Um Conto Medieval XXIV

Um conto erótico de tavinhoo
Categoria: Homossexual
Contém 1278 palavras
Data: 01/11/2015 20:51:14
Assuntos: Gay, Homossexual

Nunca imaginei que as coisas pudessem chegar a essas proporções, eu não sabia o real perigo que estava correndo porque até então eu não tinha visto ninguém explodir e espalhar sangue e partes do seu corpo por todos os lados, e o que mais me amedrontava era o fato de que não era só a minha vida que estava em risco, todos estavam correndo risco.

- Eu não sei pai.- disse baixo olhando pros seus olhos.

- Maldito sejam esses seres.- ele disse batendo na mesa com tanta furia que a mesma tremeu.

Fui pro meu quarto peguei minha mochila e quando passei por ele indo em direção a porta.

- Você vai aonde Brian? Volte já aqui.- ele disse indo em minha direção.

Levantei minha mão no sentido onde ele estava, e ele ficou imóvel.

- o que você fez comigo? Porque eu não consigo me mexer? Pare com isso agora Brian.- ele dizia e eu via suas veias do braço e pescoço saltando.

Na verdade nem eu sabia porquê estava fazendo aquilo, mais algo me mandava sair dali, eu sentia como se meu corpo estivesse em chamas e alguma coisa me puxava.

- Desculpa pai.- eu disse soprando em sua direção e ele caiu no chão inconsciente.

- Brian, aonde você vai filho.- ela disse se ajoelhando ao lado de meu pai e colocou sua cabeça em cima de suas pernas enquanto passava as mãos em seu rosto.

Eu não disse nada, apenas sai rumo a floresta que estava totalmente escura, a não ser pela luz da lua que em alguns lugares mais abertos adentrava clareando um pouco, eu andava desnorteado e sem destino. Até que parei em um espaço mais aberto onde as árvores eram mais afastadas, e de repente uma ventania tomou conta do lugar e eu via vultos passarem por mim, senti um sopro no meu ouvido e olhei para o lado assustado, e os vultos não paravam.

- Da pra aparecer.- eu gritei abrindo os braços e as palmas das mãos.

Várias sombras que pareciam ser de pessoas pararam no ar e quando elas tentavam se mexer eu podia ver faíscas como se fossem choque.

- O que são vocês?- eu disse olhando para um que estava um pouco perto,porem distante o suficiente para ser seguro, a única coisa que eu via além da escuridão de seus corpos eram os olhos vermelhos, eu tremia.

Em um piscar de olhos luzes vermelhas e negras misturadas que mais pareciam rabiscos no ar, foram tomando uma forma, e era ele, Melok estava na minha frente, agora mais parecia um lorde com sua capa da mesma tonalidade de seus olhos, ele estava com as mãos juntas abaixo do abdômen, um de seus dedos alisavam o que estava o anel e ele me olhava fixamente após ter olhado todas as sombras estáticas no ar.

- Até que você me surpreende a cada dia Brian.- ele dizia se aproximando de mim e eu dei um passo pra trás e imediatamente o mesmo parou.- tudo bem, eu não vou chegar perto de você.

- Nos deixe em paz Melok.- eu disse com a voz trêmula.

- Sabe Brian.- ele disse coçando o queixo.- quando você está com fúria, eu lembro bem de mim na sua idade.

- Eu não sou mau igual a você, nunca poderemos ser iguais.- eu disse agora olhando para os seus olhos e via aquele vermelho hipnotizante.

- Nem sempre eu fui mau, sabia disso?- ele disse agora sereno e calmo indo em minha direção e dessa vez eu não me movi, esperei ele se aproximar, quando chegou perto e segurou meu queixo alisando o mesmo.- que cor são meus olhos Brian?- seu lábios finos se movimentavam com calma.

- São vermelhos.- eu disse firme.

- Isso, mais olhando bem pros seus.- ele disse pausadamente mexendo a cabeça pra direita e pra esquerda.- eu lembro muito quando eu ainda não havia sido tomado pelas trevas.

- Como assim?- eu queria entender.

- Meus olhos eram tão azuis quanto os seus Brian.- ele piscou rapidamente e por um instante eu pude ver seus olhos azuis, mas logo o vermelho predominou novamente mais intenso ainda e quando isso aconteceu ele me soltou e se afastou um pouco, e eu pude ver traços pretos como veias ao redor de seus olhos que logo sumiram e a sua face serena retornou.- Eu queria poder Brian, muito poder, e pra isso eu abri mão de tudo,do amor.- ele disse com desprezo a palavra amor.- família, mais valeu a pena, eu tinha potencial, eu era mais forte que todos, e alguém viu isso em mim, ele me deu mais muito mais e juntos dominamos vários reinos, e se ele não tivesse sido tão fraco ao ponto de se levar por uma paixão fútil que o tirou não sei como das trevas nos teríamos dominado o mundo, com tamanha traição fiz o certo em matá-lo, e eu vejo em você o mesmo, você é muito poderoso pode ter mais poder, pra isso só precisa abrir mão de coisas fúteis.

- Eu já disse que não sou igual a você.- eu disse firme fechando os punhos com raiva.

- Veja só, esses seres que estão aqui com a gente, abriram mão de suas vidas sem graça a muito tempo para viver a eternidade, e em breve terão tudo que eles quiserem, e você também pode ter, pense no que eu te disse Brian.- ele estalou os dedos e sumiu com os mesmo ricos de luz, já os seres despareceram como fumaça.

Escutei som de folhas secas sendo esmagadas e pisoteadas ao longe, ao que me parecia alguém vinha correndo para essa direção.

- Até que fim eu te achei amor,porque fez isso?- ele disse me abraçando bastante ofegante, e beijava todo o meu rosto, eu só conseguia lembrar de tudo que havia acontecido.-vamos pra casa.- ele disse me puxando.

Eu não me movi,continuei ali imóvel como uma estátua de pedra.

- Brian, vem comigo.- ele disse sério.

- Não.- eu disse firme e sério pra ele.- Você não viu o que aconteceu? Você não viu o que ta acontecendo? - eu disse gritando e ele apenas me olhava assustado.- eu não posso ficar perto de vocês.

- Mais porquê?- ele disse confuso.

- Eu não quero que vocês se machuquem, aquele homem que explodiu hoje foi um sinal de Melok, ele queria me mostrar que pode fazer o mesmo com qualquer um que eu ame e que entrar em seu caminho, eu sei qual é o real propósito dele, agora eu sei.- eu disse com lágrimas nos olhos.- volta pra casa.- eu disse enxugando as lagrimas com as costas da mão.

- Não.- ele disse firme e sério pra mim.

- Então, você não me deixa dá outra escolha.- ele me olhou confuso e eu fiz o mesmo que fiz com meu pai soprei em sua direção e ele caiu inconsciente.- desculpa.

Levitei o seu corpo e fui andando lentamente até o vilarejo, quando me aproximei do local vi vários homens reunidos e meu pai gritava com eles,deixei o Jonathan e não pude deixar de escutar quando meu pai disse.

- Haja o que houver,encontrem o meu filho, eu tenho medo do que possa acontecer com ele nessa floresta, ainda mais com algo que não sabemos o que é solto por aí. Vão.- ele gritou pra finalizar.

Eu não queria fazer aquilo, eu não queira deixar a todos,mais era pro bem deles, e se era pra protegê-los eu seria capaz de tudo.

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