Onde estou?

Um conto erótico de VictorNerd
Categoria: Homossexual
Contém 1744 palavras
Data: 13/09/2015 18:28:14
Última revisão: 13/09/2015 19:10:16
Assuntos: Gay, Homossexual

Abro meus olhos pelo que parece ter sido um longo sono. Sinto meu corpo banhado de sensações características de quando você passa tanto tempo dormindo mas o problema é que não lembro de quando fui dormir. Nem porque estou si de cueca sendo que eu sempre durmo de pijama... espera, meus deuses, eu estou amarrado nessa cama. Eu começo a hiperventilar e entrar em desespero. Eu não consigo lembrar do que aconteceu antes de acordar aqui. Ok, calma vamos agir racionalmente. Tento puxar meus braços e pernas mas ambos estão bem amarrados mas só o suficiente pra eu não conseguir escapar e o couro não estava me machucando mas só o fato de estar amarrado e sentir que estou preso num lugar desconhecido é o suficiente pra entrar em desespero completo.

Começo a chorar por um longo tempo. Depois começo a gritar por ajuda, o que é totalmente ilógico, o que o desespero não faz neh? Acho que passaram horas ou talvez tenham sido só alguns minutos mas pareceu um longo tempo mas ouvi um barulho na porta, um barulho de fechadura e chaves. Por um momento achei que ia ter um ataque do coração e perdi totalmente a fala, não conseguia falar e nem agir... pânico, era o que eu estava sentindo. Logo depois senti uma mão na minha nuca e algo encostando na minha boca, era água. Eu não sabia que estava com tanta sede até provar e me afobei tanto que me engasguei e então ouvi uma risada, como se o fato de eu estar me engasgando fosse sequer engraçado. Senti meu rosto esquentando, e sabia que estava vermelho . Mas eu não conseguia enxergar nada com venda que só então me dei conta de estar usando. Senti a água escorregando pela minha boca descendo pelo meu pescoço, peito, barriga e cueca. E logo depois senti um dedo no meu corpo seguindo o caminho da agua e parando na cueca. Meu pau ficou duro. Aquilo foi tão íntimo e obsceno e tudo multiplicado pela falta da visão e sentimentos atribulados. Eu fiquei confuso mas perguntei onde estava, porém não obtive resposta e ouvi a porta fechando.

Decidi ser racional e tentar lembrar da última coisa que eu conseguia. Lembrei da última prova final do período. De eu estar ansioso pra me jogar na minha cama e me inundar na solidão do meu querido apartamento. Lembro de descer do ônibus e seguir pra portaria e aí... Então, acaba e só lembro daqui. Merda. Fui sequestrado. Mas porquê? Afinal, eu não tenho dinheiro. Nem minha família. Não que ela fosse pagar um resgate, não mesmo. Mas eu ralo tanto pra pagar o apartamento que quase não sobra nada. Será que eles me sequestraram pra roubar meus órgãos? Acho que não porque se fosse isso eles já teriam feito. Credo, será que eles não me usar como sacrifício em uma seita macabra. Merda. Será que eles sabiam que eu sou virgem? Merda. O universo realmente me odeia.

Depois de algumas horas começo a ficar com fome, e fico me perguntando se eles vão me dar algo pra comer... Do nada eu começo a me repreender por não estar levando a sério minha situação e ficar me preocupando com coisas tão insignificantes se comparado ao meu atual estado. Mas o que eu posso fazer não é? Merda estou amarrado em algum lugar que não faço idéia de onde possa ser. Ninguém vai me procurar. Talvez o sindico do prédio mas só ele. Meus pais me odeiam. O filho adotado que estraga tudo dizendo que é gay e é expulso de cada. O cara chato pra fazer amigos por achar todo mundo tão retardado e burro. O cara que finalmente acha um cara legal pra conversar e fica amigo achando ele a pessoa mais maravilhosa e que compensava a falta de qualquer outro amigo, que lia os mesmos livros, assistia as mesmas séries e todo o resto batiam mas que por incrível que pareça não se sentiram atraídos um pelo outro mesmo os dois sendo bonitos. Aí aparece um cara interessado em mim, nos conhecemos e ele me pede em namoro e vou lá e apresento pro melhor e único amigo. Tudo de repente estava dando certo até pegar o namorado que beijava bem com o pênis enfiado no ramo do melhor amigo na sua cama. É a solidão é mais agradável. Depois disso fiquei no segundo plano e só focando no futuro nunca no presente. Meus únicos momentos agradáveis era na hora das provas da faculdade onde as mesmas eram destruídas na minha mão e sempre resultava num 10. Pra mim foi o suficiente. Mas agora estou aqui. Esperando a morte numa cueca boxe, que eu odeio, sem saber de nada e morrendo de fome. Talvez seja mais fácil morrer. Eu jamais tiraria minha vida. Isso é pra pessoa fracas e eu acredito que não seja isso. Mas se você se encontra numa situação dessas e melhor aceitar e morrer com dignidade. Nos livros as mortes sempre são algo tão heróico ou doloroso pra quem fica. Mas eu não sou um herói e ninguém vai sentir dor pela minha morte, podem fingir pra parecerem decente mas dor mesmo, não. Bem que eu queria morrer dando minha vida pela dos outros. Eu sempre pensei nos livros que eu trocaria minha vida pela de alguns personagens. Como no romance de Um amor pra recordar, eu daria minha vida pela dela se pudesse, o personagem era tão puro e decente. Ou pela de Alice do livro Os magos, ela era uma maga tão poderosa e carente. Ou pelo Dobby que passou toda sua vida como um elo doméstico e quando finalmente foi livre, morreu. Ou ainda mesmo pela irmã da Katiniss. Escritores sádicos e cruéis, mas todas essas mortes foram sentidas e louváveis, tiveram propósito. Eu só sou um gás que teve uma adolescência cliché e totalmente sem aventura. Que só beijou outro cara. Merda. Nem sexo eu tive. Sempre sonhei com isso. E vou morrer virgem. Talvez isso seja o pior. Ser ateu não ajuda no conforto. Droga. Podia ter ao menos uma música aqui. Sempre quis que minha vida tivesse uma trilha sonora. Se eu pudesse escolher seria Winter do Vivaldi, cheia de emoção, tristeza e raiva. Desde que eu assisti Efeito borboleta e vi o funeral da garota da vida do personagem principal e tocou a música do Oasis eu quis que tocasse no meu. Será que se eu pedisse das pessoas que estavam me mantendo aqui eles colocaria? Talvez sim. Sei lá. Era o mínimo neh?

Quando apareceu alguém novamente fui solto e guiado até uma espécie de banheiro e trancado lá. Eu entendi que era pra minha higiene pessoal. Então terminei de tirar a venda e a cueca. Tinha shampo, sabonete, escova de dente, creme dental, fio dental, creme corporal e o perfume... aí eu me dei conta de que aquela era minha escova, aquele era o meu shampo, aquele era o meu perfume. Comecei a ficar pela primeira com raiva, na verdade furioso, filhos da puta, eles entram no meu apartamento e mexeram nas minhas coisas. Pode me sequestra, me amarrar, me matar mas não mexa nas minhas coisas. Fiquei lá soltando palavrões e fiz o que tinha que fazer.

Coloque a cueca e a venda assim que acabar e avise pra eu abrir a porta - disse a voz, uma voz grave e profunda.

Eu fiz tudo que ele mandou e bati na portal like a Sheldon.

-Que bom, você sabe obedecer. Pensei que ia ter que te punir por rebeldia. Você merece um prêmio. O que quer?

-Ir embora - óbvio que era isso que eu queria.

-Assim você machuca meus sentimentos, estou sendo um anfitrião tão ruim assim? - a frase carregada de sarcasmo.

-Acredito que poderia ser pior, mas nem de longe é agradável.

-Escolha algo aceitável ou não vai receber nada. - disse impaciente.

-No meu funeral você pode tocar a música do Oasis?

-Hahahahahahahahha, que história é essa de funeral? - falou entre risos.

-Ora, fui sequestrado e provavelmente serei morto logo só queria partir com algo que eu decidi.

-Você foi salvo. Mas sequestrado foi somente o meio mais fácil de fazer isso.

-Você tem uma visão de mundo bem distorcida.

-Um dia você vai nos agradecer.

-Então é uma espécie de quadrilha?

-Um trio. Mas já falamos demais. Agora só irá ao banheiro amanhã.

-Por que tenho que ficar amarrado e vendado?

-Sabemos quem você é e o que pode fazer. Não somos burros. Você não é confiável.

-Agora quem é que está com os sentimentos feridos?

-Chega de conversa por agora. Aqui você vai ter uma alimentação que preste. Porque você come só porcaria.

-Que tipo de sequestradores são vocês? Agradáveis e preocupados? E ainda não superei o fato de mexerem nas minhas coisas.

-Nossos seus donos agora. Você é tudo relacionado a você é nosso. E já disse, somos seus salvadores.

Ele terminou de me amarrar e senti um nariz e uma boca num rosto barbado passeando pelo vão entre meu pescoço e ombro.

-Haaaá - eu gemi.

-Você está tão cheiroso. E se eu fosse você não ficaria gemendo assim. Os outros meio que perdem o controle com esses tipos de gemidos. - ele termina de falar e morde meu mamilo esquerdo.

Eu só consigo gemer ainda mais alto. É tão bom e intenso.

-kkkkkkkkk garoto. Não me provoca.

Em seguida, a porta se fecha mas ainda sinto a barba dele no meu pescoço e os dentes dele no meu mamilo que está queimando enquanto meu pau está babando na cueca.

Ao menos eles não são matadores nem membros de alguma seita. Apenas psicopatas tirados. Eu posso lidar com isso. Ao menos pelo que parece eu vou trancar antes de morrer. Mas pelo visto eu vou ser o uke e é eu achando que seria o seme na minha vida sexual. Mas o estranho é que isso não me incomodava nem um pouco. Pra quem achava que ia morrer está bom até demais.

Bom galera. Essa foi uma idéia que eu tive do nada e acabei escrevendo. Com o novo celular porque o anterior foi roubado com todos os meus rascunhos e é um saco refazer tudo que eu criei antes e isso foge aquilo que eu queria muita coisa acaba mudando. Mas no futuro eu quero terminar complementar. Já o orgulho e promessas é uma parada a longo prazo que eu gosto de escrever quando tô com tesao :)

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Comentários

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Cara, merecia super uma continuação!

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Esse rascunho merece uma continuaçao o quanto antes mt bom

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