Minha delícia.

Um conto erótico de haruya
Categoria: Homossexual
Contém 2432 palavras
Data: 01/11/2015 05:35:29
Assuntos:

A lua brilhava minguante no céu. O som da maré invadindo a praia com suaves ondas espumantes era encoberto por um som elétrico sensual e gritos de euforia. Uma grande fogueira acesa na areia aplacava o frio da madrugada e várias pessoas dançavam ao redor dela em um clima bastante propício a sexo, drogas e rock and roll. Jovens e adultos se misturavam em uma explosão de cores e sons que poderia afetar o animo de qualquer pessoa com mente aberta o suficiente para perceber a liberdade que se entende apenas se prendendo a um vício. As moças com os seios de fora e os homens que entornavam copos e mais copos de bebida pareciam não saber que o sol logo iria nascer, e nem se importavam com isso.

Exceto por uma pessoa que mais que desejasse não conseguia ter a mente encoberta por algo tão humano como o álcool.

– Quero que faça isso quando estivermos nus. – Samuel encostou a mão na barriga de Akira o puxando pra perto e enlouquecendo com o rebolar do rapaz contra seu corpo.

Akira jogou a cabeça pra traz e lambeu a orelha de Samuel.

– Com você dentro de mim. – respondeu.

Se afastou de Samuel e começou a dançar bebendo um gole de um líquido azul que trazia em um copo. Deu a volta em Samuel e encostou novamente o corpo ao dele balançando o tronco e o quadril em um rebolar excitante. Envolveu o ruivo com o braço direito apoiando a cabeça em seu ombro e respirou fundo sentindo o perfume de seu cabelo.

– Samuel – disse – você cheira tão bem.

– E você está bêbado.

– Eu não estou bêbado. – Akira respondeu com a voz sóbria – Eu não consigo ficar bêbado.

Os dedos de Samuel se entrelaçaram aos seus. Akira girou o rapaz ficando de frente pra ele e o olhando nos olhos.

– Eu nunca fico bêbado. – e por incrível que pareça, Samuel viu a lucidez no olhar apertado do oriental – Eu fico embriagado. É diferente.

Akira se afastou, rindo e continuou a dançar sozinho. Os movimentos que ele fazia eram bastante comuns a qualquer pessoa que dançava ali. Mas por que era Akira, por que era o homem que Samuel amava ali. Sem camisa, exibindo a pele alva como a lua. Mandando a ele sinais que os apaixonados mandam um ao outro desde que o mundo é mundo. Por que era o seu homem que Samuel se hipnotizou.

Seguindo os movimento de Akira, Samuel se aproximou por trás e colou o corpo ao dele, o abraçou e um se aconchegou ao outro. Samuel riu.

– Cara, meu pau está ardendo. – disse ao ouvido de Akira e o rapaz comemorou.

– Isso! Arda, pau do Samuel! Arda, arda, arda!

– Você está bêbado. – Samuel disse, rindo e o oriental riu com ele.

–Você já experimentou o Akira bêbado? – Akira respondeu esfregando o corpo contra o de Samuel – O Akira fica muito louco quando está bêbado, mas ainda faltam muitos goles pra o Akira ficar bêbado. – Akira ficou de frente para Samuel e seu olhar era provocante – Quer experimentar o Akira bêbado?

Samuel riu e Akira entornou o resto do líquido de seu copo. Abriu a boca para beijar Samuel e fugiu. De novo e de novo. Sacudiu a língua para o ruivo que levou a mão até seu pescoço e o puxou, prendendo sua língua entre os lábios. Samuel recebeu o beijo mais safado e gostoso que já recebera de Akira. A língua do oriental se movia ágil e veloz por entre seus lábios, se entrelaçando na língua até o fundo de sua garganta.

Protestou quando o rapaz se afastou e Akira apontou o indicador para ele.

– Não, não. Por agora é só um tira gosto. – Akira girou até encontrar o bar – Eu vou até ali. E você fique ai. E arda.

Samuel riu, mordendo os lábios vendo Akira sumir por entre a multidão. Caminhou até a beira da praia depois de tirar os sapatos, sentindo o frio da água gelada subir por seu corpo. Usou isso para tentar aplacar a excitação de seu ventre. Algo totalmente fora de contexto quando sentiu uma mão em sua barriga e seu tronco bateu firmemente contra outro tronco. Escutou um grunhido e sorriu.

– Minha delícia. – Akira disse em seu ouvido.

Samuel se virou de frente para ele. Akira dessa vez trazia uma garrafa com o mesmo líquido azul e bebeu uma boa parte em um único gole.

– Oh, devagar ai. – Samuel disse.

– Cara, isso é muito bom. Experimenta, Sammy.

Samuel franziu a testa e pegou a garrafa, bebendo apenas um gole que desceu rasgando por sua garganta. Sacudiu o rosto tentando afastar a ardência.

– Nossa. Como você consegue beber esse troço?

Akira começou a rir de Samuel e pegou a garrafa dele, bebendo mais um pouco. Encostou o corpo ao do rapaz e encaixou a coxa no meio de suas pernas, recomeçando a dançar. As mãos de Samuel foram até a sua cintura e passearam pela lateral de seu corpo sentindo os músculos fortes por baixo da pele fina.

– Minha delícia. – Samuel apoiou a testa na de Akira.

Akira arreganhou os dentes imitando o rosnar de um gato. Agarrou Samuel pelo pescoço e o beijou, encostando o corpo ao dele. Ter seu homem tão próximo provocava nele reações das mais deliciosas. O vibrar em seu ventre, o pulsar em seu peito. Desejava Samuel mais do que qualquer outra coisa e esse desejo influenciava sua imaginação a maquinar as mais excitantes maneiras de possuí-lo.

– Ah, Samuel, as coisas que eu quero fazer com você...

O ruivo deslizou a língua pelo lado esquerdo do rosto de Akira. O rapaz encolheu o corpo e gemeu mordendo os lábios.

– Peça o que quiser. – Samuel disse.

– Faça isso de novo. – o tom de sua voz era brincalhão e seus olhos brilharam ao encara-lo.

Samuel sorriu e segurou o queixo de Akira com firmeza. Beijou o canto de sua boca e novamente lambeu seu rosto devagar, seu hálito gelando onde ficou o rastro de sua saliva, terminando por mordiscar o canto de sua sobrancelha. Samuel olhou o rosto de Akira. Seus olhos estavam fechados e a testa franzida, com um sorriso bobo nos lábios. Depois de um tempo, encarou Samuel e apontou o dedo pra ele.

– Você. É uma delícia. Essa. Foi a lambida mais gostosa que eu já ganhei na vida.

Samuel o abraçou e encostou a boca ao ouvido do rapaz.

– Eu vou lamber você inteirinho.

Akira de um pulo pra trás se afastando de Samuel. Andou de um lado pra o outro tentando afastar o descontrole de sua mente. Tomou mais um gole de sua bebida e voltou para perto de Samuel que ria em divertimento.

– Samuel, você me enlouquece. Você deveria ser proibido de se aproximar de mim.

– Cara, você está bêbado.

– Não. Eu ainda não estou bêbado. – Akira entornou mais um gole da garrafa.

Encostou o rosto ao de Samuel novamente, levando as mãos até sua cintura. Sua língua passeou por entre seus lábios enquanto olhava o pescoço de Samuel.

– Tire essa camisa. Deixe-me ver seu corpo.

Akira observou enquanto a mão de Samuel deslizava por seu peito, abrido os botões, um por um. Fazia isso devagar, se divertindo com as reações de Akira a cada centímetro de sua pele que se mostrava.

– Minha delícia. – Akira disse – Você é lindo demais, Samuel.

Akira acariciou o peito de Samuel, passeando os dedos até sua barriga fazendo o rapaz rir. Quando o ruivo tirou a camisa, Akira o abraçou puxando seu corpo para o dele.

– Samuel, olha o que você faz comigo...

Akira agarrou Samuel o apertando com força, o fazendo sentir seu membro enrijecido por baixo da roupa. O ruivo enrolou a camisa na mão esquerda e também o abraçou, beijando sua orelha.

– O tesão é recíproco. – disse.

Akira levou a mão até a cabeça de Samuel o puxando para um beijo sedento. Seus corpos se esfregavam provocando um calor que atingia Samuel como a chama de uma brasa viva. Cada canto de seu corpo clamava pelo de Akira em um retumbar infinito de paixão.

– Vamos sair daqui. – pediu.

Akira o agarrou forte pela cintura e beijou seu pescoço seguindo em direção ao seu ouvido.

– Ainda não. – sussurrou – Eu quero que você arda, Samuel. Quero que imagine o que vou fazer com você. Prepare-se para a noite mais feroz de sua vida.

Akira imitou de novo o rosnar de um gato e se afastou, tomando o restante de sua bebida. Começou a dançar embalado pela música eletrônica. Samuel respirou fundo e se aproximou novamente de Akira devagar, passado a mão em seu rosto e o encarando com uma intensidade que o fez parar de se mover.

– Vamos sair daqui. – disse com sua voz de tenor, arrancando um tremor de Akira – Prepare-se para a noite mais feroz de sua vida.

Akira deu seu sorriso torto e o beijou arrancando dele o fôlego e a compostura. O modo como Akira o tocava ia além do contato físico. Suas mãos, sua boca e seu corpo, cheios de luxúria e lascívia o provocavam e o fazia queimar ao mesmo tempo que alcançavam seu coração e o emocionava. O toque de sua pele era repleto de desejo e fazia seu corpo vibrar em êxtase, mas o toque em sua alma era puro e o levava aos céus.

Akira o soltou e continuou com a boca ainda grudada a dele. Seu lábio superior preso entre os lábios de Samuel eram tocados por uma língua apaixonada. O oriental o soltou devagar e o estalo provocado arrepiou o ruivo.

– Samuel, – outro arrepiou atravessou o corpo do rapaz – você é tão doce.

Samuel começou a rir, mantendo firme a mão no pescoço de Akira e levou a outra até suas costas, o puxando pra perto.

– Akira – disse encostando a testa na dele – Eu estou explodindo, cara. Preciso de você. – a voz de Samuel era esganiçada e cheia de desejo – Agora.

Akira beijou sua boca de leve e se achegou até sua orelha.

– Samuel. – disse devagar, embebendo cada sílaba no doce de sua voz. O ruivo se encolheu deixando escapar um gemido – Arda, Samuel.

A mão de Samuel que estava em suas costas se afastou dele e Akira ouviu o som de um zíper sendo aberto. Sua mão esquerda foi guiada até o zíper, sentindo quando Samuel ajeitou o próprio membro o deixando deitado de um modo que tornava sua excitação visível à distância. Sem que precisasse pensar, a mão de Akira o agarrou, o apertando por cima da calça do rapaz e sentindo todo aquele volume enorme que pulsava por ele.

– Já usou esse truque antes. – disse com a boca colada ao rosto do ruivo – Não caio duas vezes na mesma armadilha.

– Você não pode resistir a mim.

Samuel beijou sua orelha, descendo por seu pescoço até seu ombro, devagar e com paciência, sua respiração atingia a pele de Akira como uma onda de choque. Fez o caminho de volta até seu pescoço com uma lambida molhada. Akira gemeu e tentou se afastar, mas Samuel o agarrou levando a mão de volta as suas costas.

– Vai precisar fazer melhor do que isso. – Akira disse com a voz rouca.

Samuel o abraçou encostando o corpo ao dele. Seus dedos se entrelaçaram em seu cabelo, mantendo seu rosto próximo ao dele.

– Akira.

Samuel o encarou. Sua expressão era suplicante e apaixonada. E depois se tornou brincalhona. Akira franziu a testa e o rapaz o beijou. O oriental sorriu, se entregando ao beijo. Depois de logos segundos em um frenesi de paixão, Akira afastou o rosto enquanto Samuel arfava tentando recuperar o fôlego.

– Seu canalha. – Akira disse com o lábio inferior de Samuel entre os dentes, o mordendo com força – Sorte sua ser uma delícia. Não quer experimentar o Akira bêbado?

– Eu vou te deixar bêbado de paixão.

Samuel segurou o rosto de Akira com as duas mãos enquanto o beijava. Sua boca subiu pelo nariz do oriental, passeando por sua bochecha e subindo por entre seus olhos até que encostou os lábios em sua testa em um beijo demorado.

– Sua função deveria ser me ensinar a me controlar. – Akira disse com os olhos fechados e ofegante – Vai acabar perdendo seu grau por minha causa.

– Pra o inferno com o grau. – Samuel disse com a voz feroz – Eu o amo tanto...

Aquelas palavras pegaram Akira de surpresa. Sua mão livre foi até o quadril do rapaz o puxando para perto, sentindo seu hálito na pele.

– Eu... – Akira tentou resistir mais um pouquinho, mas Samuel encostou a boca na dele o beijando com carinho – Eu acho que já estou bêbado.

– Minha delícia. – os lábios de Samuel sorriram e o beijo se tornou intenso novamente.

Akira se afastou do rapaz e começou a andar. Jogou a garrafa da bebida em uma lixeira e seguiu em direção ao quarto de ambos. A pousada onde estavam hospedados eles e mais alguns dos que estavam na festa era pequena, com os quartos próximos uns aos outros e com as paredes finas que eram um desrespeito a privacidade de qualquer um. Samuel não se importou e sabia que ninguém mais se importaria. Seguiu Akira com o olhar acompanhando o corpo do rapaz e a imaginação funcionando a todo vapor.

Akira subiu as escadas até uma pequena varanda e se demorou com a chave da porta. Ouviu um suspiro de impaciência de Samuel e riu quando a fechadura abriu com um clique. Entrou devagar e quando fechou a porta, foi prensado contra a parede com violência pelo corpo de Samuel.

– Ai... – Akira gemeu deliciosamente antes de ter a boca invadida pela língua do ruivo.

Samuel soltou no chão a camisa que estava em sua mão e abraçou Akira, sentindo cada um dos músculos de suas costas, subindo para seu pescoço e sentindo o corpo do oriental tremer quando acariciou sua nuca. As mãos de Akira foram até o botão de sua calça e depois abriu o fecho da própria calça. Empurrou Samuel um pouquinho para poder ver seu membro que saltou ereto quanto o despiu. O olhou, interessado, sorrindo com malícia e passeando a língua entre os dentes.

Akira encarou Samuel que sorria com a mesma intensidade. Grudou o rosto ao dele, gemendo quando o agarrou e começou a punheta-lo devagar.

– Delícia. – grunhiu ao ouvido do rapaz.

O empurrou até a cama o fazendo deitar, puxando suas calças e tirando suas meias. Ficou observando quando ele subiu até a cabeceira da cama e sentou abrindo as pernas pra ele.

– Samuel. –Akira adorou o pulsar que escutou vindo do peito do rapaz – Você é lindo demais.

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