Meu macho, meu amor. (Parte -13)

Um conto erótico de Carter26
Categoria: Homossexual
Contém 4100 palavras
Data: 12/09/2015 22:44:57
Assuntos: Gay, Homossexual, luta, Romance

Leo Knowles: Muito obrigado mesmo, Leo. Hey, você é parente da Beyoncé? kkk Abraços. Seu sobrenome é famoso rsrs

R.Ribeiro: Obrigado, mano. Muito bom ler teus comentários, fico feliz por estar gostando. Cara agora que vim ver que, comigo, somos 5 paraenses por aqui. O Fernando808, S2DrickaS2, Atheno, você e eu... pelo menos são esses que lembro. Podíamos dar um rolêzinho uma hora dessas heim kkk. Abraços, camarada. Fique bem e aproveite o fds.

Plutão: Ah, Plutão, você é tão gentil e meigo. Que bom que você esteja gostando, fico feliz. Bom, tenho um bom sábado e uma semana incrível. Beijos e abraços carinhosos.

prireis822: Então, se amar uma pessoa deixa as coisas pra lá de complicadas, imagine amar duas. Complicado ao quadrado. Beijinhos a você e uma ótima noite de sábado.

esperança: Obrigado. Bom fim de semana ;*

LC..pereira: Que bom que esteja gostando. Abraços e bom fds :)

ale.blm: Pois é. Jogo de sinuca mesmo. Que bom que você gosta de Vítor, eu gosto dele tbm kkk. E Flávio é um cara de ouro, gosto dele tbm rsrs. Amo os dois kkk. Beijinhos e fique bem ♥♥

Edu19>Edu15: Ele é um presente dos céus mesmo. Uma das pessoas mais incríveis do planeta. Beijinhos e abraços.

bagsy: Que você é legal, isso nota-se de longe :) Não terei medo então kkk. Flávio é compreensível de mais, outra pessoa teria me matado no momento que murmurava o nome do outro. No mínimo eu faria isso... ou não rs'. Quantos aos polícias eu posso te garantir uma coisa, vc vai ficar perplexo... bom, eu fiquei. Abraços, guri. Tudo de bom ae. :)

lucassh: 3 é de mais. Já ouviu isso? Pois é. Triângulos amorosos são coisas passageiras e enlouquecem qualquer um mesmo... fique tranquilo que não vai ser decepcionante assim o desfecho. Abraços, man ;)

Lobo azul🐺: Senhor Lobo, sobrenome de impacto heim. Você seria, por um acaso infortúnio, um smurff ou um Avatar? Sim, pra gostar tanto assim de azul a ponto de comprar só camisas dessa cor leva a crer que você tem algum parentesco com eles kkk. Brincadeira, cara. A minha favorita é... acho que não tenho uma ainda rs. Obrigado por estar gostando, fico mega feliz. Abraços, sr. Lobo, e fique bem.

S2DrickaS2: Pow, drikinha, não chore. Não quero você triste. Essa sua vida solitária me intriga heim. To muito curioso com ela. Você é daqui do Pará né... como brinquei com R.Ribeiro, vamos dar um rolêzinho. Eu pago o sorvete kkk. À minha leitora fiel, desejo a melhor das noites e um domingo fantástico. Beijos, minha linda ♥♥♥♥

Fernando808: Opa, mais um fiel. Assim eu choro heim. Você tbm está convidado pro rolêzinho kk. Não me importune tanto assim no off, rapaz u.u Bricadeira. Beijinhos à você e melhoras ae da sua gripe ;)

rodrigopaiva: Eu, particularmente, sei que amar duas pessoas é possível e complexo. Como você disse, não é na mesma medida nem proporção e é nessas diferenças que o resultado aparece e a escolha é feita. Abraços, brother e fique bem por ae ;)

holli: Não sei se é pq estou sem óculos, mas não entendi muito bem seu comentário. Sendo qual for, agradeço e desejo a você uma noite linda. Bejos e obrigado por acompanhar.

Vamos ao que importaParte: 13 - Inesperado.

A enfermeira saiu e eu fico pensando que talvez eu merecesse ter morrido nesse acidente. Diabos!, murmurar o nome do outro? Nojo me invade e tento pensar numa forma de me auto torturar... talvez eu me sinta melhor assim. Mas o medicamento que a vagaba da enfermeira me deu faz efeito e eu durmo rápido. No outro dia as visitas aparecem. Primeiro vem Jess, Caio, George e Diogo. Pergunto a eles quem riscou meu gesso e me chamou de corno. Caio ri e diz que foi de brincadeira. Então eles mostram umas fotos que eles tiraram enquanto eu estava dormindo sob efeito de remédios. Uma eles estão tods ao meu redor fazendo algazarra e eu deitado durmindo/ outra tem Diogo colocando o meu dedo na minha boca como se eu estivesse seduzindo/ outra eles passaram batom na minha boca/ outra eles riem/ outra uma enfermeira entra e ralha com eles/ e são muitas fotos. Não sei se fico puto ou se dou risada.

Eu falo ameaçador: O lugar no inferno de cada um de vocês será vip.

Diogo rindo: Nos vemos lá, chapa.

Eles vão embora e vem meus parentes. Alguns trazem presentes, outros fica abençoado minha sorte a ponto de ficar tedioso. Flávio vem toda hora... traz chocolates, ursos demasiados fofos, e me enche de carinho. Então, duas noites depois que acordei, vem quem eu espera vir para por um ponto final. Eu sabia que ele viria me visitar, mesmo sendo em um horário não muito apropriado para visitas. Ele entra e senta ao lado da cama. Brinca com meu gesso e eu apenas o olho. Ele está lindo, com uma jaqueta de couro preta e uma camisa azul que deixa evidente seus peitos musculosos, calça jeans branca e um sapatênis. Noto que a calça está meio sujo que seu rosto está com alguns hematomas.

Vítor com sua voz de monstro: Atrapalhei seu sono?

Eu ouço um trovão ao longe: Não. Eu não durmo muito bem aqui.

Vítor: Você deu um susto em todo mundo heim.

Ficamos em silêncio por uns segundos. Vejo, através da janela de vidro, um relâmpago iluminar tudo lá fora. Conto mentalmente até 11 e então um trovão explode pelos céus. Os raios ficam intensos e logo percebo que aquilo era um temporal forte. Chove pesadamente como se o céu fosse cair.

Depois de 33 respirações minhas, falo: Vítor, vamos direto ao ponto. Estou bem, e isso é evidente. Mas temos que resolver essa situação.

Vítor brinca com meus dedos e ri: Claro claro. E aí, foi seu policial que te atropelou por você ter contado a ele que ainda me ama e que me beijou?

Eu seco: Cresce, Vítor. E como sabe que contei algo a ele?

Vítor: Sei que você contaria. Uma coisa que admiro em você é sua honestidade. Mas me fale, ele te agrediu? Gritou com você? Fiquei louco de preocupação com o que ele faria contigo. Desculpe se foi ruim. Ele foi mal?

Eu tento sentar e falo: É claro que ele não foi mau. Bem que eu queria!

Vítor me olha com os olhos arregalados: Como é?

Eu: Flávio nem ficou chateado... nem contigo. Ele é tão altruísta que fez com que a culpa fosse colocada sobre todos, menos em mim. Me sinto ainda pior. Queria que ele gritasse comigo, me desse um soco. Mas ele não se importou. Só queria que eu fosse feliz.

Vítor: Porcaria. Esse cara é melhor do que eu imaginava. Contava com a reação dele.

Eu: Você vê isso tudo como um jogo?

Vítor: Claro. Onde você é o maior prêmio. Se pensa que ele não está jogando, pode apostar que está.

Eu: Flávio não está fazendo nada!

Vítor: Ah, está sim. Assim como eu. A vantagem dele é sua ótima índole.

Sinto o choro se formando no meu peito e Vítor sente que isso tudo está me enlouquecendo: Vítor, não sei... Não...

Vítor: Shiii. Fica relax que eu não vim aqui te pedir pra escolher nada.

Eu já lagrimando: Não gosto de magoar ele... eu não quero ver você sofrendo... eu... eu... amo os dois.

Vítor vem até mim e me abraça: Calma, meu pequeno. Calma. Não te preocupa, Bruns. Tudo vai dar certo.

Eu: Não vejo como.

Ele afaga minha cabeça: Eu vou desistir. Vou ser bom, Bruns.

Eu: Mais um dos seus jogos?

Ele ri: Talvez. Vou ser apenas seu amigo, Bruns. Não vou pedir mais do quê isso.

Eu limpo as lágrimas e falo: Como podemos ser amigos se a gente se ama desse jeito, Vítor?

Vítor: Uma amizade forte.

Nós dois rimos quando outro trovão sacode o hospital, ele prossegue: Lembra daquela história bíblica? Do rei Salomão e das duas mulheres que brigavam por uma criança?

Eu: Lembro.

Ele: O rei disse pra cortarem a criança ao meio, mas era apenas um teste pra ver quem abriria mão da sua parte para proteger a criança.

Ele me abraça ainda mais forte e enterro a cabeça no seu peito. Sinto ele chorar, com sua voz rouca e grossa ele sussura: Não vou mais cortar você ao meio. Reivindico minha parte para ver você bem. A culpa de você ter se acidentado é minha. Mexi com sua cabeça, deixei você confuso. Não quero que isso se repita.

Vítor estava abrindo mão de mim para mostrar que me amava mais que Flávio, que sua rendição prova isso. Flávio faria o mesmo? Quero dizer a Vítor que sim. Flávio falou que não se importava com minha decisão, desde que eu fosse feliz. Mas Flávio me dera o livre arbítrio, para que eu escolhesse. Vítor está me dando a escolha... a mais saudável para todos. No fundo eu me sinto bem, por que sei que ele está falando isso de coração. Quando toco na sua costelas ele deixa escapar um "au" e se encolhe de, segundo penso, dor.

Me afasto dele e olho ele nos olhos: O que foi isso no seu rosto?

Ele ri e fala: Você herdou o gênio do seu pai. Encontrei ele no corredor e... bem. Olhe o resultado. Ele soca bem. Queria que ele me batesse mais, eu mereço, só que vocês todos são muito educados para esse tipo de coisa.

Nós rimos. Ele diz que encontrou meu pai no corredor e que levou umas bifas do velho por ter me deixado no passado e disse se essa volta dele seria uma coisa boa. Vítor se desculpou e disse que só queria me ver e que não era e nunca foi intenção nenhuma prejudicar minha vida. No fim meu pai deixou e ele pôde vir me ver... mas essa história estava mal contada, só que não falo nad pq estou aproveitando a presença de Vítor.

Vítor: Posso pedir só uma coisa?

Eu: Claro.

Ele: Me deixa ficar perto. Não se afasta de mim. Prometo que não vou mais forçar a barra, de verdade eu quero apenas sua amizade.

Não gosto da ideia mas falo: Claro... somos primos.

Então conversamos sobre quase tudo. Ele diz que agora está livre e que soube dar uma rasteira na polícia com maestria. Alguns arquivos e informações do sistema policial havia sido alterado deixando a operação um caos. Passou apenas dois dias na cadeia e saiu sob fiança. O melhor advogado do país o ajudara e, a julgar pela bagunça no sistema da polícia, os anjos-da-guarda haviam entrado em ação. Perguntei com o quê ele estava metido mas a resposta era a mesma, que ele um dia me contaria. Não precionei. Só de saber que ele estava livre me deixava bem. "No crime nada acaba bem", penso pesaroso.

Eu: Vítor, você ainda está metido com algo ilícito?

Ele ri e fala: Não exatamente. Fica tranks que to suave. To mudando meu status para "God boy". Meus pais pensam que me formei em química, seus pais nossos amigos... bom, pelo menos eram meus, me culpam pelo que fiz com você. Jess tá tão engraçadinha, mas não fala comigo. Diogo nem olha na minha cara assim como George. Meus amigos de infância me odeiam. E com razão.

Eu: Você me deu um fora, otário. Quer que eles te beijem as faces? - falo rindo e sinto que falar do passado daquele jeito não me causa danos nenhum.

Ele ri: Sou um panaca. Mas espero um dia ter a amizade deles... gosto de todos.

Eu: Nós éramos um quinteto foda heim. Tacavamos o terror no colégio.

Rimos e falamos mais sobre nossa adolescência onde todos víamos a vida desconplicada. Era bom conversar com esse novo Vítor. Era bom tem o meu primo de volta. Mas era bom eu ficar perto dele?... para mim seria bom? Bem, até agora estava ótimo. Vítor se levanta e vejo ele fazer uma careta de dor e leva a mão involuntariamente às costelas. Ele ri e disfarça dizendo que ficou muito com o cu na cama. Conheço ele o bastante e sei que ele está me escondendo que não fora meu pai que deu uns socos nele. Me preocupo e quando insisto em perguntar o celular dele toca.

Vítor: Fala. Ahamm. Certo. Ok. Tudo bem... Vai pro inferno!

Ele desliga.

Eu: Você vai ficar bem?

Vítor: Desde que você me queira por perto, eu estarei ótimo.

Antes de sair ele aperta minha mão e dá uma piscadela pra mim. Dou um riso e por um instante vejo o brilho apaixonado nos seus olhos. Essa nossa nova fase "amigos" daria certo? Tarde de mais eu descobriria que não.

*4 hora antes*

Flávio desceu do carro e andou pelo estacionamento do hospital com uma calma ímpar. O som dos seus passos ecoavam pelo lugar vazio e silencioso e causavam um barulho muito solitário. Ele sempre ia nas madrugadas visitar Bruno, sem que este soubesse, para ver ele dormindo. Se caso Bruno descobrisse, com certeza ralharia com Flávio por ele não está descansando. Mas ver aquela criaturinha teimosa e complexa no mais dos profundos sonhos, era mais do que satisfatório. Claro, as duas semanas na qual ele estava em coma não foram nem um pouco reconfortante, eram agoniante, horríveis juntos com os pensamentos de que ele poderia jamais acordar. Há duas noites, depois que Bruno voltara ao mundo dos vivos, mais uma vez, Flávio ia ver ele dormir. O policial olhou para o céu e viu nuvens espessas avançando indolentes, apesar de não haver vento no nível do solo. A julgar pela pressão da atmosfera, quente e pesada, Flávio concluiu que logo algo maior que uma tempestade explodiria de cima. O céu tinha um plano feroz praquela madrugada. Andou uns 10 metros e sentiu alguém lhe observando.

"Aguce seus sentidos. Olhe o ambiente com o corpo, não somente com os olhos", pensou ele lembrando dos ensinamentos do seu mestre. Ao leste, atrás de um carro prata alto, tinha alguém. Ele adivinhou isso sem nem menos olhar pra direção. Sua arma estava na cintura, e Flávio sentiu que a figura estava só. Ele sabia quem era. Isso era óbvio.

Flávio calmo e sério: Achei que estaria aqui. Mas não escondido.

A figura saiu, grande, forte e com ar de afronta. Sua voz rouca e grave cortou o silêncio da madrugada: Quem te falou que eu tava escondido?

Flávio: Você é tão previsível que se torna patético.

Vítor ficou irado e avançou: É bom de falar... mas é bom na porrada, disgraça!

Flávio: Não vou brigar contigo, cara.

Vítor debochou: Pq? Se eu te espancar vai meter o teu distintivo no meio e me prender por ser um bundão?

Flávio riu: Uma luta de homem pra homem? Bom, sendo assim... quero mesmo quebrar essa tua cara.

Vítor: Ah, pra bater na cara do papai aqui tem que ter duas rolas.

Flávio: É bom de falar e se sarfar da polícia, mas é bom na briga, panaca?

Enfim os ventos das nuvens de cima sopraram para baixo e as rajadas eram fracas, contudo frias o bastante para arrepiar os pêlos do corpo inteiro. Vítor avançou com os punhos fechados e Flávio se colocou em modo defesa. Não estava em seus planos brigar no meio da madrugada como um jovem de 14 anos, mas sua vontade de pegar aquele cara que confundia tanto seu Bruno era tanta que ele esqueceu dos seus princípios. "Olhe com o corpo", sentiu todos os músculos de Vítor se retesarem em uma pressão que ia toda pro punho esquerdo, o primeiro soco viria dali, concluiu. Mas Vítor o enganou e mudou o apoio dos pés, e o punho direito foi lançado em direção ao maxilar de Flávio, só que ele desviou o golpe com uma das mãos.

Flávio: O crianção sabe brigar, heim.

Vítor foi para cima e Flávio de defesa se colocou em modo "ataque". Desviou um soco que estava direcionado ao seu diafragma, aproveitou a guarda-baixa do rosto de Vítor e socou com toda a força. Por pouco atingiu seu alvo, mas Vítor sabia lutar e desviou, então viu caminho aberto até o abdômem de Flávio e enterrou seu punho lá. Flávio cambaleou, mas não ficou abalado. "Estude o ataque do oponente, aprenda com os golpes que ele dá". Vítor chutou a coxa de Flávio, chutou novamente com os punhos erguidos a altura do queixo, assim como Flávio. Um chute veio e Flávio fez menção de segurar a perna dele, era o que Vítor esperava, mas Flávio sentiu que ele queria aquilo e se abaixou soltando rapidamente a perna de Vítor e deu dois socos rápidos nas costelas do adversário e subiu o punho direito num gancho perfeito, como um foguete, e o atingiu com força o queixo de Vítor. Em um homem normal, aquilo significaria a morte. Contudo, Vítor era preparado fisica e mentalmente, o golpe o desequilibrou. Flávio atacou ele, não em seu rosto, um soco de direita na barriga tirando-lhe o ar, outro de esquerda no diafragma, direita na barriga, abaixou-se e desferiu uma cotevelada em sua coxa. Vítor se abaixou e ficou de joelhos e Flávio logo estava de pé e deu uma joelhada no peito dele.

Vítor caiu pra trás e riu: Bons golpes. Mas isso foi só o aquecimento - Se pôs de pé e avançou.

Aqueles dois cara em enormes, suas massas física eram compostas por um revestimento de músculos muito bem distribuídos e pra lá de preparados. Os golpes de Flávio não abalaram em nada o outro, embora tenham sido as investidas que derrubariam um boi. Flávio desviava dos socos, bloqueava e investia. Vítor defendia, atacava e tentava ver uma brecha na defesa do outro. Flávio descuidou do seu maxilar esquerdo quando parou uma joelhada e foi o bastante para Vítor. Ele mirou um "direito" - nome de um golpe comum nas lutas de vale tudo - com o punho direito em um movimento que começou na altura do ombro de Flávio e saiu na horizontal indo de encontro a bochecha esquerda. O soco fora certeiro e Flávio previu outro no rosto e também atacou... mas era tarde. Como uma raposa, Vítor girou e se colocou atrás dele e deu uma meia chave de braço que prendeu Flávio com um dos braços, enquanto o outro dava uma sucessão de golpes na costela esquerda. O policial sentiu ser largado e viu Vítor girar usando uma das pernas como apoio enquanto a outra atingiu sua cintura, sabia que outro chute viria. Vítor era bom em chutes... essa era sua especialidade. Quando a perna desse foi de encontro com sua coxa, Flávio a segurou e se arrependeu. Com a outra perna, Vítor deu um pulo atingiu, com o pé, o lado esquerdo da cabeça de Flávio, Vítor caiu de costas no chão e aproveitou pra dar uma rasteira em Flávio. Flávio se desequilibrou e caiu. Aproveitando a deixa, Vítor usou as pernas como um alicate e fechou elas em torno do pescoço de Flávio, derrubando-o e estrangulando ele numa pressão anormal. O nome desse golpe era "Headscissors" ou "tesoura" e se não fosse o fato de estar sendo sufocado pelo mesmo, Flávio daria Parabéns à sua perfeita execução. Sua cabeça parecia que ia explodir e as pernas de Vítor pareciam duas barras de concreto pressionando sua garganta, se não fizesse nada, Flávio iria apagar em 15 segundos.

Vítor de bruços e com Flávio entre as pernas: Quem é o fodão, mané?

Flávio buscou uma solução alternativa, parou de tentar separar as pernas de Vítor e colocou as mãos juntas como se fosse rezar, mas em vez disso subiu elas juntas, como se fosse uma serpente, até próximo o pescoço, bem entre as pernas que faziam uma pressão incrível e afastou as palmas como se fosse um alicate se abrindo. Vítor percebeu que Flávio obteria êxito e colocou mais força. Não adiantou, no chão mesmo sentiu um pé atingir sua coluna na altura do ombro e Flávio se libertou arfando, girou no chão e se colocou de pé. Vítor deu um pulo como se fosse um gato e estava ereto e na defensiva. Ambos respiravam pesadamente.

Vítor: Bom truque, coroa. Confeso que fiquei impressionado. Nunca ninguém havia se libertado do meu "tesoura na cabeça".

Flávio ri: Eu nunca vi alguém executar ele tão bem. Parabéns.

Vítor ri: Você luta legal (ele pega no lábio com o dedo e ver que ele sangra). Faz tempo que não dou uma surra em alguém assim.

Flávio cai na risada: Surra? Mas eu vi isso somente como uma brincadeira. Não briguei de "verdade".

Um relâmpago cortou o céu e o vento aumentou. Vítor baixou a guarda e falou: Confesso que eu queria essa luta. Mas vim aqui pra ver Bruno.

Flávio grunhiu: Nem pensar. Só por cima do meu cadáver.

Vítor ergueu as mãos em sinal de paz e falou: Olha, me rendo. Não quero ficar me atracando contigo feito uma bixa. Não agora... mas vou te mostrar como se bate de verdade uma hora dessas.

Aquilo pegou Flávio de surpresa, esperava ver Vítor ser petulante e insistente. Mas ele estava desistindo da agressão e passando à diplomacia. Isso não condizia com ele: Qual é o truque, garoto?

Vítor: Vim apenas deixar o caminho livre pra ti. Não vou mais forçar nada com Bruno. Amo ele mais que tu, a ponto de deixar ele ficar contigo. Vou recomeçar minha vida.

Flávio sentia que ele jogava um joguinho de manipulação. Quando Vítor fora interrogado, por Eduardo e por ele, o dito cujo se mostrou sagaz, esperto e dotado de uma inteligência assustadora. Era observador e usava as pessoas contra elas mesmas. Aquele garoto estaria planejando algo agora ou seu amor por Bruno era maior?

Vítor percebeu que ele estava desconfiado e disse: Não vou suportar mais ver Bruno quase perder a vida por mim. Aquele acidente com ele fou culpa minha... eu pressionei ele. Eu forcei a barra. Só quero falar com ele. Eu sinto que ele me espera

Flávio: Sei que você não machucaria ele, mas você próximo seria bom para ele?

Vítor: Talvez não. Mas quero recomeçar com ele. Não vou mais ser um importuno. Vai, cara. Confia em mim. Só quero recomeçar.

Flávio: Não mando em Bruno, disse que ele poderia escolher qualquer um. Mas depois do acidente vi que você é uma ameaça pra ele.

Vítor impaciente: Ótimo, se não me deixar falar com ele agora, falo depois. Eu posso e você sabe. Estava aqui simplesmente esperando sua permissão.

Flávio percebeu que ele tramava algo: Você sabe que sem sua ajuda, meu relacionamento com Bruno pode não dar certo não é?

Vítor riu: Bom, digamos que sr. Eduardo prove que o que você disse seja a mais pura verdade.

No interrogatório, Flávio notou que Vítor percebera seu relacionamento com Eduardo antes mesmo de perguntar algo. Deduziu tudo sozinho só de olhar o comportamento dos dois e chegara à uma conclusão; Eduardo seria o novo impasse na vida de Flávio e Bruno.

Flávio: Você joga bem, garoto. Mostrar ser o bom moço, deixar com que outras pessoas desgaste meu relacionamento e então entrar em cena como o herói.

Vítor: Você acertou. Mas ao contrário de você, eu deixo tudo seguir seu fluxo naturalmente... Não penso, não planejo. Os eventos da vida se encarregam de tudo.

Flávio: Pois bem. Vá ver Bruno. Faça o que você quer fazer. Confio no que é certo e não em jogos. Confio no meu amor e não nos meus planos. Confio em Bruno.

Vítor riu e falou: Desculpa, mas aquele Eduardo vai ser um problema na vida de vocês, e isso é verdade. E de coração, só quero o bem do Bruno.

Flávio falou cansado: E é isso que me deixa receoso, esse teu amor por ele. Vai lá com ele. Mas não abuse, ainda estou me segurando para não te encher ainda mais de porrada.

Os primeiros pingos de chuva cairam e uma rajada de vento sacudiu as árvores ao redor. A tempestade enfim estourava.

Vítor rir: Foi uma briga boa.

Deu as costas e saiu em direção ao hospital. De encontro a Bruno.

Continua...

Galera, não reparem nos erros. Essa parte foi apagada do meu Dropbox e somente Deus sabe por quê. Logo, tive que reescrever ela toda agora de noite, em menos de uma hora, pq agora de daqui a pouco irei à uma festa longe de tudo e todos e portanto teria que terminar rápido para postar ela ainda hoje rs'. Agradeço o carinho de todos que acompanham a história, todos mesmo. Beijinho em cda um de vcs.

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Comentários

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Pow o que houve com o Bruno o mano sumiu. . . Estou mais uma vez akiii pedindo a volta do mano!

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Cara, concordo com o R.Ribeiro... VOLTA LOGO MANOOOO! Por favor, foi tey conto que me incentivou a escrever o meu... Não nos deixe :(

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Cara Cade Você?. . . Não Esquece Da Gente Aqui!

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cara tua historia de vida parece filme !!! eu achei ela hj e como tenho problema de visão demorei pra ler esses treze capitulos.amei cada paragrafo .o flavio é meu sonho de consumo rsrs. e tbm amei sua maneira de escrever .beijos da drika.

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Verdade concordo com a S2DrickaS2 sorvete de cupuaçu é muito bom hehehe

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Carter , eu sou fã da Beyoncé , por isso coloquei esse nome aqui , seu nome é o mesmo sobrenome do Jay ♥ Falando do conto , que briga babado , amei , tô com medo e curiosidade sobre o que vem por aí

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Com certeza, sou parente dos smurfs( nada contra Avatars, mas eles são muito feios. Kkkkkk...). Sei lá, sou meio louco com a cor azul(minha mãe briga comigo) kkkk... Obrigado, espero e desejo que fique bem... Estou pensando em começar meu primeiro conto. Estou trabalhando nele( vai se chamar: A FARSA) Espero que marque presença nos comentários. Nem que seja, para me criticar bastante kkkkkkk...Seu conto está perfeito. Abração do Lobo Azul

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Pelo que percebi em comentários teus, ainda estás com Flávio. Espero que não demores a dar um final em Eduardo, pois já está um pela-saco. Um abraço carinhoso para ti e para Flávio,

Plutão

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Pow poderiamos mesmo marcar um rolê. . . O conto ficou otimo achei muito boa a briga queria que o Flavio desse mais porrado no Vitor. . . seu conto acada capitulo fica mais emocionante volta logo para postar o proximo. . . vamos marcar esse rolê!

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Gente eu amoooo o Vitor. Acho que o Flávio nao é tão bonzinho assim não. Eu gosto muito do Vitor.

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Amei. É Vdd amar é complicado mesmo quero so ver o que vitor vai aprontar. bjos

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Não gosto de Vitor. A sensação que ele me dá é que tudo não passa de um teste para ele mesmo, onde tudo e todos são utensílios para que ele chegue onde quer chegar. Foi legal ver a reação do Flávio, a briga. Mas Bruno não pode se deixar levar pelas palavrinhas bonitas. Espero que ele abra os olhos antes que seja muito tarde demais. Quero nem pensar na surpresa de quem são os policiais. Mas já vou avisando que a curiosidade tá me corroendo. E quanto ao elogio, obrigado hahahahaha sou legal, mas você é mais. Abraço!

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Ainda gosto do Vitor me julguem kkkkkk cada capítulo é um tiro, ansioso pela continuação

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