Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 94

Um conto erótico de Antoine G.
Categoria: Homossexual
Contém 1890 palavras
Data: 08/12/2015 10:37:25

- Até agora eu não acredito que tu fizeste essa burrice, Thiago.

- Tu sabes que eu não gosto quando tu me chamas assim...

- Tu estás merecendo, Thi. Que burrice, meu Deus! Sinceramente, deixar essa oportunidade escapar só por que EU estou doente é muito ser burro. Já ouviste falar em internet?

- E tu realmente achas que eu conseguiria fazer alguma coisa aqui enquanto tu estás enfrentando um tratamento agressivo como é o de câncer? É claro que não! Eu só estou me poupando de destruir meu próprio nome. E mais, já tá feito, não dá para voltar atrás.

- Tia Joana vai te matar!

- Jura? Mesmo ela sabendo que tu estás com câncer? – Ele engatava toda vez que falava a palavra “câncer”

- Uma hora dessas ela já deve saber...

- Com certeza, não. Tu achas que ela e a Tia Ange já não teriam nos ligado?

- É verdade...

Era isso mesmo que aconteceria, se elas ainda não tinham ligado, isso significa que Papa ainda não tinha contado nada a ninguém.

Nós estávamos saindo da estação de metro perto de casa quando meu celular toca.

- Alô?

- Oi, amor!

- Oi, mozão!

- Tu já estás vindo para casa?

- Já! E tu?

- Já estou aqui te esperando.

- Conseguiu conversar com o pessoal da Universidade?

- Consegui, já estou desligado do programa. Bom, pelo menos teoricamente, oficialmente isso demora para acontecer. E tu? Já pediste demissão?

- Já! Mas é a mesma coisa, oficialmente ainda não, isso demora.

- Mas nós já podemos ir, não é?

- Acho que sim, o restante eu acho que as instituições se viram, deve ser somente trametes burocráticos. O mais importante, que é o salário, eles já cortaram.

- É, minha bolsa também já foi cortada. Bom, vem pra casa que aqui a gente conversa.

- Tá bem! Beijo!

- Outro!

- Vocês são engraçados juntos, sabias? – Thi disse

- Oi? – Eu já olhei de cara feia pra ele.

- Calma! – Ele sorriu – O que eu quis dizer é que vocês parecem um casal de adolescentes. O jeito como tu falas com ele...

- Ah, isso? Pois é, o Bruno é todo moleque. – Eu disse sorrindo

- Tu amas mesmo ele, né?

- Amo! Mais do que tudo!

- Eu fico feliz com isso.

- Sério? – Eu não acreditava muito, não, nessa felicidade

- Sério! Hoje, eu vejo que ele te faz bem, tu estás sorrindo desde quando começamos a falar dele.

Aí que eu sorri que nem um bobo.

- Tu vais encontrar alguém que te faça sorrir, Thi.

- Amém! – Ele levantou as mãos para o céu.

Nós chegamos na frente do hotel dele e nos despedimos. Fui andando bem lentamente até chegar em casa, eu adorava aquela cidade. Vocês amam alguma cidade? Se alguém me pergunta que cidade eu teria como segundo plano para morar, COM CERTEZA seria Paris. Ela não é uma cidade perfeita, é claro, ela possui seus lados negativos, mas os positivos superam todos os negativos. E, por mais que eu fosse deixar Paris antes do término dos meses programados, eu estava feliz ao voltar para casa. Nesse momento, eu entendi o porquê de eu não querer fazer essa viagem, eu tinha que ficar em Macapá, pois uma nova luta estava iniciando.

- Bruno? – Eu o chamei quando entrei em casa.

- OI! – Ele gritou do banheiro do quarto.

- Cheguei!

- TÔ NO BANHO!

SIM, SOMENTE NÓS BRASILEIROS PARA TOMAR BANHO EM PLENO INVERNO EUROPEU! KKK

Eu fui para o meu quarto e fiquei deitado na cama esperando ele sair do banho. Depois de um tempinho, eu ouço meu celular tocar e vejo que era um número do Brasil, mas que eu não conhecia.

- Alô?

- Antoine?

- Sim! Quem fala?

- Não me reconhece mais, viado?

- JUJUUUUUBAAA!!!!

- VIAAAADOOOO!!!

- Tô com muita saudade de ti, minha mãe.

- Filho da puta, tu já tinhas parado com isso!

- A saudade me fez voltar a te chamar assim.... – Eu disse rindo

- Aiiiii, eu também estou morrendo de saudades de ti. Como tu estás?

- Mais ou menos....

- Eu sabia! Eu senti isso! O que está acontecendo? O que o Thi tá aprontando aí? Ele já fez tu e o Bruno brigarem?

- Não, não – eu disse rindo – O Thi voltou a ser o Thi, ele não causou nenhuma confusão e deixou bem claro que não quer mais causar confusão alguma para mim, ele só quer minha amizade.

- Eu vi as fotos de vocês, eu achei até que vocês tinham voltado.

- Tu estás brincando, né?

- Sério, amigo, vocês estão tão lindos naquelas fotos.

- Ele está feliz, Jujuba, e isso me deixa feliz.

- Vocês não sabem viver um sem o outro mesmo, viu?

- Não mesmo!

- Mas me conta, o que tá acontecendo?

- Quando eu chegar no Brasil eu te falo.

- Tá louco? Tu vens daqui a uns 8 meses, meu filho. Fala logo! E fala rápido que eu tô ligando escondida aqui da universidade, tu sabes como custa caro ligar para a França?

- Maluca! – Eu cai na gargalhada – Minha mãe! – Eu disse vendo o Bruno sair só de toalha do banheiro, o corpo molhado. Lindo, sexy...

- Filho da puta!

- Não foi pra ti, doida! É que o Bruno tá saindo do banheiro, agora.

- E o que que tem?

- É que ele tá muito gostoso.

- Ai, seu viado pirento e pervertido, me conta logo, deixa pra olhar pro boy depois.

- Eu já te disse, quando eu chegar no Brasil eu te conto...

- Vai pra puta que pariu, Antoine! Conta logo!

- Eu já estou te contando, sua burra.

- Só posso ser burra mesmo, por que eu ainda não entendi. Descodifica, por favor.

- Eu já estou indo para o Brasil, anta.

- Como assim, viado? Tu ias ficar um ano aí.

- Pois é, mas eu vou ter que voltar...

- Aiiiiii que tudoooooo!!! – Ela comemorava do outro lado da linha, mas de repente ela fala: - Espera, mas por que tu vais ter que voltar?

- Um probleminha, aqui.

- E esse probleminha seria...?

- Prefiro te contar quando eu chegar aí...

- Antoine Guimet, seu viadinho curubento, me conta logo!!

- Jujuba, sério, eu acho melhor contar aí.

- Antoine, se tu não me contares logo, quando tu chegares aqui, eu vou até o aeroporto e esfrego tua cara no chão.

- Violenta, né?

- Não brinca comigo! Não brinca comigo!

- É um assunto muito delicado, Jujuba. Eu achava melhor falar pessoalmente.

- Assim tu só me deixas mais preocupada e mais curiosa. Pode falar!

- Jujuba...

- Amigo, fala!

- Tudo bem... – Eu respirei fundo antes de falar – Eu andei meio doente por aqui, aí o Bruno me levou ao médico e...

- E..??

- Eu fiz exames, Ju.

- E...??

- Eu... eu... – eu respirei fundo – eu estou... com câncer novamente.

Ela ficou em total silêncio, eu não conseguia nem ouvir a respiração dela.

- Jujuba, tu tens que respirar. – Eu disse mas ela continuou do mesmo jeito – Jujuba?

Nada de resposta.

- Jujuba? Fala comigo!

- Não era pra ti ter falado nada! – Bruno disse deitando ao meu lado.

- Jujuba??

- Eu... eu... eu... não acredito! – Ela disse rindo feito uma louca - Para de brincadeira, Antoine! Isso é só uma brincadeira tua, né?

- Não, Jujuba! Infelizmente, não!

- Amigo, isso não é possível!!!! – Ela parou de sorrir de repente e mudou o tom de voz

- Eu também pensava isso, mas na verdade, é possível, sim.

- O que tu vais fazer? Vai ter que fazer outro transplante?

- Não! Não é o mesmo câncer. Agora, eu tenho câncer no joelho, oesteo agluma coisa.

- Osteosarcoma! – Bruno disse ao meu lado.

- Osteosarcoma, o Bruno disse aqui.

- Amigo, mas é grave?

- Eu não sei ao certo ainda, Jujuba. Preciso fazer mais exames, e isso eu só vou fazer quando eu chegar aí.

- E quando tu chegas? – Ela já queria chorar

- Não sei, eu vou falar com Papa, hoje à noite. Mas, eu vou o mais rápido possível.

- O Dudu e a Loh já sabem?

- Não! E não conta pra eles, ainda. Eu quero contar, tá?

- Tudo bem!

- Ah, e o Thi também vai embora.

- COMO É QUE É? - Bruno gritou ao meu lado.

- Como? - Jujuba me perguntou também.

- Não é culpa minha! – Eu disse mais para o Bruno do que para a Jujuba.

- Como não é culpa tua? Esse menino só pode ser louco!

- Amor...

- Vocês não vão brigar agora, né?

- Não, Jujuba, É CLARO QUE NÓS NÃO VAMOS BRIGAR! – Eu falei olhando para o Bruno

- Como tu estás?

- Tô bem! Já tem alguns dias que eu não sinto nenhuma dor, eu estava sentindo muitas dores no corpo e principalmente no joelho.

- Ai, amigo...

- Jujuba, eu tô tranquilo, sabe? Eu já encarei isso uma vez e vou encarar de novo, agora se for para acontecer algo, que aconteça logo. – Bruno me olhou de cara feia – Por que pelo visto, meu corpo é um campo minado de câncer.

- Para de falar besteira! – Ele se levantou com raiva da cama

- Isso mesmo! Para de falar besteira! – Jujuba repetiu o que ele disse

- Não é besteira, é realidade!

- Tu não vais começar com isso, né? Por favor!

- Não estou começando com nada, não estou entrando em depressão. Como eu te falei, eu estou super tranquilo.

- Ami... – A ligação caiu ou alguém descobriu que ela estava ligando escondida.

Eu fiquei deitado na cama, eu tinha que ligar para papa e ver como ficariam as passagens.

- Eu não quero que tu fiques falando essas bobagens, Antoine. – Eu ouvi Bruno falar

Eu só levantei a cabeça e pude vê-lo encostado na porta, só de cueca.

- Eu não quero que tu fiques falando que tu vais morrer, por que tu não vais.

- Amor, essa é uma possibilidade.

- Uma pequena possibilidade, bem pequena.

- Mas é uma possibilidade.

- Mínima! De verdade, meu amor, eu não quero te ouvir falar essas coisas. – Ele veio andando e deitou ao meu lado novamente.

Eu me virei para ele e coloquei minha cabeça no peito dele, nós ficamos abraçadinhos.

- Eu não quero que tu fales essas coisas, por mais que exista essa possibilidade, isso me machuca. Pensar em te perder me machuca demais. Olhando para a minha vida, tu foste a melhor coisa que aconteceu. Eu nunca vivi tão feliz, nunca me senti tão completo como eu me sinto contigo. Eu nunca amei ninguém como eu te amo e só em pensar em te perder, isso me faz mal. Eu te quero na minha vida sempre. Não fala essas coisa, tá? – Ele acariciava meu rosto.

- Tudo bem!

Nós ficamos em silêncio durante um tempinho.

- Eu te amo! – Eu disse

- Eu te amo mais! – Ele me beijou.

Nós ficamos agarradinhos mais um pouquinho e depois nos levantamos para almoçar. Eu tirei minha roupa e coloquei um shortinho. O aquecedor estava ligado ao máximo, então eu me permiti me sentir no Brasil.

- Tu que fizeste? – Eu disse sentando para comer.

- Não! Eu comprei! – Ele sorriu – Não daria tempo de chegar e ainda ter que fazer comida.

- Tá uma delícia!

COMENTÁRIOS DO AUTOR

OIIIIIEEEEEEEEE, meus amores!

Eu sei, eu sei... sumi mais uma vez, maaaaaaaaaaaas agora foi um motivo muuuuuuuuuuuuuitooooooooo bom: MEUS IRMÃOS CHEGARAM DE SURPRESA AQUI EM CASA. ÊEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!! Aí, eu estava matando a saudade deles, nós passamos esses dias enfiados na casa dos nossos pais. Foram dias de festa, aqui! Como vocês sabem, minha família é super unida, e como nós estávamos há um bom tempo sem estarmos todos juntos, quando eles chegaram nós surtamos. Kkkk

Bom, mas agora, voltando a publicar.... Eu estou publicando esse capítulo agora e como fiquei esses dias sem dar nada a vocês, eu vou liberar um outro capítulo a noite, ok? Mais especificamente às 22h. Um mega beijo em todos! Até mais tarde.

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Comentários

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Adorei o capítulo. Pensei que já estivesse sem net novamente. rsrs Ainda bem que foi um motivo bem melhor ein? haha bjs

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Querido, me identifico tanto com a Jujuba. Sabe o que é mais interessante, nos momentos difíceis é que sabemos quem são nossos verdadeiros amigos. Você é um bem aventurado, pois tem grandes amigos.

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coitado do thiago espero que ele encontre alguem,a jujuba e louca demais kkkkkkkkkkkkkkkkkk.

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