O NEGRÃO E A POMBA-GIRA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1808 palavras
Data: 23/10/2015 01:22:53
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

Mona está de volta - Parte VIII

Uma figura esguia, de óculos escuros e bengala na mão, apareceu na soleira da porta. Não era tão bonita de rosto quanto a loira Veruska, mas sua beleza chamava atenção pela esbeltez.

- Boa noite. Espero não ter interrompido o coito. Mesmo assim, peço desculpas à nossa visitante - disse a cega, enquanto tateava para fechar à chave a porta.

- Essa é minha irmã Lavínia - Disse Veruska, sem se preocupar que estava nua, depois cochichando ao ouvido de Mona que a cega era capaz de sentir longe o cheiro de sexo que exalava da sala. Decerto, sentira também o cheiro de um novo perfume, denunciando que a loira não estava só.

Mona sentia-se envergonhada, apesar de haver percebido logo que a recém-chegada era cega. Procurou vestir-se devagar, para que a outra não percebesse. Lavínia aproximou-se dela, antes disso, e tateou seu rosto, ainda encharcado de esperma, com ambas as mãos. Disse que Mona era uma mulher muito bonita. Sem pedir licença, tateou também seu corpo. Tocou-lhe os seios ainda eriçados, sentiu o sêmen também espalhado pelo ventre e levou a mão à boca, lambendo os dedos. Aprovou o gosto. Disse que reconhecia o cio da irmã. Veruska beijou-a na boca. Foi correspondida com um beijo de língua. Também era a primeira vez que Mona via irmãs se beijando na boca. Mas não fez nenhum comentário.

Pouco depois, todas estavam à mesa, jantando. Foi só o tempo de Lavínia tomar um banho rápido. Voltou do banheiro nua e começou a se servir como se não tivesse nenhum problema de visão. Mona olhava admirada para ela. Veruska explicou que ela era cega de nascença e que aprendeu cedo a ser independente. Convesaram sobre trivialidades. Depois, Mona fez questão de lavar a louça e Veruska foi ajudá-la a enxugar. Continuaram batendo papo, quando Lavínia pediu licença para retirar-se pro seu quarto. O assunto agora era o namorado de Veruska.

Chamava-se Roberto, era um cirurgião renomado, e haviam-se conhecido quando ela procurou ajuda médica para retirar o "pênis", anos atrás. Ele a demoveu da ideia. Ela queixou-se de nunca haver tido sequer um namorado, envergonhada da sua anomalia. Para a sua surpresa, ele a pediu em casamento sem nem mesmo conhecê-la. Passaram, então, a se encontrar com frequência. Como ela não conseguia gozar pela vagina, ele aceitou ser penetrado. Certa vez ela lhe confessou ter uma fantasia: ser chupada enquanto ele a enrabava. Dias depois, ele levou-a a um chupódromo muito frequentado pela sociedade médica. Mas o local acabou sendo fechado pela polícia. Foi quando conheceram a enfermeira cujo telefone estava com Mona. No entanto, nunca a tinham visto.

Falavam-se por telefone, marcando o encontro. Combinavam a cabine. A quantia paga pela chupada também era previamente acertada. Ela dizia que era grana extra, complementar ao seu baixo salário. Encontravam-se, ao menos, duas vezes por semana. A enfermeira chupava maravilhosamente bem, mas Veruska assegurou que Mona era melhor. Beijou-a na boca, ao dizer isso. Mona retribuiu-lhe o beijo. Já não sentia repulsa ao ato sexual lésbico. Se bem que o que lhe causava furor de desejo era seu "pau" de cabeça enorme. Aí Lavínia apareceu na cozinha vestida com uma roupa vermelha de Umbanda.

- E então, mana, vai poder me levar pro Terreiro? - Perguntou Lavínia, sem os óculos escuros, deixando ver seus olhos totalmente brancos - Hoje temos uma convidada. Adoraria que ela fosse conosco.

Mona nunca havia ido a um culto desses. Ficou curiosa. Perguntou se podia ir vestida de Jeans e blusa e a resposta foi afirmativa. Terminaram de guardar a louça e foram se aprontar. Menos de meia hora depois, Veruska ia indicando o caminho, sentada na frente com Mona. Lavínia, acomodada no banco de trás, estava calada como se estivesse concentrada. Já Veruska não parava de falar, explicando algumas coisas da Umbanda. Falava dos Orixás com a sabedoria e segurança de quem conhecia bem o assunto. Mas jurou que jamais incorporou nenhuma entidade.

Pouco depois, ouviram distante o rufar dos tambores. Estavam chegando. Lavínia começou a estremecer, como se estivesse recebendo algum espírito. Mona olhava pelo espelho retrovisor a transformação da mulher. Esta passava a mão nos cabelos, como se estivesse penteando-os. Tinha uma expressão facial muito charmosa. Estava radiante e linda. Nem parecia a apática ceguinha. De repente, quando Mona reduziu a velocidade do veículo, ela saltou do carro e caminhou seguramente em direção aos toques surdos no Terreiro. Parecia que enxergava perfeitamente. Já nem usava bengala. Ouviu-se uma salva de palmas. Era o povo da Umbanda anunciando sua chegada.

A reunião era num grande quintal de uma casa pobre. Um grupo tocava rústicos instrumentos musicais, enquanto mulheres e homens vestidos de branco dançavam no centro da roda. A maioria era de mulheres que bebiam aguardente ou outra bebida qualquer. Numa grande mesa ao centro, estavam as oferendas: frutas, aguardentes, vinhos, comidas diversas, principalmente carnes assadas. Lavínia entrou na roda e caminhou direto para a mesa. Ofereceram-lhe champanhe fino, mas ela disse preferir licor de anis naquele dia. Alguém encontrou uma garrafa e deu a ela. Caminhou até um grupo de pessoas que assistiam o culto e meteu a mão no bolso da camisa de um negro bonito, todo de branco, que lhe sorria. Retirou de lá um maço de cigarros importados. Tirou um cigarro e o negro acendeu-o gentilmente para ela. Agradeceu com uma baforada no rosto dele. Também apalpou-lhe o sexo por cima da calça. Na outra mão, uma taça de cristal quase cheia de licor de anis. Então voltou-se para Mona, que acabava de chegar.

- Tá aqui, sua putinha vadia? - Disse a mulher, incorporada pela Pomba-gira. Tinha agora o rosto deformado, como se estivesse com ódio.

Mona espantou-se. Olhou em volta, como se aquilo não tivesse sido dito com ela. Mas todos a miravam, enquanto a Pomba-gira se aproximava dela. Mona recuou, mas a outra apressou os passos e agarrou-a pelo braço. Depois fitou-a com o rosto bem colado ao dela e disparou a pergunta:

- Cadê o livro que dei pra tu guardar? - Disse apertando fortemente o braço de Mona - Que fim tu deu a ele?

Mona não sabia do que ela estava falando. Ficou com medo. Não entendia a agressividade da nova amiga, que mudara tanto assim de repente. Tentou se desvencilhar da mão que a prendia como garras, mas a outra deu um grito pavoroso. Agora a cega tinha os olhos totalmente vermelhos e estava aterrorizada. Soltou o braço de Mona e arrancou as próprias vestes com as duas mãos.

- Fogo! Fogo! Esta desgraçada trouxe o fogo do Inferno com ela! - Urrava a entidade, deixando o corpo nu à mostra. De repente, olhou novamente furiosa para Mona, e seus olhos estavam totalmente negros. Passou a falar com voz rouca, típica de homem:

- O meu livro, puta. Aquele que te dei, que você fornicava toda vez que escrevia nele. Não consigo mais visualizar teus desejos. O que você fez com ele?

Mona começou a lembrar-se em flashes. Via um livro velho, com capa de couro, onde se lia Os Contos de Mona, em letras douradas. Visualizou-se copulando com vários homens ao mesmo tempo. Conhecia todos, mas não sabia seus nomes. Um rosto negro, familiar, fodia com ela com muito amor. Lembrou-se da aliança que usava na mão esquerda. Aí a Pomba-gira tocou com a ponta dos dedos em sua testa. Começou-lhe a subir um fogo intenso, vindo das próprias entranhas. A entidade também pareceu ter sentido tal fogo, pois deu um grito agoniado. As roupas de Mona pareciam estar em chamas, queimando-lhe a pele fina. Ela arrancou-as todas, rasgando-as e caindo de joelhos depois.

Então a Pomba-gira chamou para perto de si o negro do qual havia pego o maço de cigarros. Este aproximou-se, exibindo um sorriso bonito de dentes alvíssimos e brilhantes. A Pomba-gira arriou-lhe as calças e cueca, deixando um caralho escuro à mostra. A rola do cara era bem mais preta do que o resto do seu corpo. Ainda ajoelhada no chão, Mona olhou para cima. A glande apontava para a sua testa, pois o negrão era bastante alto. Ajudou-a a levantar-se, tocando com a mão em seu queixo. Pegou Mona nos braços e carregou-a até a mesa de oferendas, observados por todos. Retirou de um só movimento boa parte das comidas que entulhavam a mesa, derrubando-as no chão. Deitou Mona no móvel e abriu-lhe bem as pernas. Meteu o corpanzil na abertura e começou a beijá-la na boca. Depois desceu ao pescoço.

A cada toque dos lábios, Mona estremecia. Arrepiava-se toda, tal era o prazer que lhe dava aquela boca quente. Quando aqueles lábios tocaram-lhe os biquinhos dos seios, quase teve o primeiro orgasmo. No entanto, o fogo que lhe ardia as entranhas parecia aumentar mais e mais. Aí ele beijou-lhe a vulva. Mona deu um longo gemido de prazer. Então ele apontou a cabeça da peia para a gruta dela. Penetrou-a com carinho, sem pressa, como se não quisesse machucá-la. O povo começou a bater palmas. Os tambores apressaram seu ritmo, acompanhando os movimentos firmes do cacete entrando na buceta. A Pomba-gira agarrava-se ao negrão, alisando sua costas, lambendo suas orelhas, apalpando sua bunda, ajudando no coito. Aí Mona explodiu num gozo gostoso, demorado. Que foi interrompido quando ele retirou seu pênis, de repente, de dentro dela.

Mona ergueu-se, tentando se agarrar ao corpo dele, implorando por sua rola. Sem dar-lhe atenção, ele virou-a de bruços sobre a mesa, tornando a abrir-lhe bem as pernas. Agora, sem nenhuma delicadeza, enfiou-lhe a trolha na bunda. Ela gemeu de dor. Seu cu ainda não estava lubrificado. Ele nem ligava para as suas lamúrias, como se estivesse possuido. Metia quase com violência no seu rabo. A Pomba-gira masturbava-se, excitada. Quando percebeu que o homem estava perto de gozar, puxou-o de cima de Mona com violência.

- O seu gozo é meu! Não dessa putinha vadia. O seu gozo é só meu - repetia a entidade ainda com voz grossa, masculina.

O negrão empurrou-a para longe e voltou pra cima de Mona, que se contorcia por ter o coito por duas vezes interrompido. Pegou o caralho dele e enfiou-o de volta ao seu cuzinho ainda dolorido. Ele foi empurrando aos poucos, proporcionando a ela um enorme prazer. Quando Mona pensava que já o tinha engolido todo, eis que ele continuava invadindo seu túnel estreito. E parecia mais grosso, pois ia rasgando tudo por dentro dela. Dor e prazer, como adorava sentir numa foda. Levou a mão à boceta, enfiou dois dedos dentro e se masturbou, sentindo aquele caralho maravilhoso invadir-lhe as entranhas bem profundo. Aí a Pomba-gira voltou a tirar seu macho de cima, interrompendo a foda mais uma vez, bem quando já despontava outro orgasmo. Mona abriu desmesuradamente os olhos e a boca, querendo buscar fôlego. Era uma agonia terrível.

Então, não aguentou mais. As imagens ficaram rodando em torno dela, até que finalmente perdeu os sentidos...

Fim da oitava parte

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Comentários

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Vc se vê no direito de falar mal das religiões alheias e não tem a coragem de deixar as contra razões no ar, meu caro, falta de educação e não ter argumento e deletar as informações pertinentes. Não falei com a educação, apenas mostrei a todos que a sua estória e uma falácia, uma brincadeira e uma mentira, apenas isso.

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Eu gosto de receber comentários de leitores/leitoras. Infelizmente, tenho recebido alguns comentários desrespeitosos (como o de kctcasado) e me dou o direito de deletá-los. Tivesse sido educado, eu até responderia seu comentário de bom grado. Mas não o foi e não sou obrigado a tolerar gente grossa. Peço perdão a todos os meus leitores, mas achei que isso deveria ser dito.

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Conto muito bom adorei votado Parabéns

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