Louco amor - metido a machão pegador 23

Um conto erótico de lipe
Categoria: Homossexual
Contém 4272 palavras
Data: 04/11/2015 22:00:34

LOUCO AMOR – metido machão pegador 23

Anteriormente:

– Podemos nós falar um pouco hoje à noite pelo celular? Prometo que o assunto principal não vai ser meu irmão, isso se já não enjoou de mim – disse ele sorrindo.

– Claro que eu não enjoei de você e sim podemos nos falar a noite – digo sorrindo.

– Combinado então – disse novamente me abraçando.

Poderia ser coisa da minha cabeça – ou não – poderia ser cedo – ou não – mas eu acho que estava rolando algum clima ali. Sentia-me estranho com aquilo, ele era irmão do Caio, do cara que eu menos gostava na face da terra, isso tudo é muito louco.

Continuação:

Narrado por Lucas:

Meu pai ligou pra min naquele começo de noite enquanto eu me arrumava para sair com o Caio depois dele praticamente implorar aos meus pés, aceitei, pois afinal poderia ser bom pra mim, o quanto menos pensasse no que aconteceu, menos doeria. Ele disse que minha mãe estava melhor, mas irredutível, não queria sequer ouvir meu nome, ele disse também que eu voltaria para casa o mais rápido possível – não contava muito com isso – e disse que viria me ver assim que possível. Finalizou a ligação dizendo “eu te amo”, respondi um “Eu também” com os olhos cheios de lagrimas e desliguei.

Assim que guardei o celular no bolso, o telefone da cozinha toca, imediatamente Caio grita do quarto em que se arrumava para que eu atendesse já que eu estava na sala e subsequente mais perto. Atendi, era o porteiro pedindo permissão para que uma pessoa subisse, se tratava de Fagner, concedi que ele subisse mesmo não falando nada com Caio. A presença de Fagner ali não me surpreendia, talvez ele já soubesse o que aconteceu e só queria prestar sua solidariedade. Antes que ele chegasse à porta, fui ao quarto onde Caio estava.

– O que era amor? – perguntou ele assim que me viu entrar. Ele trocava de costas pra mim a roupa que vestia pela milésima vez – acho que essa fica melhor né – perguntou se virando pra mim me mostrando uma blusa.

– A primeira que você vestiu já estava ótima cara e ah... Deixei Fagner subir, espero que não tenha problema.

– Affs Lucas, é sério? Esse cara é um babaca, não sei como você ainda fala com ele, só sabe usar aquela doença para se fazer de vitima – disse visivelmente estressado.

– Tudo bem, encontro ele lá em baixo.

Fiquei um pouco chateado com aquela atitude, mas resolvi amenizar as coisas.

Já ia me virando pra sair quando ele segurou em meu braço.

– Desculpa, me desculpa, é que eu não confio nesse cara Lu – se justificou.

– O que você precisa fazer é confiar em mim – rebato.

– Eu sei – ele baixou a cabeça por alguns segundos e então voltou a me olhar – não vamos brigar por isso, por favor, por mim tudo bem, se quiser ficar se encontrando com ele, tudo bem.

– Já chegamos ao ponto de você me permitir ou não fazer as coisas Caio?

Ele não respondeu. Simplesmente me surpreendeu com um beijo calmo e roubado, só bastou isso para que aquela minha pose de durão se desfizesse.

– Não vamos brigar, por favor, isso destrói qualquer relacionamento – disse ele.

– Me desculpa, eu sou brigão mesmo, acho que não vai conseguir me aturar por muito tempo – digo.

Era verdade, eu sempre fui conhecido por fazer tempestades em copo d´água, eu não conseguia parar de discutir enquanto não falasse tudo que queria, – e também o que não queria – provavelmente era o que iria acontecer ali se ele não tivesse me calado com aquele beijo que me fez esquecer tudo que eu iria falar.

– Vai ser um prazer te aturar – disse sorrindo.

Dei-lhe um último beijo antes de ir atender ao Fagner que já tocava a companhia pela terceira vez.

Abri a porta e lá estava ele, a primeira vez que o via depois de dois dias, desde aquela conversa que tivemos em uma biblioteca de um shopping, ele usava agora uma camisa polo azul clara, uma calça jeans branca e um tênis all star, seu rosto sério completava o pacote.

– Primeiramente: eu não estaria aqui se fosse algo realmente muito importante – se pôs a falar segundos após eu abrir a porta – segundo: eu soube o que aconteceu, passei na sua casa e seu pai me falou o que aconteceu, eu sei que você tá sofrendo com isso e sei também que pensa que eu vim aqui, pra te confortar, posso até fazer isso se quiser mas vai ter que ser depois de eu te contar uma enorme bomba.

– Cara, respira, fala com mais calma, que bomba é essa? Se for ruim, prefiro não saber.

– Não sei se é ruim ou bom, você que vai ter que me dizer. Acredite em mim, você vai querer saber.

– Entra então – disse quando percebi minha falta de educação.

– Belo apartamento – comentou enquanto entrava, tranquei a porta e voltei a ficar de frente pra ele – Cadê o Caio?

– Está no quarto, senta aí e me fala – digo apontando o sofá que estava a poucos centímetros atrás dele. Sentei-me de frente pra ele.

– Ótimo, então só tenho alguns minutos, então vou logo ao ponto. Você sabia que seu namoradinho tem um irmão?

Disse ele assim do nada, fiquei meio que sem saber como reagir àquela pergunta. Como é que ele sabia daquilo? Como foi que ficou sabendo e o mais importante: quem foi que o contou? – essas perguntas rapidamente encheram minha cabeça.

– Como você sabe disso? – perguntei ansioso pela resposta.

– Então quer dizer que você sabe né.

– Sim eu fiquei sabendo disso hoje.

– Sabe também porque ele saiu de casa?

– Vai Fagner, me fala como tu ficasses sabendo disso? – digo em tom exasperado.

– Se eu te falar que o irmão dele está na cidade e que eu o conheci naquele dia, que fomos ao shopping, você acreditaria?

– Isso é impossível, como assim Fagner? Isso seria muita coincidência.

– Não é impossível, coincidência, pode até ser, mas o fato é que ele está lá embaixo.

– :o

– A pergunta é: seu namorado quer revelo ou ainda continua com aquele preconceito, que convenhamos entre nós está sem sentido agora.

– Meu Deus – disse colocando a mão na boca abafando alguns risos nervosos – Claro que ele quer ver o irmão, isso não é brincadeira não né Fagner, por favor – me levantei, pois minha inquietação muscular já tinha começado, aquela noticia era no mínimo fodastica – Vai, levanta, o que está esperando? Manda-o subir, o telefone está lá na cozinha, é o numero 1, meu Deus, meu Deus – falava enquanto olhava de um lado ao outro sem saber ao certo qual seria o próximo passo.

– Então é melhor você preparar seu namorado – disse clareando minha mente.

– Isso, isso.

Segui a toda para o quarto onde Caio estava enquanto vi de relance Fagner fazendo o que eu tinha mandado.

Caio vai ter um treco – pensei.

Quando entrei no quarto ele estava lá sentado na cama com o celular na mão jogando, ele levantou o olhar assim que me viu se aproximar.

– Ele já foi? – perguntou.

– Eu tenho uma hiper, mega surpresa pra tu.

– Surpresa? – indagou se pondo de pé.

– Meu Deus, amor, tu não vai acreditar.

Ele riu, segurou meus dois braços para que eu parasse de dá pulinhos ridículos de alegria que eu não havia percebido que fazia até então.

– Deve ser muito bom mesmo, espero que não tenha nada a ver com aquele lá.

– Cara, você vai amar – falei ainda animado, muito animado pra falar a verdade.

– Hum, estou curioso, vai me mostrar agora essa surpresa?

– Vou, vem – peguei na mão dele e fui guiando-o até saída, mas repentinamente tive uma ideia, parei e virei pra ele – tenho uma ideia melhor, fica aqui que eu te chamo quando estiver tudo pronto.

– Não, não Lucas, me deixa ir – protestou.

– Por favor, confia em mim.

Ele balançou a cabeça e disse:

– Cara, eu estou com medo do que pode ser, mas tudo bem, eu espero.

– Você não vai se arrepende (selinho) te prometo.

O afastei da porta e fechei a mesma atrás de mim, me recostei nela e suspirei a fim de me concentrar e recuperar o folego, estava muito eufórico. No momento em que olhei pra sala vi Fagner entrando e logo atrás dele um cara – era ele, tinha que ser.

Ao contrario do Caio, ele era branquinho e não moreno, parecia muito com o pai enquanto Caio parecia muito com a mãe, ele não tinha barba e era um magro musculoso, o cabelo era bem curto assim como a do irmão. Ele olhou diretamente pra mim parado no corredor o encarando, Fagner me olhou logo em seguida. Juntei minhas forças e comecei a caminhar em direção a eles.

– Caique? – indago estendendo a mão a ele em forma de comprimento.

– Sim e você é? – ele perguntou apertando minha mão.

– Lucas, seu irmão vai lhe contar tudo, é um prazer enorme te conhecer – digo com um enorme sorriso no rosto ao contrário dele que exalava nervosismo e tensão.

– Onde ele está? Ele vai realmente querer me ver?

– Senta ali que eu vou chama-lo.

Fagner pegou no braço dele e o guiou até se sentarem no sofá enquanto eu voltava para o quarto. Abri a porta e Caio estava lá sentado na cama, mas se levantou num pulo assim que me viu.

– É melhor se preparar, a surpresa é grande.

Ele não disse nada, apenas me olhou apreensivamente – não era pra menos, eu estava fazendo tanto estardalhaço. Abri passagem pra que ele saísse do quarto e assim o fez, o segui com o coração batendo a mil, assim que ele chegou à sala, ele olhou para a direita onde Caique se levantou em um pulo, Fagner o imitou, mas só que com mais calma. Pus-me do Lado dele e observei sua face, ele olhava para o irmão como se tivesse duvidas, como se estivesse ligando os pontos, puxando da memoria a fisionomia do irmão que por sua vez tinha os olhos cheios de lagrima e um sorriso que se abria e fechava em questão de segundos por causa do nervosismo.

Caio me olhou confuso como se me perguntasse “É ele?”.

– É teu irmão, meu amor – essa frase fez cair uma lágrima de meus olhos, os dele se encheram da mesma substancia.

– Caique? – indagou voltando a olhar o irmão que balançou a cabeça confirmando.

Como se fosse desperto, ele praticamente correu mesmo não tendo espaço pra isso até onde o irmão estava e o abraçou forte, juntos começaram a chorar, Fagner do lado dos dois não se conteve e abriu um sorriso de orelha a orelha, já eu deixei as lágrimas caírem.

A emoção dos dois era envolvente.

Em dado momento Caio segura a face do irmão com as duas mãos que também faz a mesma coisa, ambos emocionados.

– Me perdoa mano? Sinto muito, muito mesmo pelo que fiz, senti tanta falta sua, me perdoa? – disse Caio.

– Claro que sim mano, você é meu irmão – respondeu Caique voltando o abraçar ainda mais forte que da primeira vez.

Quando pensei que os dois não fossem se soltar mais, Caio se desvencilhar e me chama pra mais perto com um aceno de mão.

– Quero que conheça a pessoa mais importante da minha vida – disse pegando em minha mão enquanto com a outro limpava as lágrimas que teimava em cair – esse é meu namorado.

A minha felicidade naquele momento foi nas alturas, era a primeira vez que o via me apresentando como namorado dele acompanhando da frase “a pessoa mais importante da minha vida”. A reação do irmão dele foi totalmente desconcertante, era visível que ele não sabia se sorria ou ficava sério.

– É serio isso? – perguntou – não, por favor, me conta essa história direito, que loucura é essa? – disse por fim sorrindo com a mão na boca como se estivesse pasmo com a notícia. Não era pra menos.

– Então senta aí que a história é longa – disse Caio.

– Acho que já vou indo – anunciou Fagner.

– Mas por quê? – perguntou de imediato Caique – fica mais um pouco.

– É cara, vamos conversar um pouco, depois você vai – reforço o pedido do Caique – não é Caio?

Ele me olhou um pouco sério como se não quisesse dizer nada, mas acabou cedendo segundos depois.

– É cara, fica ai.

Ele olhou uma última vez pra Caique que balançou a cabeça positivamente. O olhar que eles haviam trocados ali deu a entender que tinha algo rolando e sinceramente, queria que não fosse só algo de minha cabeça.

– Tudo bem! – disse ele por fim se sentando no sofá, Caique lhe passou um sorriso e se sentou logo em seguida ao seu lado. Eu e Caio nos sentamos de frente para eles com apenas uma mesa de centro nos separando.

– Como aconteceu isso mano, vocês estão realmente juntos? – perguntou Caique.

– É verdade, sei que é uma notícia e tanto, mas prometo que vou te contar tudo, mas antes que tal: pedimos uma pizza?

– Ótima ideia – digo.

Ele pediu a pizza e uma coca e, enquanto não chegava explicamos toda história a Caique, desde que nos conhecemos até o presente momento. Era até engraçado as caras que Caique fazia a cada coisa que contávamos, ele se alternava entre mim e Caio e às vezes Fagner.

– O mundo dá voltas irmão – finalizou Caio.

– Cara, não sei nem o que dizer, estou pasmo aqui, Lucas, virei teu fã, tu vai ter que me dizer qual é a receita que tu usa pra pegar hétero – disse fazendo todos na sala rirem, inclusive eu.

– Sabe, até que não foi difícil – comento.

– Ah tá me chamando de fácil? – indagou Caio se virando pra me olhar de lado, ele ria.

– Tu eras um galinha Caio – rebato também sorrindo.

– Ah isso, ele tem razão – diz Caique rindo – quero poder conhecer esse novo Caio.

– Você vai – ele afirma.

– Mas e aí Fagner, quando você vai lá pra São Paulo? – perguntei assim que notei que ele estava distante da conversa.

– Em breve.

– Esse cara aqui foi um verdadeiro anjo Lucas – disse Caique chacoalhando de leve o ombro de Fagner – eu tenho certeza que ele vai sair dessa – finalizou antes da companhia tocar, deveria ser a pizza, me levantei e fui até lá, paguei ao entregador, peguei a pizza e empurrei a porta com o pé.

– Vamos a cozinha pegar alguns copos e arrumar tudo comigo Fagner? – o chamei.

– Ah claro – disse se levantando e indo atrás de mim.

Poderia fazer aquilo sozinho, afinal, era um trabalho simples, mas achei que seria legal que Caio tivesse um tempinho a sós com o irmão e a lendo mais queria conversar um pouco com meu velho amigo sobre algumas coisas que ainda estavam soltas no ar.

– Você havia me dito que conheceu o irmão do Caio no sábado, não foi isso? – pergunto colocando a pizza em cima do balcão enquanto ele passava por mim.

– Sim e... – disse parando em frente ao fogão de frente pra mim.

– Por que só dois dias depois ele veio até aqui, o que vocês estavam aprontando em? – indago sorrindo, mas ele não sorriu, permaneceu sério.

– Eu e ele não temos nada se é isso que quer saber. Até porque...

– Ok Fagner, já entendi – o cortei, pois até sabia o que vinha pela frente.

– Desculpa, acho que já virou mania. Respondendo mais gentilmente sua pergunta: o que aconteceu foi que apenas nos esbarramos no shopping, ele pagou outro livro pra mim já que tinha danificado o que eu estava na mão, me passou o celular dele e conversamos, marcamos um dia na praia e conversamos mais. Foi ai que ele se abriu e falou a história dele, em forma resumida, foi isso. – disse sendo menos grosso.

– Hum, então quer dizer que tem mais coisa? – perguntei voltando a sorrir.

– Besteira, não aconteceu nada demais. Onde ficam os copos? – perguntou passando a vista pelo armário.

– Vi o modo que ele olhou pra você.

– De que modo? – voltou a me olhar, mas por poucos segundos.

– Ah sei lá, de alguém que está afim, ele sabe que você é gay?

– Sabe e isso é coisa da sua cabeça, o conheço a menos de três dias. Ah achei, posso pegar esses? – disse apontando alguns copos na ultima prateleira próxima a pia.

– Pode sim – respondi o examinando. No fundo eu queria que minha paranoia fosse verdade não porque eu queria ficar livre dele, mas é porque o queria ver bem e feliz e livre daquele sentimento por mim.

– Vamos? – disse assim que estava com todos os corpos na mão.

– Vamos dá mais alguns minutos aos dois – digo.

– Ah, então a questão é essa – disse se sentando em uma banqueta próxima ao balcão – entendi.

Narrado por Caio:

– Posso te contar um segredo? – digo ficando na beirada do sofá quase sussurrando assim que os dois desaparecem na cozinha.

– Pode – diz meu irmão imitando meu sussurrar.

– Não gosto nada, nada desse Fagner.

– Ué, mas por quê?

– Cara, ele gosta do Lucas e ás vezes o canta e isso me estressa, mas aturo, pois sei que ele não me trairia.

Assim que termino de falar noto que ele ficou com uma expressão meio enigmática.

– Hum.

– O que foi? Não vai me dizer que você tá afim dele.

Ele dá um sorriso de leve e responde:

– O pior que estou.

– Sério? – pergunto surpreso.

– Serio, tem algo nele que me chama a atenção – diz.

– Vai fundo, super apoio vocês dois.

– Até sei por que você apoia, lhe convém – comenta sorrindo – você confia no seu namorado, mas se sente inseguro ainda não é?

– Ah cara, não tem como, eu surto só de pensar que tem alguém concorrendo comigo a algo que eu gosto. Amo, na verdade.

– É tão estranho tudo isso, nunca pensei que um dia tu fosse virar gay.

– Ei, alto lá – digo levantando o dedo indicador – eu não disse que sou gay.

Ele ri com que eu acabei de dizer.

– Como não cara?

– As pessoas rotulam de mais mano, eu nunca senti tesão em outro homem, e ainda hoje não sinto, exceto o Lucas, depois que passei a gostar dele, percebi que não existe barreira, seja ela de gênero, de cor ou religião quando o amor... – ponderei em terminar a frase, pois vi que estava sentimental, mas terminei – acontece.

– Essa foi profunda em – disse passando a mão no peito fazendo graça.

– Ainda estou me acostumando a esse novo Caio – digo.

– Mas você está gostando?

– Eu só era daquele jeito porque eu não via sentindo em ser uma pessoa melhor, agora eu vejo sentindo.

– Está apaixonado mesmo em mano – ele constata.

Sorrio antes de confirmar:

– Muito. E aí quanto aos nossos pais?

– Estou com medo, mas também estou com saudades, quero revê-los.

Sinto algo vibrar próximo a minha coxa, quando olho era meu celular.

– Só um minuto mano – digo tirando o celular do bolso. Era uma chamada, de Teresa, pensei umas duas vezes e desliguei.

– Quem era?

Não falei, apenas mostrei o visor do celular pra ele.

– Você desligou?

– Sim, ela deve tá querendo chamar atenção.

– Cara, ela pode está precisando de tu, ela tá gravida de um filho teu, meu sobrinho – me repreendeu.

Infelizmente ele tinha razão, não havia pensado nisso. Eu iria ser pai e nem parecia. Confirmei com a cabeça em sinal que ele tinha razão, destravei o celular e retornei a ligação. Chamou apenas uma vez antes dela atender:

– Caio! – gritou do outro lado da linha.

– O que foi?

– Eu não estou me sentido bem, meus pais saíram, por favor, vem aqui, eu preciso de você.

A voz dela vinha carregada de emoção. Parecia está chorando.

– O que aconteceu? – perguntei levantando do sofá já me sentindo preocupado – O que tu está sentindo?

– Eu estou mal Caio, eu preciso de você – falava ela. Pelo tom da voz parecia realmente que estava mal.

– Ok, eu já estou indo.

– Não trás o Lucas, eu não quero ver ele, por... Favor.

– Eu vou sozinho – digo.

– Não desliga o celular, vem falando comigo.

– Ok, só um minuto.

– E aí? – era meu irmão.

– Não sei, ela disse que estava se sentindo mal, eu vou lá ver o que ela tem – falei procurando minhas chaves e a carteira.

– Se quiser eu vou com você.

– Não precisa, acho que o que ela tem é mais sentimental. Lucas vem cá, por favor – chamo-o.

– O que foi? – pergunta entrando na sala junto a Fagner.

Aproximo-me dele e lhe dou um beijo na testa.

– Teresa tá na linha...

– O que ela quer? – pergunta me cortando.

– Está se sentindo mal, parece ser emocional, ela quer que eu vá lá, os pais parecem que estão viajando. Ela é a mãe de meu filho amor, entende né.

– Eu vou com você.

– Ela me falou que era só eu, ela não pode se estressar. Eu não vou fazer nada, você confia em mim?

– Claro que sim.

– Eu volto logo, faz companhia ao meu irmão por mim.

– Tudo bem.

Inclino meu rosto um pouco pra baixo já que eu era um pouco maior que ele e selo meus lábios no dele em um beijo calmo e rápido.

– Mano, eu volto logo, tenho muita pra conversar contigo ainda – digo dando um abraço em meu irmão que estava próximo a mim.

– Nunca pensei ver essa cena na vida – diz ao meu ouvido.

Dou um sorriso e vou em direção à porta onde Lucas já havia aberto para mim. Dou um ultimo beijo na testa dele, mas ele me abraça e diz algo em meu ouvido:

– Seja educado com o Fagner também – diz.

Percebo que ele tinha sido a única pessoa que eu não havia falado, não era por maldade, era só que eu não via necessidades em me aproximar dele.

– Flw aí Fagner.

Digo e mesmo sem ouvir o que ele falou vou embora. Quando chego ao elevado me lembro de que havia esquecido Teresa na linha, rapidamente coloco o celular no ouvido, ela chamava o meu nome repetidamente bem baixinho, achei aquela atitude bem estranha.

– Eu estou aqui, já estou chegando – digo acalmando-a.

Pego meu carro na garagem do prédio e sigo a toda pra casa dela. Em todo percurso fomos conversando ou tentando conversa já que quase nunca respondia as perguntas que fazia, só sabia dizer que sentia minha falta e que me amava, perdia desculpas várias vezes pelo que o pai dela tinha feito comigo e etc.

Estaria mentido se dissesse que aquilo não mexia comigo. Ela tinha sido minha primeira namorada, a primeira pessoa com quem senti algo próximo a um sentimento como o amor.

Dez minutos depois cheguei à frente da casa dela, entrei sem tocar o interfone já que ela havia me dito que o portão estava aberto e que se encontrava em seu quarto. A sala de estar se encontraria totalmente escura se não fosse a luz do lado de fora que passava pelas janelas de vidro, subi até o quarto dela, seguindo por um corredor ainda mais escuro e sinistro. Assim que cheguei próxima à porta entreaberta do quarto dela desliguei o celular e o guardei novamente no bolso, já que dava pra ouvi os sussurros dela do outro lado. Sinceramente hesitei bastante em escancarar a porta e ver o estado dela.

Abri aos poucos e apesar da pouca luz puder ver ela sentada próxima à cama, com o rosto caído no colchão ainda com o celular próximo ao ouvido falando como se ainda estivesse falando comigo por ali. Aquela cena fez toda minha estrutura estremecer. Ela usava um simples vestido branco, seus olhos estavam manchados por uma substancia preta de tanto chorar – acho que era rímel.

Nunca a vi daquele jeito e nem imaginei ver um dia, parecia que havia perdido a lucidez. Ajoelhei-me na frente dela próximo a cama, ela me olhou estranho como se não me conhecesse.

– O que aconteceu? – pergunto tirando gentilmente o celular da mão dela.

Ela levanta um pouco a rosto e me olha mais profundo.

– Caio? – sussurra ela.

– sim, sou eu.

– Eu não quero mais viver – disse deixando as lágrimas caírem.

– Por quê?

Ela coloca a mão em meu rosto e acaricia. Sinto minha pele arrepiar com aquele toque.

– Eu te amo demais, eu não suporto mais viver sem você, por favor, fica comigo – diz intensificando o choro.

– Teresa...

– Será que você não sente mais nada por mim? – diz ficando de joelhos levando seu rosto bem próximo ao meu. Sentia a respiração descompassada dela nos meus lábios – a gente se gostava tanto.

– Teresa...

Pego em seus braços a fim de afasta-la mais de mim antes que algo acontecesse, mas ela de alguma maneira conseguiu se desvencilhar e me beijou, no começo resisti mas algo dentro de mim, talvez pena, fez-me entregar aquele beijo.

CONTINUA...

Gente, eu sei que eu demorei então podem me crucificar, eu deixo kkk, o que acontece é que não deixo capítulos extras, a medida que vou escrevendo, vou publicando e quem desenvolve uma história sabe que tem que lidar todo dia com a falta de imaginação e principalmente a preguiça. Iria postar ontem mais não queria publicar sem antes da uma revidada. Desculpem-me.

CDC: Sim cara, mais um casal ^^ Abraços!

S2DrickaS2: Ficou bem emocionado ele em ^^

Hello: o que achou do reencontro? ^^

Mr. John: Aaaah se lembrou do Lipe e do Jonas? Sinto falta deles ^^

Martines: Obrigadão.

Jardon: Fagner merece sim e aí gostou da reação? ^^

R.Ribeiro: Tá ai a reação dele rsrs ^^

Ru/Ruanito: siiiim, casal novo ^^

Adriannosmith: Obrigadão meu conterrâneo ^^

JUJU gordinha sapeca: Obrigadão ^^

Lobo Azul: Fico mais aliviado em saber que não é nada grave, mas mesmo assim, melhoras. Obrigadão ^^

Anjo sedutora: Obrigadão ^^

Pyetro_Weyneth: Obrigadão ^^

Pandinha-04: Vou fazer o possível pra não deixar esperar muito, não é nada certo em rsrs sobre outros contos, até que eu tenho algumas histórias em mente mas não sei se vai sair do papel. Obrigadão ^^

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Comentários

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Sinceramente perfeito o reencontro dos irmãos. Caio sente tanto ciumes do Lucas com Fagner que não ver a burrada que fez depois de tudo que ela fez com ele e o Lucas, retribuindo o beijo da Teresa. Já sei que vem treta por aí. Bjs!

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A Teresa que ache outro pra aturar ela ne kkkk, pra mulher é mais facil arrumar um homem, deixa os dois serem felizes, olha aqui moço nao seja egoista viu!!!! Vc tem que dividir conosco suas historias pra que deixar no papel???? elas ficaram melhores em nossos coroçoes ja que aprendemos a gostar tanto assim de vc viu!!!! Super beijo, tudo de bom pra voce>

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ain meu coração num tava preparado pra tudo isso demonio pq tu faz isso cmg ?! n demora pf

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A implicância do Caio com o Fagner é louvável, porém está sendo demasiada desnecessária. Com esse final creio que quem vai acabar se lascando será o Lucas, Teresa sabia qual seria o ponto fraco do Caio e está sendo brilhante com essa atitude hahaha. Gostando muito continue

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Aim amigo tá babado viu!!! Olha escrevi meu primeiro conto ake na CDC dá uma olhada... Vc e os outros leitores.... Valeu.... Vc como sempre PERFECT❤

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Num gostei não... O Caio cobra mó ciúmes do Lucas e na primeira tentação ele não resiste. Mais que droga! Tou até vendo a Teresa vai fazer e acontecer com o Caio e depois vai contar para o Lucas! Sério tou revoltada aqui. Vá se foder Caio!

Bjos lindo e até.... . A.

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Gostei foi bacana. . . Aff tu ainda me beija a Teresa depois de tudo que ele fez com o seu namorado espero que vc seja digno e fale para ele desse beijo. . . Esperando pelo proximo!

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toma um zero pela recaída com essa puta da teresa. Não conte mais com minha leitura e nota.

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o caio vai estragar tudo, cap emocionante ve o encontro dos irmaos...

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aaaaaaaah e o Caio é um idiota! Pra que se entregar ao Beijo aff

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Adorei a reação dele, porém imaginei que ele daria alguma showzinho por tudo que passou por causa do irmão. Quero vê logo ele e Fagner juntos e não tinha nada de seu Caio se entregar ao beijo daquela vaca.

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Vem tretas por aí, capítulo maravilhoso, volta logo hein 👌👌👌👌👌

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