas mãos seguram e sua boca investe rapidamente contra minha. Ele está me beijando com força, com vontade. E eu o beijo de volta com o mesmo desejo, passando as mãos por seu cabelo.

Nick interrompe o beijo, ofegante. Seus olhos estão fixos nos meus, minha boca está entreaberta, e tento recuperar o fôlego.

- Você. É. Meu – diz, enfatizando cada palavra

- Só seu – sorrio olhando em seus olhos

Por fim, ele segura a minha mão

-Vamos, nós precisamos comemorar.

E lá fomos nós, ao som de Charlie Brown do Coldplay, comemorar!

Acordo, está muito quente, mesmo com o ar ligado, estou enrolado em Nick que está nu. Minha cabeça está em seu peito, minha perna, enroscada na dele, e o meu braço, em sua barriga.

Ergo a cabeça um pouco, com medo de acordá-lo. Ele parece um anjo dormindo, tão relaxado em seu sono, e é meu.

Estico o braço e, com cuidado, acaricio o peito dele, correndo os dedos por seus poucos pelos, e ele não se mexe. Então eu me inclino e carinhosamente beijo seu peito. Ele geme baixinho, mas não acorda, e eu sorrio. Vou descendo com os beijos, e seus olhos abrem.

- Oi – sorrio pra ele.

- Oi – responde ele fechando os olhos – o que está fazendo?

- Olhando pra você – vou deslizando minha mão pela sua barriga, passando meus dedos pelo seu caminho da felicidade e aperto a sua grande ereção. Ele geme apertando os olhos.

De repente, está sobre mim, pressionando-me contra o colchão, as suas mão na minha. E encosta seu nariz no meu.

- Acho que você está querendo aprontar pequeno – diz ele com sua voz rouca com um sorriso nos lábios.

- Gosto de aprontar quando estou junto a você.

- Ah, é? – ele me da um selinho – então vamos ter sexo pro café da manhã?

- Pra sua informação já são quase duas da tarde, mas sim, iremos fazer sexo agora.

Enrolo minhas pernas no seu tronco.

- Gosto quando você acorda animado assim também amor – diz ele tirando minha cueca – Você tem um cheiro maravilhoso – diz ele passando o nariz nas minhas cochas.

Ele levanta minhas pernas e sorri, e lentamente vai beijando as minhas coxas, solto um gemido, e tento ficar quieto, mas não consigo. Ele começa a lamber a minha entrada, PUTA MERDA, e eu grito, bem alto.

- Assim você acorda a casa inteira amor – diz ele levantando a cabeça e sorrindo.

- Cala boca e continua – empurra sua cabeça de volta a minha entrada.

Vagarosamente ele vai interrompendo as lambidas. E se coloca sobre mim, colocando um dedo dentro de mim.

- Ah, pequeno, você está sempre apertado pra mim – geme ele.

E então, ele vai me penetrando devagar, abaixa e beija minha boca.

- Você é tão quente e apertado amor – ele começa seu ritimo, rápido e forte – Eu quero sempre está dentro de você – diz bombando forte.

- E eu quero estar sempre aqui com você – digo revirando os olhos de prazer

Dias atuais

Ele me leva para um restaurante, pelo visto era novo, não me lembro de um restaurante pequeno e intimista como esse antes de partir.

- Esse é o melhor lugar, poucas pessoas freqüentam aqui – resmunga – Não temos muito tempo.

O lugar me parece ótimo. Cadeiras de madeiras, toalhas de mesa de linho e paredes da cor vermlho-sangue, com pequenos espelhos dourados pendurados aleatoriamente. Ao fundo ouve-se uma musica suave toca.

Nos sentamos em uma mesa afastada, em uma área reservada, eu me sento, apreensivo, imaginando o que ele vai dizer.

- Não temos muito tempo – diz ao garçom – vamos querer: dois bifes ao ponto, molho béarnaise, e traga seu melhor vinho.

- Pra que tudo isso – digo surpreso – ta tentando me impressionar professor?

- Não sou mais seu professor – responde sério – não estamos aqui para brincadeiras.

- Você está muito mal-humorado.

- Hanry, você acha que tudo é brincadeira, cresça um pouco – seu tom é seco – As coisas mudaram por aqui desde que você foi embora, ele agora está mais poderoso – diz ele, a voz enfática – Acredito que saiba da união das famílias não é? – balando a cabeça confirmando – Não era uma boa hora pra voltar!

- Você queria que eu fizesse o que? Eu iria morrer se continuasse lá e você sabe disso – digo, baixando a voz – Eu não tive escolha, tava sem grana, sem um centavo, e não iria morar debaixo da ponte Josué!

- Que seja, ele está furioso com você, quando ele souber que você está aqui, se prepare que ele vai atrás de você – sinto meu coração saindo pela boca – Eu soube que ele quis comprar as ações do hospital do seu pai, não sei qual são os planos deles.

- O meu pai, não é burro, não faria isso – paro de falar, assim que o garçom volta com nossos pratos e o vinho – Obrigado – e espero ele se afastar – Eu sei que ele sabe de alguma coisa, só não sei ainda o que exatamente.

- Puta merda – ele exclama – isso foi longe demais Hanry, você não tem medo das conseqüências?

- Espera um segundo – me inclino sobre a mesa – você não está pensando em desistir, ou está? – ele nega com a cabeça, suspiro aliviado – Isso que ele faz é abominável Josué, não pode ficar assim!

- Mas ele não está sozinho caramba – diz ele, bravo – tem muito mais gente envolvida nisso, gente barra pesada, você não vai conseguir acabar com isso, você não tem medo? – pergunta ele, assustado.

- Claro que tenho, tenho pesadelos todas as noites com que ele fez comigo – estremeço com as lembranças – eu vou destruir ele, e você vai ser testemunha disso – digo bebendo um gole do vinho.

- Temo por você, garoto – ele diz segurando minha mão – ele já te feriu uma vez, quem não me garante que não faça de novo – diz ele abaixando a voz - E o Brandon, você não tem receio dele voltar e dizer algo?

- Espero que o Brandon, esteja morto essa hora – digo lembrando do meu ex namorado.

- Fez tudo certo, como eu te falei? – pergunta Josue sorrindo.

- Tudo nos mínimos detalhes – sorrio – aprendi com o melhor.

- Amanhã será um grande dia, você ta lembrado não é? – ele sorri – Está preparado pra sua grande aparição, só não vá tirar o brilho do aniversariante.

- Claro que não, nunca faria nada para tirar o brilho do Nick.

15 dias atrás

- Só não esquece de uma coisa, seu otário – gritava Brando – Foi eu quem te tirou daquele lixo de cidade. Eu sei quem você Hanry. Eu sei de tudo!

- Cala essa boca que é melhor pra você

- Repete, seu viado escroto – disse apertando forte a minha bochecha – E se eu quiser jogar a merda todo no ventilador, como que tu fica, eu sei de tudo : o teu professor, o dinheiro, a facção, as mortes e principalmente seu irmãozinho! Então fica esperto – disse saindo furioso, batendo as portas.

É Brandon chegou a hora de você morrer amorzinho, só preciso de tempo pra colocar em pratico tudo que o Josue me disse, mas pra isso que preciso de tempo. A televisão da sala está ligada no jornal no estado, estou na cozinha e quando de repente a ancora do jornal diz algo sobre Eldorado, corro para sala, noticias sobre a minha antiga cidade sempre me interessavam.

Ancora : Jovem universitário é encontrado morto em Eldorado, o corpo foi encontrado as margens do rio Persa com mais de 100 tiros e sem a mão direita. O Jovem foi reconhecido com Mario Borges Vasconcelos de 22 anos, era aluno do curso de Direito.

NÃO, NÃO, NÃO, NÃO

Pego o meu celular, e discando rapidamente o numero de Josue enquanto lagrimas banhavam o meu rosto.

- Atende Josue, atende Josué, vai, mas que droga – as lagrimas desciam – atende essa merda vai.

A ancora do jornal continuava.

- Estamos nesse momento ao vivo na cidade de Eldorado com o prefeito para mais explicações.

E lá estava ele. Cercado de jornalista, o cabelo branco e liso, o rosto cheio de lagrimas.

- É uma morte horrível e lamentável, um jovem cheio de vida, cheio de sonhos, foi nos tirado brutalmente – dia enquanto algumas lagrimas caiam de seus olhos – Mas como prefeito de Eldorado, eu garanto que vamos pegar o culpado desse crime e ele irá pagar!

O meu telefone toca, e nem preciso olhar na tela, para saber quem é.

- Me desculpa – dizia com a voz grossa – Não consegui evitar – ele chorava – eu não consegui proteger ele.

- Ele vai pagar Josué – dizia com a voz falhando por conta do choro – Ele vai pagar. Eu vou pegar o culpado, ele vai pagar, com a vida dele. Eu vou voltar, e vou matar o Prefeito!

Continua

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Yan700 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Olá! Gostaria de saber se você é o autor dos contos Fraternidade (Gregos). Eram contos muito interessantes, mostrando o lado podre das fraternidades. Por que foram excluídos. Obrigado.

0 0