Uma escola diferente - 1

Um conto erótico de Reporter 77
Categoria: Homossexual
Contém 1347 palavras
Data: 04/10/2015 23:59:09
Última revisão: 05/10/2015 00:04:04

Despertei sendo balançado por alguém, para ouvir aquele som alto de muitas pessoas falando juntas num ambiente fechado.

Eu me sentia fraco e com sono, mas curioso pelo que estava acontecendo. Aos poucos lembrei-me que estava descendo do ônibus retornando para minha casa da faculdade. Teria ocorrido algum acidente?

Muitas pessoas estavam num grande salão alto. Alguns se movimentavam pelo salão, outros estavam sentados em camas, alguns choravam, conversavam ou gritavam. Uma confusão generalizada.

Aos poucos minha força foi retornando e sentei-me na cama onde estava, uma cama de casal, arrumada com finos lençóis de seda brancos.

Um outro rapaz veio me perguntar de que cidade eu era. Comentou que havia contado vinte e seis camas de casal e que os rapazes eram de diferentes regiões e algumas bastante distantes entre si. Só havia homens jovens no local. Ele se chamava Pedro.

Pedro mostrou-me a nova tatuagem que eu tinha na perna. Um nome feminino cercado por um círculo vermelho e explicou que todos tinham a nova marca na perna e nas costas, mas com círculos de diferentes grupos de cores. O de Pedro era vermelho como o meu. As tatuagens ainda estavam doloridas.

Com o tempo o local se acalmou um pouco. Grupos de conversas se formaram e eu me juntei a um deles. Alguns garotos preferiram ficar em suas camas chorando, mas eu sabia que precisava juntar informações. Líderes começaram a se formar querendo organizar o local.

Com algumas tentativas de contagem confirmei que éramos cinquenta e dois rapazes. Com perguntas feitas dava para concluir que todos com dezoito ou dezenove anos, das mais diversas regiões do país e de diferentes etnias. Outro detalhe do perfil que me chamou a atenção é que todos são de baixa estatura e magros. Pela minha própria altura pude deduzir que todos tinham até um metro e sessenta ou pouco mais que isso. Todos haviam sido capturados no mesmo dia, numa terça-feira à noite.

O grande dormitório tinha um teto alto, difícil saber exatamente quanto, mas estimei uns quatro metros pelo menos. Não havia nenhuma janela. Eram perceptíveis saídas de ar condicionado, muitas câmeras protegidas por redomas de vidro ou plástico escuro e algumas caixas de som. Havia duas fileiras de camas com um largo corredor ao centro e uma porta metálica sem maçanetas em cada extremidade do quatro.

Um relógio analógico de tamanho grande estava no alto sobre uma das portas de saída. Marcava dez horas e quinze minutos, não se sabe da manhã ou noite, e já estávamos no local lá a quase quatro horas.

Alguns garotos já tinham forçado a porta sem sucesso e outros já falavam em jogar fogo no local. Mas, excetuando as roupas, todos os objetos tinham sido tirados de nós como chaves, celulares, relógios, carteiras, cigarros ou qualquer coisa do tipo. Percebi que até um chiclete que eu tinha no bolso havia desaparecido.

Do nada os alto-falantes começaram a falar e todos ficaram em silêncio:

--- Vocês devem tirar as suas roupas. A refeição será servida após todos estarem livres de seus trajes.

A frase foi repetida três vezes e depois silêncio total. A voz era masculina, boa dicção e totalmente fria e sem emoções. Ninguém se mexeu.

Mais uma hora se passou e eu realmente comecei a ficar com sede e com fome. Outros reclamavam da ausência de um banheiro. Algumas pessoas já falavam em obedecer a ordem e outros em executar uma greve de fome. Ninguém queria ser o primeiro a realizar a ação, até que um rapaz cedeu e foi o primeiro, tirou suas roupas, ficando apenas de cueca, insistindo para todos fazerem o mesmo.

Fiquei amigo de Pedro e outro rapaz chamado Augusto. Nós tínhamos círculos vermelhos e pudemos perceber que as cores eram: vermelho, azul, verde, roxo e laranja. Pedro trabalhava como técnico em enfermagem e Augusto cursava faculdade de engenharia. Eu fazia faculdade de direito.

Outros cederam e também ficaram apenas de cuecas e nós três também arriscamos e tiramos nossas roupas. A maioria já estava tirando e uns poucos ainda se recusavam, sob protesto dos demais. Muitos já começavam a tirar as cuecas também.

Eu não estava acostumado a ficar nu na frente de desconhecidos. Acreditava que meu pinto tinha um tamanho pequeno demais, mas olhando os outros percebi que não diferia muito do restante.

Já estávamos todos completamente pelados e os dois últimos vestidos ainda se negavam a ceder. As pessoas já estavam irritadas e eu comecei a temer o pior quando eles desistiram e tiraram suas roupas. Um dos rapazes estava reclamando demais e percebi que poderia ter problemas em breve.

Passaram alguns minutos com todos pelados e ansiosos para ver o que aconteceria, quando a voz pelo alto falante disse:

--- Coloquem todas as roupas no compartimento dois.

Num dos lados do dormitório um número acendeu em uma das paredes abriu um compartimento. Tanto a abertura do compartimento quanto o número eram imperceptíveis antes.

Ajudei no carregamento das roupas e pude dar uma olhada no compartimento. Caberia alguém de forma apertada, mas quem se arriscaria a tal ato. A ideia nem foi cogitada por ninguém.

Da mesma forma que abriu o compartimento fechou de forma automática. Foi mais alguns minutos de espera e a voz falou:

--- Podem pegar suas novas roupas no compartimento um.

O compartimento mencionado abriu e um garoto mais próximo levantou um plástico com uma roupa rosa.

Aos poucos os sacos com as roupas foram pegos e distribuídos. Tinham as cores rosa, amarelo e verde. Eu acabei ficando com um de cor rosa.

No interior do plástico existiam blusa, shorts curto, sutien, calcinha e um chinelo com um salto. Uma roupa completamente feminina.

A reclamação foi geral e muitos jogaram as roupas longes, outros vestiram apenas o shorts, mas a voz permaneceu calada.

A fome e a sede estavam aumentando e as pessoas percebendo que teriam que vestir as roupas. Eu estava apenas de shorts e resolvi vestir o traje completo. Coloquei a calcinha sob o shorts e o sutien com a blusa por cima. A blusa deixava aparecer a barriga.

A calcinha incomodava bastante. O pinto não se encaixava num ponto correto como em uma cueca. O sutien tinha um enchimento simulando pequenos seios que me deixou esquisito. Para encerrar era estranho para um rapaz vestir algo deixando a barriga a mostra, uma roupa típica de uma periguete.

Aos poucos e debaixo de muitas reclamações os rapazes vestiram o traje completo. Alguns tentaram enganar não colocando a calcinha ou o sutien, mas nada estava acontecendo e foram obrigados a colocar o traje adequado. Logo a voz falou:

--- Dirijam-se ao refeitório.

Uma das portas metálicas se abriu e um novo falatório surgiu. Todos estavam curiosos. Segui com os outros para atravessar a porta.

Após um corredor estreito de alguns metros chegamos a um refeitório com algumas fileiras de mesas e cadeiras. Sobre as mesas já estavam colocados copos, pratos e talheres de plástico com refeições prontas e várias pequenos galões de água estavam distribuídos nas mesas. No refeitório três novas portas metálicas estavam fechadas. Aquele lugar era muito grande, com um teto igualmente alto e ausência de janelas.

Com bastante fome sentei-me junto de meus novos amigos. Examinei a refeição. Não era nada farta, formado de uma salada de folhas, arroz, feijão e um filé de frango pequeno.

Todos estavam famintos e logo os pratos se encontraram vazios. Apenas a água estava farta e aproveitei para beber bastante.

Alguns rapazes que já tinham retornado ao quarto e comentaram que a outra porta havia aberto e existiam banheiros e chuveiros do outro lado.

Fui até o banheiro. Havia muitas cabines de reservado com privadas e uma longa fileira de chuveiros. Em uma placa grande estava escrito: “Garotas devem fazer as suas necessidades sentadas”.

Eu não tive dúvidas e obedeci a placa. Não enxerguei a mínima vantagem em tentar desobedecer. Eu estava sentado no vaso quando a voz falou por alto falantes que existiam também no banheiro:

--- Trinta minutos para a sua primeira aula.

A frase foi repetida três vezes. Não tinha como não surgir uma ansiedade sobre o que isso significava.

Continua...

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