O Estuprador 12

Um conto erótico de LUCAS
Categoria: Homossexual
Contém 2133 palavras
Data: 12/09/2015 04:58:49

MAIS UM CAPITULO, AGORA O RUMO DA HISTORIA MUDOU, MAS QUEM NAO MUDA QUANDO AMA? NAO FIQUEM TRISTES, DESDE QUE CRIEI ESSE CONTO SEI EXATAMENTE COMO ELE TERMINA, E BOM, ESPERO QUE APRECIEM, COMENTEM, E ACIMA DE TUDO, QUE GOSTEM =)

“Quase todas as pessoas seriam capazes de tudo para proteger alguém que ama. Todas dariam a vida pela pessoa amada, todas seriam capazes de matar para proteger.”

Essa frase soa meio clichê, a verdade é que o amor tira a razão. É como um vinho que nos entorpece os sentidos, nos confunde, trai nossos sentidos. Mas convenhamos, dar a vida é fácil, ainda mais por que sinceramente não faz diferença o que acontece depois que morremos. Matar, matamos por dinheiro, por vingança, por inveja, pelo simples prazer de matar, matamos por qualquer coisa. Por amor vamos contra a nossa própria natureza, por amor somos racionalmente irracionais.

As lagrimas escorriam pelo meu rosto e pingavam como a chuva que caia do lado de fora do edifício. Eu estava entre a cruz e a espada, me sentia frustrado. Francisco tinha me deixado aqui nessa sala sozinho com ela. Ele tinha colocado algo na minha mão, me dado um beijo no rosto, sussurrado alguma coisa que não consegui entender, eu me sentia distante, longe de tudo. Eu queria sumir com o Ruan dali. Pegar um carro, um avião e sair do pais, deixar tudo isso pra trás. Acho que ele teria gostado de viajar para a Espanha, conhecer Madri, talvez pudéssemos conhecer, talvez pudéssemos conhecer o mundo todo, eu e ele. Pra isso eu tinha que fazer uma coisa má.

Ela me encarava sorrindo, a vadia se divertia com a dor que tinha me causado, com a dor que tinha causado ao meu Ruan. Uma coisa tinham deixado bem claro, a vida do meu Ruan estava agora nas minhas mãos. Se ele viveria ou morreria so dependia de mim, de eu ser mal. Se para Ruan viver eu precisava ser mal, então por Deus eu seria o próprio demônio encarnado! Chega de chorar. Eu sabia que o salvando, estaria perdendo ele para sempre.

Eu não sabia o que fazer, eu sinceramente estava surpreso, espantado. Como ela podia ter feito aquilo com Ruan? Os piores monstros são os que usam sedas, tem um sorriso encantador, de onde você menos espera que venha uma traição. Ela me observa, sabe o que tenho que fazer. Não parece ter medo, parece um pouco resignada. Na verdade parecia feliz. Respirei fundo, “Ruan eu te amo, espero que algum dia possa me perdoar” pensei. Saiu uma voz baixa da minha mão, não pude entender o que disse. Abri a mão e dentro dela tinha um fone sem fio, coloquei no ouvido.

--- Está pronto? – A voz perguntou. Eu não tinha opção, tinha? Eu sabia que eles podiam me ver, fiz um leve movimento afirmativo com a cabeça – ótimo, dor!

Francisco tinha me dito que eu teria que seguir instruções ao pé da letra se eu quisesse que Ruan saísse vivo dessa encrenca que aquela vaca tinha nós colocado, que faria com que ele me odiasse. Mas eu não a odiava, eu não entendia os motivos que a tinham levado a trair Ruan. Seria uma decepção para ele, disso eu tinha certeza. O importante é que ele sairia vivo dessa.

Caminhei até ela. Pude sentir seu perfume doce, ela era realmente linda. Era o tipo de mulher que poderia ter qualquer homem aos seus pés. Agora era a hora de ser forte. Levantei o braço e dei um tapa, sim um tapa. Sei que não era o que estavam esperando, queriam algo mais forte que isso, mas creio que isso era o suficiente para começar. O som ecoou pela sala, minha mão ardia como se eu estivesse brincando de ai ai quem gritar primeiro sai. O rosto dela ficou com a marca da minha mão e vi que seus olhos brilhavam, como se fosse chorar, mas ela abriu um sorriso enorme.

---- Você bate igual uma menininha, seu viado de merda. – Ela gritou, e cuspiu em mim. Suspirei, já esperava por algo assim. Ruan me perdoa.

--- Dor – novamente a voz em meu olvido. Levantei o braço e desci, de novo, e de novo e de novo. Fiquei encarando o teto, não queria ver a dor que eu causava a ela, mesmo ela merecendo. Mas era uma dor necessária, para segurança do Ruan.

--- Isso continua. Tudo o que fizer você se sentir mais homem do que realmente é. – Não sei por que me veio a memória de quando fiz amor com Ruan, sim eu era frágil na maior parte do tempo, mas isso era passado, tinha que ser, toda rosa tem seus espinhos assim como a amora. Realmente não importava o que ela dizia. Mas meu dever ali era trazer para ela nada mais nada menos que ... dor. Virei de costas, eu tinha que faze-la sofrer. Talvez eu me arrependesse do que ia fazer agora mas no momento eu não tinha escolha.

--- Ruan se entregou para mim, ele é quente. – Deixei a última palavra pairando no ar. Pude sentir a tensão de seu olhar sob minhas costas. Virei de frente a encarando nos olhos, ela estava furiosa. – Muito quente. – Eu disse a última palavra como se acariciasse com a boca, se ela não estivesse presa provável que estaria me estrangulando. Senti algo estranho, eu estava começando a gostar disso, faze-la sofrer poderia não ser tão mal assim. Senti o canto dos meus lábios se levantarem suavemente.

--- Prazer. – A voz ordenou dessa vez. Que droga, e agora? O que eu faria? Suspirei, eu tinha que faze-la se sentir bem. Passei a costa da mão em seu rosto, eu estava com nojo de ter que toca-la assim. Afastei a mão eu não ia conseguir, caminhei até o outro lado da sala, o mais longe possível dela. – o que aconteceu Lucas?

--- Eu não posso, simplesmente não consigo, ela me dá nojo.

--- Por ser mulher? – Eu sabia que ele não estava sendo sarcástico.

--- Não, por ser você sabe quem.

--- Você sabe o que acontece se não fizer o que te peço ne? - Escutei um grito, ai meu deus, era Ruan? Se sim ou se não eu não tinha como saber.

--- Por favor não o machuquem. Me ajudem a fazer isso, sozinho não da. – Minha voz já começando a ficar chorosa de novo.

--- Atrás dela, está vendo um armário? – Olhei na direção que tinham me indicado, lá estava. Dei a volta na cadeira com a puta amarrada. Abri a porta e fiquei parado esperando mais ordens. - Na segunda prateleira no fundo do lado esquerdo tem uma garrafa pegue ela e beba, se embebede, fique bêbado, mas não ao ponto de cair no sono. Por que se você dormir ele morre. Essa garrafa é a única ajuda que posso te dar no momento.

Suspirei, ótimo! Realmente ótimo. Peguei a garrafa com um liquido transparente tirei a tampa e virei. Tinha um gosto doce na boca, mas quando passou pela garganta, meu deus que sensação horrível de estar queimando. Respirei fundo encarando a garrafa, encostei as costas no armário e olhei para ela, estava parada encarando em frente, não podia me ver. Seria mais fácil se eles me mandassem matar. Não que minha consciência me deixaria dormir em paz algum dia do resto da minha vida. Só que seria mais simples, a tv mostra que não é tao difícil assim. Só precisaria torcer o pescoço dela, acho que eu conseguiria. Era algo bem simples, um pouco de força até ouvir o famoso estralo dos ossos... abanei a cabeça, meu deus, eu queria matar alguém ao invés de dar-lhe prazer. Olhei a garrafa de novo, ela estava cheia, a luz branca das lâmpadas de mercúrio brincavam no liquido. “É minha amiga estamos fodidos” pensei enquanto dava mais uma golada e caminhava mais uma vez para ela. Eles já tinham machucado muito o Ruan, e eu tinha decidido que não ia deixar eles fazerem isso de novo, custasse o que custasse, e daí se eu nunca mais dormisse? Tudo tem um preço e eu estava disposto a pagar.

O liquido descia queimando, mas agora já era um calor bem-vindo. Coloquei a garrafa na mesa cheia de trecos aparentemente cirúrgicos que estava do lado da cadeira com ela, ela era muito bonita. Passei a mão no rosto dela, ela me encarava, não tenho ideia do que pensava e não fazia diferença. Ela olhou para a garrafa, e para mim, fez esse caminho com os olhos umas quatro vezes.

--- Você vai me queimar? – Agora eu entendi, deixei escapar uma gargalhada, não que fosse engraçado, acho que foi culpa da bebida que já estava começando a mostrar efeito. Seus olhos ficaram maiores, gostei de vê-la com medo. A gargalhada tinha passado, mas tinha deixado um sorriso pra trás.

Cheguei perto do rosto dela e levei minha boca até sua orelha, coloquei o cabelo por trás da orelha e sussurrei – vou sim, vou fazer churrasquinho de vaca.

Senti todo o seu corpo se enrijecer. Peguei a garrafa e fingi que ia jogar nela, seu olhar ficou aterrorizado.

--- Lucas o que esta fazendo? Não foi isso que pedi.

--- Calma, hahahaha. Depois de tudo que essa vaca me fez, a mim e ao Ruan é justo que sofra mais que... – suspirei. Ela me encarava misto de medo e curiosidade. Dei mais um gole na bebida. – não é pra você – falei para ela. Seus olhos brilharam com compreensão e raiva, percebeu que eu tinha brincado. Mas se ela tinha acreditado, bom esses caras eram mais loucos do que eu imaginava. Continuei acariciando o rosto dela sorrindo. – Entendo por que Ruan gostou, gosta de você, você é mesmo linda.

Ela revirou os olhos – está me cantando? – Ela parecia divertida com a ideia de que eu pudesse ter qualquer interesse pessoal nela.

--- Em puta não é preciso passar cantada. E agora você é minha putinha! – Que nojo. Segurei em seu queixo com firmeza e aproximei o rosto. Parei meus lábios a poucos centímetros dos dela. – Minha putinha! – Eu sussurrei imaginando que seria isso o que um hétero diria. Coloquei a mão em sua nuca segurando seu cabelo. Olhei sua boca, era cheia, não tinha batom, isso era bom, pelo menos eu podia fingir que ela não era mulher por uns instantes. Encostei os lábios entre abertos nos dela, pude sentir o gosto do que me esperava, cereja. Ela não se afastou, estava me encarando de olhos arregalados. Fechei os olhos e a beijei, imaginei que ela fosse Jorge cloney, Marcos Pitombo, ou qualquer outro ator que eu achava gostoso.

No começo deixei apenas nossos lábios brincarem, sinceramente eu estava em dúvida se colocaria a língua, eu afastava dando selinhos, sempre de olhos fechados. Mordia seu lábio, sem machucar, descia até seu queixo e volta para os lábios. E de repente sua língua invadiu minha boca, suavemente, tímida, comecei a passar a minha nela como se a acariciasse. Se por acaso tentasse me morder eu iria arrasta-la pelo cabelo. A imaginação me ajudava a segurar a bile que eu sentia por ela. Invadi sua boca, como tantas vezes o Ruan tinha invadido a minha, avidamente, explorando. Ela começou a chupar ela, apertei um pouco a mão em sua nuca tentando traze-la para mais perto. Estava começando a gostar...

***

A dor estava por todo lugar.

A dor física era bom, significava que eu estava vivo. Já a dor emocional. Bom, eu tinha falhado mais uma vez com a pessoa mais importante da minha vida. Vozes próximas, era melhor eu tentar me concentrar nelaso que te peço ne? – Era a voz do Francisco, nessa hora uma dor trespassa meu ombro me fazendo esquecer do resto do corpo e me fazendo urrar de dor. Eu realmente odiava colocar ossos no lugar, abri um olho, o outro não abria, devia estar inchado, eu estava deitado, talvez em uma maca, um médico estava do meu lado. Tentei sentar ele me segurou. Eu não tinha forças para lutar. Lucas me perdoa, falhei com você de novo. Suspirei, eu era uma merda. Uma bosta de 1, 90 cm de altura, uma bosta alta só isso. Qualquer movimento por menor que fosse trazia dor. Virei a cabeça lentamente em direção de onde tinha saído a voz o que eu vi me fez levantar bruscamente, o movimento me fez urrar de dor.

Meu deus como aquilo era possível? Eu tinha que levantar, ir até onde o Lucas estava. Comecei a me sacudir das mãos medicas que estava me segurando. A dor não importava mais. Senti uma picada no braço. Meu rosto ainda virado para o lado de Francisco, na frente dele um monitor. Não podia ser verdade, meu deus não! Senti a lagrima escorrer enquanto eu adormecia, na minha pálpebra a imagem continuava nítida. Lucas estava beijando Melissa!

BEIJOS DE SUOR E ESPERMA

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