O Garoto do Ônibus Cap.14

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1227 palavras
Data: 15/12/2015 03:05:47

Sobre o texto Será se ele curte ?, que eu publiquei ontem em capítulo único, obrigado por todos comentarem. Foi uma forma de tentar satisfazer todos aqueles que gostam de cenas de sexo, mas eu realmente não gostei do resultado. Eu não vejo o sexo como a coroação de um relacionamento, porquê eu não faço isso. Eu realmente sou assexual, não gosto de sexo, mas não sou desprovido de romantismo, me apaixono e gosto muito de carinhos e amor. Tudo isso apenas por homens, já que as mulheres não me atraem. Porém, eu não sinto desejo por sexo, não me faz falta. Foi só uma tentativa, não pretendo escrever algo assim de novo justamente porquê eu não me sinto confortável. Não consigo me aprofundar na personalidade dos personagens, como eu faço neste texto que escreverei agora, que é um dos que eu mais gosto de escrever. Beijos

Cap.14

Não nego, a partir daquele momento os seus olhares não mais saíram da minha mente. Aquele olhar, cheio de desejo que ele havia manifestado me atormentava. Como eu queria que ele me olhasse daquela forma fora do estúdio.

- Nipo ? - ligava para a minha amiga.

- Oi Gus. Até que enfim lembrou que tem amiga, agora só liga para a sua paixão.

- Qual é, está com ciúmes ?

- É, eu estou ! Você me abandonou !

- Quanto exagero. Você é cheia de amigos, ele não tem nenhum, a não ser eu

- Mas mesmo assim, eu sinto falta de você - ri

- Depois nós discutimos sobre isso. Agora eu preciso dizer a mais nova a você, e tenho certeza que você vai cair para trás.

- O que houve ?

- Eu passei no teste para ator com ele.

- O Que ? Sério ?

- Sim. E de cara já fui escalado como protagonista de um filme - ela fez silêncio por alguns segundos.

- Caramba Gus-chan ! Que notícia bombástica ! Vou ter dois amigos famosos, é isso ?

- EI ? Você não disse que não gostava dele ?

- Eu não disse isso, eu disse que sentia a sua falta. Mas me conta, como é esse filme.

- É esse o problema. É um filme gay - ela riu no telefone.

- Problema ? Acho que isso é solução para você, não ? Afinal você é cheio de complexos e desculpas para não assumir seu sentimento.

- Não é disso que estou falando sua boba. Estou falando da minha família. O que eles vão dizer quando eu disser que irei protagonizar um filme gay com o meu vizinho ?

MINUTOS DEPOIS

Realmente eu me preocupava com a reação deles. Meus avós japoneses são budistas, e eu não sei qual será a reação deles ao saberem do meu filme.

- Coma meu filho, o peixe está gostoso - dizia minha avó, comendo um pouco de arroz da tigela. Peguei o Hashi, comecei a mexer no peixe, mas eu sabia que não iria conseguir comer sem antes saber da reação deles dois.

- Sofu, obaachan. Eu passei num teste de atores.

- Como assim ? Você fez um teste e não avisou para nós.

- Sim. Eu não tinha expectativa nenhuma de passar, mas... Quando eu fiz acabei conseguindo a vaga e o papel de protagonista de um filme.

- Nossa, meu filho, que ótimo ! Você já vai começar a trabalhar e ganhar o seu dinheiro. Isso é ótimo, o cinema é uma ótima arte - dizia meu avô, continuando comer.

- Porém, o filme é gay ! - ao ouvirem aquilo eles pararam de comer e se olharam. Respiraram fundo, ficaram em silêncio durante alguns minutos.

- Isso não é problema, meu filho - minha avó dizia.

- Realmente... Nós não temos preconceito, e eu acho que a sua carreira é mais importante. Muito mais ! E... A sua felicidade. E a nossa, que sentiremos quando vermos você atuando e nos enchendo de orgulho - eu realmente não esperava aquilo deles. A total aceitação. O apoio. Tudo está dando certo. Só falta a minha coragem crescer.

DIAS DEPOIS

Meus avós assinaram os contratos como meus responsáveis legais, e eu pude atuar. Yuki, por já ter se emancipado podia assinar os contratos sem precisar da ajuda de ninguém. Teríamos que ficar alguns dias afastados da escola, pois a gravação seria feita num enorme casarão no interior do Japão, que simularia um dos famosos colégios internos japoneses. Arrumei as minhas malas e logo eu estava na porta de casa, a espera da van que seria o nosso transporte. Não demorou muito para eu ve-lo também sair. Ele trancou a porta e veio em minha direção, com aquele sorriso no rosto e lindo como sempre.

- Ansioso ?

- Na verdade eu estou nervoso. É complicado fazer algo assim de repente, estrear no cinema japonês e ainda mais em algo tão difundido quanto o gênero yaoi.

- Eu fiquei pensando nisso a noite toda, sabia ? - disse, sentando ao meu lado - estou amedrontado. Espero que a recepção do público seja boa, e que nos façamos um bom trabalho.

- Nós vamos fazer - falei, acariciando o seu cabelo - se depender de mim, faremos - ele sorriu, e me olhou. Algum tempo se passou, e então a equipe de filmagem chegou. Mat-San pulou de dentro do carro.

- Ohayou minna (pessoal) ! Como estão bonitos ! Vamos, andem logo, devemos chegar o quanto antes no hotel pois o diretor quer passar orientações a vocês e entregar o roteiro. E acho bom vocês já irem criando química desde agora, pois isso vai ser importante.

- Nós já temos muita química, Mat-San ! - dizia eu, rindo - não é Misu-Kun ?

- Não me deixe mais nervoso Gustavo-San.

- Desculpe-me ! - logo partimos, em busca da nossa aventura.

MINUTOS DEPOIS

O teatro não era algo que eu tinha em mente, ou estava em meus planos. Mas surgiu, e deu certo. E eu sempre gostei disso. Sempre sonhei, com todo pequeno garoto em ser uma pessoa conhecida. E agora a grande chance para que isso acontecesse estava batendo a porta. Logo chegamos no hotel aonde a equipe estava a hospedada. A mesma era grande, e havia ocupado quase metade do pequeno hotel. Fomos adentrando o saguão, e todas aquelas pessoas pararam para nos olhar. Produtores, maquiadores, cinegrafistas, enfim... Todos.

- Pessoal, estes são Gustavo e Yuki. Eles serão os protagonistas do nosso filme ! - um grande Cochicho começou, mas logo se calou. Logo vimos o diretor aparecer.

- Garotos, que bom que já chegaram ! É ótimo, pois quero dar várias orientações a vocês, tenho certeza que elas serão muito uteis - ele veio, nos cumprimentou - estes são os atores que vão contracenar com vocês. Ayumi, Kazumi, Sagara, Ryoma. Espero que sejam grandes amigos - nos cumprimentamos e eles pareciam ser bem legais. Logo o diretor saiu arrastando a gente pelo hotel.

MINUTOS DEPOIS

Ele levou a gente para uma área do lado de fora, e começou a falar.

- Vai ser extremamente necessário que vocês esqueçam que existe uma Câmera ali. Prestar atenção em cada detalhe do seu corpo, aonde estão suas mãos e os seus olhares para passar mais verdade. Cuidado para não falarem baixo demais e principalmente, ensaiarem bem o texto. Não se esqueçam de guardarem ele e esconderem dentro de algum lugar durante as cenas para facilitar. Vocês tem que relaxar o máximo possível, da forma que acharem mais conveniente que acham, pois existiram cenas que as cargas de extresse serão lá em cima, como beijos e cenas de carícias mais quentes, e se o nervosismo da cena se somarem com o de vocês , será difícil de gravar - nos olhamos naquele momento - vocês seriam capazes de gravar cenas desse tipo ?

Continua

E aí ??? Gostaram ??? Comentem e votem por favor. Beijos :)

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Comentários

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Caramba, esse conto ta muito bom, até agora o melhor. XD

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POXA, AGUARDO OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS COM ANSIEDADE DE LEITOR ÁVIDO QUE SOU.

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Amei. Perfeito. Lindo cap. Oi Gus nao se preoculpe em escrever cenas quentes. Se vc nao se senti confortavel nao escreva pois nao precisa seus textos sao excelentes assim como vc é um excelente autor. Eu entendo e respeito seu modo de ver a vida e sua sexualidade. E se alguem quiser contos mais eroticos é so ler outros que aqui tem varios. Ja os seus contos sao tao detalhados e o amor é tao puro que essas cenas nao faz falta. Continue a escreve o que vc gosta e nao lique pra isso. bjos

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