Louco amor - metido a machão pegador 15

Um conto erótico de lipe
Categoria: Homossexual
Contém 2248 palavras
Data: 18/09/2015 20:15:14

LOUCO AMOR – metido a machão pegador 15

Anteriormente:

Eu e Teresa pegamos um taxi, fomos o caminho todo em silencio, um tchau seco marcou nossa despedida, entrei em casa, estava na total penumbra, o relógio na parede marcava 2:34, subi para o meu quarto, tomei um banho na água gelada mesmo, vesti uma roupa mais folgada e fui dormir, ao menos tentei né, mesmo não querendo mais pensar em nada, vez ou outra era bombardeado pela minha mente por inúmeros pensamentos, sem dúvidas aquela era a fase mais complicada de minha vida. Me levantei as 5h depois de tirar um cochilo de no máximo 1 hora, o que eu iria fazer tinha que ser logo, tomei café da manhã e fiquei olhando os ponteiros do relógio se mover devagar, era 6h20 agora e eu não podia mais esperar...

Continuação:

A passos largos e urgentes segui em direção a porta mas antes que a abrisse me detive, era minha consciência gritando novamente comigo.

– Meu Deus, o que eu vou fazer? – perguntei pra mim mesmo sem obter resposta – Ok! – exclamei por fim dando passos hesitantes para trás até esbarrar no sofá, me sentei devagar, coloquei a cabeça entre as pernas, fechei os olhos e pensei:

Será que vale a pena o que vou fazer agora? abrir mão da pessoa que eu mais amo na vida para o bem de praticamente todos a minha volta? Minha amiga, meu amigo.

Ela está gravida Lucas, a família dela é conservadora, ela precisa dele, você não tem o direito de chegar depois, muito depois e destruir tudo isso, tudo a volta, foi você que deixou se levar, se apaixonou por alguém que não devia, nunca devia, agora tem que aguentar – minha própria mente me julgava.

Havia muitos contras e poucos prós.

Me levantei do sofá e dessa vez mais decidido, abri a porta e saí, cheguei próximo ao portão da casa do Fagner e toquei o interfone, foi seu padrasto que atendeu e prontamente me deixou entrar.

– Acho que ele ainda está dormindo, sobe lá – falou ele exibindo um sorriso.

– Obrigado – falei e fui em direção à escada quando ele me chamou.

– E ah Lucas, fiquei sabendo sobre incidente de ontem, seu amigo e você está bem?

– Sim, graças a Deus – falei voltando a subir.

Do começo do corredor já deu pra avistar que a porta do seu quarto estava aberta, provavelmente já estava acordado mas quando cheguei na frente constatei que dormia, entrei de leve pra não acorda-lo, cheguei próximo a cama onde estava enrolado com o cobertor, só sua cabeça estava a mostra. Levei minha mão para acorda-lo mas hesitei, tentei novamente mas novamente hesitei, não queria acorda-lo e ainda estava bastante nervoso então peguei a cadeira da mesa de seu computador, me sentei e fiquei olhando-o dormir. Tão novo, tão bonito e ter que enfrentar essa barra praticamente sozinho, tá, sei que beleza não define o que as pessoas devem ou não passar pela vida mas seria hipocrisia da minha parte em dizer que não pensei nisso.

Não fui eu e nem ele mesmo que se acordou, foi seu despertador que marcava 7hs, ele levou a mão até ele para desativar ainda com os olhos fechados e exclamou “Droga” provavelmente por acordar cedo, era dia de aula.

Ele abriu os olhos lentamente e quando me viu levou um susto e quase caiu da cama.

– Que susto cara – falou ele se sentado na cama ao mesmo tempo que passava a mão no rosto. Ele estava sem camisa, seu peito branco era magro mais definido e isso me atraia bastante, por um momento perdi a concentração.

– Que romântico – brinquei.

Ele na mesma hora corou de vergonha.

– Não foi isso que eu quis dizer, era só que...

– Eu estou brincando, relaxa – falei rindo. Por fim ele também riu.

– Você é lindo, não teria como eu me assustar com isso – falou ele sério mostrando apenas um sorrisinho de lado.

– Cara, você tem o dom de me deixar envergonhado – falei colocando a mão no rosto.

– Estamos quites agora – falou ele sorrindo – mas a que devo a honra de sua visita a essa hora em minha humilde casa ou melhor quarto.

Nesse momento o clima descontraído deu lugar a seriedade e ele percebeu isso pois também ficou sério.

– Tenho algo pra te falar.

– Também tenho algo pra te falar.

– Posso falar primeiro?

– Claro – respondeu.

– Eu pensei na proposta que me fez dias atrás e minha resposta é sim, eu vou te dá uma chance – falei o olhando. Esperava no mínimo que ele demostrasse felicidade mas sus expressão foi totalmente ao contrário.

– Eu sei que só está fazendo isso pra que eu me cuide, aaah, eu simplesmente não mereço uma pessoa assim cara, eu sou horrível, agi com egoísmo, eu não sou assim Lucas, acredita em mim – seus olhos marejavam – eu estava desesperado, na verdade ainda estou desesperado para que seja meu namorado mas eu vi que se não for por vontade própria, é mesmo que nada – ele finalizou deixando uma lágrima caí.

Sinceramente não sei o que ele viu em mim, ele me amava e eu sábia que esse sentimento era sincero, me doía muito não poder corresponde-lo.

– Eu sei que você ama o Caio, desculpa por ter te colocado nessa situação – Continuou ele.

– Tipo?

– Tipo a Teresa ser minha melhor amiga está gravida, ter uma família conservadora que pode coloca-la pra fora de casa caso não case e por ela ama-lo loucamente, eu não posso me intrometer nisso Fagner, entende?

– Claro, entendo sim, é melhor você dá um tempo nisso tudo, ver o que é realmente melhor pra você e se o melhor pra você for se afastar dele, eu te apoio e quem sabe... – ele não completou, apenas riu como se sentisse vergonha em continuar.

– E quem sabe... – repeti incentivando-o a continuar.

– E quem sabe a gente possa tentar algo, se você pedir pra ficar de novo comigo, eu não vou resistir mais não – ele riu, eu também – e a proposito, já marquei minha nova tentativa de tratamento.

– Me agrada muito fa saber disso.

– Fa? – disse ele rindo.

– Ah foi mau – falei rindo ao perceber que sem querer lhe dei um apelido um tanto carinhoso.

– Não, não. Eu gostei cara, só vou lhe atender agora quando me chamar assim – disse rindo.

– Ah fala sério – falei pegando um travesseiro da cama e jogando nele – mas e ai qual é o dia?

– Próxima segunda, vou ter que passar um mês ou dois lá em São Paulo – disse ele triste – lá tem um tratamento melhor.

– Se é para o seu bem você tem que ir.

Ele suspirou e ficamos alguns segundo em silencio.

– Bem, vou me arrumar – mal terminou de falar e se levantou da cama onde até então estava sentado, tudo bem se não fosse o fato de ele está apenas de cueca.

– Avisa né – falei colocando a mão no rosto enquanto ele prendia o balão de oxigênio nas costas.

Ele apenas riu e seguiu para o banheiro.

Fiquei lá pensando no que ele me disse, eu sabia, mesmo não o conhecendo há anos que ele não era daquele jeito. Isso significava que ao menos um problema estava resolvido mas isso não mudava em nada na minha decisão em sair da vida do Caio e da Teresa.

Senti meu celular vibrar no meu bolso me trazendo de volta a realidade, olhei no visor e era uma chamada de Teresa. Atendi.

– Oi, Teresa?

– Oi Lucas, tem com tu vim aqui no hospital?

– Aconteceu algo – falei me levantado já sentindo o coração palpitar.

– Aconteceu... mas não é nada de mais, ele acordou essa manhã chamando o teu nome, se exaltou porque não te viu, acho que ele pensa que você se feriu e estamos escondendo isso dele, a mãe dele me ligou e quando cheguei aqui já o tinham dopado. Acho que seja bom ele te ver quando acordar.

– Claro, já estou indo.

– Olha, não precisa correr, ele vai ficar desacordado no mínimo 3 horas.

– Está tudo bem contigo? – perguntei notando que sua voz estava muito diferente, uma voz cansada, triste, sei lá.

– Não, não está Lucas.

Ela não me deu tempo de falar mais nada pois desligou na minha cara. Temia pensar que ela desconfiasse de algo. Falei para o Fagner que naquele dia resolveu não ir à escola que iria pra casa, ele concordou e me acompanhou até a saída.

– Qualquer coisa pode contar comigo – falou ele dando seu rotineiro beijo em minha testa.

– Valeu. – falei e fui pra casa na qual meus pais já tinham ido trabalhar, me vesti e corri para o hospital, chegando lá encontrei Teresa na recepção sentada, ela me cumprimentou como se fossemos apenas meros conhecidos e foi comigo até o quarto onde estava o Lucas, novamente o via tão indefeso ali deitado. Estranhei o fato de sua mãe não está presente.

– Ela foi descansar, lhe convenci dizendo que ficaria aqui. – falou ela – te disse que não precisava vir logo pois ele vai demorar a acordar.

– Não tem problema, eu espero.

– Ok, eu vou aproveitar e vou pra casa descansar um pouco, estou com uma dor terrível de cabeça, me liga quando for embora.

– Como está a gravidez?

– Bem. Até mais – e se foi me deixando sozinho com o Caio no quarto.

Era notório sua indiferença comigo, não acho que ela saiba que eu e o Caio temos um caso mas ela sabe que a gente mente pra ela e isso basta pra que aja assim. Aquela situação era no mínimo cansativo.

Me sentei no sofá que havia no quarto para acompanhantes e fiquei o olhando dormir, lembrando das coisas que havíamos passado até ali e as coisas pela qual iriamos passar para que tudo voltasse aos eixos. Para isso sacrifícios deveriam ser feitos.

Não sei em qual momento adormeci ali no sofá só me lembro de ouvir uma voz rouca e bem longe que iria se intensificando a cada segundo que eu ia despertando.

– Lucas – chamava Caio com uma voz fraca, me olhando com um olhar mais fraco ainda.

Abri um sorriso involuntário quando percebi quem era que me chamava – Oi, como está? – falei indo até ele que também exibia um sorriso lindo.

– Bem melhor agora – falou ainda fazendo certo esforço pra se manter acordado, seus olhos mau conseguia se manter abertos por muito tempo, talvez ainda era o efeito do sedativo – pensei que tinha acontecido algo contigo, me desesperei quando acordei e não te vi, eu nunca me perdoaria.

Peguei em sua mão – Eu estou bem, não precisa se preocupar. Não foi dessa vez o “Até depois do fim” se lembra? – falei sorrindo, lembrando-o do que ele havia falado.

Ele riu – Planejava falar... lá na chácara... mas acabei achando... muita viadagem... – ele abriu um sorriso maior nesse momento, também sorri pelo comentário.

– Ótima maneira de acabar um final de semana romântico não é?

– Então. Mas afinal... quando vou poder ir embora.

– Calma aí cara, você precisa ser recuperar primeiro pra só depois pensar em ir pra casa.

– Vai cuidar de mim? – perguntou ele sorrindo.

Levei sua mão até minha boca e beijei a costas da mesma.

– Claro que sim.

– Estou morrendo... de sono cara – falou por fim bocejando.

– É o sedativo ainda fazendo efeito, agora dorme.

– Quando... eu sair daqui... vou dá um jeito... de a gente ficar junto – foi a ultima frase que pronunciou antes de se entregar ao sono.

Aquilo me emocionou, meus olhos já se encontravam cheios de lágrimas prestes a transbordar a qualquer momento, é eu sei, sou uma verdadeira manteiga derretida. Só Deus sabia como eu desejei naquele momento que as coisas fossem mais simples mas elas só pioraram – em parte – depois de alguns dias.

Dias se passaram, minha rotina era: escola, hospital, casa, escola hospital casa até o dia que ele recebeu alta.

CONTINUA...

Doce Anjo do Amor: Olha aí, não demorei tanto :) Seja bem vinda. Abraços.

Martines: Bem que ele tentou mas o Fagner realmente mostrou quem é. Abraços.

Lobo Azul: mas uma vez o vejo filosofando rsrs tens razão cara, o Lucas pode ter errado no começo ao pedir um beijo do namorado de sua melhor amiga mas agora ele ver o quanto está fazendo mal a quem o ama – Fagner e Teresa – e de certa forma ele tenta concertar isso mas acaba se enrolando cada vez mais nessa loucura, é um conto em que eu tentei colocar o personagem em um turbilhão de problemas, e pensei como eu reagiria a eles, eu não sou perfeito e nem o Lucas é pra tomar decisões perfeitas. É sempre ler o que pensas cara. Abraços :)

S2DrickaS2: Foi ele decidiu pelo Fagner, até mesmo porque ele havia dito que só faria o tratamento se fosse assim, ele viu nisso uma maneira de ajudar todo mundo. Fico feliz que esteja gostando :)

R.Ribeiro: Sim, muito difícil de falar a verdade :( tbm acho o amor deles muito bonito e vai ficar ainda mais. Tentei publicar o mais rápido possível dessa vez. Abraços :)

Lucassh: Ele iria deixar o Caio :/ será que ele ainda pensa assim?. Só próximo capítulo e não pretendo demorar ;) E o que aconteceu com o Caio de sua vida, fiquei curioso, se não puder falar, tudo bem. Abraços :)

LiloBH: Ah cara, valeu mesmo pelos elogios, tento dá o melhor de mim. Espero que esteja gostando. Abraços :)

Mr. John: Também acho melhor ele ficar com o Caio mas em meio a toda essa loucura fica cada vez mais difícil. Espero que tenha gostado desse capitulo. Abraços :)

Enfim muito obrigado a todos e até a próxima!

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Comentários

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Ai cara como sempre muito bom o conto admito que chorei imaginando a cena dos dois muito fofo. . .me da um pouco de pena da Teresa. . . espero que de tudo certo para os dois. . . Volte logo!

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Ainda bem que o Lucas não fez o que eu pensava que ele ia fazer. Ele ia deixar o Caio para ter uma relação com o Fagner. Ainda bem que o Fagner não foi hipócrita e não se aproveitou da situação que o Lucas lhe propus, mas não deixa de dar suas investidas rsrs. Fico feliz do Fagner vai a luta contra a doença. Muito massa seus contos, acompanho você desde de "A Carta" você escreve bem demais, achei menor o capitulo de hoje... Não deixe de publicar e apareça com mais frequência. Abraços! ;)

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Acho que ele tem que lutar pela felicidade dele e deixar de se preocupar com a tal Teresa, essa situação não sera tão grave!

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Capítulo perfeito! Não há o que tirar ou acrescentar. O "engraçado", se é tem que alguma graça nisso, é que tudo isso é de total realidade. Pode não ser na minha ou na sua. Mas, tem alguém nesse momento que está passando por um dilema igual a esse. Eu sempre fico me perguntando que decisões tomaria em determinada circunstância. Porém, do jeito que sou, esses questionamentos, são totalmente banais. Meu nome deveria ser dúvida e meu sobrenome imprevisível. Rsrsrs... Sou uma mistura de mistério com sinceridade e loucura. Se fosse eu com esses turbilhões à minha volta? Se fosse eu... Acho que minha sinceridade não permitiria levar esse relacionamento a mesma altura que esse, já teria contado a quem fosse. Sei lá, as vezes, sou meio louco. Não consigo esconder nada. Só escondo quando só diz respeito a mim. Se bem que há um mês atrás, explodi e fugi de Nárnia (Adeus armário! Se é que me entendi) kkkkkk... Sou muito transparentes. Como foi que me assumi e a reação de todos? Depois te conto. Claro, se quiser saber. Viu? Eu sou impresivel, nem eu mesmo sei o que vou fazer, poderei mudar uma decisão mil vezes. Porém, o que tiver que acontecer, acontecerá. Se eu fosse amigo do Lucas. Daria um help pra ele, explicando que encarar os fatos é bem mais complicado e arriscado, no entanto, é o certo. Uma hora ou outra tudo será descoberto. Como diz o velho ditado popular: mentira tem "perna curta". Amigo, te desejo tudo de maravilhoso e que essa troca de opiniões só acrescente algo em nossas vidas, estou longe de filosofar, é apenas seu carisma que aprecio com sinceridade. Já o adoro e ver se não demora pra continuar essa belíssima barrativa, se não, vou aonde estiver e te puxo pela orelha. Beijãooooooo!!!

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Nossa.. não sei mais o que pensar... Agora é só esperar o próximo capitulo.

Bjos e abraços e até a próxima! A.

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Ai é tantos problemas que nao consigo imaginar uma saída para eles. Só resta esperar :3 Bom, o Caio da minha vida... ele já pintou um romance uma vez. Teve um dia que a gente quase se beija, mas os pais dele chegaram. O ensino médio acabou e ele foi fazer uma faculdade e eu outra. Ele arranjou uma namorada (ainda duvido que ele seja hetero) Mas eu superei, eu acho. ausaushasaush. Abraços e tudo de bom

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