Amor de Carnaval não Vinga (11)

Um conto erótico de Peu_Lu
Categoria: Homossexual
Contém 3323 palavras
Data: 13/09/2015 20:49:29

“Dá pra ver, vai ferver, bateu a sintonia, é tempo de alegria, tão bom dividir com você...” (Tempo de Alegria, Ivete SangaloE aí?

- Tô mandando uma mensagem aqui para ele – respondi enquanto digitava no celular.

- “Estou recebendo todos os históricos, como combinamos. Continue enviando e aguarde novas instruções”.

Decidi ser o mais simples e seco possível. Enviei sem pestanejar.

- Agora sim. Posso começar?

- Manda ver. Lê em voz alta que se tiver qualquer coisa mais importante eu vou anotando aqui no quadro – Gustavo alardeou.

- Ok. Vamos lá... – suspirei nervoso, prestes a conhecer os segredos da Liga do Mal.

...

Sábado, 08 de Março.

César diz: E aí! Vão fazer o que hoje?

Alexandre diz: Tenho que dar satisfação pra mina. E vocês?

César diz: Vou lá naquele lugar que você indicou.

Alexandre diz: Vale a pena, você vai ver.

Júlio diz: Quando você resolver dar as caras por aqui, vou te indicar um melhor.

Alexandre diz: Duvido!

Júlio enviou uma imagem.

Alexandre diz: Ahahahaha...

César diz: Se for assim, nem respondo por mim.

Júlio diz: Tem a rodo! Pode confiar.

Cláudio diz: Que viadagem é essa nesse grupo aqui?

César diz: Ahahahahaha.

Alexandre diz: Ô seu sumido, cadê minha encomenda?

Cláudio diz: Tenha fé, meu filho.

Júlio diz: Galera aqui tá trabalhando melhor, hein?

Cláudio diz: Fica na tua, malandro!

César: Vou adiantar aqui que ainda vou comer na rua. Falou seus molengas!

Júlio diz: Vê se faz com jeitinho dessa vez!

Alexandre: Ahahahahahaha...

César: Com jeitinho só quando for te comer!

...

- Do que será que eles estão falando? – Gustavo estava inquieto.

- Na semana passada encontrei César numa sauna gay – admiti.

- Você estava numa sauna gay? – arregalou os olhos.

- Calma, te disse que estava seguindo ele, não foi? Primeiro ele foi num shopping com um amigo. Almoçaram juntos e depois seguiu sozinho para uma casa. Era uma sauna, na verdade.

- Não consigo visualizar isso...

- Nem eu. Não é o tipo de ambiente que me vejo frequentando.

- Mas e aí? Rola o que lá?

Ri desajeitadamente daquela pergunta:

- Tá curioso? Subindo pelas paredes, né?

Gustavo ficou visivelmente constrangido.

- O que você espera de um lugar com um monte de cara pelado se olhando? Bom, é isso mesmo que você está imaginando.

- E você foi para o apartamento dele depois? – ele resolveu mudar de assunto.

- Fiquei instigando e ele mordeu a isca. Mas não poderia fazer nada lá, não daria certo. Foi quando fui convidado para ir a outro local.

- Entendi – Gustavo parecia imaginar a cena.

- Vamos continuarDomingo, 09 de Março.

Alexandre diz: Cadê o safadão? Foi lá?

Júlio diz: Deve estar com o pau esfolado.

Cláudio diz: Deixa de molho!

César diz: Nem tanto.

Alexandre diz: Acordou agora?

César diz: Tô na cama ainda. Maior marasmo aqui.

Cláudio diz: Cansou né?

César diz: Que nada. Só ganhei um boquete e comi um cara no vestiário depois. Mas o lugar é bem legal sim. Movimentado.

Alexandre diz: Você é muito fraco.

Júlio diz: Também acho! Mais tarde eu venho aqui contar como é que se faz...

César diz: Vão se foder!

Alexandre diz: Vai caçar hoje, malandro?

Júlio diz: Já tá caçado! Hoje é dia do abate só!

Cláudio diz: Ahahahahaha.

...

Prendi o riso com a história inventada de ele tinha transado com alguém depois do sexo oral.

- Você está se divertindo, né? Seu lugar no inferno está garantido – Gustavo censurou.

- Isso que ele chama de marasmo tem outro nome pra mim.

- Como assim?

- Deixa pra lá – sorri – Vou prosseguir:

...

Segunda, 11 de Março.

Júlio diz: E aí molengas?

César diz: Tô na aula. Falo já.

Cláudio diz: Aula? O que é isso?

César diz: Sai pra lá, vagabundo!

Cláudio diz: Ahahahahaha.

Alexandre diz: Cadê? Até agora tô esperando essa malandragem toda...

Júlio enviou um vídeo.

César diz: Espera, vou sair da sala.

Cláudio diz: Cara, você é doente.

Alexandre diz: Caralho!

Júlio diz: Esse aí implorou. Ahahahaha.

César diz: Que porra é essa?

Cláudio diz: Olha o tamanho do rabo!

Alexandre diz: Um desses ninguém arranja pra mim! Você é foda!

Júlio diz: Já disse pra vocês passarem um fim de semana aqui! Meu irmão conhece um monte de gente da zona sul. O negócio aqui no Rio é certo, rapaz!

...

- No Rio? – Gustavo se assustou.

- Isso também é novidade para mim – divaguei.

- Confirma com ele!

-Nem pensar! Disse a ele que tinha conhecimento de todos os membros do grupo. Não posso desmentir isso.

- E agora?

- Não importa. Eu iria até o Japão atrás desse moleque...

- Você está cogitando mesmo ir a outro estado para levar isso adiante?

- Ué, eles também foram!

- Tudo bem, continua a ler...

- Espera, preciso de duas coisas importantes antes disso.

Comecei a digitar novamente para o delator da equipe em busca de informações mais precisas:

- “Me envie o vídeo que Júlio compartilhou”.

Os históricos chegavam apenas como texto. Precisava averiguar do que se tratava. A resposta não tardou mais do que cinco minutos:

- “Que vídeo?”

- “Do último domingo...”, comecei a teorizar a existência de outros, “E me envie o perfil dele nas redes sociais”, completei.

- O que você tá fazendo? – Gustavo estava impaciente.

- Você já vai saber – aguardava uma resposta.

O aparelho sinalizou o recebimento de um arquivo de mídia, juntamente com um link. Cliquei e uma página do facebook revelou o rosto de Júlio, que utilizava uma abreviação: J. Silveira.

- Realmente, eu nunca o teria encontrado... – pensei em voz alta, já imprimindo sua foto principal.

- Quem? Júlio? – Gustavo se aproximou e puxou uma cadeira para sentar do meu lado, em frente ao computador.

- É. Pedi que César me enviasse o perfil dele, junto com o vídeo – disse retirando a imagem da impressora – Toma, prende lá junto com os outros.

- E Adriano, não faz parte dessa conversa? – ele não deixava passar nenhum detalhe.

- Aparentemente não, mas é uma ótima pergunta – digitei a mesma indagação para César.

Gustavo arrancou um pedaço de fita adesiva com a boca e prendeu a foto alinhada com as outras três. Em seguida anotou o nome, tal qual utilizava nas redes, e a cidade no painel de vidro.

- “Ele é mais reservado. Tem mais intimidade com Alexandre e não é muito ligado nessas coisas virtuais...”, li em voz alta a resposta ao nosso questionamento.

- Conta outra! Não conheço nenhum ser humano que não tenha um aplicativo pelo menos para se comunicar – meu colega não se convenceu.

- É estranho mesmo. Mas quero focar nesse caso agora. Você quer ver o vídeo também?

- Lógico!

- Tem certeza? Pode ser bem pesado.

- Que seja, será uma prova e tanto.

Queria ter aquela mesma frieza. Sentia calafrios com o que poderia aparecer na projeção. Daqueles cinco garotos eu passei a esperar tudo:

- Então lá vai – apertei a tecla para começar.

A tela mostrou um quarto branco com alguns espelhos, que muito lembrava um motel. As imagens tremidas pareciam demonstrar que alguém estava ajustando o aparelho em busca da posição ideal. Novamente o ambiente ficou quieto e após alguns minutos, a caça e o caçador apareceram em cena:

- “Vai, tira a roupa e deita ali”, um timbre que me pareceu familiar ecoou.

- “Eu não acho que seja uma boa ideia”, seguido de uma voz bastante acanhada.

- “Relaxa, eu vou te mostrar como faz”.

Timidamente, a conquista da vez, um garoto magro e desajeitado, começou a tirar a camisa, quando Júlio já estava apenas de cueca. O algoz veio em direção à câmera e abaixou a última peça de roupa, como se exibindo a ereção e pegou um objeto que estava ao lado:

- “Uma corda?”, o acompanhante se assustou.

- “Faz parte da fantasia que te falei. Não é pra machucar, prometo. Coloco só em suas mãos, pode ser?”.

O jovem cedeu a contragosto:

- “Não aperta, por favor!”.

- Mas que idiota! – Gustavo ralhou em voz alta.

- Shhhh... – pedi silêncio, sem querer perder a rumo da armadilha.

- “Deita ali e empina a bunda”, avisou apertando mais um nó.

- “Mas achei que...”.

- “Anda, não temos muito tempo”, interrompeu.

Júlio parecia ter uma lábia que funcionava perfeitamente frente à ingenuidade do outro. Seu corpo mulato e robusto, cheio de gomos no tórax, parecia suficiente para impressionar e levar o plano adiante. A grossura notável do seu pau me fez temer pela possível virgindade do parceiro ocasional, apesar do comprimento dentro da média.

Enquanto se ajeitava na cama, Júlio cuspiu na mão, espalhando a saliva por entre as nádegas do garoto, que não escondia o desconforto:

- “Agora eu vou enfiar um dedo”, avisou enquanto alisava e lubrificava o membro.

O receptor se contorceu e a voz ofegante emitiu um alerta negativo:

- “Não, para! Tá machucando!”, ele pareceu acordar do feitiço, “Acho melhor eu ir embora”.

- “Agora que tá começando? É assim mesmo, depois melhora”.

- “Tire essa corda, eu quero me vestir”, tentou se sentar.

- “Ah, qual é...”.

- “É sério, Júlio!”.

Olhei de relance para Gustavo, que não escondia um nervosismo crescente.

- “Tudo bem, deixa só eu dar um beijinho na sua bunda e eu peço a conta”.

O alvo estava reticente e angustiado.

- “Deita de novo, vai. Sua bunda é linda demais. Só uns beijos e vamos embora”.

Convencido, obedeceu ao pedido. Foi a deixa para o pior acontecer. Rapidamente, Júlio montou no dorso relaxado do garoto e tapou-lhe a boca com uma das mãos. Gustavo fez o mesmo, mas em sinal de espanto. O jovem começou a se debater, grunhindo amedrontado com o que estava sucedendo.

- “Quer me fazer de otário, porra?”, Júlio tentava direcionar o pênis no seu principal objetivo, mirando com a única mão desocupada, “Te trago num motel e pago um quarto pra nada? Vai levar pica sim!”.

Não restava muito para a vítima, que tinha as mãos amarradas e era visivelmente mais fraco que o carrasco. Quando foi finalmente (e a muito custo) penetrado, ensaiou um grito abafado e tencionou as pernas. Estava feito.

- “Relaxa... Relaxa esse cuzinho pra mim que logo passa. Vai ser bom, você vai ver”.

O rosto vermelho cheio de lágrimas denunciava que ele estava sentindo o oposto. Júlio investia com força e ritmo lento no ato, além de um sorriso descarado estampado na cara.

- “Que delícia de rabo que você tem. Tá gostando da malandragem, tá?”.

- Beleza, já chega – parei o vídeo.

- Carioca exaltando a malandragem... Que clichê – Gustavo estava chocado.

- E você achando que eu peguei pesado.

- Uma mão não lava a outra, já te falei.

- Esse filho da puta tem que pagar.

- Já temos a prova ideal. Tá muito claro que o cara foi estuprado.

- Não é tão simples assim.

- Como não?

- Precisamos saber se algum tipo de denúncia foi feita, quem é essa pessoa... Acredite, não é tão simples.

- Pelo menos estamos no caminho certo.

Queria compartilhar do mesmo otimismo, mas seria uma tarefa árdua. Pior: aquelas imagens comprovavam que eles continuavam a agir, mesmo em causa própria.

- Eu preciso pensar no que fazer – ponderei.

O celular de Gustavo começou a tocar.

- Droga, é a Ju – se apressou em atender – Oi! Não, tô aqui na casa do Guto jogando conversa fora...

Olhei rapidamente para o relógio. Já passava de uma da manhã.

- Eu sei, eu sei – ele parecia tranquiliza-la – Já estava me despedindo pra sair. Daqui a pouco eu chego. Beijo.

Desliguei tudo e levantei subitamente:

- Ela deve estar uma arara.

- Tá sim, mas eu dou um jeito. Volto às aulas amanhã e preciso acordar cedo.

- Nossa, nem lembrava. A gente continua outra hora. Vamos, eu te levo em casa.

- Não precisa, eu pego um táxi.

- Eu me recuso a te dar uma resposta – desdenhei, guardando a chave do carro no bolso e caminhando para o elevador.

...

Foi uma noite terrível. Voltei para casa muito cansado, mas ainda assim me obriguei a ver o resto do vídeo. Não queria submeter Gustavo a esse tipo de coisa, ele era muito jovem e ainda estava se descobrindo. Aquela cena cruel, os sons dos gemidos, da cama rangendo com violência, o corpo indefeso se dando por vencido... Tudo aquilo parecia aumentar o peso nas minhas costas. Não poderia me dar ao luxo de demorar a agir ou pensar. As atrocidades não cessariam.

Continuei a ler todos os históricos. Uma semana de conversas onde eles se vangloriavam, parabenizavam os feitos dos colegas, alardeavam possibilidades e seguiam suas vidas fúteis normalmente. Era impossível ficar alheio a tudo isso. A minha ira só aumentava.

Na manhã seguinte, atrasei a minha chegada à empresa por conta de dois compromissos. O primeiro, alertado por um lembrete do celular, foi repetir o exame de HIV que tinha feito na quarta-feira de cinzas. Sim, era estranho perceber que um mês já tinha se passado desde o ocorrido. Abastecido com uma xícara de café forte, cheguei cedo a um posto de saúde e fui rapidamente atendido (para a minha surpresa). Expliquei todo o histórico e o exame só comprovou a constatação de Alessandra, a enfermeira baiana que me auxiliou: eu estava limpo. Ainda assim, não poderia determinar se Alexandre e companhia eram saudáveis ou usavam preservativos nos atos. De toda forma, era um grande alívio.

Em seguida, visitei, com certo atraso, outra pessoa que também prezava pelo meu visual.

- Graças a Deus você voltou – Elisângela comemorou a minha chegada, ao saber que eu queria ter de volta o tom negro dos cabelos.

- Tô cumprindo a promessa.

- Vamos logo, sente aqui na cadeira antes que mais alguém ache que você não tem juízo – riu.

O processo foi igualmente demorado, mas satisfatório. Pela primeira vez, voltei a me enxergar no espelho como eu realmente era. Segundo a profissional, teria que esperar os fios crescerem para perder a química totalmente e voltar ao natural, mas já estava valendo. Agradeci novamente e segui apressado para começar o meu dia de trabalho, me dando conta de que já estava quase na hora do almoço.

Comprei um lanche na rua, peguei um prato na copa e me organizei na sala, enquanto olhava o computador para acompanhar o andamento dos projetos. Ainda não tinha dado uma segunda mordida no misto quente, quando minha sócia entrou esbaforida na minha sala, sem pedir licença.

- Finalmente! Onde você estava? Liguei pro seu celular feito uma louca!

- Foi mal, Ju. Esqueci o telefone no carro. Estava resolvendo isso – apontei para a cabeça.

- Menos mal, um problema a menos. Preciso discutir um projeto novo com você. Engole isso e me encontra na sala de reunião.

- Pode falar agora, se é tão importante.

- Tudo bem – sequer ligou para a minha possível fome – Fui almoçar ontem com Marcos e conheci uma pessoa que estava numa mesa de conhecidos dele. Ela é atendimento de uma agência que está com a conta de uma empresa de vestuário e moda.

- Certo – parei para lhe dar total atenção.

- Eles estão criando uma campanha grande para apresentar a nova coleção e querem fazer uma ação digital para deslumbrar.

- Bacana, vamos nessa!

- Calma. Ela me disse que queria marcar uma reunião com o dono, um mega empresário do setor, semana que vem. E me adiantou que ele é muito fã do Imagine.

- Ele e metade do país. Qual o “porém”? – me adiantei prevendo algum empecilho.

- O lance é que uma das ideias era fazer uma estratégia de vendas dentro do aplicativo. Querem saber se estamos dispostos a isso.

- Ju, nós já debatemos sobre isso. Sempre fomos contra publicidade para forçar uma interação entre os usuários.

- Eu sei, eu acho bizarro também, mas você não tem ideia da verba envolvida.

- Se a gente abrir esse precedente, não tem mais volta. Pense nisso.

Juliana titubeou por um momento, analisando as consequências daquela hipótese.

- Faz assim – prossegui – Confirma essa reunião. Pede a ela pra gente participar, e que o dono esteja lá. Vamos deixar continuarem a pensar que podem levar a ideia adiante, e a gente desenvolve algo melhor para impressiona-los.

- Como é? Me perdi.

- Você disse que a verba era grande. Pegamos parte dela, desenvolvemos algo que possa atender melhor o público do cara e ainda fazemos sobrar. É o suficiente para encher os olhos dele e ganhar a parada.

- Ai, eu te amo! – ela veio me dar um abraço – Vou falar com ela. Mas pensa em algo bacana, tá? Já é semana que vem!

- Beleza, só me confirma depois!

Não estava disposto a entregar a galinha dos ovos de ouro de mão beijada. Era tão legal o que as pessoas poderiam fazer com o programa que desenvolvemos. Não gostaria de ser importunado com propagandas se estivesse conversando com alguém ou criando algo, por mais tentadora que a proposta pudesse ser.

Peguei-me saudoso com a época que passava mexendo com afinco no aplicativo. Sorri sozinho ao lembrar que já tinha conseguido, inclusive, encontros casuais através do jogo. Sem malícia, atualizei o software no meu celular para descobrir como andava o meu “eu virtual”. Após a música de introdução e boas-vindas, um alerta anunciou:

- “Olá @Guto22! Você possui dezoito novos vizinhos no bairro que criou!”.

- Nossa, tudo isso? – pensei em voz alta, observando há quanto tempo não acessava o game. Quase cinco meses, mais precisamente.

Movimentei o cursor averiguando as novas informações. “Dois usuários lhe convidaram para um café da manhã, um usuário solicita os serviços da sua empresa para construir uma nova habitação e um usuário se mudou e construiu um supermercado perto da sua rua”. Aquilo era realmente divertido e me dava muito orgulho. As pessoas compraram a ideia e nem deveriam imaginar que estavam interagindo com o criador daquele universo.

Olhei alguns pedidos de bate-papo e já estava prestes a perder algumas horas me distraindo, quando escutei um novo alerta no celular. Era uma mensagem de Gustavo:

- “E aí, beleza?”.

- “Opa, e aí? Como foi o primeiro dia?” – prossegui com a conversa.

- “Legal, melhor do que eu esperava”.

- “Não dormiu no meio da aula não, né?”.

- “Bem que eu queria. Parei aqui pra almoçar porque peguei uma matéria extra pela tarde”.

- “É bom que corre atrás do prejuízo”.

- “Mas isso não vem ao caso. Dá uma olhada nesse link que vou te passar aí agora”.

- “É sobre o que?”.

- “Apenas pare tudo o que você está fazendo e leia agora”.

Estranhei aquela urgência toda e cliquei, seguindo o seu pedido. O navegador exibiu uma notícia de alguns dias atrás:

“Deputado Joaquim Silveira volta a falar de lei para defender família ‘tradicional’ brasileira”.

Estranhei e voltei à conversa, sem entender o motivo do envio:

- “Sim, outra baboseira política. O que tem isso?”.

- “Não percebeu nada familiar?”.

- “Hum, não...” – admiti, relendo o título do assunto.

- “Esperava mais de você Bruce Wayne. Sorte sua que eu andei investigando...”.

- “É isso que você anda fazendo durante os estudos? Bom saber...” – brinquei – “O que tem de familiar nisso?” – estava curioso.

- “Joaquim Silveira, se você não sabe, é pai de um cara chamado ‘J. Silveira’. Júlio, para os íntimos...”.

Gelei, temendo todos os planos e as consequências do que estava por vir.

(continua)

...

Oi pessoal! Muito obrigado por toda a atenção. Já está tudo melhor na minha vida (afinal, tudo se ajeita, certo?). Plutão, agora sim entendi! Que maluquice! Não sei o que pode ter acontecido, provavelmente um erro do site. Fico feliz que esteja gostando :)! Ale.blm, tenho medo de você (ahahaha)! Drica Telles (ametista), obrigado! O ruivo também manda um beijo – é a hora favorita dele, esse momento de perguntas e respostas. Queria poder adiantar algo, mas aí perde a graça né? Aguarde e verás (aliás, aposentou o VCMEDS, ou será que não estou falando com a mesma pessoa? #confuso)! Bagsy, valeu pelo elogio! Hummmm, vou te falar que a questão não é o lado escuro de Augusto, mas até quando Gustavo se manterá tão firme na sua integridade (já tô falando demais)! Irish, tudo bem sim, estamos ótimos, obrigado! Sim, o dilema central continua sendo esse. Vale tudo pela vingança? Gustavo será essencial sim, mas será o único (#misterio)? Lucassh, \o/!! Jeff08, não fique doido não! Ainda tem muita coisa pela frente!

Mais uma vez, muito obrigado por todos os votos e comentários. Tem sido uma loucura seguir à risca todo o planejamento que fiz para a história, mas me divirto com todas as reações positivas. Valeu!

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Comentários

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Estou com urticária para ler a continuação. Mais uma sujeirada com viés político. O que será que um representante do povo, que defende "a família 'tradicional brasileira' faria ao descobrir o quão pervertido o filho é? Um abraço carinhoso para ti e para o ruivo,

Plutão

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Sim era eu mesma, desculpe te confundir... É que o nosso querido site amigo estava me sacaneando não reconhecendo minha senha, ai tive que ressuscitar a conta antiga. Bom saber que o ruivo curte nosso bate papo, beijo para os dois. Com relação ao conto, discordo do Gustavo, uma mão não só lava o outra, como as duas juntas lavam a cara...E esse Julio tá precisando de uma lavada geral, principalmente de alma, se é que ele tem uma. Té o próximo. Haaa bom saber que as coisas se resolveram por aí:).

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Otimo li todos hj, parabens pelo conto e obrigado pelos capitulos. Virei seu fa incondicional. apenas nao demore pra postar. Obrigado

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Cada hora o negocio fica mais tenso!! Gustavo nao deixa escapar nada!! To curtindo mto o conto!

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Como assim o Gustavo vão deixar de ser íntegro? Espero que isso não seja de forma negativa. Ansioso pelo próximo capítulo, esse foi muito foda.

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Que coisa boa, chegar aqui e tem uma nova atualização sua. Estou bem revoltado com esses caras. E ai, já casou com o ruivo?hahahaha. Abraços e tudo de bom. Seu conto é maravilhoso

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Adoro o Gustavo. E ainda mais agora com esse seu novo lado Sherlock. Ele eh meu personagem favorito do conto *-* Talvez todo o caso se decida pelas maos dele, nao? Direta ou indiretamente. Abraços em ti e no ruivo! Uma linda semana para voces,.seus lindos!

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Adoro o Gustavo. E ainda mais agora com esse seu novo lado Sherlock. Ele eh meu personagem favorito do conto *-* Talvez todo o caso se decida pelas maos dele, nao? Direta ou indiretamente. Abraços em ti e no ruivo! Uma linda semana para voces,.seus lindos!

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