Na Ordem do Caos 10

Um conto erótico de Hayel
Categoria: Homossexual
Contém 2933 palavras
Data: 26/10/2015 19:51:41
Última revisão: 27/10/2015 01:31:49

Na Ordem do Caos

Capítulo 10 - Princípio de Ordem.

===== Cidade Natal Casa da Mãe 21h06min =====

Naturalmente, estava todo acabado, preso por horas naquele veículo automóvel, mesmo sem sair do banco, enjoado, tonto, dor de cabeça horrível, o mundo girava, tudo isso acabava com qualquer um, só depois de chegar lembrei que estava com a chave do meu armário, e esqueci das minhas coisas lá, por um momento fiquei aflito, contudo, não conseguia mais ver importância nas minhas obras, poderiam ter qualquer fim, eu não me importaria mais. Também estava aliviado daquela viagem ter se finalizado. Aos poucos ia reconhecendo os lugares onde nasci e cresci, cada canto, rua e viela, suas ruas mal pavimentadas e de barro, suas árvores regionais em toda parte. Uma cidade pequena e simples, sem tanta modernidade, povo comum e humilde em sua maioria, uma cidade assolada pela violência e pobreza, fruto de uma má desigualdade social e descaso político/administrativo, mas de um povo forte e trabalhador. Era de noite quando cheguei, no horário específico, a cidade era praticamente deserta, pessoas do interior tinham o costume de dormir cedo, por isso fora um tanto agradável pra mim, lembranças vinham à tona, lembranças boas e ruins, mesmo eu sendo indiferente às pessoas da minha cidade, aquele era meu lar, talvez o único.

Quando avistei minha antiga casa, uma casa pequena e estreita, pintura desbotando, mas bem cuidada pela minha mãe, senti um frio dentro de mim, significava que optei por um passado distante, desisti de todo um futuro, coisa que não aceitava dias atrás, estaria eu sendo insensato? Todavia, já tinha chegado até ali, não podia hesitar, bati na porta da minha casa, minha mãe sabia da minha chegada, esperei até ela chegar.

— Entra – dizia aquela senhora com a voz marcada pelo tempo. — Me fazendo ficar acordada essas horas... – resmungava ela.

Não era uma tradição da minha família e de muitas outras menos favorecidas comemorarem o natal, alguns iam para festas outros ficavam em casa como qualquer dia, alguns poucos lugares estavam no clima de natal, o natal não chega aos pobres seja em presentes, imagem ou ceia, na minha família não chegava nem ao espírito. Era o mal da globalização da cultura, não falo do aspecto religioso da data, mas sim do comercial e intrinsecamente capitalismo/consumista.

Entrei com indiferença total a ela, com o tempo tinha criado imunidade a suas reclamações. Minha mãe, agora uma senhora idosa nos seus 76 anos, cabelos grisalhos soltos e bagunçados, digno de uma pessoa que trabalhou a vida inteira, enrugada, pele plácida com manchas solares de quem trabalhou a vida inteira sob o sol, com a presbifonia afetando sua voz, caquética em sua camisola branca de poliamida com estampas floridas. Eu a observava enquanto eu carregava as malas para dentro e ela fechava as portas, parecia já andar com certa dificuldade.

— O bom filho retorna. – sussurrava ela com sua voz fraca ao me olhar. — Fiz do seu quarto um depósito, se não quiser dormir nele, pode dormir aqui na sala. – avisava ela se sentando numa cadeira.

— Tudo bem. – disse eu me ajeitando com as malas que acabara de trazer.

Enquanto aquela senhora me encarava, minha mãe como exigisse explicações minhas do retorno, analisava-a, reparando em como ela estava mais velha desde que saí da minha cidade, minha mãe, uma pessoa anosa... Eu tinha pavor e nojo da velhice, eu tinha medo de envelhecer, imaginava que morreria cedo para nunca chegar a uma idade avançada, pelo menos era o que eu desejava. Apesar disso, minha mãe não era a pessoa que eu mais gostava no mundo, eu a odiei por bastante tempo, até me sentir indiferente, só que não era, eu sentia pena com os anos. Estar com ela novamente me deixara intrigado, porém não queria nenhum tipo de desavença com ela.

— Vai me contar por que voltou, garoto? – questionou a macóbria. — Desembucha.

— Problemas... – respondi olhando para baixo reflexivo.

— Era de se esperar. – resmungou ela se levantando com dificuldade. — Tu é um imã de problemas... – dizia ela ranzinza.

— Como sempre fui na vida de qualquer um... – cochichei a mim mesmo.

— Hã? Fala direito, menino! – minha mãe afetada já pela presbiacusia.

— Nada. – respondi esgotado.

Parecia que o tempo havia tornado-a mais rabugenta ainda, pior para mim, que não aguentava mais ela, por isso me mudei, contudo, minha mãe não era os piores dos meus problemas, talvez ela fosse a única que pudesse lidar e conviver comigo na face da terra, devia ser por ser minha mãe, era algum tipo de obrigação ou fado.

— Tá desistindo mesmo da sua faculdade e trabalho? – perguntava ela me julgando.

— Eu não sei... – iniciei cabisbaixo. — Talvez não, talvez eu continue. – respondia confuso, porque nem eu sabia.

— Nunca sabe de nada mesmo! – esbraveja ela. — irresponsável, huf! – resmungou brava.

— Mãe, não estou com cabeça pra suas reclamações – falava eu carregando as malas saindo da sala passando pelo corredor.

— Num foge de mim, Claus! – berrava ela — Tem que ouvir eu, que sou sua mãe. – ordenava ela como se tivesse algum tipo de controle sobre mim.

https://youtu.be/CF7YzjXVcZg

Foram os tempos que ela me controlava, tempo que me levava à psicólogos, psiquiatras, neurologistas, terapeutas em geral afim de me "curar", fui à tantos que me acostumei a eles, me interessei pela mente humana. Isso tudo só depois de ela desistir da religião, que era uma tortura pra mim, exagerava muitas vezes, acreditava que jogaram "macumba" em mim.

Enxerguei a antiga porta do meu quarto, lugar que vivi só e a maior parte do tempo, longe de tudo e todos, onde eu me sentia bem e mal, bem por estar solitário e longe daqueles que me davam medo, mal porque também estava solitário, perdia muito tempo da vida, talvez naquele instante meu antigo medo fazia ter algum sentido, era minha proteção pessoal. Encostei nos detalhes da madeira da minha porta buscando lembranças, mas logo abri. Avistei um quarto escuro e simples, cheio de caixas ao redor de uma cama só com o colchão, as coisas estavam empoeiradas, provavelmente teria insetos vivendo ali, em outro momento aquilo me incomodaria, mas não me importava tanto se ali tinha um lar. Eu já nem sabia mais de minha mãe que me seguia, nem ligava, queria me ajeitar, dormir e deixar o depois para depois. Coloquei minhas malas em um espaço vazio que sobrara naquela bagunça, realmente um quarto antigo, abandonado e caótico. Fiquei um bom tempo tocando nos móveis que sobrara no cômodo relembrando temores e amores, havia nostalgia nas pontas dos meus dedos, olhei para minha mala, fui até ela, vasculhei até encontrar minha pequena pelúcia, onde segurei firmemente. Por fim, sentei no colchão da minha antiga cama, não parecia tão confortável depois de tanto tempo. Desde que cheguei, foi o único momento que tive pra ficar sozinho e poder pensar no que houve comigo em relação a Maurício e Lourenço, especialmente olhando para aquela lembrança que trouxera, em dado momento pude pressentir minha mãe se aproximando, pela sombra que ela fazia que via pela porta aberta. Uma imagem de uma senhora caquética, com rosto pouco visível devido à escuridão com a luz amarela de fundo, talvez ela fosse nada obstante naquele momento. Mas apenas ficou parada na porta, então voltei a olhar triste para minha pelúcia.

— Não vai me contar mesmo que houve, Claus? – inquiriu ela desconfiada.

Pensei por alguns segundos, tentei me concentrar na pelúcia, olhei para caixas em minha frente, já havia mais nada a fazer, ninguém que pudesse me compreender, minha mãe seria a última cogitada para eu contar algo de minha vida, entretanto, tentava entender porquê me importava, nunca esperei mais nada daquela senhora.

— Aconteceu eu, mãe. – suspirei com um semblante depressivo ao olhá-la. — Eu não posso ter ninguém perto de mim, eu estrago tudo. – disse por último.

Em silêncio ela se pôs, mas logo adentrou o quarto e ligou a lâmpada no interruptor que havia ali, se aproximava diante de mim.

— Por que isso agora, Claus? – indagou ela nervosa. — Seja claro, assim num entendo.

— Você entende mãe. – sussurrei com a pelúcia entre as mãos. — Você entende mais que ninguém, talvez. – cochichava introspectivo. — Eu sinto que acabei com a vida das pessoas que amei, acabei por ser essa pessoa confusa e problemática. – revelava tristonho.

Ela se sentou no colchão vagarosamente, olhou para os lados enquanto parecia dizer algo.

— Ah, Claus, já disse pra procurar Deus – disse ela de forma convencional.

— Haha, mais do que você já me levou à igrejas para tirar o demônio de mim, tô ótimo dos planos de deus – disse sarcasticamente rindo.

— Por isso tá desse jeito. – comentou ela indelicadamente. — Jesus renova vidas, filho. – dizia ela como se fosse uma grande sabedoria. — Mas num é isso que tu quer ouvir... – falou ela com ar compreensivo.

Não sei se foi impressão minha, ou ela estava mesmo tentando me compreender, foi inesperado. Ela olhava pra mim e para o alto, chegou a pôr a mão nas minhas costas, não era tão ruim como foi anos passados.

— Sabe mãe, eu tô tão perdido... – iniciava de sobressalto. — Minha vida parecia estar nos trilhos na cidade e de repente tudo desaba em mim. – comentava olhando para frente, meu reflexo turvo em uma parede de azulejos pretos. — Tudo o que faço parece ter consequências ruins, como se houvesse uma sina destrutiva em torno de mim... Às vezes penso se eu não existisse, tudo seria melhor para todos. Para os amigos que tive, para família, para você... Nunca nos demos bem por eu ser um estranho nessa cidade, com comportamentos inesperados e antissociais, você tentava me curar, brigávamos muito. Mas eu não a culpo mais por eu ser quem eu sou... – dizia pausadamente. — A vida seria menos dura se eu não existisse. – conclui.

— Antes de você nascer, eu já trabalhava muito – disse ela com uma voz sofrida pela idade. – eu já passava dificuldades com seus irmãos nessa vida, só depois de você nascer que melhoramos um pouco nossa condição. – já falava ela com um pouco de dificuldade. — Seu pai bebia muito e você sabe como era nossa vida. – comentava ela olhando para o alto. — A vida já era dura antes de você, Claus. – disse ela suspirando.

Algo se passava, meus pensamentos não eram como os de antes, eu pensava algo e em pouco tempo acreditava no contrário, porque havia coisas que eu sempre soube, no entanto, eu sequer lembrava ou reconhecia. Minha mãe estava certa, eu não devia ser a causa de todos os males.

— Eu sei, mãe. Eu sei. – murmurei pensativo. — Sinto falta de tanta gente, por medo fugi delas, sempre quis acreditar que era por me importar com elas, mas era apenas egoísmo meu. – dizia colocando minhas pernas envolto dos meus braços na cama. — Eu me sinto tão vazio, sem nada em mim, perto dos outros tive receio de me achar apropriado de estar com eles. – confessava olhando para meu reflexo escuro.

Repentinamente ela saiu da cama devagar em passos trôpegos, parecia se direcionar para uma caixa, onde se curvou com dificuldade para abrí-la, eu apenas a observava. Vasculhava procurando algo, depois de dois minutos procurando, finalmente achou. Tinha um álbum de fotos antigo em suas mãos, com o qual voltou e sentou no meu lado novamente. Abriu aquele álbum antigo onde capa dura parecia desbotar em páginas plásticas. Ela passava páginas lentamente, até chegar em uma.

— Oia, esse é tu com cinco anos. – dizia ela apontando para uma foto minha. – Tu tava na casa da sua tia e encontrou esse esqueleto que tá segurando. – descreveu ela pensativa.

Era uma maquete de esqueleto, acho que de isopor, quase do mesmo tamanho que tinha na época, eu o segurava alegremente.

— Tu tava feliz e sorridente com esqueleto quando sua tia tirou uma foto. – disse ela reflexiva. — Achei muito estranho tu alegre com um negócio desses nesse dia – confessou ela.

Eu não achava estranho uma criança estar entusiasmada com um esqueleto, uma criança poderia ver muitas coisas como brinquedos, alguns adultos mais supersticiosos talvez achassem.

— Essa é tua na banheira esperneando por não querer tomar banho. – dizia ela com tanta naturalidade. — Te dei uma pisa além do banho esse dia – contava ela. — E com 4 anos, você já falava que não queria viver, falava como a vida aqui é ruim, nem parecia meu filho.

Por um momento ela respirou fundo e voltou a folhear o álbum. Eu só tentava relembrar de todas essas fotos, mas por mais que eu tentasse, eu não tinha lembrança alguma dessa época.

— Essa é uma de toda família no casamento do seu irmão, nessa época tu não tinha medo de tirar fotos. – comentava ela. — Nesse dia você era o mais animado para tirar essa foto, fazia piadas com passarinho.

Por um momento ela sorriu, ela ainda estava com dentes em uma certa condição, era divertido ver todas aquelas fotos.

— E essa aqui? – Indaguei indicando uma em que eu estava dentuço com meus dois dentes de leite que nem a Mônica quando muito novo com uma bola.

— Ah, essa é primeira foto que tenho sua – murmurou ela nostálgica. — Tu ainda era um bebê, te arrumei bem com seu macaquinho. – comentava ela tocando na foto com o dedo enrugado. — Acho que foi o primeiro sorriso feliz que você teve.

Eu não me lembrava mesmo, eu não me via naquela foto, eu nunca lembrei de estar tão feliz, aquele sorriso era enigmático pra mim. Quando criança, até pra mim, as coisas eram mais simples, a felicidade era pura e inocente.

— Mas o que você quer dizer com tudo isso, mãe? – perguntei curioso, pois não entendia nada.

— Desde pequeno tu se mostrava diferente dos outros, dos seus irmãos, dos nossos vizinhos. Tu era único. – dizia ela me olhando com aqueles olhos sofridos se levantando. — Mesmo sendo problemático, tinha muito talento e era muito inteligente, lembro quando matou um pintinho do quintal da sua tia de tanto abraçar, ele morreu. – contava com um sorriso. — Chorou muito pelo pintinho morto, tivemos que fazer um enterro pra ele, depois disso tu veio com a frescura de não querer mais comer carne. – dizia ela guardando o álbum na caixa.

— Acho que me lembro disso... — arfei olhando ela. — Sinto culpa até hoje por causa do pintinho. – cochichei. — Brigamos muito depois por eu querer ser vegetariano. – disse por final.

— Sim, aquilo era absurdo pra mim. Não podia ficar fazendo teus caprichos e tu era um menino muito teimoso, sempre fiel ao que pensava. Passou fome muitas vezes, até eu num aguentar mais. – comentava ela com dificuldade — E quanto tu apareceu com aqueles toc-tó- tóques... Tu piorou ainda mais, eu já estava quase desistindo.

— TOC, mãe.. – corrigia rindo um pouco.

— Isso. – afirmou ela.

Ele se aproximava vagarosamente diante de mim, parecia tentar se curvar ao passo que eu estava sentado na cama, olhou-me profundamente.

— Claus, tu sufucou o pintinho de tanto amor. – afirmou ela diretamente, me deixando estático. — Como pode ser vazio se tu tem tantos sentimenros aqui? – disse ela tocando no meu peito.

De repente as coisas estavam mais claras pra mim, eu não conseguia falar nada, só pensar, não se tratava dos problemas de Maurício, de Lourenço ou de qualquer outro amigo ou familiar, a questão de tudo deveria e era só sobre mim e exclusivamente sobre mim pela primeira vez. Priorizava meus pensamentos sempre sobre os outros, nunca só em mim. Cada experiência ruim que tive, cada laço, cada afeto que eu acreditara destruir se descontituía. Tentava por tanto medo e receio acreditar e esconder sentimentos inutilmente, que me faziam sentir um ser de confusão problemático, porém ainda estavam todos lá, não da mesma forma, mas estavam. Talvez tudo não fosse tão complicado como eu fizera ser. E novamente tomei uma decisão sem questionamentos e insegurança, mas desta vez era para valer.

— Obrigado mãe. – Agradeci sinceramente sorrindo enquanto ela se dirigia à porta.

Pela primeira vez, lembrei que a agradecia a ela sinceramente por algo que ela fizera por mim, eu com certeza era um grande ingrato.

— De nada, Claus. – sussurrou ela com sua voz velha. — Já tá tarde, tenho que ir dormir. – avisou ela.

— Eu também vou dormir cedo. – disse enquanto a via de costas. — Vou viajar de manhã cedo. – avisei me recompondo na cama.

— Então boa noite, Claus. – disse ela lá fora segurando a porta..

— Boa noite, mãe. — disse por fim.

Ela ficou um tempo parada na porta como se houvesse algo faltando ali.

— Ah, Claus – iniciou ela. – Muito obrigada pelo dinheiro que me manda todo mês, me ajuda muito com os remédios. – dizia ela fechando a porta.

— De nada, mãe. – eu sorri.

Deitei-me no colção sem nenhum lençol, era frio e seco, tudo ao meu redor era uma bagunça empoeirada, um caos completo imerso na escuridão, sem simetria, sem ordem, algo desesperador. Mas ao olhar a pelúcia que eu lentava ao alto e perceber que eu estava no meio de tudo aquilo, mesmo que não seja um meio exato, eu tinha uma percepção de estar no centro, nem tudo era tão caótico, ou melhor era caótico e fazia sentido, era um caos que me acolhia, o que demonstrava que eu só eu poderia estar entre ele. Nunca me senti tão imenso, tão cheio de vida. Assim adormeci com a pelúcia em minha mão, dormi tendo certeza que novas decisões viriam, que tudo recomeçaria no outro dia.

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Passado o temível ENEM, voltei! Aliás, convenhamos o ENEM foi bem divertido, a prova, os atrasados, piadas, repercussão em geral... eu adorei, principalmente o tema da redação. Agora sobre minha história, ela é muito especial pra mim, talvez, e está chegando no final, só mais dois ou três capítulos, alguns podem ficar pequeno, é como eu divido a história, só avisando pra vocês que acompanham.

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Comentários

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O inicio do conto me fez lembrar muito a peste da minha vida "Em busca do tempo perdido", eu nunca consegui passar do capitulo um desse livro, e olha que eu já tentei varias vezes lê-lo, é uma missão na minha vida rsrs...

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Que bom que tu curtiu o Enem! E que pena que o conto vai acabar logo, gosto bastante do sentimento agridoce que ele traz. :-)

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