De onde menos se espera - Cap 8

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 3874 palavras
Data: 21/10/2015 19:11:23
Assuntos: Amizade, Gay, Homossexual

Olá meus amigos e amigas...como vocês estão? Obrigado a todos que comentam e lêem. Fico encantado em ler os comentários de todos vocês... abraços e beijos de sangue e fogo...

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Depois que meu pai foi para o plantão, o Cley e eu resolvemos dar uma volta. Liguei pro meu pai e embora ele não tenha gostado muito da ideia, disse que iriamos apenas andar pelo bairro.

— a gente mora no centro, filho.

— só é um bairro maior. Pai, não vamos passar do shopping, é só uma caminhada.

— tudo bem. Me liga quando chegarem.

Eu precisava arejar a cabeça e organizar tudo que eu havia escutado. Era informação demais pra um só dia. Como o shopping estava fechado, ficamos na praça que ficava em frente e por ser bem frequentada, era bem iluminada.

O Cley parecia estar com sono e eu sabia o esforço que ele fez em ir comigo. Então, não íamos demorar muito. Fiquei imaginando os motivos de minha mãe querer que eu fosse com ela pros EUA e mesmo o Cley estando em um estado de quase coma, ele me disse algo que fazia sentido.

— controle. — ele disse do nada.

— controle do que amor? Nossa, como você está sonolento.

— será que você não percebeu que ela te quer por perto?

— isso eu sei.

— controle Lucas. Meu Deus... ela quer controlar você. Controlando você, ela controla suas ações.

— mas ela vêm fazendo isso a anos. Que diferença faz?

— amor, você tem quinze porcento e ano que vem você faz dezoito anos, então... ela não vai mais poder controlar suas ações, a menos que você passe uma procuração ou venda sua parte pra ela.

— quem é você?

— sua alma gêmea, muito prazer. Pense bem, ano que vem, se você quiser, vai poder ter o total controle dessas ações. Vai ver o medo dela seja esse. Se ela for a presidente da empresa e perder seu apoio, ela deixa de ser acionistas majoritária e perde a cadeira. Agora, se ela continuar controlando suas ações, ela tem o total poder lá dentro.

— que filmes você ands vendo?

— eu não sou tão estúpido.

— nunca disse que era. Você só tem dificuldade em certas matérias, mas isso não vem ao caso agora. Isso que você está falando, faz todo o sentido. E mesmo que ela não seja presidente da empresa, ela tem muito a perder se eu controlar minhas ações. Você é um gênio.

— eu estava prestando atenção quando seu pai falava e acho que é por aí. É só o que eu penso, pode nem ser isso. E outra coisa, cai na real! Você é milionario, por Deus!

— eu sei. Pode parecer coisa de gente doida, mas eu daria todo esse dinheiro em troca dela ser uma pessoa diferente. Você sabe o que isso significa pra mim?

— eu sei, desculpa. Eu só queria te animar. Eu entendo seu pai em manter você longe disso tudo. Ela foi embora atrás de uma carreira de sucesso e nem ao menos se importou em saber como você se sentia na ausência dela. Sabe, se é as ações que ela quer, venda.

— eu nem sei como isso funciona. Não tenho noção e nem por onde começar. Olhando por outro lado, pense o que eu vou poder fazer com todo esse dinheiro? E não estou dizendo somente em meu benefício, mas em benefício às outras pessoas. Se eu vender essas ações, eu não vou ter todo o mês a quantia depositada, mas se eu ficar com elas, eu vou poder fazer muita coisa. Dinheiro acaba Cley. ONGs são fechadas todos os dias por não terem incentivo. Entendeu? Mas se eu tiver os lucros da empresa sendo depositados todos os meses como sempre foi, é garantia na certa.

— você está começando a dar valor no que é seu. Acho bonito essa sua ideia de estar ajudando alguém e eu estou contigo nessa. Agora, quem você vai deixar tomando conta dos seus quinze porcento? Ela?

— não faço a menor ideia. Não faz mais sentido ela ficar controlando minhas ações, depois de ter ouvido o que eu ouvi. Só sei que sd eu não quiser mais que ela fique no controle, ela vai pirar. Não sei o que eu faço. Só se eu passar uma procuracão pro meu pai.

— olha ai, negócio resolvido.

— sim, mas nem sei se meu pai entende de alguma coisa.

— conversa com ele.

Tomamos um sorvete e por mais fácil que parecia ser, não era tanto assim. Havia muitos interesses em jogo e poxa, eu só tinha dezessete anos. Eu não queria ter que me preocupar com esse tipo de assunto. Eu nem sabia por onde começar. Só tinha uma coisa que eu poderia fazer e meu pai iria ficar muito feliz.

Ficamos até às duas da manhã conversando e já estava passando da hora de eu colocar o Cley na cama. Disse pra gente ir embora e ele estava com tanto sono que só fez um sinal de positivo. Chegamos e ele foi tirando a roupa se jogando na cama.

— se arruma direito aí. Não quero cair da cama.

— mas é uma cama de casal.

— que você toma todo o espaço.

— é meu pau que é grande... — ele disse rindo e me puxou.

— não, é só o seu ego que é grande.

— está dizendo que meu pau é pequeno?

— você é um cretino de pau grande... guarda isso aí... — ele tirou o pênis pra fora e mirou pra mim.

Ficamos deitados e fui ao banheiro. Quando voltei, ele já dormia. Meu pai me mandou uma mensagem perguntando se o Cley e eu estávamos bem.

Enquanto o Cley dormia eu fiquei pensando o que faria com tanto dinheiro. Afinal, já que era meu, eu poderia usar como quiser.

Acabei adormecendo e de manhã meu corpo estava pesado. Eu me sentia cansado e era como se eu estivesse sendo esmagado, e eu estava. Eu dormia de bruços e ele praticamente estava em cima de mim.

— pelo amor de Deus, Cleyton...

— hum..não me chama assim... — ele disse sonolento.

— eu te chamo como quiser... sai de cima de mim garoto... — o empurrei e ele começou a rir.

— você é um garoto mau.

— raiva de você quando finge estar dormindo e se joga em cima de mim.

— sente raiva do seu amor não. Eu só tenho amor pra te dar. Sente aqui meu coração. — ele pegou minha mão e colocou no peito dele.

— vontade que eu tenho de deixar você dormindo no chão.

— deixa de ser bravinho e me ama.

Ele me abraçou e ficamos deitados de conchinha. As vezes eu acordava a noite com uma das pernas pra fora, ele ia me empurrando até eu quase cair. Garoto espaçoso.

Os dias foram seguindo normais e infizmente as férias haviam acabado. Eu já estava me acostumando com presença diária do Cleyton. Eu acabara de acordar e meu pai havia acabado de chegar do plantão. Ele disse se eu me importaria em ir pro colégio a pé. Ele estava muito cansado e com sono. Disse que tudo bem e que dava tempo. Nos despedimos.

Eu estava quase chegando e vi o Cley no portão conversando com uma das garotas da nossa sala. Quando fui chegando mais perto ela saiu. Era a Karen, pelo que eu sabia, ela sempre arrastou uma asa pelo Cleyton. Sinceridade? Não gostei de ver os dois conversando.

— bom dia amor. — ele disse e abriu aquele sorriso.

— bom dia.

— tudo bem?

— tudo... o que a Karen queria?

— encher meu saco. Não esquenta a cabeça.

— o que ela te falou? E eu nem estou bravo ainda, fale.

— ai meu Deus. Ela veio falando que eu ainda não fiquei com uma mulher de verdade, por isso que estou namorando você.

— se ela visse o que a gente faz na cama, não sairia por ai falando asneiras. — ele me olhou daquele jeito safado e apertou meu ombro.

Subimos pra sala e estava tudo normal. Ninguém mais nos olhava de modo diferente e a Nanda e o Luís também não nos encaravam mais. Notei que havia um grupinho nos fundos e o Cley se inclinou pra me perguntar o que será que estava acontecendo. Disse que não fazia a menor ideia. A aula começou e a conversa paralela nos fundos continuava. O professor estava ficando irritado e pediu que todos se calassem. Por um segundo olhei em direção da Nanda e vi que ela chorava. O Luiz tentava acalmá-la e ela pediu licença e saiu da sala.

— é alguma coisa com a Nanda será?

— ela parecia estar chorando.

— vai falar com ela...

— mas ela não fala mais comigo... não sei.

— eu sei amor, mas tenta.

— já volto.

Pedi licença e o professor torceu o nariz, mas não disse nada. Desci e não vi a Nanda no pátio. Olhei por tudo e nada. Então, pensei: ela só pode estar atrás da arquibancada.

Eu estava certo. Ela estava sentada com a cabeça entre os joelhos encolhidos. Eu me sentei ao seu lado. Ficamos calados por um bom tempo até que ela falou:

— parece que to mundo que tem algum problema se esconde aqui.

— é um bom esconderijo.

— sim. É um ótimo lugar para fumar escondido, ficar escondido e pros meninos que gostam de meninos, beijarem escondidos. — ela disse sorrindo.

— eu acho a terceira opção a melhor de todas. As vezes não é fácil mostrar o que se sente pra todo mundo, nem todo mundo aceita.

— sabe Luke... (era como ela me chamava as vezes) agora está virando um ótimo esconderijo pras meninas que engravidam ainda no colegial. — ela começou a chorar desesperadamente e eu a abraçei.

— nãaaaao Nanda, não chore assim. Fique calma. Não há nada nesse mundo que não tenha jeito.

— você não entende... eu não posso ter essa criança. Minha mãe vai me matar. Eu queria que meu pai estivesse aqui.

— não se preocupe...eu estou aqui. A gente vai das um jeito nisso e eu vou te ajudar, de algum jeito.

— como você consegue me ajudar, depois de tudo que te falei.... eu me sinto tão envergonhada e arrependida. Eu não fui uma boa amiga, eu deveria ter ficado do seu lado, mas preferi dar ouvidos às outras pessoas. Você me perdoa?

— esquece esse assunto. O que o Luís diz? Ele já sabe?

— claro que sabe. O colégio todo sabe e está todo mundo comentando... o ingênuo falou pro Felipe e o idiota espalhou pra todo mundo. Eu não sei o que fazer... o Luís diz que é muito novo pra ser pai e o pai dele só está esperando ele terminar o colegial e mandar ele estudar fora. O que eu vou fazer?

— se levantar e irmos pra sala. Tem muitas coisas que ainda não sabe. A gente ficou um pouco afastados, mas vou te mantendo atualizada.

— está bem. Eu queria pedir desculpa ao Cleyton também. Espero que ele possa me perdoar.

— ele vai sim. Pode acreditar, aquele Cleyton de antes nem existe mais. Ele é um garoto muito bacana, chato as vezes, mas ele é incrível.

— quem diria... a vida é estranha as vezes. Você nem podia olhar pra ele sem fazer cara feia e agora estão namorando. Meio estranho isso, mas é engraçado. Posso perguntar uma coisa?

— pode sim.

— quem fica por cima? — ela começou a rir.

— ahhh, isso você nunca vai ficar sabendo. Nunca mesmo...

Voltamos para a sala rindo e disse que tudo ficaria bem. Eu estava feliz. Lembrei de algo que minha mãe disse sobre meu pai e eu era exatamente como ele: coração mole e uma vontade de querer abraçar o mundo. Ela se sentou e eu fui pró meu lugar. O Cley perguntou o que ela tinha e disse que depois a gente conversava.

— tudo que meu amor quiser. — ele me matava de rir quando dizia isso.

— deixa de ser bobo.

— me deixa garoto. Presta atenção na aula. — e louco era eu né?

Durante semanas a Nanda virou o centro das atenções no colégio e chegaram a fazer uma palestra sobre " Gravidez na adolescência". E claro, a Nanda foi o único alvo. Nesse dia decidimos que não iríamos a aula e ficamos, eu, o Cley e a Nanda em minha casa. O Luís se distânciou de vez de todos nós e a vontade que eu tinha era de socar a cara dele. Como ele pôde deixar a Nanda sozinha?

Minha mãe ficou sem me procurar por um tempo e eu estava aliviado. Não queria ter que bater de frente com ela de novo e começar outra discussão. Conversei com meu pai sobre minhas ações. Ou eu me desfazia daquelas ações, ou eu ia morar nos EUA. A segunda opção não era a minha favorita. Eu não poderia deixar meu pai e nem o Cley pra ir cuidar de algo que eu não tinha a menor ideia. Talvez eu estivesse querendo me vingar da Beth, mas ela não tinha coração, mesmo...

No sábado iria bem cedo pra casa do Cley. Os pais dele iriam viajar e ele pediu ao meu pai se eu poderia ir. Ele disse que tudo bem, desde que os pais do Cley não se importassem. Na sexta-feira eu arrumava minhas coisas enquanto meu pai fazia um lanche pra gente. Eu havia terminado, mas lembrei que tinha esquecido de colocar meu pijama na mochila. Quando estava pensando em sair do quarto pra ir até a cozinha, meu pai entrou com uma sacola na mão.

— eu comprei isso pra você levar. — ele me entregou a sacola rindo.

— pai...o senhor quer me ver morto de vergonha né?

— não, eu quero é que você se proteja. Vocês estão usando, não estão?

— claro que estamos pai. E se um um dia a gente tiver confiança suficiente um no outro pra não usarmos mais, eu mesmo falo com o senhor.

— vocês já chegaram a pensar em fazer sem?

— uma vez. Tinha acabado e ele não tinha trazido de casa. Mas aí a gente deixou pra lá.

— eu tenho que te dizer que meu maior medo é que você fique doente. — eu amo o Cleyton pai e sei que ele me ama também. Tudo bem que somos muito jovens e pode não durar pra sempre, mas ele já me falou que se não tiver, a gente não faz e pronto. Tem outro modos da gente....

— nem começa a falar..... pare...pare.... — ele disse rindo e colocando a mão na minha boca.

— desculpa pai, as vezes eu esqueço. A gente sempre falou tudo um pro outro e sai automático.

— eu sei filho. Bom, minha missão é te orientar. E eu posso imaginar todas as formas de prazer quando falta camisinha. Só que quando é o filho da gente quem está falando, fica meio estranho. Então, vou terminar de picar meu abacate.

Eu não conseguia parar de rir e agredeci pelas camisinhas, que não eram poucas. As vezes elas apareciam na minha gaveta como mágica, mas eu sabia que era meu pai quem as colocavam lá. Ele sempre foi meu herói, protetor e detentor de todo o meu amor.

Fui pra cozinha e lanchamos juntos. Ele disse que havia comprado a compota que o Cley gostava e que era pra eu não esquecer de levar.

— eu fico muito feliz em saber que o senhor, por mais diferente que a minha relação com o Cley pareça ser, ainda consiga aceitar e tratá-lo com o respeito que o senhor sempre teve.

— eu as vezes fico meio sem jeito. Esses dias no hospital eu acabei falando que você ia passar as férias com seu namorado na chácara...

— caramba pai...

— mas ninguém se importou. Inclusive já viram vocês dois no shopping juntos.

— não se pode nem ir ao shopping mais, eu heim...

Terminanos de lanchar e fui escovar meus dentes. Eu lembrei que havia comprado uns bombons e ainda nem havia aberto a caixa. Coloquei os bombons na mochila pra levar na casa do Cley.

Eu estava quase indo me deitar e meu celular tocou. Era a Beth.

Ela queria conversar comigo no sábado a tarde e disse que não estaria em casa. Ela insistiu e eu fui enfático em dizer que só falaria com ela na segunda-feira a tarde. Senti que ela não gostou muito, mas dei de ombros e desliguei. Ela podia esperar até segunda.

O Cley me ligou pra dar boa noite e disse que já havia arrumado o quarto. Do jeito que ele era desorganizado, era bem provável nos perder em meio aquela bagunça. Disse que estaria lá bem cedo e que me esperasse do jeito que eu gostava, somente de banho tomado da noite anterior.

— você tem uns fetiches doidos.

— que você sempre realiza. E não tem nada de mais as coisas que eu te peço.

— não estou reclamando, só falando.

— reclame menos e faça mais.

— garoto, você é muito abusado. Fica ligado...

— morrendo de medo aqui... — ele disse que ia dar um jeito em quando eu chegasse e eu comecei a rir.

Ele me deu boa noite e desligamos.

Pela manhã meu pai me acordou. Disse que a Beth estava na sala. Eu não acreditei que ela teve a coragem de ir se encontrar comigo aquela hora da manhã. Me arrumei e fui até a sala.

— eu não disse que falaria contigo na segunda?

— eu não posso esperar até segunda. Tenho que voltar pros Estados Unidos amanhã. A gente precisa conversar.

— vai dizendo... eu tenho que sair.

— com aquele garoto?

— está falando do quê?

— estou falando daquele garoto bonito que você vive pra cima e pra baixo com ele, Cleyton, não é esse o nome dele?

— não é da sua conta. Diz logo o que você quer e vá embora.

— que tipo de educação o seu pai te deu?

Ela havia descoberto, não sei como, mas ela sabia do meu namoro com o Cley. Ela andou me espionando? Eu não queria acreditar.

— a melhor educação possível. Mas eu acho que você nem deve saber como se educa um filho, você nunca teve um.

— você não está facilitando...

— e você andou me seguindo...que tipo de pessoa é você?

— eu tenho motivos pra saber tudo da sua vida. Você é meu filho. Desde quando você se relaciona com garotos? Seu pai vai ficar tão decepcionado como eu.

— eu não sei se mando você embora ou se tenho pena de você. E não me importo com o que você pensa. E sobre o Cley, fica longe dele. Me diz logo o que você quer. E não venha me dizer que quer que sejamos amigos ou mãe e filho, você já se mostrou pra quê veio de verdade.

Chamei meu pai. Queria que ele estivesse comigo. Ela teve a audácia de me seguir ou mandar alguém. Meu pai foi até a sala e ela o confrontou. Perguntou se ele sabia que o filho dele estava tendo um relacionamento homossexual. Meu pai disse pra ela dizer logo o quê ela queria.

— você não se importa que nosso filho seja um depravado?

— veja lá como fala com meu filho ou perco o pouco de respeito que ainda tenho por você e te jogo porta a fora. — vocês dois são iguais. Realmente são pai e filho. Eu não sei onde estava com a cabeça quando me casei com você. Você è um frouxo.

Ela estava passando dos limites. Meu pai estava nervoso e a ponto de explodir.

— vou ser direta. Preciso que você me venda os seus quinze porcento das ações.

— essas ações são minhas. Eu não posso abrie mão delas. É uma garantia que tenho.

— não seja bobo, você vai receber muito mais do que já ganhou até hoje, me vendendo as ações.

— não tenho interesse. E nem tente me levar pros Estados Unidos, vai perdeu seu tempo. E outra coisa, eu não sei a quem recorrer, mas vou entrar em contato com meu avô. Não quero mais você como minha representante.

— você só pode estar de brincadeira.

— não, não estou. Você nunca me procurou. Aí você aparece depois de quinze anos apenas por interesse financeiro. Você realmente é minha mãe? E se você realmente está disposta a pagar pelas minhas ações, eu vendo sim, pelo dobro do que vale.

— quem anda colocando essas ideias na sua cabeça? Seu pai? Olha garoto... eu preciso dessas malditas ações.

— o dobro ou nada.

Ela ficou me encarando e dava pra perceber que estava morrendo de raiva. Meu pai disse que o advogado dele entraria em contato com ela.

— vocês não podem fazer isso comigo depois de todos esses anos..

— ele pode e vai fazer. É direito dele não querer mais ser representado por você. Antes ele não sabia, mas agora ele sabe de tudo. E se eu souber que você anda vigiando o Lucas de novo, eu vou até a delegacia e presto uma notícia crime contra você. Eu não importo com quem meu filho saia ou deixa de sair. Se você comhecesse seu filho como deveria, a sexualidade dele é o que menos importa. Agora me faz um favor, pegue suas coisas e saia. — meu pai disse e ela saiu enfurecida. Parecia um dragão, soltando fogo pelas ventas.

Assim que ela saiu, meu pai disse que não era pra eu me preocupar. Disse também que ele mesmo ligaria para o meu avô e resolveria tudo.

— se for preciso, eu vou até os Estados Unidos e fico lá o tempo que precisar, até resolvermos essa questão.

— eu não queria envolver o senhor nisso. O senhor tem a clínica, o hospital...

— eu sou seu pai e faço o que for preciso pra que ela não nos incomode mais. Que tipo de mãe que se reaproxima do filho só por dinheiro? E se ela quer guerra, é guerra que ela terá.

— não sei como vamos resolver isso.

— se você realmente está disposto a ver seus quinze porcento, a única saída é que equ te represente.

— mas o senhor teria que ir pra lá uns tempos.

— eu não sei como a gente vai fazer. Vá pra casa do Cley. Vou ligar pro seu avô e avisar da sua decisão de não mais querer sua mãe te representando.

— espero que dê tudo certo.

— vai dar sim.

Fui pro meu quarto me vestir e tinha quinze chamadas do Cley. Liguei pra ele, pois ele deveria estar preocupado. Já era pra eu estar na casa dele e a Beth tomou mais de uma hora do meu tempo.

— Cley?

— pelo amor de Deus, garoto! Onde você está?

— amor...calma.

— como quer que eu fique calmo? Te liguei mais de dez vezes, aconteceu alguma coisa contigo? Você foi assaltado?

— hey! Eu estou bem...chegando ai te conto tudo. Deixa eu descer e tomar logo um táxi, senão vou me atrasar mais ainda. Beijo amor!

Peguei minha mochila, me despedi do meu pai e avisei que voltaria na segunda, depois da aula. Tomei um taxi e no caminho fui pensando o quão minha mãe era fria e calculista. Eu estava decepcionado e queria muito que tudo aquilo fosse um pesadelo. O táxi parou no sinal vermelho e o taxista olhou pra trás. Perguntou se eu estava bem. Eu estava chorando. Disse que estava bem e que ele fosse, pois o sinal havia abrido. De repente, escutei um barulho e tudo em minha volta começou a girar. Eu vi o escuro e flashes de toda a minha vida se passaram pela minha cabeça. Eu apaguei.

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Continua...

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Comentários

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Puts essa mãe é louca é ambiciosa, pelo menos colocaram ela no lugar dela, mais que louco foi esse final será que foi ela mesmo que provocou esse acidente.

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Caralho a Bet é mau carater de primeira mão vai bem lever o garoto escondido para algum lugar que mãe é essa por deus!. . . Vibrando com seu conto muito bom volte logo!

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Mto bom esse capitulo...amando!!!!! Com uma mãe dessa e melhor ser órfão!!!!

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Não estou acreditando que ela teve coragem de fazer um atentado a vida do próprio filho. Espero que as coisa dêem certos para o Lucas. Abracos man...

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Amei. Nossa espero que ele fique bem coitado do lucas ter uma mae assim é um carma ninguem merece que vibora. bjos

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OMG%20que%20perfeito!!!Coitado%20do%20Lucas,%20essa%20coisa%20que%20se%20diz%20ser%20mãe%20dele%20é%20pior%20que%20urina%20de%20rato%20🐭%20rsrs,%20ele%20não%20vai%20morrer%20não%20né???Cara,%20seu%20conto%20é%20tudo%20de%20bom%20estou%20adorando...Bjs%20😚😘Aguardando%20ansiosamente%20o%20próximo.

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Nossa! O que terá sido isso? Posta logo o próximo. rsrs bj

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WTf ... oque aconteceu ? . Odiando essa vadia metida . Beijos de sangue e fogo de um targaryen .

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mds, que capítulo em? maravilhoso e desculpe se eu não comentei antes. Tenho uma leve impressão que a mãe do Lucas bateu no táxi pra tentar matá-lo, assim ficaria tudo pra ela, será? Espero pelos próximos episódios. Abraço!

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