Um Conto Medieval XXV

Um conto erótico de tavinhoo
Categoria: Homossexual
Contém 1625 palavras
Data: 25/11/2015 22:29:08
Assuntos: Gay, Homossexual

Eu creio que independe de tudo temos a escolha, e dentro de cada pessoa há o bem e o mal, só depende de cada um escolher o lado que quer seguir.

Depois de me afastar de todos eu passei a manhã do dia seguinte na casa da Vera, ela me ensinava magia, ervas e outras coisas em uns livros que ela havia encontrado nas coisas da vovó, ela disse que neles continham muitas coisas que nem ela mesmo sabia. Enquanto ela fazia um chá eu estava lendo um dos livros e encontrei um que ate aquele determinado momento estava em branco, mais quando o toquei ele criou desenhos e palavras, e as mesmas iam preenchendo todo o livro.

- Porque está com essa cara Bryan - questionou Vera olhando minha expressão de espanto.

- O livro está criando palavras, veja só.- eu disse mostrando pra ela.

- Mais ele estava em branco.- ela disse pasma.- pensei ate que Morgana não havia tido tempo de escrever nada nesse.

O livro tinha uma capa dourada e prendia a minha atenção, passei algumas páginas e o titulo daquela me chamou a atenção.

"Troca de almas"

Ele explicava que antes o bruxo deveria se preparar por sete noites, o primeiro passo era o banho de ervas, porém elas deveriam ser preparadas de uma forma especial e o banho teria que ser quando a Lua estivesse cheia, pois a nossa energia estaria bem concentrada e mais elevada em águas correntes e límpidas, os outros dias seriam de preparação espiritual e mental, meditação pra ser mais preciso, e por último se escolhe o corpo, só tinha opções de animais, o mais complicado era que o feitiço teria que ser conjurado na hora que a pessoa sentisse que estava partindo e ela teria que olhar fixamente para o corpo que ira habitar.

Muita informação pra minha cabeça, mais muitas coisas também surgiram, muitas idéias e muitas teorias.

Duas paginas seguintes tinha outro título.

"Trazer de volta a vida"

Esse tinha desenhos de corpos, e varias encantos. Vera não me deixou ver, ela disse que aquilo era proibido, que fazer aquilo trazia consequências terríveis, pois trazer alguém de volta dos mortos iria contra as leis da natureza e aquilo já envolvia magia negra.

Ela pegou o livro e o fechou dentro do baú novamente junto com os outros.

- Temos que arrumar nossa roupas de amanhã, não esqueça que é um baile real.- ela disse me mostrando minha roupa.

Era uma roupa seda ajustada ao meu corpo com detalhes dourados, e a coloração era um azul bem claro, minha mascara era toda dourada.

- Gostei muito.- eu disse tocando o tecido que era extremamente encantador.

- Que bom que gostou, agora vamos dormir.- disse Vera indo pro seu quarto.

Eu não queria fazer aquilo mais fiquei muito curioso, abri o baú vagarosamente e retirei o livro de lá, fui para meu quarto e comecei a ler ele, quando finalmente o sono veio escondi nas minhas coisas e dormi.

No outro dia quando acordei o café já estava na mesa, seguimos o dia normalmente mais antes do entardecer nos arrumamos e seguimos para o reino em uma carruagem que eu não sei de onde havia surgido, naquelas vestes eu estava realmente me sentindo alguém da realeza.

Chegamos lá já era noite e ao chegar na frente do castelo eu já ouvia a um som instrumental bem suave que vinha de dentro do ambiente, nos portões haviam guardas que nos pediram convites, Vera entregou e então liberaram a nossa passagem, eu fiquei deslumbrado com o enorme jardim repleto de arvores esculpidas com vários formatos diferentes, uma fonte e um labirinto de plantas.

- É tudo muito lindo Vó.- eu disse olhando pra ela.

- É sim, agora vamos entrar.

Eu não sabia o que era mais lindo, eu podia me ver no chão de tão polido que estava, as pessoas conversavam em grupinhos.

- Não esqueça Bryan,procure o príncipe e dê um jeito de pegar o anel.

Eu acenei positivamente pra ela e sai a procura do príncipe no salão, eu e Vera fizemos uma replica do anel,e eu iria enfeitiçar o príncipe pra tirar a atenção deles por alguns instantes e trocar os anéis. Esbarrei em um senhor e o mesmo usava uma coroa, sua barba era branca ele me olhou bem nos olhos e pareceu assustado.

- Desculpe senhor.- eu disse e me curvei, depois o olhei novamente e ele continuava a me observar.

- Não tem porque se desculpar rapaz, eu também estava distraído.- ele disse com sua voz firme e grave e um longo sorriso.- de qual reino você é?

- Do sul.- eu disse nervoso e por impulso.

- hum.- ele me olhou mais atentamente.- seus olhos me são familiar.

- impressão sua majestade, várias pessoas tem os olhos azuis, o senhor deve estar me confundindo.- eu disse na esperança de encerrar a conversa.

- Espere.- ele disse quando eu já ia me virando pra sair dali.- Morgana, nunca conheci ninguém em todos os reinos que já visitei que tinha essa tonalidade de azul que você tem, somente ela.

Antes que ele me perguntasse mais alguma coisa eu sai rápido dali, sei que ele era o rei, mas algo me assustou, e ele conhecer minha avó me assustou mais ainda, esbarrei em outra pessoa, acho que se eu continuasse a esbarrar nos outros nosso plano ia acabar nada bem.

- Desculpa, eu disse olhando pro moço de cabelos castanhos, ele me olhou bem, parecia esta me estudando.

- Tudo bem, esse baile está um tédio mesmo, ao menos uma coisa diferente aconteceu. - ele sorriu e logo em seguida pois a mão na boca na tentativa de esconder que estava bocejando.

Nesse momento eu pude ver o anel no seu dedo, era ele, era ele. Abri um sorriso que poderia ser visto a quilômetros.

- Também acho, o que você acha de irmos ao jardim.- eu disse tentando parecer empolgante.

- Acho uma ótima idéia.- notei um sorriso malicioso brotar em sua face.

Saímos e ele pediu pra eu o segui-lo até o jardim, fomos em direção ao labirinto.

- Então, posso ver o rosto que se esconde por trás dessa mascara?- ele disse com o mesmo sorriso de antes.

Eu apenas sorri pra ele, olhei em seus olhos e falei baixinho o encanto.

- O que? - ele disse isso e em seguida ficou parado, parecia voar em pensamentos.

Rapidamente troquei os anéis e desfiz o feitiço, na mesma hora escutamos uma explosão vinda do salão e ele me pôs atrás dele e puxou a sua espada.

- Querido, te achei.- disse Vera surgindo .- vamos?

- Quem é ela?- ele disse com a espada ainda erguida.

- Minha avó.- eu disse saindo de onde estava.- até logo.

- Qual é o seu nome? - ele gritou quando eu já estava um pouco distante, eu não o respondi, apenas acenei e sorri, e ele gritou novamente.- vou te chamar de garoto dos olhos azuis, eu vou te achar, vou te achar.

Quando eu me distanciei do castelo, já dentro da carruagem, Vera me contou que Melok apareceu e ficou impaciente, o Rei não sabia onde o príncipe estava e Melok pedia o anel, ele usou magia, ele explodiu coisas.

- Bryan, temos que te cuidado, eles sabem que estamos por perto, no reino há um grupo de cavaleiros , eles são treinados pra nos casar e são formados pela própria realeza, eles torturam e nos enfraquecem, eles descobriram como inibir nossos poderes usando um bruxo que traiu toda a convenção pra sair ileso,depois eles deixam com que a população acabem com a gente. - ela dizia aflita.- e agora Melok nos expôs.

- Calma vó, eu peguei o Anel.- eu disse

- Mesmo assim filho, a gente tem que ter cuidado.

O caminho todo eu ficava olhando pro anel, ele tinha uma pedra diferente do outro, a pedra era cinza, coloquei ele no dedo e meu corpo todo esquentou de uma vez só, me senti bem, muito bem. Chegamos em casa e depois de tirar toda aquela roupa fui sentar na varanda, a noite estava linda, a lua estava cheia, e la ao longe em uma árvore eu vi um pássaro iluminado pela luz da lua, a plumagem colorida dele me era bem familiar, eu já havia visto ele algumas vezes, e tinha a impressão de que era o mesmo que eu havia curado quando criança. Parei de pensar quando vi Jonathan sentado em uma pedra em frente a casa, ele não podia nos ver por conta do feitiço que Vera havia colocado de camuflagem, mais mesmo não me vendo ele olhava diretamente pra mim, seus olhos estavam colados ao meu, meu coração ficou triste ao ver que os seus olhos estavam tristes, que o verde que antes era reluzente e vívido estava apagado, ele chorava. Aquilo era demais pra mim, mais uma vez algo me chamou atenção, eu vi muita fumaça e um clarão de fogo vindo do vilarejo, meu coração disparou a mil, so pensei no meu pai e na minha mãe.

Jonathan levantou e correu muito em direção ao vilarejo eu corri logo atrás, quando cheguei la Melok estava em cima de seu cavalo e suas sombras atormentavam as pessoas, ele viu Jonathan e o suspendeu no ar e quando me viu sorriu sarcasticamente.

- Então Bryan, vai me dar o anel?- ele dizia e apertava as mãos e quanto mais ele apertava, Jonathan agoniza no ar.

- Não.- eu disse fechando o punho.

- Resposta errada.- ele virou o punho com a mão fechada, Jonathan parou de agonizar e caiu no chão desacordado.

Mil perdões pela demora, eu não tive tempo de publicar, tive uns problemas, espero que entendam. Bjs

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