Melodia, Maluquice e Mágica - Capítulo 35

Um conto erótico de ©@M£;)
Categoria: Homossexual
Contém 1550 palavras
Data: 22/09/2015 00:25:56
Última revisão: 22/09/2015 00:27:50

Capítulo 35

Verdades cruéis

Eu me sentia decepcionado. Traído. Me sentia completamente morto. Eu tentei pensar que fosse outra pessoa. Tentei esconder aquela idéia de mim mesmo, mas no final das contas, a verdade me castigou.

- Renn! - Josh estava desesperado, segurando minha mão - por favor, me diz, quem é esse cara!

Eu disse. Mas as palavras saíram amargas e ácidas de minha boca, me dando vontade de vomitar.

- Meu... P-pai...

O homem com a máscara do tigrão explodiu-se em gargalhadas. Parecia que ele estava presenciando a mais cômica das cenas existentes no mundo. Em um gesto rápido, arrancou a máscara do rosto e começou a crescer e ganhar corpo.

- Ele usou magia para mudar a própria aparência - disse Erick, olhando da mesma maneira morta.

- Não pode ser... - Josh estava tão confuso que me senti mal por ele. Não era sua culpa - seu pai... - ele me encarou, com lágrimas nos olhos - mas porquê, Renn?

Minhas forças, coragem e equilíbrio se foram. Eu comecei a soluçar desesperado. Era muita coisa. Senti Josh me abraçar. Mas aquele desespero não passava. Sentia como se eu estivesse enlouquecendo - e talvez estivesse mesmo.

- Ai! - Josh gritou. Ele me largou do nada e foi lançado para trás. Meu sangue esfriou mais ainda. Sentia que iria congelar. Emperrar ali mesmo e virar uma estátua. Quando olhei para trás fiquei mais sem chão do que nunca. Josh estava jogado no chão, sangrando. Uma fumaça saía dele.

- Joshie... - minhas palavras quase não saíram. Eu... O Josh. Não! Ele não! Não podia ser. A única coisa que eu queria era protegê-lo. Em nenhum momento ele teve culpa, mas agora... - ele parecia ter morrido.

Meu coração palpitou. Era aquela mesma dor. A dor de quando perdi a mamãe. Aquela sensação que perdi algo único de valor inestimado que nunca mais voltaria. Como se uma taça houvesse se quebrado, estilhaçando-se no chão.

- AHAHAHA!! - ele riu como se houvesse matado um monstro num jogo - olha só como ele agoniza!

" Vovó " me lembrei da conversa que tive com minha avó durante o tempo que passei com ela " eu não consigo me livrar desse sentimento... E se o papai realmente... "

" Eu já deixei claro que ele é o responsável por tudo, Rennwick. Você está sendo teimoso! "

" Se ele tiver feito isso... Não vai ter outro jeito... "

" Infelizmente não, Meu bem " ela me olhou, triste. Eu sabia que ela não gostava do meu pai. No diário contava que de encarnação em encarnação minha ele buscava minha mãe e a estuprava para que eu nascesse.

" Eu vou odiá-lo... E vou.. "

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- Matá-lo - abri a boca, guiado pelo ódio - vou matá-lo com minhas próprias mãos... Vou te fazer pagar por cada vez que fez isso a ele e a Mamãe... SEU VERME IMUNDO!! - agora ele não gargalhava mais. Ele me encarava seriamente, avaliando minha expressão.

- Você nunca matou ao mínimo um lagarto e acha que pode me... - uma coisa passou muito rápido na maçã do seu rosto. Uma lança. Minha lança.

" Telleporto " disse em pensamentos; eu apareci no lugar da lança e golpeei seu maxilar. Ele caiu da varanda no salão, quebrando o piso de madeira.

- Renn!! - Rodney entrou no salão acompanhado de Winnie. Ambos estavam assustados. Não era pra menos. Eu estava flutuando - pera. O que tá rolando aqui?

- Winnie, Rodney e Erick - disse sério, meu cabelo cobria um olho Meu - tirem o Josh daqui... ele não tem que... ver isso.

Rodney e Erick apoiaram Josh e começaram a carregá-lo pra fora. Porém ele acordou e eu praticamente voei em cima dele.

- Renn... o que... tá acontecendo... ?

- É uma longa história - falei, limpando minhas lágrimas que estavam dificultando minha visão - depois eu conto.

- Não vá... - dessa vez ele chorou - é perigoso. Aquele mascarado... ele... está lá.

- Eu vou dar um jeito nele.

- Não, por favor. Não quero perdê-lo mais uma vez - ele falou, rouco - você é meu símbolo da sorte lembra? O que eu farei se você se for?

- Você vai seguir em frente - eu o beijei. Eu o amo demais. Não posso deixar ele morrer. Se ele morrer eu não me perdoaria - você me salvou de ser um garoto cinza... Eu te amo do fundo do meu coração - eu já falava soluçando - por isso sobreviva. Não ouse morrer. Enquanto viver, lembre-se de mim!

- Renn!! REEENNN!! - ele tentou se soltar, mas Erick e Rodney o arrastaram para fora.

Os escombros de madeira voaram pelos ares. Golpeei alguns que caíram em minha direção.

- Rennwick... Você está tratando seu querido papai assim? - ele me olhou com aquele olhar de demônio traiçoeiro.

- Você não é o Meu "papai", você é um monstro - disse, sentindo mais raiva a cada instante - MONSTRO!!

- Sinto tesão quando você fala " Papai " - disse sem se importar com o que falei - vou dar um jeito de te controlar e faremos a festa juntos, depois.

- Não vai haver um depois pra você - disse empunhando a lança.

-Vejo que não foi apenas passear na casa daquela velha irritante - disse, olhando feio. Sua bochecha escorria sangue. Por mais que ele estivese louco, psicótico e sádico, consegui ver o pai que tanto amo dentro dele.

" Como vou fazer isso? " me perguntei. Minhas mãos começaram a tremer. Não sabia o que fazer. "ele fez tudo isso. Eu deveria culpa-lo mas não consigo... O que eu faço? O que eu faço?! "

Minha mente deu um solavanco. Me lembrei de quando ainda não namorava com o Josh. No dia que fomos ao cinema. Quando já estávamos voltando lembro que ele me perguntou algo:

" - Ei, Renn.

- Hm? - eu estava tão drogado com seu cheiro que nem conseguia pensqualidades. corretamente.

- Qual o seu maior medo?

- Quê? - eu estranhei a pergunta.

- O seu maior medo. Qual é? - ele riu - tá com tanto sono que nem presta mais atenção em nada.

- Nunca pensei sobre isso - falei, encarando o céu. Me senti confuso - acho que... fazer uma escolha difícil que ponha em questão pessoas queridas - foi coerente pra mim - é, é isso.

- Ah, qual é. Você sabe escolher bem. Isso é uma das suas boas qualidades. - ele respirou fundo - Você sempre decide fazer isso certo. Gosto disso em você.

Corei. Eu não esperava ouvir aquilo.

- Ah... Obrigado. Você é sincero. Também gosto muito disso em você.

- Sério? É que mamãe diz que é feio mentir.

- Que garotinho da mamãe obediente! - zoei.

- Aaah, Reenn!! - ele brigou, gargalhando.

A escolha certa... Escolha certa... " isso martelou em minha mente. Qual a melhor escolha a se tomar?

- Pai - falei, encarando-o diretamente. Ergui a lança prateada - vou matá-lo. Para que finalmente o senhor encontre a paz.

Ele me encarou, duvidoso. Aumentei a determinação do meu olhar. Sua expressão tornou-se cruel. Como quando ficava furioso por eu ter lhe feito algo muito ruim.

- Se é assim... - ele apontou para o chão perto da porta. Uma planta estranha e negra começou a nascer em volta das saídas - já que eu não posso ter você, ninguém mais terá.

Ele estava nos prendendo ali.

- Renn!! - ouvi me chamarem da porta. Winnie e Rodney me encararam com determinação - Acaba com ele, Renn!

- Você é incrível. Sempre vou acreditar em Você! - Winnie disse.

- Você vai fazer o certo, Renn! Acreditamos em Você. O Josh tam... - as videiras negras travaram o meu acesso a eles. Suas vozes tornaram-se sons abafados e longínquos.

- Eles acreditam em mim... - o olhos de gato me encarou como se eu fosse um pedaço de carne. Eu sei que deveria me preocupar com isso mas minha mente raciocinou o seguinte; Como Rodney e Winnie sabiam o que estava havendo ali?

- Vamos ver só - um revólver surgiu na mão dele. Travei uma posição de ataque - então, Rennwick? Vai lutar ou só chorar encolhido num canto como sempre faz?

- Eu não sou o mesmo de sempre, seu IDIOTA!! - gritei, pulando usando a minha magia para fazer o pulo ganhar mais altura.

- Descobriu que é um bruxo? Aprendeu a usar seus poderes? Grande coisa. Você cresceu com seu poder sendo adormecido. Não há como você me vencer, Rennwick. Do que adianta alguns dias ou meses de prática se eu tenho milênios de experiência?!

- Então você adimite? Adimite que é o Olhos-de -gato e que sempre foi o responsável pela morte do Josh? Em todas as encarnações que eu já tive. Você o matou todas as vezes?!

- Lógico que fui eu, seu tolo patético! - ele riu com desprezo - porque VOCÊ ENTENDERIA O MEU AMOR?! VOCÊ É BURRO DEMAIS PRA ISSO! - ele me encarou de forma sádica novamente - por isso é tão bom violá-lo após seu amadinho morrer. Você é inocente demais.

Eu comecei a chorar ao ouvir aquilo.

- É por natureza fraco. Sempre vai ser - ele ergueu o revolver - a única diferença é que dessa vez não vamos brincar na cama. Porque Você estragou tudo dando uma de Sherlock.

Então essa era a verdade. Eu era o filho de um bruxo. Meu pai era muito mais velho do que aparentava. E era completamente psicopata. Minha avó me disse isso. Com o passar dos tempos, as pessoas reencarnam. Assim acontecia com minha Mãe que ao reencarnar, era caçada pelo meu pai, que a obrigava a relacionar-se com ele para me ter. Assim que eu nascia, ele matava a mamãe. E sempre aparecia uma versão do Josh em minha vida. Ele sempre matava o Josh daquela encarnação e eu morria por depressão. Isso tornou-se um círculo vicioso para ele.

a continuação já foi postada ;U;

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Comentários

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Muito bom esse conto...comecei a ler ontem, mas infelizmente alguns capitulos nao abrem...11 ,12,13 é frustrante....tem outro local q vc poste esse conto ??? Quero ler... :( abraços...

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