Amor de Oficina - Parte 45

Um conto erótico de Fer
Categoria: Homossexual
Contém 1263 palavras
Data: 09/11/2015 10:22:49

Se você chutou o Nick, você errou. Era a Nat.

- FERNAAAAANNNNDOOOOOO! SEU VIAADOOOOO! POR QUE VOCÊ NÃO AVISA QUE VEM SEU MALDITO! – Ela gritou. Sorte que não tinha ninguém no corredor...

- Eu fiquei sabendo ontem minha querida.. Vim por assunto de trabalho.

- Nossa. Para falar com o Hermeto?

- É.. Ele meio que é sócio da empresa que eu trabalho...

- Fernando? – Escutei a voz do professor.

- Deixa eu ir, passo na sua casa depois - Dei um abraço rápido na Nat e entrei na sala do professor.

O que eu tinha que fazer era basicamente uns experimentos no laboratório do professor. Ele me levou, me entregou a chave e me deixou lá. Eu já sabia o que fazer no lab então simplesmente fiz o que tinha que fazer.

No fim da tarde, o professor apareceu. Eu já havia montado a maioria das coisas que eu deveria montar e simular. O professor se surpreendeu com o avanço que eu havia feito.

- Nossa.. Eu achei que você fosse demorar uns 3 dias pra fazer tudo! Hoje a noite tá pronto já! – Ele falou.

- Professor, se me permite, eu posso terminar amanhã? Tem umas coisas que eu quero fazer em Itajubá ainda – O professor deu uma risada.

- Saudade do DA? – Eu ri. Também, mas não era isso.

- Sim, mas eu quero visitar alguns amigos.

- Tudo bem, Fernando. Você é um dos melhores alunos que eu já vi, mesmo nunca ter dado aula para você...

- Obrigado Professor, mas eu só fiz o que... Meu pai me ensinou – Pensei em falar meus pais, mas minha mãe... Nem vou falar nada sobre ela...

- Tenho certeza que eles estão muito orgulhosos de você – Ele me falou e eu abaixei a cabeça. Meu pai estava morto e minha mãe me odiava...

Saí do lab, passei no mercado e fui para a casa da Nat. Lá a gente conversava enquanto eu cozinhava para nós dois. Ela me contava dos rolos dela, eu contava do Théo... Estava tudo tão perfeito...

Aí chega o Nick. Ele ouvira de um professor que eu estava na faculdade e o lugar mais óbvio que ele imaginou foi a casa da Nat. Acertara em cheio.

Ficamos conversando por um bom tempo. Fiz nossa janta e jantamos mais uma vez os três juntos. Rimos pra kct. Ficamos conversando até a madrugada. Um vizinho até reclamou das nossas risadas.

Já era bem tarde quando Nick foi embora.

- Você vai dormir aonde, Nando? – Ele me perguntou.

- EU tenho uma vaga no Coroados...

- Hm’... Você... Podia ir lá pra casa... – Ele falou, meio tímido. Respirei fundo. Eu não podia ir, é claro...

- Nick...

- Eu sei... O Théo... Não pode né? Eu entendo. Bom, se não nos vermos mais, até logo! – Sem nem esperar uma resposta, ele foi embora.

Não fui para o hotel, fiquei na casa da Nat. Dormimos juntos, na mesma cama. Isso era uma coisa meio normal até. Eu abri mão de um hotel de luxo, só para ficar ali. O que eu gostava muito mais...

Acordei cedo no outro dia e voltei para o lab. Muito antes do almoço eu já havia acabado de fazer o que eu tinha que fazer. Almocei na faculdade com o professor, que estava muito orgulhoso.

Logo após o almoço, levei ele no laboratório, mostrei todo o experimento em detalhes. Por fim, ele me dispensou. Mas eu não fui embora para casa ainda. Passei na oficina para matar a saudade antes.

E para a minha surpresa, a oficina estava lotada.

Os membros fizeram muita festa comigo. Conversamos, trocamos ideias, vi algumas coisas de projeto, dei umas dicas e tudo mais. Foi muito legal. É claro, Nick estava junto. Ele riu e brincou o tempo todo.

No fim, todos tiramos uma foto juntos e eu fui embora. É claro, Nick fez questão de me dar um longo e proposital abraço. Eu apenas fui abraçado nesse momento. Nick percebeu minha reação e me soltou logo em seguida.

Cheguei em Varginha já estava escuro. Liguei para o Théo. Ele estava na aula por isso não atendeu. Comi alguma coisa qualquer em um restaurante e logo fui para casa. Liguei mais uma vez para o Théo, que não me atendeu novamente.

Era incomum, mas as vezes acontecia que ele deixava o celular no silencioso.

Não dormi a noite. Não por que não consegui, na verdade porque nem tentei. Varei a noite fazendo relatório sobre o que eu havia feito em Itajubá. No final de 6h de noite, terminei um relatório de quase 100 páginas.

Pode parecer muito, mas eu dominava o assunto então para mim era relativamente tranquilo fazer esse tipo de coisa. Após o fim, tomei um bom banho. Fui até uma padaria tomar um café. Passei em uma papelaria, imprimi e encadernei o relatório.

Cheguei na empresa onde trabalho e fui direto falar com meu chefe.

- Ah! Que bom que voltou Fernando! Deu tudo certo? Vou precisar de um relatóri...

Enquanto ele falava, coloquei sobre a mesa o relatório que eu havia feito.

- Pode conter alguns erros de gramática. Faltar algumas referências bibliográficas. Eu fiz essa madrugada, mas a essência do trabalho está correto. Amanhã eu te entrego a versão corrigida.

Assombro. Essa é a palavra que descrevia a reação do meu chefe. Ele me dispensou enquanto lia o relatório. Durante a manhã eu não rendi quase nada. Eu estava exausto da noite anterior.

Saí na hora do almoço e fui para o serviço do Théo. Ele não havia ido trabalhar. Comecei a achar estranho. Ele não me atendia, não me respondia, não foi trabalhar. Fui até a casa dele.

Quem me atendeu foi a mãe dele. Ele estava no quarto, segundo ela, mal. Fui até lá. Assim que entrei, ele me olhou com um olhar triste e... choroso... Nem sei se essa palavra existe, mas era isso...

- Théo, você ta bem? – Perguntei preocupado.

- Eu pareço bem? – Ele me perguntou, levei um susto com a resposta.

- O que aconteceu cara? – Ele me olhou, como se a resposta fosse óbvia demais, sendo que eu nem imaginava o motivo. Ele pegou o celular dele e jogou para mim.

Olhei o celuar e nele tinha a foto que eu havia tirado com a equipe. Demorei a entender o motivo de Théo estar daquele jeito, bravo comigo mas entendi. Na foto Nick estava todo sorridente do meu lado.

- Théo. Eu preciso dizer quantas vezes que eu te amo? Preciso dizer quantas vezes que eu não vou te abandonar? Preciso dizer quantas vezes que você é o meu homem? Preciso dizer quantas vezes que para mim só você importa? – Ele me olhou, meio que se sentindo culpado acho.

- Você não me disse que ia na oficina! E nem que ia ver ele... Falou que só ia no Laboratório! – Ele falou bravo. Respirei fundo, para manter a calma.

- Eu me matei na porra do laboratório só para vir antes para cá te ver! Só pra não ficar longe de você! Eu fui sim na oficina! Fui ver meus amigos... Nada demais! Fiquei lá menos de meia hora naquela porra de oficina! Uma foto! UMA PORRA DE UMA FOTO! E EM GRUPO! Porra Théo... Sério mesmo?

- hm.. – Théo não falou nada, só virou o rosto, ainda bravo.

- Pra mim chega! O dia que você confiar em mim, a gente conversa – Saí do quarto dele, batendo a porta.

- Fer... Fer... FER! – Escutei ele gritando atrás de mim. Saí e entrei no meu carro, dei partida e saí cantando pneu. Pelo retrovisor eu vi ele no meio da rua chorando, só vendo eu ir embora.

Fui para um lugar que a muito eu não ia... Minha arvore.

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Comentários

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Amo os teus relatos. Esse ciúme exacerbado do Théo pode colocar em xeque o relacionamento de vocês. Espero que já tenham se acertado e que tudo esteja "na santa paz de Deus". Um abraço carinhoso para ambos,

Plutão

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Realmente é de matar tanto ciúmes besta assim. Mas espero que estejam bem agora.

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Gente posso parecer maluco, mas eu adoro gente (homem) ciumento, mesmo a parte que ele (s) fica (m) de birra e faz um showzinho eu adoro!

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Amo esses dois. Não gosto quando brigam. Voltem logo! rs

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Ai, assim nao tem como te defender, Théo. Espero que tudo se resolva logo

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Esse Théo é muito sem noção, nem rolou nada tem que tomar gelo pra aprender ahahahahaha. Abraços :)

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