O Pecador- Capítulo 05

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 1784 palavras
Data: 07/10/2015 12:06:17
Última revisão: 17/10/2015 15:46:56

Gabriel Narrando.

Como eu havia falado anteriormente, eu sempre frequentei a igreja, desde que nasci. Toda a minha cultura e pensamentos, são baseados nos princípios bíblicos e por mais que ultimamente eu não goste muito de ir pra lá, tudo o que eu aprendi está ligado a esse meio.

Há algum tempo que eu venho escondendo algo até de mim mesmo. Um sentimento sujo, algo que Deus abomina. Eu descobri, tem alguns anos, que sinto atração por garotos e eu luto diariamente pra matar isso dentro de mim. É pecado. Já pensou se a minha familia descobre algo horrivel assim? Meu Deus, eles iriam me matar. Se o Gus ja não gosta de mim, como ele reagiria se soubesse disso? Não, não não e não. Definitivamente não. Eu não poderia nem sonhar em um dia me envolver com alguém. Isso seria uma catástofre. Meu pai que nunca foi de violência, com certeza nesse dia iria descontar todo esse tempo que não me bateu, de uma só vez. Até meus pensamentos são errados e quando me pego pensando em algo que não deveria, fico me punindo e me culpando mentalmente. Eu não poderia ser uma pessoa com práticas tão abomináveis assim. Isso era um pecado terrivel.

Olhar aquele cara em frente a minha escola, fez com que todos esses sentimentos viessem à tona de forma avassaladora. Foi algo tão forte que eu não conseguia nem sentir culpa. Eu estava hipnotisado. Ele é muito lindo. Tem mais ou menos a altura do Gustavo, é branco, os seus cabelos me chamaram muito a atenção, pois são daqueles lisos encaracolados, onde cada mecha era bem ondulada. Seu cabelo era volumoso e castanho claro. Seus olhos... Meu Deus, que olhos são aqueles? um verde claro que poderia ler a minha alma. Só de me olhar parecia que ele estava vendo dentro do meu ser. O contraste dos olhos com os cabelos ficava perfeito. Sua boca é rosada e um pouco brilhosa. É carnuda e bem convidativa. Ele era tão forte quanto o meu irmão, mas parece que nele o conjunto da obra era perfeito. Nada fora do lugar, tudo na medida. Tirando a bunda. A bunda não estava na medida. Que bumbum é esse Senhor? Apesar de eu nunca ter me imaginado comendo alguém, bunda sempre foi algo que me chamou atenção, da vontade de apertar, morder... AAHH... para de pensar nessas coisas Gabriel. Isso é pecado, isso é totalmente errado. Quando será que você vai aprender?

Ele não parava de olhar pra mim e eu ja estava ficando constrangido com aquele olhar tão penetrante. Mas claro que ele estava me olhando só por causa dos meus machucados, até parece que um cara másculo como aquele, lindo e provavelmente com a personalidade igual a do meu irmão irira estar me olhando com alguma segunda intenção.

- Qual foi mano? O que fizeram com você?- O gus perguntou sem muita vontade.

- Uns caras bateram nele na escola. Mas eu dei um jeito nos babacas.- O Max respondeu por mim, todo orgulhoso de si.

- Aff garoto e precisa dessa coisa toda de curativo? Deixa de drama. Isso não deve ter sido nada demais, você que é um fresco e nem pra se defender serve.- Abaixei a cabeça. ele tinha razão.

- Ô Gustavo cala essa boca, você não estava la pra saber o que aconteceu, mas não interessa mais. o importante é que ja passou.- falou o Max com a cara séria.

- Humm... enfim, esse aqui é o Ricardo que eu falei que iria pra nossa casa hoje. Ricardo, esses daqui são o Maxwell e o Gabriel.

- E aí cara beleza? - falou estendendo a mão para o Max.

- Tudo tranquilo.

- E você, como está? - perguntou agora estendendo a mão pra mim.

- O que você acha?- voltei a encara-lo.

- Oh, me desculpe. Perguntei sem pensar, força do hábito. Espero que você se recupere logo.- falou meio sem graça.

- Tudo bem. Prazer Gabriel- Falei finalmente pegando em sua mão. Nossa que aperto de mão forte. Percorreu uma corrente elétrica pelo meu corpo.

Entramos no carro e o Ricardo e o Gus foram na frente. Max e eu fomos no banco de trás e ele deitou minha cabeça em seu peito, me envolvendo com um braço. Ele olhava o caminho pela janela e o Gus prestava atenção no transito.

Eu olho pra frente, mais precisamente pro retrovisor e pego o Ricardo me encarando pelo mesmo. Acontece que ele não desvia o olhar, ele simplesmente continua me olhando e eu a ele. Parecia que nossos olhos não conseguiam se desgrudar, era mais forte do que eu. O carro parou e descemos, chegando em casa. Tomei um bom banho e desci para almoçar, meus pais não estavam em casa, Ainda bem pois não tava afim de dar muitas explicações. Chegando na cozinha o Gus e o Ric estão almoçando, o Max tinha ido tomar banho depois de mim e ainda não tinha descido. Começo a colocar a minha comida, e como ja disse sou bem desatrado. Eu estava com o prato em minha mão e uma concha em outra. Quando fui colocar o feijão, que estava quente, a concha escorregou um pouco da minha mão e sem querer, derrubei feijão quente no colo do Gus. ele se levantou de uma vez e quase que instantaneamente me deu um tapa tão forte no rosto que me fez cair no chão chorando e com a mão no rosto. Estava ardendo muito, fora que antes ja estava doendo. Olho pra cima e vejo o Ric indo com tudo pra cima do Gustavo.

- QUAL É CARA, PIROU? BATER NO GAROTO ASSIM DESSE JEITO POR CAUSA DE UM ACIDENTE?- Ele empurrou meu irmão contra a parede, o prendendo com o braço, e o Gus o empurra de volta se desvencilhando dele.

- VOCÊ NÃO VIU O QUE ESSE MERDINHA FEZ NÃO?- O Gus perguntou pra e ele e em seguida se virou pra mim- VOCÊ É BURRO, SEU IDIOTA? NÃO PRESTA ATENÇÃO NO QUE FAZ?- Eu só conseguia chorar, meu rosto doía muito. O Ricardo ajoelhou-se ao meu lado e pegou minha mão.

- Vem cá, levanta.-Ele me ajudou a levantar. Eu estava morrendo de vergonha, tanto pelo desastre, quanto por ter apanhado na frente de um estranho e pior ainda por ter chorado na frente dele. Eu saí correndo e subi as escadas. A essa altura a fome não importava mais. Cheguei no quarto, me joguei de bruços na cama e abafei um grito no travesseiro. O Max entra no quarto só de toalha e me olha com preocupação.

- O que aconteceu mano?- ele senta na cama e passa as mãos em minhas costas.

- O Gustavo... ele me bateu.- falei limpando as lagrimas. Sua feição mudou para raiva.

- Não é possível. Ele não ta vendo o estado em que você se encontra e mesmo assim te bate? Ele vai se ver comigo.- falou se levantando mas puxei seu braço e logo ele sentou-se de novo.

- Não, deixa pra la... e tambem, a culpa foi minha, eu que derramei feijão nele.

- Mas lógico que foi um acidente.

- Deixa isso pra la, por favor. Olha ele é mais forte que você, pode acabar sobrando pra você tambem. Lembra que você me disse que ele ia querer demonstrar ser o maioral aqui? Então, ele pode querer te machucar.- Falei tentando evitar uma briga maior ainda.

- Tá, tudo bem.- Ele bufou.

- E você não vai contar nada disso pros nossos pais.- Falei meio receoso.

- Ah não, aí eu ja não posso prometer.- Ele respondeu sério.

- Max por favor, eu não quero que eles se decepcionem mais ainda com os filhos. e também ja passou.- Falei tentando convencê-lo.

- É, mas quando foi eu que te bati o meu pai não teve pena de me punir- Falou passando a mão no rosto lembrando de algo.

- Mas tecnicamente não fui eu quem contei. Ele entrou e viu tudo... mas esperai ai, ele te bateu?-Perguntei surpreso pois meu pai não era de fazer isso.

- Sim, me deu um tapa que nunca mais vou esquecer- Falou com um sorriso amarelo.

- Nossa, nunca imaginei que nosso pai faria isso... então, por favor não fala nada ta bom?- Pedi pela ultima vez.

- Aah tudo bem vai, você venceu- Ufa. Ele se levantou e foi vestir uma cueca, ficando pelado na minha frente. Entre nós três era normal isso acontecer. Até nosso pai de vez enquando andava peladão pela casa, mas nunca senti atração física por nenhum dos três, graças a Deus. Já não bastava o que eu sentia por outros garotos... uma relação incestuosa seria o cúmulo. Ele voltou pra minha cama e deitou do meu lado, colocando minha cabeça em seu peito. A gente normalmente dormia todas as tardes, pra aguentar o pique de acordar cedo e bem disposto pra ir pra escola. Ele me fez cafuné e logo eu apaguei.

Max narrando

Eu estava deitado com o Gabe em meu peito. Desde que eu caí na real, desenvolvi um instinto protetor muito forte por ele. Eu aprendi a ama-lo do jeito que ele é e estava me sentindo muito bem podendo cuidar dele. Ele havia acabado de me dizer o que o Gus fez com ele e eu estava começando a entender o que o Gabriel sentia em relação a mim, porque eu estava começando a sentir o mesmo em relação ao Gustavo. Não demorou quase nada pra ele dormir. Claro, com o acúmulo de coisas que ele passou hoje, seu corpo deveria estar exausto. Saí de baixo dele com muito cuidado para não acordá-lo. Se ele pensou que eu ia deixar aquela atitude do Gustavo passar em branco, ele estava muito enganado. Eu iria resolver aquilo e seria imediatamente.

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Pessoal, sei que esse capítulo não aconteceu nada de muito interessante, mas todos os capítulos são fundamentais para o andamento da história. Existem capítulos que são de "ligação" entre um fato importante e outro e precisam acontecer para que a história tenha uma ordem tanto cronológica, quanto de organização de coisas que acontecem durante a trama. Terão capítulos onde os acontecimentos são intensos e outros nem tanto, porem são importantes da mesma forma. Eu pretendo postar um capítulo por dia, e ja estou escrevendo 3 capítulos a frente desse. Então caso eu não consiga entregar um por dia, é por que realmente não tive como. Espero que estejam gostando do conto e sejam pacientes pois a parte erótica, não vai demorar muito a chegar. Abraço a todos e obrigado pelos comentários, eles me incentivam cada dia mais.

P.s.: Meu nome não é Gabriel rsrsrs, Gabriel é o nome do personagem. Bjs.

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Comentários

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Esperando os próximos capítulos

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que fofo isso, não gosto do Gustavo e o Ricardo é perfeito mesmo

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Muito Seu Conto Como Sempre. . . Só esperava um conto um pouco maior. . . espero que poste logo outro!

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Poxa, coitado do Gabs, virou saco de pancada.

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Gus presente que o Gabriel é gay por agir assim,por isso ele é um ser deplorável.

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