O garoto da mesa 09 capítulo 06

Um conto erótico de Wurdig
Categoria: Homossexual
Contém 3992 palavras
Data: 28/11/2015 03:33:42
Última revisão: 28/11/2015 03:36:33
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Ao chegarmos no apartamento, vejo os pais de Felipe com suas malas prontas, na sala. Já estávamos indo embora? Achava que ficaríamos

todo o final de semana.

- o que é isso pai?

- temos que ir mais cedo, Felipe. Surgiu um imprevisto no trabalho, preciso estar na cidade pra falar com o pessoal lá o mais rápido possível.

- mas a gente nem aproveitou direito.

Estamos os dois frustrados. Queria muito ficar.

- posso ficar com o Edu mais um pouco? Ainda nem mostrei a cidade direito pra ele, e ele quer muito ver tudo.

- mas eu queria estar amanhã com você filho. É seu aniversário, lembra?

Aniversário? Como assim? Felipe poderia ter me contado.

- eu sei pai, mas é importante.

- bom, se vocês querem tanto, não vou contrariar. Mas juízo crianças.

Ao terminar de dar mil e um conselhos, ele chama Paula, de forma seca, um tanto estranha, o que me faz pensar que o motivo de estarem indo embora não é sobre o trabalho de César, mas sim da discussão dos dois mais cedo. Em seguida, ela passa de cara amarrada, da um beijo em Felipe e quanto chega a mim, me da tchau da maneira mais formal possível, quase como uma obrigação. Meu sangue ferve. O que eu fiz pra ela?

Ao saírem, Felipe vem em minha direção para me abraçar, mas o interrompo.

- que história é essa de aniversário?

- bem, é o evento em que se comemora mais um ano de vida, todos os anos e tal.

Reviro os olhos.

- você entendeu.

- não entendi não.

- por que você não me contou?

- eu queria fazer surpresa. Queria passar o dia todo com você, e ainda mais aqui em Porto Alegre.

Meu mau humor se desarma, e eu me aproximo e beijo seu rosto. Meu estômago ronca, revelando minha fome.

- precisamos comer.

Eu sorrio e concordo.

- vamos de pizza?

- demorou.

Felipe liga para a pizzaria enquanto eu subo para tomar um banho. O dia havia sido corrido, e só agora senti o cansaço. Estou debaixo da água quente quando Felipe entra sem bater. Esta vestindo apenas uma toalha branca enrolada na cintura, com seu corpo definido a mostra. Um calor repentino invade meu corpo.

- posso tomar banho com você?

- claro.

Ele desfaz o nó da toalha, deixando-a cair por volta de seus pés. Agora ele está completamente nu em minha frente. É a primeira vez que o vejo assim. Seu corpo branco, arrepiado com a mudança de temperatura, os mamilos enrijecidos, os pelos e pele arrepiada, o membro crescendo. E que membro. Mesmo em um estado não ereto, ele impressiona. Eu nunca havia visto um pênis antes pessoalmente, a não ser o meu. E o dele é lindo. Cercado de pelos escuros, bem aparados, dando um ar natural. Quando percebo, eu estou totalmente excitado. Começo a sentir um desejo muito forte por seu corpo. Ele percebe, soltando um sorriso de malícia, vindo até a mim e entrando embaixo da água comigo, ficando muito perto de mim. Sinto seu membro levemente acordado encostando em mim. O desejo aumenta ainda mais. Ele encosta seu corpo totalmente no meu, e eu não protesto. Então, nos beijamos. Um beijo quente, com vontade, guiado pelo momento. A água caindo por nossos corpos deixa tudo ainda mais sexy. Ele então me vira, deixando minha bunda de frente pra ele, e minha cabeça encostada no vidro do box. Felipe me abraça por trás, mordiscando minha orelha, roçando seu pênis ereto em minha bunda, e eu tremo de desejo. Quero tê-lo agora. Me viro e o beijo firme, feroz. Nossas respirações estão ficando mais altas, e eu reprimo um gemido. Felipe percebe, e me dá tudo de forma mais intensa. Eu estou ficando louco. Meus beijos começam a descer, indo pelo pescoço, chegando até os mamilos, onde eu faço minha festa particular. Brinco com a língua, chupo, dou mordiscadas. Eu estou fora de mim. Quando estou descendo para o sul de seu corpo, o interfone toca. Mas que merda. Eu murcho a cara, e ele bufa, visivelmente aborrecido. Em seguida começa a rir.

- deve ser a pizza.

- eu nem quero mais pizza.

-nem eu. – seus olhos parecem me consumir inteiro enquanto ele fala.

- vai pegar ela rápido, se não o entregador vai embora.

Ele então sai do banheiro se enxugando, e desaparece do meu campo de visão. Nosso desejo um com o outro está aumentando mais, e eu estou adorando isso. Mas até agora não tivemos sorte.

Estamos sentados no tapete da sala, com a pizza na mesinha de centro e um litrão de refrigerante, junto com dois copos. A televisão está ligada em um canal qualquer, e estamos jantando.

- Lipe. Deixa eu te perguntar.

- fala ai.

- como foi quando a sua mãe descobriu? E como ela descobriu?

- eu contei pra ela e pro meu pai ao mesmo tempo. Ela não reagiu bem. Acho que até hoje ela ainda não aceita cem por cento. Mas em compensação, meu pai é incrível. Ele é tipo a sua mãe. Sempre pude contar com ele.

- fico feliz.

- engraçado, é como se os papéis dos nossos pais estivessem trocados.

- como assim?

- sua mãe te aceita, a minha não. Meu pai me aceita, o seu provavelmente não.

Um certo olhar de melancolia invade nossos olhares, mas tento desviar o assunto.

- você tem algum álbum de família de quando você era criança?

- tenho, deixa eu ir lá pegar.

Ele levanta e sobe as escadas correndo. Pouco depois ele volta com dois álbuns na mão. Pego o primeiro e começo a olhar.

- essa ai foi na fazenda do meu avô. Eu tinha uns 8 anos, e tinha acabado de ser mordido pelo cachorro.

- você era chorão então?

- só em situações extremas.

Rimos olhando pra foto. E então eu olho todas, enquanto Felipe me descrevia a situação de cada uma. De repente, me bate o cansaço.

- vamos pro quarto?

- claro.

Recolhemos a sujeira do nosso jantar e colocamos na pia. Em seguida, vamos nos deitar.

Felipe pega seu notebook e coloca em seu colo na cama. Há mais centenas de fotos de família separadas em pastas. Rio, São Paulo, Natal, até algumas viagens internacionais para os Estados Unidos e Europa. Eles já haviam conhecido boa parte do mundo. Após olharmos as principais, ele põe um video. Vejo sua mãe e seu pai em uma sala de cirurgia. Paula grávida, deitada na maca. César estava gravando, com uma mão segurando a mão de Paula, e a outra segurando a câmera. Ele parecia bastante nervoso, levando em consideração o quanto a câmera tremia.

- foi o seu parto?

- foi.

E então, depois de alguns minutos, lá estava Felipe. Um bebê muito chorão, sem dúvida, mas que se acalmou assim que ganhou colo da mãe. É uma cena muito bonita. Ele desde pequeno já se parecia muito com César.

- que lindo, Lipe.

Não ganho resposta. Olho para o lado e vejo que ele adormeceu. Sorrio e olho o relógio, já passava da meia noite. Daria os parabéns amanhã.

Me levanto cedo e vou até um supermercado no quarteirão debaixo para comprar um bolo. Sigo o caminho de volta feito uma criança, ansioso para ele acordar logo. Estou na cozinha preparando o café da manhã quando ele surge na porta, com cara de sono.

- bom dia dorminhoco.

- bom dia. – responde com um sorriso tímido.

Me aproximo dele e lhe dou um beijo e um abraço.

- feliz aniversário.

- obrigado, Edu.

Vou até a geladeira e pego o bolo. Ele olha incrédulo, sorrindo feito bobo.

- não podia passar em branco.

- Edu, jamais passaria em branco. Você tá aqui comigo, e isso por si só já é incrível.

Me aproximo e beijo-lhe novamente. Em seguida, canto parabéns e observo ele ficar sem jeito.

Já passa das 14h, e estamos seguindo até o Barra Shopping Sul. Ao entrar no prédio já fico impressionado. Caramba, tem um parque de diversões aqui dentro.

Seguimos para começar a olhar as lojas. Esse lugar é imenso. Mas é quando eu encontro uma livraria que eu me sinto no paraíso.

- Felipe olha a quantidade de livros, de CDs, de filmes. Caraca é muita coisa!

Os mais variados autores, os livros mais difíceis de achar, os álbuns mais recentes, e os mais antigos, tinha tudo ali. Estou na prateleira de CDs, e encontro o CD da banda favorita de Felipe. É o presente perfeito. Ele está na seção de jogos de videogame. Vou até o caixa e peço para embrulharem para presente.

Ao sairmos da loja, lhe entrego seu presente e fico ansioso por sua reação.

- Felipe.

- oi.

- tenho um presente pra você.

Estico o braço e lhe dou a sacola com o presente.

- feliz aniversário.

Ele me olha surpreso, e rasga o papel de presente ansioso para ver o conteúdo. Ao abri-lo, seus olhos brilham.

- nossa Edu, é o Hands All Over? Obrigado!

O resto do caminho, percebo que ele é só amores com o presente. Almoçamos um lanche rápido, pois o dia ainda é longo.

Ja é de tarde, e estamos indo visitar a UFCSPA, universidade onde eu pretendo ingressar no próximo ano. Ao chegar na frente, o prédio já salta aos olhos. Com 7 ou 8 andares e um hall imponente com grandes pilares redondos, o prédio foi o mais moderno que eu havia visitado em Porto Alegre, ou pelo menos o menos antigo. Como é domingo, está tudo fechado, mas já posso ter uma noção de como tudo funciona. E fico ainda mais ansioso com a ideia de ano que vem estar aqui, estudando nesse prédio. Logo logo fazer esse trajeto vai ser minha rotina. Não dá pra acreditar que em questão de meses eu vou estar aqui. Saio de lá anestesiado de tantas emoções.

De noite, decidimos comemorar seu aniversário de uma maneira especial. Estamos em uma cantina italiana, no centro da cidade. Está garoando levemente lá fora, o que deixa tudo com um ar mais românico. Estou vestindo uma camisa social vinho, com as mangas dobradas, calça jeans escura e um sapato social marrom escuro. Eu sabia que minha intuição de levar mais que uma camisa social e um sapato estava certa. Felipe está impecável. Também está usando uma camisa social, porém preta com detalhes em cinza claro na gola e nas mangas, calça jeans em um tom mais claro e um sapato social preto. Seu perfume é intenso, e único. Eram poucas as vezes que eu tinha sentido Felipe usando perfume. Na verdade, apenas na festa da Paloma, no casamento do seu tio, e hoje. Nosso primeiro jantar romântico. O pensamento me faz dar um sorriso bobo. Esse fim de semana tem sido incrível. Logo fomos recepcionados por uma simpática mulher, que nos acompanhou até uma mesa perto da janela.

Logo o garçom vem até nós.

- boa noite, rapazes. Vocês já gostariam de pedir?

- por enquanto, apenas um vinho, por favor.

- alguma preferência de marca, senhor?

- aceito sugestões da casa.

- tudo bem. Já lhe trago. Com licença.

A medida que o simpático homem se afastava, eu pergunto para Felipe se ele pode gastar tanto naquele lugar

- hoje é um dia especial- me responde com um sorriso de canto.

Quando o garçom volta com nossas taças e a garrafa de vinho Malbec, me lembro de que não seria o ideal tomar bebia alcoólica. Além de não ter boas recordações, eu ainda sou menor de idade, e estou ressabiado. Poderia causar problemas pra Felipe, ou passar vergonha novamente. Mas decido tomar apenas uma taça, para não estragar o clima com minhas neuras.

- um brinde – Felipe ergue seu cálice de vidro, de encontro ao meu.

- ao seu aniversário. – digo enquanto batemos levemente um no outro.

- a nós.

- a nós.

A noite é muito proveitosa. A bebida é ótima. Certamente a mais sofisticada que já tomei até hoje. Após conversarmos um pouco, resolvemos pedir o jantar.

Felipe analisa o cardápio com atenção.

- gostaria de um espaguete com molho ao sugo, por favor.

O garçom anota com atenção o pedido.

- e para o senhor?

- hum... Deixe me ver.

São muitas opções, e eu sou muito exigente quando se trata de comida. O problema é que todos os pratos parecem ser ótimos. E caros.

- risoto de mascarpone e parma, por favor.

Depois que o garçom se retira novamente, Felipe começa com seu senso de humor habitual.

- ótima escolha. Você tem um gosto bastante refinado.

- esqueceu que eu vou estudar gastronomia? É meio que minha obrigação saber dessas coisas.

Assim que terminamos de comer, vamos embora. Estamos na garoa, e a sensação é ótima. Fazia tempo que não sentia essa sensação.

Estamos passando em frente a um bar quando Felipe decide parar.

- ei, você quer ir pra casa agora mesmo?

- não. – admito, sorrindo para ele.

- deixa eu te mostrar esse lugar. Era um dos pontos onde eu mais vinha aqui.

Ao entrarmos, o lugar me conquista pelo charme. Feito de tijolos à vista, deixando tudo mais rústico. Uma banda alternativa tocava no palco. Então sentamos e Felipe pede um energético. O clima da casa é ótimo, público bonito, alegre, música boa.

- como você vinha aqui, sendo menor de idade na época?

- identidade falsa, bebê.

Felipe dá uma piscadela, e eu reviro os olhos.

- então você vivia perigosamente aqui também, antes de enfrentar assaltantes lá na cidade.

Felipe sorri, e eu também, lembrando do episódio.

- pode se dizer que sim.

Então, vejo umas luzes vermelhas piscando pela janela ao estacionar na frente do prédio. Merda. Batida de polícia justo hoje. Olho aflito para Felipe, e queria ter uma identidade falsa nesse momento também. Rapidamente Felipe me pega pelo braço e me puxa até o banheiro. Não sei o que vamos fazer. Ele olha em volta, e vê que a moldura da janela está frouxa. Então, ele força até ela cair pro lado de fora. Eu rio da situação. Eu saio primeiro, e acabo caindo por cima de alguns sacos de lixo que estavam bem embaixo da janela. Felipe vem logo em seguida, rindo de mim. Agora estamos correndo feito dois adolescentes inconsequentes pela ruela dos fundos do bar, indo em direção de casa.

Chegamos em casa encharcados. Para nossa sorte, a chuva ficou forte no meio do caminho. Ao entrarmos no apartamento, ainda estamos rindo do episódio do bar. A grande janela ao fundo revela uma Porto Alegre chuvosa e esplêndida. Felipe liga a lareira elétrica, enquanto nos livramos das roupas molhadas. Ele busca duas toalhas no banheiro, enquanto eu espero na sala para não molhar mais o chão. Ao chegar, ele está de cueca boxer vermelha, mostrando suas pernas grossas e peludas. Meu coração acelera.

- posso te secar? – de repente, estou destemido.

Felipe me analisa com o olhar levemente sedutor.

- claro.

Vou até suas costas e começo a enxugá-la. Os traços definidos me fazem ficar logo excitado. Desço a toalha até chegar na bunda. Nessa parte, me aproveito e passo a mão a vontade, sentindo aquela parte carnuda e durinha. Desço até as pernas. Então, passo para sua frente. Ele está imóvel, os olhos intensos me olhando fixamente. Eu seco seu pescoço, seu peito, descendo pela barriga definida e chegando em seu membro, que já está duro feito pedra. Ao encostar nele, Felipe estremece, inalando fundo e fechando os olhos. Isso me excita. Me abaixo para secar as pernas na frente, de modo que fico com o rosto na altura de seu mastro ereto.

- minha vez.

Felipe pega a outra toalha, e assim que ele me toca, meu pênis pulsa dentro da minha cueca. Ele percebe, sorrindo. Mas ele não consegue ir até o final, e então me beija. O beijo mais forte que ele me dera até hoje. Sua língua está feroz, praticamente brigando com a minha. Estou sem fôlego. Ele então me deita no tapete macio da sala, e joga todo seu peso contra mim. Sua mão passeia por meu corpo, e eu estou com as minhas em suas costas. Começo a soltar alguns gemidos baixos, pois estou explodindo de tesão. Então, ele tira minha cueca, revelando meu pênis com muita lubrificação. Ele passa a língua pelos lábios, me atiçando mais ainda. Sua mão quente e firme segura meu membro, e eu estremeço. Apenas seu toque já é suficiente para me deixar alucinado. Ele me olha como se pedisse consentimento, e eu autorizo. Então ele vai para baixo até eu sentir sua língua tocar a ponta do meu pênis, que já não podia ficar mais duro. Então, sinto sua boca me engolir, e eu me afundo no tapete. A sensação é única. Sua boca sobe e desce, brincando comigo, e ele me olha sobre as pálpebras, analisando minha reação. Eu estou bambo nas pernas, sem forças pra nada. Então, após muito tempo assim, eu o viro e troco de posição, deixando-o embaixo. Meu desejo é tanto que não demoro. O ajudo a tirar a cueca, e seu mastro pula pra fora, enorme. Eu suspiro. É a coisa mais linda que eu já vi na vida. Felipe está completamente nu, e excitado, na minha frente. Seu rosto anseia por meu toque, e eu o faço obedientemente. Minha mão agarra firme aquele pedaço aveludado de carne, pra baixo e pra cima, intenso. Felipe se contorce de desejo no chão, e eu gosto do que vejo. Aumento a velocidade. Mas não é o suficiente pra mim. Eu quero provar mais. Levo minha boca até ele, experimentando o gosto salgado da lubrificação. E então, é minha vez de brincar com ele. Coloco ele todo em minha boca, e a sensação é melhor ainda. Subo e desço, segurando suas pernas, e ele segura meu cabelo, controlando o movimento, que se torna cada vez mais intenso. Então, eu paro, o analisando. Ele está em chamas de tanto desejo, a respiração fora de controle. Ele levanta e vai até a calça, pegando sua carteira e tirando um envelope de preservativo. Minha boca fica seca. Sim, eu quero isso. E quero agora. Quero tudo essa noite. Me sinto tão vivo. É uma sensação que quase não cabe no meu peito. Ele sobe as escadas correndo e volta com um tubo de lubrificante. Retira o preservativo da embalagem, o desenrola na ponta do pênis para baixo, o cobrindo por completo. Em seguida, passa o lubrificante. Eu assisto tudo me masturbando. Então, ele vem até a mim e me entrega o lubrificante. Eu passo em minha bunda, na porta do ânus. Empurro meu dedo pra deixar a entrada escorregadia, e meu toque me faz gemer. Felipe deita no chão, e eu deito em cima dele. Sinto que seu pênis procura a entrada do meu ânus, que espera ansioso. Quando ambos se encontram, eu seguro firme a mão de Felipe. A dor é muito forte. Ele tira, esperando a dor aliviar. E então, peço para e colocar de novo. Na segunda vez não dói tanto. E a dor começa a se transformar em prazer. Sinto o vai e vem começar dentro de mim, e eu gosto. O olhar de Felipe fica cada vez mais intenso, cheio de desejo. E eu retribuo. O ritmo acelera, e eu reprimo um gemido. O toque de pele, a penetração, tudo me deixa louco ao mesmo tempo. Até sua respiração perto da minha me deixa excitado. É insano. Meu corpo está em fúria, recebendo aquilo tudo e querendo mais. Então, Felipe me vira, me deixando de bunda pra cima. Ele volta a enterrar seu mastro em mim, e eu gemo alto. Ele me abraça, se curvando por trás de mim, e as estocadas retomam. Estamos perto da lareira, e o calor do ambiente e o calor do momento nos faz ficarmos tão quentes, quase suando. Felipe morde minha orelha, lambe, faz a festa. Sua mão esta me masturbando por baixo, e eu empino ainda mais minha bunda pra sentir tudo o que estava em mim. Ele começa a gemer também, e eu amo o som de sua voz grossa, no meu ouvido. As estocadas ficam mais intensas. Felipe me coloca deitado no chão, e levanta minhas pernas. Eu estava experimentado todas as posições que eu podia. Uma melhor do que a outra. Ele volta a penetrar, e eu estou me masturbando intensamente. Seu olhar chega a me arrepiar de tesão. O calor de nossos corpos é intenso. Meus mamilos estão enrijecidos, e minha boca doendo de tanto o beijar. Felipe aumenta as estocadas mais e mais, gemendo mais alto, e então eu vejo seu rosto ficar avermelhado e os olhos fechados com intensidade. Ele goza violentamente dentro de mim, e eu o acompanho, espalhando meu esperma por todo o meu corpo, chegando até meu rosto. Felipe me olha por alguns instantes depois do orgasmo, ainda agitado.

- te amo.

- eu também te amo.

Minha voz ofegante quase falha ao falar. O sentimento é muito forte. Eu o amo muito. Amo cada vez mais. E depois de hoje, quero compartilhar todas as experiências possíveis ao seu lado. Ele deita sua cabeça em meu peito e ficamos em silêncio enquanto nossas respirações voltam ao normal lentamente.

São 08:10 da manhã quando eu acordo. Felipe já está de pé, arrumando nossas coisas. O fim de semana tinha sido tão incrível que eu nem tinha me dado conta que já é segunda. Me levanto triste da cama, e começo a pegar o restante das minhas coisas.

- bom dia Edu.

Felipe me beija e me analisa.

- o que foi?

- eu quero tanto voltar logo pra cá. Porto Alegre é o lugar onde eu pertenço, e depois que eu vim, eu tive a certeza.

- calma, ano que vem a gente tá aqui.

Sorrio e sinto que ele me acalmou. NÓS estaremos aqui. Ele vai estar comigo. Eu vou estar do lado da pessoa que eu amo, realizando meu sonho. Não poderia estar mais feliz.

Seguimos para a rodoviária, e nosso ônibus logo chega. A viagem é tranquila, com paisagens lindas. Os campos, o horizonte se levantando com as árvores de diferentes tamanhos e tipos, as terras de beira de estrada com casas rústicas e animais pastando. Quando chegamos na cidade, pegamos um taxi que me leva primeiro em casa. Ao chegar, vejo o carro do meu pai estacionado na garagem. Pelo horário, ele já deveria ter saído de casa. Me despeço de Felipe discretamente.

- obrigado por tudo. O fim de semana foi incrível.

- eu que agradeço pela companhia. Eu te ligo mais tarde.

Pego minhas coisas e ando até a porta de casa. Ao entrar, minha mãe está chorando na cozinha e meu pai está sentado no sofá, com uma lata de cerveja em cima da mesa de centro. Ao me ver, ele grita.

- seu viado!

Meu corpo gela. Olho pra minha mãe, que não consegue falar nada.

- como assim pai?

- não se faz de idiota, seu gayzinho de merda. Pega tuas coisas e vai embora daqui.

Eu entro dentro de casa, tentando reorganizar meus pensamentos. Uma mochila minha já estava ao lado do sofá, certamente com minhas coisas. Meu estômago embrulha. Eu estou sendo expulso de casa?

- mas pai, como assim...

- já falei Eduardo, pega tuas coisas e sai daqui. Eu nao tenho filho boiola. Pega tuas coisas e vai fazer tuas sem vergonhices longe daqui.

- mas que sem vergonhices pai? Eu não faço nenhuma sem vergonhice.

- cala a boca!

Ele bate na mesa e se levanta, me olhando com fúria.

- se você quer dar seu cu ou o que você quiser, pode dar. Mas aqui em você não pisa mais. Seu viadinho de merda.

- cala boca você! Eu exijo que me trate com respeito. Eu prefiro ser gay do que ser um bêbado igual você.

Meu sangue ferve, e as palavras saem mais altas do que as dele. Vejo meu pai partir pra cima de mim, me dando um soco no rosto, e me fazendo cair por cima da mesa de vidro da sala. Minhas costas doem. Acho que me cortei.

- sai dessa casa agora antes que eu te arrebente.

Minha mãe está lhe segurando, aos prantos, pedindo pra parar. Estou em choque, tentando controlar o choro. Eu me levanto, pego minhas coisas e saio cambaleando pela porta, sem olhar pra trás.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Wurdig a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Poxa uma pena um pai fazer isso com seu proprio filho. . . Volte logo seu conto é muito bom!

0 0
Foto de perfil genérica

ERA DE SE ESPERAR. UMA SOGRA E UM PAI ALCÓOLICO

HOMOFÓBICOS

0 0