De onde menos se espera - Cap 10

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 3584 palavras
Data: 03/11/2015 20:09:26
Assuntos: Amizade, Gay, Homossexual

Capitulo 10

Olá, Como vocês estão??? Desculpe a demora do post, mas fiquei ocupado com uns trabalho da faculdade e fiquei sem tempo pra escrever. Espero que gostem desse capítulo... obrigado a todos que comentam e lêem. Beijos de sangue e fogo de um garoto romântico. (sim, eu sou um romântico convicto) ;)

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Na segunda-feira voltei ao colégio. Mesmo com o gesso e com alguns hemaromas, recomecei minha rotina diária. Quando o Cley e eu entramos na sala, todos vieram nos receber. Até mesmo o chato mor da sala, o Felipe. Ele acabou nos pedindo desculpas pela briga que teve com o Cley na lanchonete e demos o assunto por encerrado. As coisas a partir daquele dia começaram a mudar. Nosso relacionento passou a ser visto por todos de um modo diferente. Palestras sobre homossexualidade foram apresentadas e a maiora começou a entender que ser gay, não é nada de sobrenatural e muito menos contagioso. Campanhas de prevenção à doenças contagiosas também se tornaram presente e a integração entre professores e alunos melhorava a cada dia. Embora houvesse aqueles professores mais conservadores, o respeito e a tolerância prevaleciam.

Os dias foram passando e recebi um telefonema de minha avô, mãe da Beth. Perguntou como eu estava e se havia problemas se a ela fosse me visitar. Confesso que fiquei feliz. Não via alguém da família fazia alguns anos e a última vez que vi minha avô pessoalmente, eu tinha onze anos.

Meu pai estava feliz. Em uma tarde de domingo, sentados na varanda, ele me confidenciou estar interessado por uma médica que também trabalhava no hospital e que as vezes os dois pegavam o mesmo horario do plantão. Ela era solteira, um ano mais nova que meu pai, quarenta e oito anos, solteira. A muito tempo não via meu pai com um sorriso no rosto, sem que o motivo fosse eu.

— ela sabe de mim?

— que você é lindo?

— não, pai... que sou gay.

— sabe sim. Na verdade, com a presença constante do Cley no hospital, não existe alguém que não saiba do namoro de vocês.

— entendi. Eu acho que está mais do que na hora do senhor casar de novo. Ano que vem pra faculdade e não vou parar em casa. Não quero o senhor igual um lobo solitário.

— não se de onde você tirou que sou solitário.

— eu não disse que é. Disse que não quero que se torne um. Além do mais, olha pro senhor... um coroa bonitão, grisalho, com um sorriso que chama atenção de todas as mulheres daquele hospital. O senhor ainda dá um bom caldo seu Jorge. — ele ria e ficou me olhando de um jeito que eu tentava decifrar.

— pai, está acontecendo alguma coisa?

— que eu saiba, não. Então, aquele marmanjo não vai vim ficar contigo esse fim de semana? Eu estou até estranhando, ele sempre me avisa. — ele quis parecer natural, mas mudou de assunto muito rápido.

— vai vim sim. E aquele garoto fica longe de mim? Ainda mais agora com esse pé machucado.

— eu não disse algo que o aborrecesse não né? Ele voltou pra casa.

— disse não pai, fica tranquilo. Nós conversamos e achamos melhor ele voltar. Eu já estou quase bom e semana que vem já tiro o gesso. E ele quase não ia pra casa. Não é certo isso.

— entendi. Bom, de qualquer forma, ele será sempre bem-vindo.

— obrigado pai.

Felizmente eu ia tirar o gesso. O Cley foi comigo e senti um alivio imenso. Não aguentava mais andar de muletas ou depender do Cley e do meu pai pra qualquer coisa. Eu estava novo em folha. Meu cabelo estava crescendo e os hematomas já não existiam mais. Fiz algumas sessões de fisioterapia e voltei a caminhar normalmente de novo.

A minha vida parecia ter voltado ao eixo e eu não poderia estar mais feliz.

O ano estava quase acabando e como eu já havia passado, me dediquei a ajudar o Cley nas matérias que ele tinha mais dificuldade. Todos os dias estudávamos pelo menos umas quatro horas durante a tarde e a noite, as vezes, ele acaba dormindo em casa.

Um dia, enquanto eu o ensinava, meu pai chegou mais cedo. Viu nós dois na sala e perguntou até que horas o Cley ficaria.

— bom, eu não dormir aqui essa semana e se o senhor não se opor...

Meu pai estava estranho, mas ficou aliviado pelo Cley passar a noite comigo.

— não tem problema, filho. Essa casa é sua também. Só quero que tranquem tudo e não abram pra ninguém. A dispensa está cheia, não precisam pedir nada na rua. Eu vou ter que sair rápido, mas não demoro.

— pai, está acontecendo alguma coisa?

— não... eu só quero que façam o que falei. A cidade está muito violenta e estão entrando também em apartamentos, nenhum lugar é seguro o suficiente nos dias de hoje.

Ele nos beijou a testa e saiu sem mais explicações. Eu fiquei preocupado e o Cley percebeu que ele não estava normal. Chamar o Cley de "filho" não é típico dele. Se fosse, marmanjo, tudo bem. Por mais que ele quisesse, ele não estava em seu estado normal, ainda mais pedir que eu trancasse tudo e que não pedisse nada na rua pra comer. Ele estava com problemas e eu precisava saber o que se tratava.

Era dez horas e ele ainda não havia voltado. Acabei ligando pra ele e dava pra ouvir muito barulho no fundo. Ele disse que estava em outro hospital e que talvez teria que acabar operando um rapaz por lá mesmo, pois o mesmo não poderia ser transferido.

— não se preocupa comigo, você está com o Cley. Fazem algo pra vocês comerem e assistam algum filme. Filho, eu amo você.

— eu também te amo. Jura que está tudo bem?

— juro. Ah, diz pro marmanjo que tem aquela geléia que ele gosta na dispensa.

— eu falo sim. — ele sorriu no outro lado da linha e desligou.

Por mais brincalhão que ele fosse, sua voz estava estranha. Parecia muito preocupado.

O Cley veio até mim e me abraçando por trás, disse pra eu não me preocupar.

— não sei. Esses dias ele me olhou de um jeito muito estranho. Não gostei.

— será que ele está doente?

— acho que pode ser isso, mas tem algo mais.

— dívidas?

— não, isso muito menos. Meu pai sempre foi muito correto com as finanças dele e eu saberia, eu sempre recebo relatórios bancários e acabo vendo antes dele. Não há nada de errado com isso. E nem com o dinheiro que tenho também. Agora tudo a respeito a minha conta, chega aqui em casa. Antes, quando eu não sabia, ia direto pro endereço do consultório.

— então relaxa.

— vou tentar.

Já era quase meia noite e ainda estávamos com o lanche da tarde. Fui até a cozinha preparar algo pra gente comer e o Cley disse que ia fazer cachorro quente.

— pode ser até miojo, estou morrendo de fome. — disse e ele veio me empurrando até a geladeira.

— tudo, menos miojo.

— então vamos de hot dog. — ele disse de um jeito tão engraçado que o beijei.

— hummm, boca gostosa. Sabe, sempre fui fissurado na sua boca. Adoro morder seu lábio inferior.

— é mais carnudo. — fiz um bico e ele mordeu de novo.

— ai garoto. Hey! Pode ir tirando essa mão boba daí. — ele começou a me masturbar.

— hummm...e aqui, posso por?

— caramba Cley... que isso?!

— meu dedo no seu cu... está gostoso?

— aham... enfia mais....

— vira de costas pra mim...vira?

Ele desceu a mão até meu rego e penetrou o dedo em mim. Eu estava gostando. Fiquei de costas pra ele e abaixando meu shorts, ficou me penetrando num vai e vem. Não vou negar, estava bem gostoso. Fiquei duríssimo e sentia meu cu piscando.

— seu puto. Está querendo me comer?

— não sei. Na verdade, esses dias eu sonhei que a gente transava e você ficou de quatro pra mim. Acordei todo esporrado.

— sério?!

— sério. Esses dias a gente transou e eu dei uma manjada nessa tua bunda branca. Caramba Luquinha, redondinha, macia... — ele falava sério e eu estava com um puta tesão.

— amor... a gente pode conversar sobre isso. Sério!

— promete?

— palavra de homem! Agora continua...

Ele me dedou por mais um tempo e eu estava extasiado. Se eu quisesse, a gente teria feito, mas eu queria me preparar melhor pra receber ele dentro de mim. Antes dele falar, não me passava pela cabeça, mas ele me excitou e não podia negar que estava gostando.

Depois da nossa brincadeira deliciosa, pedi que lavasse as mãos, ele odiava quando eu pedia.

— claro que vou lavar. Você tem cada ideia.

— eu só falei...

— não precisa, eu não sou nenhuma criança.

— vai que esquece...

— já está falando demais. — ele disse e colocou uma salsicha inteira na minha boca.

— seu mané... — rimos e ele fez o bendito cachorro quente.

Era uma da manhã e já tínhamos ido deitar. Meu pai ainda não tinha chegado. Antes de eu pegar o celular e ligar pra ele, recebi uma mensagem. Era ele, dizendo que já estava chegando e que caso eu visse a mensagem, não precisava me levantar pra ir abrir a porta. Continuei deitado e o Cley estava fazendo carinho na minha bunda.

— vou morder essa bunda... — ele disse e eu comecei a rir.

— ahhhh, não! Não vai mesmo. Se você começar a brincar aí, a gente não dorme. Amanhã temos prova. Eu não preciso de nota, mas você...

— vai ver só, quando eu começar a te pegar de jeito, eu vou mandar nessa relação.

— vai sonhando Alice... — era fato, algo despertou o ativo que havia dentro daquele passivo convicto e eu estava totalmente perdido.

Acabamos a última semana de provas e por fim, férias. Eu não via a hora de poder ir a chácara com o Cley, mas dessa vez, iríamos a chácara dos pais dele. Ele não queria encarar longos dias de trabalho braçal e estava crente que meu pai estava armando alguma coisa pra gente. Não duvido, vindo do seu Jorge, quem saberia?

Um dia a tarde tentei conversar com meu pai sobre o dia que ele saiu e demorou a chegar. Muitas vezes ele desconversava e mesmo eu insistindo, ele vinha com a mesma história. Dizia que estava operando em outro hospital, mas eu não acreditava. Acabei deixando o assunto de lado e ele disse que minha avô teria entrado em contato dizendo que viria pra minha formatura.

— ela me ligou também. Legal ela vir.

— eu falei de você, falei do Cley, que vocês namoram.

— pai... eu nem tinha pensado nisso. Esqueci completamente. E ela?

— você nem vai acreditar... lembra do seu primo, o Jonas?

— sim, filho do meu tio Carlos. O que tem?

— saiu do armário e seu tio está arrancando os últimos fios de cabelo que lhe faltam. Só não espancou o rapaz porque seu avô praticamente o surrou antes. Foi um caloroso almoço em família.

— nossa, mas e o primo?

— está morando com seus avós.

— caramba, dois gays na mesma família. Que chic! — meu pai não se aguentava de tanto rir. Seria cómico, se não fosse trágico.

Meu tio Carlos sempre foi um boçal. Arrogante e prepotente, sempre se achou o dono da verdade e sempre que podia, ofendia qualquer um. Ele era um babaca!

Meu primo sempre foi o típico menino tímido, fechado e meu tio o repreendia por isso. Confesso, eu queria ser uma formiga só para estar naquele jantar e ver a cara do meu tio. Sorte o Jonas ser bem acolhido pelos meus avós.

Eu estava ancioso pelas notas do Cley, sim, eu estava muitíssimo ancioso em saber se meu garoto havia passado sem precisão ficar em recuperação. Sem mais delongas, fomos nós dois ver os resultados.

— você vai ver...

— Cley, não seja um viado medroso...

— mas eu estou a ponto de ser abatido mesmo.

— não me faça rir... que droga! Eu dependo de você pra irmos à chácara de seu pai, garoto. Vai lá ver.

— tudo bem, vou lá. — ele respirou fundo e foi olhar o mural de notas na parede.

Elu estava torcendo por ele, muito mesmo. Só eu sei como ele foi dedicado e realmente estava disposto a passar. Afinal, ou ele aprendia na marra, ou seria meio ano sem mesada. Sorte eu ser rico, quem pagaria nossos lanches? Ele voltou meio inquieto e eu já não estava gostando muito daquela cara de quem havia fracassado. Droga! Eu dei tudo de mim, por ele. Não era justo.

— sinto muito..

— não fique triste. Recuperação não é o fim do mundo. — disse e ele me abraçou.

— sinto muito, mas você vai ter que perder essa virgindade comigo, quando formos pra chácara. — ele sussurrou no meu ouvido e eu queria esganá-lo.

— Ahh, você é tão romântico. É por isso que te amo mais.. e mais...

— tudo pro meu amor! — ainda abraçados, rimos de alegria por ele ter sido aprovado.

— não me agradeça...

— obrigado, meu garoto nerd.

— disponha, meu garoto chato. Agora, vamos comemorar?

Pegamos um táxi e fomos pro shopping. No caminho tive uma sensação estranha e o Cley perguntou o que eu tinha. Era como se alguém estivesse me vigiando, sei lá.

— imprensão sua. Você está num táxi. Vai ver ainda sente algum tipo de trauma por causa do acidente.

— talvez, pode ser. Eu venho sentindo isso há alguns dias, talvez eu devesse procurar um psicólogo.

— pode ser. Se for te ajudar...vou contigo.

— acho que vou marcar mesmo.

Mudamos de assunto, mas eu estava com essa sensação em todos os lugares que eu ia. Era como se houvesse alguém cuidando de mim. Estranho!

Passamos a tarde toda caminhando pelo shopping e comprei algumas coisas que estava precisando.

Fomos pra minha casa. Quando chegamos, meu pai estava na sala com uma mulher, muito bonita. Ele nos apresentou e era a Lígia, a médica que ele estava saindo. Engraçado vê-lo com alguém depois de tantos anos. Simpática e muito culta, ela certamente havia conquistado meu pai, nunca o vi tão animado. Ela esperou meu pai se vestir e saíram pra jantar.

— se importa se eu for sem você?

— claro que não, pai. Vocês precisam se conhecer melhor e não seria muito apropriado a minha presença no primeiro jantar romântico de vocês.

— obrigado. No próximo, vamos os quatro. Pode ser?

— pode sim. Pai, vou precisar trancar tudo hoje? Como da outra vez... — disse e ele suspirou.

— tranque, mas está tudo sobre controle.

— como assim? O senhor está muito estranho, não sei o que está acontecendo, mas vou descobrir.

— bobagem. É coisa da sua cabeça. Bom, eu vou indo. Eu pedi um jantar pra vocês, daqui a pouco está chegando.

— ahhh...que bom. Obrigado, pai.

Agradeci por não ter que fazer qualquer coisa pra gente comer. O hot dog do Cley não era ruim, mas comer comida de verdade, era bem melhor.

Fomos tomar banho e assim que saímos, o jantar chegou. Um rapaz engravatado, alto, moreno e a barba por fazer, trouxe nosso jantar e fiquei olhando pra ele, não por tê-lo achado bonito, embora ele fosse, mas pelo "uniforme" de entregador. Eu achei estranho e não contive a curiosidade.

— desculpa, não sabia que o restaurante obrigava vocês a vestirem terno e gravata.

— agora estão obrigando senhor. Onde posso deixar?

— ali, pode deixar na mesa de centro mesmo. Obrigado.

Fui entregar a gorgeta e ele disse que não era necessário. Dei de ombros e ele se foi.

O Cley me ajudou a arrumar a mesa de centro pra gente jantar e eu estava com a cabeça tão longe que não prestava atenção no que ele falava.

— ficou tão hipnotizado assim pelo entregador?

— quê?

— em que planeta você está?

— desculpa. Eu não estava prestando atenção.

— mas prestou muita atenção no bonitão.

— ahhh, pare. Sério isso?

— me diz você ué... — ele se levantou e foi pra sacada.

Ele não estava brincando. Fui atrás dele. Embora eu tenha achado que não era pra tanto, mas ele não sabia o que passava pela minha cabeça. Eu não queria deixar nenhum mal entendido entre a gente e fui falar com ele.

— Cley?

— fala. — ele estava de costas.

— olha aqui pra mim, por favor.

— não quero.

— amor? Você acha que eu estou com a cabeça no mundo da lua por causa de um entregador? Bonito, não nego, mas você realmente acha que eu, com tudo que a gente está vivendo, vou me deixar impressionar por um cara que nunca vi?

— não sei...

— então você realmente não me conhece...

Eu fui pro meu quarto e ele ficou na sacada. Fiquei arrumando meus livros e alguns eu nem tinha começado a ler. Depois que arrumei toda a escrevaninha, me deitei e ele chegou, se deitou atrás de mim e me abraçou. Seu abraço era forte e apertado. Eu adorava seus abraços calorosos e me sentia protegido. Ele beijou minha nuca e mordiscou de leve minha orelha.

— eu sou um bobo...eu sei.

— não. Você sentiu ciúmes, só isso. Embora sem necessidade.

— você não tirou os olhos do cara, sei lá.

— eu tenho meus motivos.

— como assim?

— lembra do que te falei no táxi?

— lembro. De estar sendo vigiado!

— isso. Não sei, mas parece que tem alguém me seguindo, não pra me fazer mal, mas pra cuidar de mim. Aquele dia meu pai pediu pra gente trancar tudo e não pediu nada de comer da rua. Aí hoje, um cara de terno e gravata vem e entrega nosso jantar? Muito estranho.

— não sei o que te dizer, mas porque ele colocaria um segurança pra te cuidar? Pelo seu dinheiro? Tirando seu pai, eu sou o único que sabe. Será que ele pensa que vou te matar e roubar todo o seu dinheiro? — ele disse brincando e mordendo minhas costas.

— seu maluco, claro que não! Não me morde! — ele veio por cima de mim, mordendo meu pescoço e fazendo cócegas.

— esquece isso e vem aqui fazer amor comigo...

— humm... você me parece muito apetitoso hoje.

— e você ainda nem comeu...— rimos.

Acabei esquecendo o assunto e como dizia o Cley: era coisa da minha cabeça. Um dia antes da minha formatura minha avô chegou. Ela se hospedou em casa e meu pai estava meio inquieto. Há dias sentia meu pai estranho, mas todas as vezes que eu tocava no assunto, ele sempre dava um jeito de se esquivar dando qualquer desculpa esfarrapada. Eu me sentia um tolo, pois ele sabia que estava acontecendo alguma coisa e não queria me contar. Será que ele não confiava mais em mim?

Minha avô e eu passamos o dia todo conversando e ela desabafou estar muito envergonhava pelo comportamento da Beth e me pediu desculpas pela minha mãe ser uma pessoa tão fria. Era visível sua decepção e tristeza. Senti um pouco de pena, afinal, era a filha dela. Ela queria saber sobre o Cley e eu, não poupei elogios.

— a noite ele virá e a senhora vai ver como ele é querido.

— eu queria que seu tio Carlos fosse como seu pai. É outro filho que só me envergonha. Nunca vi tanta prepotência em uma só pessoa. O pior é que ele não quer ver o filho, o Jonas está tão magoado com o pai.

— eu posso imaginar como ele se sente. A Beth também deixou claro sua desaprovação quando soube que o Cley e eu namoramos.

— como ela soube.

— não sei bem, mas acho que ela andou nos vigiando ou mandou alguém.

— não acredito que ela chegou a esse ponto. Minha filha não é uma pessoa normal.

Minha avó estava decepcionada com o tipo de pessoa que minha mãe havia se tornado. Eu nem sabia ao certo o que ela significava pra mim. Não tinha nenhum sentimento por ela. Na verdade, eu sentia pena. Pessoas como a Beth sempre acabam sozinhas.

A noite, o Cley me ligou e disse que já estava chegando. Disse também que precisava passar em uma floricultura. Fiquei esperando ele chegar e minha avó conversava com meu pai na sala. A campainha tocou e fui atender. Quando abri aporta dei de cara com um vaso de orquídea roxa, lindíssima.

— essa é pra sua avó.

— imaginei.

Ele tirou a mão esquerda de trás das costas e beijando uma rosa vermelha, me entregou. Quase desmaiei com tanto romantismo e delicadeza.

— muito obrigado, meu amor.

— tudo pro meu amor. — ele me deu um selinho e entrou.

Fizemos as apresentações e minha vó ficou maravilhada com a gentileza do Cley. Ficamos na sala conversando enquanto a cozinheira terminava o jantar. Minha vó começou a contar histórias de quando eu era criança e o Cley não parava de rir com minhas travessuras. Foi uma noite muito agradável e o Cley adorou minha vó. Já estava tarde e ela se despediu, indo pro hotel

Eu me despedia do Cley no meu quarto e meu pai entrou. Ele queria saber se o Cley ia ficar.

— não sei. Por mim eu dormiria aqui todos os dias. Desculpa falar desse jeito, mas eu as vezes me sinto em casa. Só que eu também não quero parecer intrometido e ficar enfiado aqui todos os dias. Não quero incomododar.

— Cleyton, você não incomoda ninguém. Essa casa é sua também. Eu já disse que não me importo, pelo contrário, quando você não vem até estranho. Eu pergunto se você vai ficar, só pra saber mesmo. Não é por não querer que fique. Fica tranquilo. — meu pai nos abraçou e foi se deitar.

Fui até meu armário e peguei uma boxer pro Cley. Ele queria tomar banho, mas antes, dei aquela cheirada gostosa nele. Tomamos banho juntos e antes de dormir, fizemos nossa sacanagem gostosa.

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Continua...

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Comentários

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Amei..... acho que realmente é um segurança que entregou a comida... a mãe do Lucas ta mto quieta!!! *.*

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Ummm dos comentários akiii me fez pensar sera que clei vai trair o Lu?. . . Sô muito querendo saber o que vai haver!

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Sei lá, sinto que vem uma armadilha pela frente e acho que o Cley está envolvido, no mais o capítulo foi ótimo 👌👌👌

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Hummm .... isso ta mt estranho , sinto um leve cheiro de armadilha no ar . Essa sua mãe ta mt estranha , tou desconfiando do cley , não sei o pq mas acho q ele ta aprontando algo . Beijos de sangue e fogo de um targaryen . E se o senhor atrasar dnv eu irei arrancar toda sua pele com os dentes kkkkkkkkk .

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Que bom que postou hoje, já tava com saudades. E esse mistério todo, o que será??? Ansioso pelo próximo.Bj

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