O Magnata - Capítulo 2

Um conto erótico de M & N
Categoria: Homossexual
Contém 1066 palavras
Data: 21/09/2015 08:22:39

O alarme toca as 8hrs, então tenho tempo para me arrumar. Separo um terno, que graças a Nilda, nossa empregada, que eu dispensei por enquanto. Tomo um café da manha reforçado, pois sinto que essa reunião vai demorar.

Antes das 10hrs já estou arrumado em frente ao meu prédio, após poucos minutos sr. Alvarez chega e para minha surpresa a Fernanda está com ele, ela é namorada da minha irmã, viúva agora.

Fernanda que é uma mulher linda está tão abatida. Parece ter perdido peso, seus olhos estão vermelhos e marcados por profundas olheiras. Sua roupa também é formal, um vestido preto, sapatos de salto preto. Seu longo cabelo castanho, está agora em coque despojado. Me pergunto como eu me pareço para ela.

Entro no banco de trás do carro e Fernanda me dá um abraço forte.

- Miguel.

- Fernanda.

Comprimento o senhor Alvarez e prosseguimos para o hotel em silêncio. Chegamos rápido, e logo nós somos dirigidos a sala de reuniões 45, que fica no sétimo andar.

A sala tem o piso e as paredes brancas, em contraste com a mesa preta longa com seis cadeiras de cada lado. As janelas são enormes e nos dão uma visão panorâmica da cidade, em outra ocasião eu as contemplaria. Em uma das paredes, está o projetor e em outra o painel.

Nos sentamos e sr. Alvarez fala que temos que esperar mais uma pessoa. Não faço questão de perguntar, pois tenho quase certeza de quem é.

Éramos três, as pessoas importantes na vida da Clara, eu, a Fernanda e o Nicolay, chefe e melhor amigo dela. Esse amigo, tinha estudado os dois primeiros anos de administração com ela e após ele sair da faculdade eles perderam contato. Logo após meus pais morrerem ele entrou em contato com ela. Ele tinha aberto uma empresa de tecnologia de segurança, entre outras coisas e queria que ela fosse trabalhar com ele, como seu braço direito. Minha irmã aceitou a proposta e desde então ela trabalhou impecavelmente junto dele. Hoje sua empresa é conhecida mundialmente e ano passado foi eleito pela Forbes Brasil como o o jovem CEO com a empresa mais rentável do século.

Eu já o vi algumas vezes quando era mais novo, mas não me lembro muito bem. Ele não sai muito na imprensa, parece ser extremamente reservado.

Após alguns estantes esperando a porta se abre e lá está ele, não é da mesma forma que eu lembro. Veste um belo terno preto, gravata preta e sapato preto. O cabelo castanho está levemente bagunçado de uma forma charmosa. E o seu rosto, realmente não lembrava do seu rosto. Suas sobrancelhas grossas, seus lábios são pequenos com a parte de cima protuberante e o rosto é um pouco quadrangular e tem uma leve barba pra fazer. E tem seus olhos, são do verde mais vívido que eu já vi.

Ele cumprimenta todos educadamente e logo sr. Alverez, toma a frente e começa.

- Senhora e senhores, todos sabem para que viemos aqui. Mas, antes de darmos prosseguimento ao vídeo. Tenho uma carta para cada um de você, que eu quero que leiam a sós. - disse ele se sentando ao meu lado.

Deu uma carta para cada um de nós e deu play no vídeo.

Logo apareceu a Clara no painel, ela estava em seu escritório, lá em casa. Estava enquadrada de uma forma que só víamos do tronco para cima. Como sempre, maquiada e vestia uma camisa rosa claro. Seu cabelo estava no ombro, bem liso. Estranho, esse corte é novo.

- Bom... - diz a Clara do painel . - eu não sei bem como começar isso, então eu vou apenas falar. Quero fazer um pedido a cada um de vocês. Fernanda, eu quero que você siga em frente. Não quero que fique presa a mim, quero que seja feliz e que quero que saiba que independente de qual quer coisa, você me fez feliz, a pessoa mais feliz de todas. Então, eu te dou a minha benção. Viva, se apaixone, siga os seus sonhos. - A Clara do painel da sua sorriso e eu olho pra Fernanda, que está aos prantos.

- Agora, sr. Albuquerque. - Clara dá um sorriso maroto e eu olho para o Nikolay, que está sorrindo docemente e então olha pra mim, logo desvio o olhar. - Nico, tenho um favor, ou melhor uma missão. Eu tenho um tesouro e quero que você cuide dele pra mim. Tenho confiança em dizer que meu irmãozinho está tão seguro com você, como estaria comigo.

O que? Ele quer que eu fique com aquele cara? Por que? Nunca, nunca, nunca.

- Miguel. - olho para aquela tela e sinto meus olhos ardendo de novo. Dessa vez não tem como segurar. - Me perdoe. Eu disse que nunca ia te deixar sozinho e falhei. Você tem que morar com o Nicolay, mas não é por um capricho. Todo o nosso dinheiro está vinculado na herança da nossa família, sendo assim por conta de uma regra idiota do nosso avó, você só poderá administrar o dinheiro com 21 anos. Por isso, quero que você fique com o Nikolay, para que não precisa abandonar o seu sonho de ser um grande artista. Saiba que eu tenho orgulho de você e sei que você será um grande homem. Eu te amo. - com um sorriso no rosto de Clara, o vídeo se encerra.

Sem conseguir conter minhas lágrimas, eu me levanto e logo recebo um abraço de Fernanda. Ela segura meu rosto entre as mãos e me olho nos olhos.

- Você pode ficar comigo, você sabe não é?

Eu sei que ela ficaria, mas eu não posso atrapalhar a sua vida. Ela precisa seguir em frente, como Clara lhe disse. E eu seria um lembrete diário do que aconteceu, não posso fazer isso com ela.

- Eu sei, mas a Clara pediu. - isso é o máximo que eu posso articular.

Ela me solta e eu siga para falar com o sr. Alvarez.

- O senhor sabia disso?

- Sim, esse é o meu trabalho. Você entende que eu não poderia falar nada, não é?

Posso até entender, mas me sento um pouco traído. Não sabia de regras de herança e agora essa de morar com o Nikolay.

- Entendo.

- Resolverei tudo rapidamente, Miguel.

- Obrigado.

Me viro para sair, e sou bloqueado.

- Sr. Castelli. - diz, sua voz soa rouca, de uma maneira quase sexy.

Aperta minha mão firmemente e eu retribuo seu aperto com igual intensidade.

- Sr. Albuquerque. - respondo.

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Comentários

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Parece que eu vou chorar bastante lendo este conto heim?

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olha muito bom

grandes amores, vem sempre de grades eventos.

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Na espera do próximo capitulo. Ótimo conto!

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