Estradas Paralelas Parte I

Um conto erótico de J Marcos
Categoria: Homossexual
Contém 1778 palavras
Data: 07/12/2015 00:53:53
Última revisão: 08/12/2015 20:25:41

Antes de iniciar esse que será(ASSIM ESPERO)o primeiro de alguns vários contos que pretendo contar, quero desde já agradecer a todos que puderem ler e se identificar ou não com essa trama que já estava a algum tempo em minha mente.

O que me levou a embarcar nessa aventura na companhia de cada um de vocês foi tão somente o desejo imenso de contar uma boa trama de amor entre iguais que mesmo permeada de alguns clichês com certeza será fascinante...

Caros amigos, leitores e futuros amigos... Boa leitura.

_ Que horas você vai chegar, amor? Perguntou Rodrigo com uma certa apreensão na voz grave e forte que sempre me deixava cheio de segundas e terceiras intenções.

_ O plantão termina por volta das 21:00 h. Eu tô achando você muito estranho, paixão. Tá acontecendo alguma coisa?

_ Claro quer não Ciro. Você tem cada uma...

_ Ei rapaz, não precisa ficar tão na defensiva assim não... Foi apenas uma boba pergunta por conta de uma leve apreensão em sua voz. Relaxa, ok?

_ Tudo bem, amor. Desculpa se fiz com que você ficasse assim tão irritado.

_ Não estou irritado e nem posso me dar esse luxo. Rimos juntos.

Após mais uns cinco minutos terminamos a ligação com envios de beijos de ambas as partes e uma grande ruga em minha testa. Voltei para a sala de descanso e agradeci a Deus pela calmaria do setor naquele exato momento.

Estava quase no final do meu descanso de meia hora quando o sistema de som chamou numa voz apressada e meio que urgente...

_ Dr. Ciro Fernandes, compareça com urgência ao setor psiquiátrico... Dr. Ciro Fernandes compareça com urgência ao setor psiquiátrico.

Sai da sala de repouso já vestindo o meu jaleco e com a máxima urgência subi a pequena rampa que me conduziria ao setor psiquiátrico da Clínica Moura Ferraz no segundo andar. Ao longe já se notava uma pequena aglomeração em frente a um dos quartos do setor particular da Clínica e assim que me viu Rafael Lima Ferraz, neto do dono da Clínica, gritou...

_ Ele surtou novamente Dr. Ciro. Já estava meio louco aqui por não saber mais o que fazer para conter o paciente da unidade dez.

_ Obrigado por suas tentativas Rafael, agora pode deixar que eu mesmo tomarei conta do seu avô.

_ Obrigado Ciro por tua dedicação... Ele só ouve você, cara. E ele parece me odiar de um jeito que me assusta...

_ Procura não absorver muito o que ele falou ou fez... Falo com você em seguida, beleza?

Após tomar todas as providências necessárias para que o dono da Clínica voltasse a ter um comportamento onde seu bem estar fosse preservado, me reuni com seu neto e o chefe da psiquiatria...

_ Como os senhores bem perceberam, o caso é de esquizofrenia clássica. Acredito que a personalidade violenta já começou a se sobrepor no verdadeiro eu do Dr. Alberto Moura Ferraz. Falou o chefe do setor olhando diretamente para mim. Medidas mais enérgicas terão que serem tomadas...

_ Sou terminantemente contra o isolamento do paciente como o senhor determinou. Através de medicação e muita terapia será possível controlar sua alteração de humor e consequentemente essa violência que ora se mostra ante nossos olhos...

_ Ciro, seja razoável. Estamos falando de um problema gravíssimo...

_ O senhor bem sabe que já consegui reverter casos bem mais complexos do que o do Dr. Alberto.

Rafael apenas nos olhava sem nos interromper de forma alguma.

_ Nesse caso darei a você o prazo que me pediu para que tudo isso seja revertido. Pela última reunião do Conselho você terá apenas um mês de prazo para que o paciente em questão apresente melhoras consideráveis antes da cirurgia que a própria família já autorizou fazer

O chefe da psiquiatria após acenara com a cabeça para nós dois virou-se e saiu a passos largos. Rafael me olhava com o rosto cheio de medo e interrogações.

_ Vem comigo... E saímos pelo corredor que voltara a calmaria após quase uma hora de ebulição.

Fomos andando em completo silêncio pelo longo corredor do segundo andar, descemos a rampa que havíamos com certeza corrido em momentos distintos e entramos no refeitório da Clínica. Pegamos cafés na máquina próxima ao bebedouro e sentamos em lados opostos da pequena mesa de quatro lugares mais próxima e Rafael quebrou o silêncio...

_ E agora, Ciro? Me diz o que terá que ser feito para que meu avô não seja submetido a essa cirurgia abominável?

Olhei em seus olhos verdes e vi que o medo se acentuara mais ainda. Ele merecia a verdade e sem mais demora falei sem tirar meus olhos pretos dos dele...

_ Não sairei de férias como todos acham que farei a partir da próxima terça-feira. Farei questão de monitorar seu avô pelo maior tempo possível em meus horários de trabalho. Não abrirei mão de fazer a terapia diária dele durante todo esse maldito prazo que nos foi imposto pela última reunião do conselho e claro que teremos que ter ao nosso lado pessoas de nossa confiança para que quando a avaliação for feita, o Dr. Alberto possa continuar por muitos anos em nossa companhia e num excelente estado de saúde.

Rafael segurou minhas mãos e sem o menor constrangimento deixou que as lágrimas rolassem em silêncio pelos seus olhos.

_ Obrigado, Ciro. Você sempre me mostrando com suas ações o que meu avô sempre esperou de você quando resolveu te contratar após o longo estágio a que foi submetido pela droga do Conselho da Clínica.

_ Então meu amigo enxugue suas lágrimas e contenha a sua emoção. Prometo a você que farei até o impossível para que nada aconteça ao seu avô.

Após a saída de Rafael voltei a consultar o meu relógio de pulso e como ainda faltavam duas horas para ir pra casa resolvi ligar para Rodrigo novamente já prevendo que não chegaria no horário combinado. Após a quinta tentativa desisti de ligar e fui para o meu consultório localizado no térreo da Clínica.

O restante do plantão ocorreu sem nenhum contratempo. Os paciente da ala psiquiátrica resolveram cooperar com meu turno de plantão e antes de ir pra casa meia hora após ter terminado meu horário passei na sala do Dr. Rafael Ferraz...

_ Tô indo pra casa, Rafael. Tem certeza que não quer que eu fique? E sentei na cadeira posicionada a sua frente.

_ Fica tranquilo Ciro. Meu turno só acaba amanhã as 07:00 h e quem toma o meu lugar é o Julio. Nele podemos confiar.

_ Rafa, sei que não devia falar o que estou pensando mas...

_ Eu sei bem o que você quer dizer, Ciro. Poder e dinheiro. Minha família sabe que essa Clínica é a menina dos olhos do meu avô e minhas tias sempre deixaram bem claro que eu jamais herdaria o lugar. A área em volta é bastante valorizada e a venda do terreno seria muito mais rentável do que insistir na permanência de alguns médicos e vários loucos por aqui como elas sempre deixaram bem claro nas reuniões desse maldito conselho.

_ Nesse caso Rafael, estamos jogando um jogo onde a partida já esta perdida. Com a morte do seu avô elas e seus maridos assumirão o controle acionário de todas as empresas dele e esse lugar será vendido.

_ É justamente isso que elas pensam e que provavelmente a venda acontecerá com a morte dele.

_ Como assim, amigo? Pelo que você me disse as ações que seriam do seu pai, agora são suas depois da morte dele e suas tias sempre se aliaram contra ele e agora contra você...

_ Desde que meu avô começou a apresentar sinais da doença e que elas conseguiram sua interdição eu fiquei de pés e mãos atadas, só que na semana passada eu recebi uma ligação do advogado da família alertando sobre a existência de um testamento e que deseja falar comigo o quanto antes.

_ Você acha que algo de bom possa resultar dessa conversa?

_ Não só acho como tenho certeza, amigo. Agora vaza daqui rapaz poque se eu bem conheço o Rodrigo, ele deve estar uma arara pela tua demora.

_ Mas, Rafael...

_ Vaza, Ciro... E apontou a saída.

Saí de sua sala rindo e quase correndo enquanto podia ouvir suas gargalhadas que ecoavam pelo corredor.

O trânsito estava calmo aquela hora da noite e sem muitos contratempo, a não ser por alguns sinais vermelhos, rumei pra casa sentindo um certo cansaço.

Entrei na garagem do prédio e o carro de Rodrigo não estava lá. Ainda no carro voltei a ligar pra ele por três vezes seguidas e nada dele atender.

_ Deve estar puto comigo e com certeza foi pra casa de algum amigo. Falei enquanto me dirigias para os elevadores.

Entrei em casa e a primeira coisa que fiz foi me despir no quarto e caminhar nu até o banheiro de nossa suíte. o Amplo espelho da parede me fez notar o grande cansaço que meu rosto ostentava e ao me aproximar dele me dei por vencido e aceitei a imagem que ele refletia...

_ É Dr. Ciro de Oliveira Fernandes o que adianta ter esse belo corpo moreno onde os músculos e as curvas no momento não estão te favorecendo? De que adiante seus 1,87 m de altura se você não consegue ver a grandeza do homem que te ama e que sente tua falta? Tua cara máscula e teus olhos pretos de nada servirão se não tiverem ao teu lado aquele que seria e é capaz de fazer qualquer coisa pra te ter ao lado dele... Cuida do que você tem, cara. Após essas palavras sorri eme dirigi ao box para um merecido banho quente e revigorante.

Saí do banheiro e após enxugar o corpo vesti uma box preta e fui até a cozinha pra ver o que tinha pra comer. Comi no mais completo silêncio e assim que terminei de lavar a louça que sujara voltei ao quarto e liguei a TV num canal de esportes qualquer e com o celular na mão verifiquei a mensagem que havia chegado...

" VOCÊ NÃO MERECE O QUE ESSE CARA TÁ FAZENDO COM VOCÊ ".

Assim que terminei de ler essa mensagem no WhatsAap, uma outra mensagem chegou em forma de imagem e claro eu a abri...

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Agora ficarei no aguardo da avaliação que com certeza sofrerei de cada um de vocês que comentar esse conto e desde já reforço o que já disse, obrigado a cada um dos novos amigos.

Segue o e-mail caso alguém queira entrar em contato ... fernandes-jm2015@bol.com.br.

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Comentários

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Já gostei do enredo. Ansioso pelo próximo capítulo

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cara o que dizer deste conto, a primeira vista ele parece promissor, alem do fato de sua escrita ser boa então volte logo e poste mais um capitulo por favor obs: eu acho q o protagonista ta sendo traido to certo?

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