O Professor Substituto - Parte 1

Um conto erótico de Mateus
Categoria: Homossexual
Contém 1797 palavras
Data: 08/10/2015 23:15:17

Oi gente, meu nome é Mateus. Descobri, por acaso, a Casa dos Contos a alguns meses, e sempre tive vontade de escrever sobre o que aconteceu comigo. Eu sou de Brasília, nascido e criado. Curso Engenharia Civil na UnB desde 2011, na época, comecinho de 2012, já estava no meu terceiro semestre quando tudo começou. Enfim, as apresentações eu faço conforme escrevo, ok? Vamos ao que interessa.

_________

- Ali! - Giovana, minha amiga, gritou, apontando para a vaga.

O problema é que a vaga estava a poucos metros do carro. No susto e na pressa de estacionar, acabei virando o carro rápido, cantando o pneu, mas entrando na vaga. Ouvi uma buzina, e, olhando pelo retrovisor, percebi que já havia um carro que iria estacionar ali.

- Droga, já tinha gente esperando... - falei, já acionando a marcha ré.

- Ai não, Mateus! - Giovana protestou - A gente vai perder o AB de DT. (ela se referia ao primeiro horário da cadeira de Desenho Técnico, que fazíamos juntos). O ****** (melhor deixar o nome do professor em off hehe) detesta atraso, e eu to sentindo que eu vou precisar ficar de bem com ele pra passar.

Eu já ia rebater, mas notei que o carro que esperava já havia arrancado e ido embora procurar outra vaga.

- Pronto, agora foi.

- Ótimo - ela comemorou - então vamo.

Tivemos que andar muito rápido, mas chegamos na sala e o professor ainda não estava lá. Não demorou muito e logo ficamos sabendo que não havíamos sido rápidos, é que o professor havia faltado.

- Vai ficar fora um mês - Laís, uma amiga nossa, que havia chegado mais cedo e passado na coordenação do curso pra falar com o professor, havia descoberto. - Tá em um congresso nos Estados Unidos.

- E aí? Um mês sem aula? - perguntei.

- Não, ele arranjou um substituto.

- Droga, outro velho gordo e carrancudo pra estragar minha esperança de passar em tudo nesse semestre. - Giovana reclamou.

- Que nada - Laís corrigiu - É um aluno do mestrado do *****, deve ser novo.

- Deve ser um louco pra ter o ***** como orientador. Eu to falando, professor substituto nunca é boa coisa.

Eu ri da minha amiga. E mal sabia que, naquele caso, ela iria estar certa.

Uns dez minutos depois, ele entrou. Laís havia acertado, ele era novo. O cabelo era loiro, um dourado escuro, e curto. Não era musculoso, mas dava pra ver que se exercitava. Usava uma blusa social azul clara e uma calça jeans escura. Tinha cara de sério, e parecia com raiva. Senti Giovana apertar meu braço.

- Mateeeeeus, eu vou gozar. - falou, baixinho, apertando os olhos e fechando bem as pernas.

Eu ri da brincadeira, mas o professor já estava falando, então desviei o foco pra elede qualquer forma, desculpem o atraso, eu nunca me atraso. Mas hoje, um imbecil me cortou no estacionamento...

Nessa hora eu gelei, e senti Giovana apertar meu braço novamente, mas dessa vez ela me olhou com os olhos arregalados, nada de brincadeirao que prova que em universidade também tem muita gente mal educada. Mas enfim, o ****** me deixou à par de onde ele estava no conteúdo, e eu vou continuar daí mesmo...

O resto da aula passou em um piscar de olhos. Passei a aula viajando, imaginando todos os cenários que poderiam acontecer caso o professor descobrisse que eu que havia tomado sua vaga. Quem estuda em universidade pública sabe, a gente tem que tentar ao máximo se manter no lado bom do professor, e, às vezes, bater de frente com eles significava reprovação certa. Quando acabou a aula, eu saí da sala quase correndo, tentando me esconder do professor.

- Quer relaxar? - Laís ria de mim, o carro da Gio tem fumê, nem fodendo que ele ia reconhecer vocês dois.

- É, Mateus, relaxa.

- Fácil, falar, Giovana. Não era você dirigindo. Se ele descobre que fui eu, fico marcado. E vai ter prova antes do ***** voltar, capaz desse cara me dar um zero, e aí lá vou eu pegar essa mesma desgraça de cadeira semestre que vem também.

- Daniel. - Laís corrigiu. Olhamos pra ela sem entender. - O nome dele é Daniel. Ele falou no comecinho, vocês não ouviram?

Balançamos a cabeça.

- Ele disse sobrenome? - Giovana perguntou, já puxando o celular e abrindo o Facebook.

- Não.

- Deixa, ele deve estar no grupo de civil.

Demorou um pouco, existiam dezenas de opções, e tivemos que olhar perfil por perfil, mas por fim achamos.

- Que droga! Maldito seja esse povo que tranca o perfil.

- Giovana, privacidade é bom.

- Se quisesse privacidade não tinha criado Facebook, amor. Mas olha, dá pra ver a foto do perfil. Que homem, meu Deus, obrigado por esse presente.

Ri dela.

- É, bonita, espera a prova que ele vai elaborar pra dizer se ele é um presente ou não.

Logo chegamos ao estacionamento, íamos os três almoçar no shopping, já que o cardápio do RU do dia era ensopado de linguiça e, acreditem, era melhor ficar longe daquilo. Foi então que, quando eu já ia destrancar o carro, ouvi outro carro ser destrancado. Estava a uns vinte metros de distância, mas eu o reconheci de primeira e senti meu corpo gelar. Ele olhava diretamente para mim, e não havia dúvidas de que o professor substituto, Daniel, agora sabia que era eu que havia tomado sua vaga.

- Fodeu... - Giovana falou, já escondendo o rosto.

- Mateus, para de encarar o cara! - Laís me repreendeu, mas eu não conseguia, estava congelado, talvez pelo olhar frio que ele me dava. Não era de raiva. Era de nojo, desprezo.

Por fim, ele entrou em seu carro, e foi embora. Eu continuava congelado na mesma posição.

- Droga! Vamos logo na coordenação trancar a cadeira. - Giovana falou, em tom sério, mas eu sabia que ela não pretendia fazer aquilo.

Já no shopping, Laís tentava me relaxar.

- Amigo, você pode tentar sentar no fundo da sala, ele não sabe seu nome, nem sabe que você ta na cadeira dele de DT. Quando a prova chegar, você vai ser só um nome, e ele vai te tratar como qualquer outro aluno.

- Não, Mateus - Giovana interrompeu - O jeito vai ser trancar a cadeira. Não! Isso também não vai adiantar. A gente vai ter que trancar o curso... e se mudar pra Bolívia.

Eu sabia que ela estava brincando, e aquilo me deixou com raiva.

- Sabe o que eu devia fazer, Giovana? Pedir desculpas pra ele. E dizer que foi a senhorita que me fez tomar a vaga.

- Eeeeeu? - ela falou, com a voz afetada - Non, mon amour - ela havia pegado a mania de decorar frases que um Senegalês da nossa turma, o Zaki, traduzia pra ela. - Eu jamais faria isso com um membro da nossa instituição acadêmica.

Laís caiu na risada, mas eu mandei ela se foder.

- Mateus, sabe do que você tá precisando? - Giovana perguntou, mas já respondia com as mãos estendidas uma de frente pra outra, num claro sinal que indicava um pênis. Minha sexualidade não era segredo entre meus amigos, só pra minha família que eu, mesmo com meus 20 anos, ainda insistia em esconder.

- Eu só não mando você pra merda, porque é verdade. - falei, cabisbaixo.

- Ué, liga pro André.

André era um cara com quem eu ficava às vezes. Não tínhamos nada sério, ele não era do tipo que se amarrava, e eu não sentia nada por ele, então funcionava bem.

- Sei lá, não quero parecer desesperado...

- Ah, me dá isso. - Giovana falou, já puxando meu celular, e já foi abrindo a caixa de mensagens, procurando minha conversa com ele.

- Você realmente devia por senha nesse troço. - Laís me repreendeu.

- Pronto! - Giovana falou, me devolvendo o celular.

- "E aí, que tal uma saída hoje?" - falei, lendo a mensagem. Eu ri, eu nunca iria falar algo assim pra alguém.

- Agora a gente reza pra ele não ser um jumento batizado e entender que "saída" significa uma transa louca e suada que vai fazer vocês gritarem e gemerem e...

- GIOVANA! - Laís exclamou. - Te controla, garota.

- Desculpa - ela riu - Foi o professor que me deixou assim.

- Droga, já tinha esquecido dele...

- Mateus!! - elas exclamaram juntas, e a mensagem ficou clara: "cala a boca".

Acabou que o André estava disponível. E acabou também que ele não era nada burro, e sabia bem o que a saída significava. Ele me levou pra o mesmo motel que já havíamos ido duas outras vezes. O quarto era legal, com banheira de hidromassagem e tudo, mas nada brega, lê-se: não tinha espelho no teto.

- E aí, ele falou, trancando a porta. O que te deu pra querer sair hoje? Logo dia de semana.

- Nada não...

- Xii - ele falou, massageando meus ombros - tu tá tenso, cara, o que foi?

- Umas merdas na faculdade.

- Hmmm, sei, por isso prefiro não me meter nessas áreas.

André era rico. Muito rico. Rico pra caralho. O pai era policial federal e a mãe promotora. Ele não estudava, vivia farreando. E em uma dessas farras a gente se conheceu, no ano anterior a isso. Havia perdido minha virgindade com ele. E embora não existisse romantismo nem compromisso entre a gente, nossa relação era leve, e ele era atencioso quando estava comigo, então funcionava bem pra mim.

- É - falei, virando e o beijando - Mas pra ficar podre de rico que nem o senhor, tenho que me virar nos estudos.

Ele riu, e já foi apertando minha bunda. Logo estávamos nus, na cama. Ele me colocou de costas e foi beijando minhas costas, até chegar na minha bunda. Ele abriu bem e cuspiu lá dentro, e foi me preparando com um cunete apressado. Justiça seja feita, André fodia bem pra caralho, mas não tinha muita paciência pra preliminares. Não demorou muito, e já senti seu pau, obviamente coberto, eu fazia questão, me penetrando. Ele começou devagar, esperando eu me acostumar, mas logo foi acelerando. O barulho de sua virilha na minha bunda parecia deixar ele ainda mais excitado. Depois, ele me fez cavalgá-lo, e apertava minha bunda enquanto assistia minha punheta. Quando cansei da posição, ele me moveu para o que eu já havia percebido ser sua preferida - me colocou de frango assado. Nessa posição ele não durou muito mais. Mas, enquanto ele dava suas últimas estocadas e me punhetava, algo curioso aconteceu. Percebi que em uma das paredes pendia um quadro, uma pintura abstrata. Haviam várias cores quentes, mas uma em especial me chamou atenção. Era de um amarelo escuro, mas brilhante, quase dourado. Era a cor do cabelo do meu professor. Mas, antes que eu desfizesse a conexão, André deu uma última apertada no meu pau, e eu gozei com imagens de fios amarelos dourados na cabeça.

Por enquanto, é isso. O que posso adiantar é que, ao contrário do que minha amiga havia dito, sexo não ia resolver meus problemas. Ora, diria até mais. Sexo seria só o começo dos meus problemas que estavam por vir.

Abraço.

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Comentários

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Gostei muito! Sua forma de escrever é ótima. Aguardando o próximo... Abraços

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Ahahahaha gostei pra caramba, na vdd me apaixonei de cara já, já quero a continuação. Abraços :)

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Gostei! Tomara que você não "desapareça"! Beijinhos!

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