A FREIRA E O NEGRÃO DE ESTIMAÇÃO - Parte 12

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1991 palavras
Data: 08/10/2015 10:00:07
Última revisão: 08/11/2017 17:24:08
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

O táxi parou em frente ao prédio da Polícia Federal, localizado na antiga zona portuária do Recife. O homem grisalho, com aspecto abatido, embarcou sem pressa no veículo. O motorista havia aberto a porta, facilitando-lhe a entrada. Perguntou-lhe assim que se acomodou no banco do carona:

- Estamos fora de suspeitas?

O homem meteu a mão no porta-luvas, antes de responder. Retirou de lá um maço intacto de cigarros e um isqueiro dourado. Sem pressa, sacou um cigarro e acendeu-o, dando um longo trago, sem se preocupar com um aviso afixado dentro do veículo proibindo o fumo em seu interior. O condutor, de bigode e vestindo um blusão de couro, no entanto, não parecia incomodado com a atitude do senhor grisalho.

- De minha parte, eles não souberam de nada comprometedor. Liberaram-me, mas ficaram com a clone detida para mais averiguações. E nós sabemos que ela não é inteligente o suficiente para segurar um interrogatório feito por agentes bem preparados - disse finalmente o homem.

- Então, é preciso resgatá-la de lá - disse o motorista, dando partida no táxi.

- Não. Ela perdeu a utilidade para nós. O plano todo ruiu, desde que a Polícia Federal começou a investigar nossas atividades em São Paulo. Logo farejarão nossos contatos internacionais. É hora de pular fora - disse de cenho cerrado o homem grisalho, jogando o toco de cigarro pela janela, depois de consumi-lo em três longas baforadas - ela está na sala vinte e oito.

- Entendi - falou o motorista encostando o carro na primeira rua de pouco movimento que encontrou.

O taxista desceu do carro, abriu o porta-malas e retirou de lá uma valise. Voltou a entrar no veículo e abriu-a. Tirou dela um elegante blazer marrom e uma saia da mesma cor e tecido. Separou uns colares, anéis e pulseiras de prata e óculos escuros. Por último, separou uma pasta com papéis e um logotipo de uma empresa de advocacia estampado na capa. Então, retirou uma peruca de cabelos curtos que usava, soltando madeixas de tamanho médio, e um bigode postiço que lhe dava um ar masculino. Quando tirou o pesado casaco de couro que vestia, deixou ver através da blusa de malha o volume de dois belos seios. Despiu-se também da blusa de malha branca, fazendo pular os peitos durinhos. O homem aproximou os lábios deles e beijou-os com carinho. Ela afastou-o, sorrindo.

- Agora não, Lázaro. Teremos tempo. Passaremos umas férias em Paris ou Espanha, até a poeira baixar por aqui - disse ela também demonstrando carinho - Agora, deixe-me fazer o que é preciso.

A transformação foi impressionante. A rude figura do motorista de táxi transformou-se na bela madre superiora, uma coroa bonita e enxuta, aparentando ter alguns anos menos que ele. O ex-padre Lázaro a olhava com os olhos brilhando, aprovando a beleza e distinção da companheira. Ela beijou-o nos lábios, saiu do carro e caminhou em direção a uma avenida próxima, levando consigo a pasta cheia de papéis. Não demorou a conseguir um táxi, que passava naquele momento. Falou algo ao motorista e este fez o retorno, dirigindo-se de volta em direção ao prédio da Polícia Federal.

O ex-padre Lázaro acendeu outro cigarro, mas agora tragava com mais vagar. Não estava preocupado com a companheira, apesar de saber que sua missão seria perigosa. No entanto, confiava nas habilidades dela. Porém, estava frustrado com a descoberta pela polícia do seu esquema de venda de órgãos.

Tudo começara há alguns anos atrás, quando Santo e seu pai acabaram com o esquema de clonagem praticado pela médica Maria Bauer. As clones eram usadas como prostitutas de luxo para políticos e autoridades eclesiásticas, rendendo um bom dinheiro para a Ordem das Irmãs de Maria Madalena. Com o fechamento do convento e a aparente morte do ex-padre(*), a madre superiora o ressuscitou e viajaram juntos para o Vaticano. Tinham negócios importantes com o papa Bento XVI.

O primeiro clone que a médica produziu foi do próprio Lázaro, havia mais de vinte anos. Sua cópia, porém, tinha memória defeituosa. No entanto, como a cópia poderia ser usada em caso de emergência, se o ex-padre precisasse escapar da polícia, compraram-lhe uma casa, contrataram uma jovem empregada para tomar de conta dele e até um motorista para levá-lo onde quisesse. Para todo efeito, o sr. Manara era um homem doente que precisava de cuidados. A cópia sabia, no entanto, que um dia precisaria cuidar de uma "filha" da médica Maria Brown e tratá-la como se fosse sua própria filha. Este dia havia chegado para o velho clone, quando recebeu o comunicado de que Mirtes estava vindo de São Paulo passar uns tempos com ele.

O que o sr. Manara não sabia era que certa vez, depois de ressuscitado pela madre superiora(*), o ex-padre Lázaro perdeu por uns tempos a memória, a fala e a locomoção. Foi combinado com a governanta e o motorista que o patrão seria substituído pelo ex-padre, que tinha suas mesmas feições. O casal de empregados achou estranho, mas recebeu uma boa grana para cuidar de Lázaro, que era sempre acompanhado pela médica Maria Bauer.

A madre superiora desapareceu, depois de viajar para o Vaticano e o ex-padre não mais se lembrava dela. A médica, enquanto ele convalescia, assegurou-lhe de que era casado com ela, pois sempre foi apaixonada por ele. No entanto, a médica também tinha uma atração muito forte pelo motorista do clone Manara, o qual haviam enviado em uma viagem de férias por tempo indeterminado. O motorista era um negrão bonito e forte, que se apaixonara pela governanta e esta por ele. A médica, mesmo sabendo que o rapaz era apaixonado pela caseira, ameaçou-o de demissão, caso ele não a servisse em suas taras sexuais. Já havia descoberto a fórmula de rejuvenescimento do composto que a fazia depender de esperma masculino para recuperar a beleza. O rapaz, de pênis enorme, era um manancial de porra.

Aí, o ex-padre flagrou a médica e o negrão em pleno ato sexual. Enciumado e pensando que ela era realmente sua esposa, atirou no peito do jovem, matando-o. A caseira, que o amava, partiu armada de faca para cima do ex-padre, ferindo-o gravemente, quase conseguindo mata-lo. Iria denunciar o fato à polícia, inclusive dizendo que o casal eram foragidos da Lei, mas a médica fez um novo acordo: ela teria o namorado de volta, após alguns anos, quando o clone dele estivesse adulto. Para isso, teria apenas que voltar a cuidar do sr. Manara, que logo estaria de volta de viagem, e ajudar no rapto de meninos de rua, sem dizer que seus órgãos seriam usados para tráfico internacional, rendendo milhões em grana para a Ordem. A médica Maria Bauer também apresentou-a aos clones de si que já havia fabricado, convencendo a governanta de que teria o amado namorado de volta.

O ex-padre recuperou a memória e a saúde, procurou a madre superiora e juntos planejaram o esquema internacional de tráfico de órgãos. A médica iniciou novas pesquisas com o dinheiro que vinha desse comércio e criou novos clones, cada vez mais inteligentes e fisicamente perfeitos. Cumpriu o prometido à caseira, entregando-lhe uma cópia do namorado, só que bem mais novo. Iago acreditava ter passado um tempo em coma, como foi dito pela governanta, quando na realidade era um clone defeituoso, cuja memória não incluía sua infância. Fez também um clone quase perfeito de si mesma, que gozava de excelente saúde, a quem chamou de Mirtes e deixou sob os cuidados da madre superiora, em São Paulo. Planejava fazer com ela novo tipo de experiência: transplantar o cérebro da clone defeituosa que, além de necessitar de esperma era paraplégica, para o corpo sadio da "freira".

Então, o esquema foi descoberto em São Paulo. Pediram para a pobre governanta que ela raptasse as crianças estando vestida de freira, despistando, assim, a polícia que já investigava os desaparecimentos em Recife. O plano era simples: atrair a Polícia Federal através da chegada das freiras e depois matar todas, inclusive a governanta e Iago, para que não pudessem ser investigados posteriormente. O convento de São Paulo seria fechado. A polícia iria acreditar que a quadrilha estivesse desbaratada. Depois, o ex-padre e a Ordem das irmãs de Maria Madalena dariam um tempo, para continuar com o esquema de tráfico a partir de outra cidade.

Os pensamentos do senhor grisalho foram interrompidos pela chegada da sua companheira. Ela estava tranquila quando sentou no banco de trás, pedindo para ele assumir o volante.

- Está feito - disse ela demonstrando frieza - a polícia não poderá mais interrogar o clone de Maria Bauer.

- Ótimo. Mas ainda precisamos eliminar o negrão e a freira - disse o coroa sem saber que a governanta ainda estava viva - depois passaremos para os detalhes finais do nosso plano de desaparecer por uns tempos.

- E Manara, onde está agora? - perguntou a madre superiora ajeitando o cabelo, olhando-se por um espelhinho. Tinha o blazer sujo de sangue, apesar de ser uma mancha quase imperceptível.

- Assumi seu lugar lá no velho esconderijo e mandei-o para a residência do nosso aliado no esquema de tráfico. É para lá que devemos ir agora. Devemos jogar esse blazer em algum depósito de lixo, pois daqui vejo uma pequena mancha de sangue nele. Como foi lá, na PF?

- A contento - disse a mulher sem dar detalhes, tirando o blazer - vamos embora. Mas não para a casa do nosso sócio. Quero antes passar no hotel onde estou hospedada. Estou doida para tomar um banho.

*************************

O hotel, localizado em Boa Viagem, um dos bairros mais nobres do Recife, era luxuoso. Servia também para congressos e seminários internacionais e ela estava registrada com o nome de Eva Manara, turista italiana. Sabia falar impecavelmente o idioma e se dirigiu ao recepcionista em italiano, dizendo que estava esperando uma visita. Havia descido sozinha do táxi dirigido pelo ex-padre. Fingiu pagar e ele fez manobra, saindo do estacionamento. Ele usava um bigodão postiço e peruca de cabelos pretos, parecendo mesmo um taxista. Afastou-se dali, a procura de um lugar onde guardar o veículo. Logo chegou a um supermercado, onde estacionou entre tantos outros carros. Entrou no supermercado, procurou a seção de vestuário e escolheu a roupa mais elegante. Voltou ao carro, trocou-se e deixou as vestes anteriores na valise de onde a companheira havia tirado o blazer. Depois saiu do carro, deixando-o estacionado no mesmo local.

Chegando na portaria do hotel, perguntou por Eva Manara. Telefonaram avisando e imediatamente o autorizaram a subir, dizendo-lhe o número do quarto. A madre superiora o aguardava na suíte de porta aberta, dentro da suntuosa banheira, tomando vinho Quinta do Morgado Bourbon. Ofereceu-lhe uma taça, que ele aceitou de pronto. Lázaro tirou toda a roupa e perguntou onde estava seu líquido precioso. Ela mostrou-lhe um armário dentro da suíte. Ele foi até lá e abriu uma valise contendo várias ampolas do líquido esverdeado. Aplicou uma dose na própria perna. Não gritou de dor como Iago, pois já se acostumara à dose quase diária do composto. Quando voltou-se para a bela companheira, já estava de cacete duríssimo. Ela acenou para que ele viesse para a banheira.

A madre superiora preferia começar a relação sexual com coito anal. Adorava ter aquele enorme falo do amante dentro de si. Revirou-se na água e ficou de quatro. Ele entrou na banheira e apontou a cabeçorra para o ânus dela. A pica entrou fácil, já acostumada com aquele túnel. Ele a beijou na nuca, encaixando-se melhor. Ela começou a menear o corpo devagar, fazendo os movimentos de vai e vem, pressionando a bunda de encontro a ele. Não queriam gozar logo. Poderiam passar o dia inteiro copulando, sem que ele cansasse. No entanto, a mulher lembrou-se de Antônio, seu ex-amante. Como estariam ele e o filho Santo? Sabia que ambos faziam parte da equipe de investigação que os perseguia, mas sempre tecera simpatia pelo rapaz e mais ainda por seu ex-motorista. Fez sexo com o ex-padre pensando em Antônio. Aí, gozou antes do que esperava.

FIM DA DÉCIMA SEGUNDA PARTE

(*) Ver o episódio AS ASAS DO SANTO, na minha escrivaninha

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Comentários

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Obrigado, Lins. Você também publica? Fiquei curioso em ler algo teu...

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Mais uma vez venho lhe parabenizar pela narativa e o conteudo de seu conto

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