A História de Caleb 21 - últimos capítulos

Um conto erótico de Kahzim
Categoria: Homossexual
Contém 1024 palavras
Data: 07/09/2015 22:15:23

Aquele tapa, sinceramente, a Mari deu por mim, não estava pensando muito no meu futuro no momento, mas bem chateado pela minha mãe demonstrar confiar mais em um maníaco como o Cleber que em mim, o filho que nasceu dela e que ela viu crescer e conhecia melhor do que ninguém.

- Sua sapatão maluca. - Gritou minha mãe. - Ele é meu filho, não seu. Eu sei o que é melhor para ele.

- Você não sabe o que é melhor nem para um cachorro. Ahnrí, entre no apartamento, leve o Caleb. E você - Completou Mari apontando para minha mãe. Não ouse tocar nele, sua conversa agora é comigo.

Acompanhei o Ahnri sem nada falar, sinceramente, não queria falar nada mesmo, é demais exigir de alguém que correu orisco que eu corri de ainda ter que se explicar em algo. Deitei na cama e apaguei, sem nem mesmo dar boa noite.

O dia seguinte amanheceu lindo, sol claro e radiante, bem diferente das nuvens de chumbo de pesavam em minha cabeça. Dormi na cama do Ahnrí, o quarto dele era muito bonito, todo arrumado e com estrantes de livros por toda parte. Virei para o lado e não o vi.

Levantei e fui até a sala, ouvi barulho na cozinha e lá estava ele.

- Bom dia.- Falei.

- Bom dia, dormiu bem?

- Tão bem quanto foi possível. Cara, o que eu faço da merda da minha vida agora?

- Não fala assim, tua vida não é a pior do mundo.

- Por favor, nem tenta ver um lado positivo na coisa. Eu preciso resolver isso, cansei desse loucura de uma hora poder contar com minha mãe a na hora seguinte não poder contar mais.

- Eu queria poder dizer algo bom, mas ela é meio perturbada mesmo. - Falou o Ahnrí rindo um pouco.

- E você ri. - Ralhei enquanto também ria. - Mas é sério, tudo que eu queria era ter 18 anos e poder cuidar da minha vida.

- Está quase lá, faz 17 quando?

- Em novembro. Inclusive… - Minha fala foi interrompida por som de alguém batendo na porta.

- Come aí, - Falou Ahnrí colocando diante de mim dois sanduiches recém preparados. - Eu vou ver quem é.

De repente percebi que estava com muita fome acumulada, peguei o primeiro sanduíce e dei uma dentada que consumiu quase metade de uma só vez. Aparentemente, o Ahrní sabia cozinhar muito bem. Fiquei pensando naquele fim de semana, segunda feira eu iria ao colégio e parecia algo tão distante, desconexo com aquela realidade crua. Fui interrompido nos meus devaneios pelo Ahnrí.

Cara, é a tua mãe.

Minha mãe? - Falei surpreso levantando.

Sim, ela quer falar contigo. Disse que está calma, só quer conversar.

Tudo bem eu vou. - Falei me encaminhando para a porta.

Nem sei dizer que tipo de emoção me dominava naquele momento, eu simplesmente não fazia ideia do que esperar da minha mãe após tantos altos e baixos. Sai pela porta do ap do Ahnrí e ela não estava no corredor, mas a porta do nosso ap estava aberta, então imaginei que ela estaria lá me esperando.

Mãe? - Falei com cautela dando uma olhada para dentro e reparando que minhas coisas estavam todas arrumadas no meio da sala. - Está me expulsando de casa? É isso? - Indaguei apontando para as coisas.

Calma, Caleb. Senta e vamos conversar.

Apesar da situação tensa, não sei como manti completamente a calma, sentei em uma cadeira diante dela e a encarei.

Eu só queria dizer Caleb. - Começou ela. - Que eu tentei. Tentei de todas as formas aceitar você. Sua sexualidade nunca foi problema, mas jamais vou aceitar a devassidão que vem com ela.

Entendi. - Falei impaciente. - Resumindo, eu posso ser gay, mas não posso dar meu rabo para ninguém. Isso não é novidade, fala o que interessa.

Eu falei com seu pai. - Você sabe que ele tem umas kitnets que ele aluga, não muito longe daqui, perto do seu colégio. Você vai morar em uma delas. Já chamei um carro para levar sua cama, seu computador e mesa de estudo, seu pai providenciou uns móveis básicos.. Vamos te dar uma mesada por mês até você poder se sustentar sozinho, mas nem eu nem ele temos estrutura para ficar com você sob o mesmo teto.

Aquilo parecia um sonho para mim, eu até disfarçei as emoções para não parecer que estava alegre demais, imaginei que podia ser colcoado no olho da rua ou ter que conviver com a cara de tacho da minha mãe. Morar sozinho era tudo que eu mais queria.

Tudo bem, eu aceito. - Falei. - Posso ir agora?

Pode. - Quando vier o carro para levar as coisas, você vai junto e conhece o local.

Corri para contar a novidade para o Ahnrí, ele ficou tão pasmo quanto eu. Liguei imediatamente para a Naty e pedi para ela ir no ap do Ahnrí, eles me ajudariam com a mudança. Aquela manhã passou voando. A Mari logo chegou e ficou muito contente também, até tirou brincadeira que aquilo livrava ela de me aturar, porque não me deixaria no olho da rua.

Algumas horas depois, estava no quarto do Ahnri com ele e a Naty quando a Mari vem até mim e me entrega a chave.

O carro está pronto com todas as tuas coisas arrumadas pra levar, tua mãe só avisou quando ja tinham carregado tudo. Vamos todos no meu carro seguindo a mudança?

A oferta da Mari foi bem aceita por todos e logo estavamos a caminho da minha nova morada.

Em poucos dias estava habituado com uma nova rotina. A kitnet era realmente mais próxima do colégio que o ap da minha mãe, precisamente dois quarteirões. Eu precisava focar para não me distrair com o controle que agora tinha sobre tudo na minha vida. Apesar de adorar o Ahnrí e ser muito grato a Mari, eu evitava ao máximo ir no velho condomínio, ia só trazer lembrança triste. Do Cléber também não tive mais notícia e rezava pra ele ter esquecido de mim. Decidi não fazer B.O. nem nada, para não complicar ainda mais as coisas, apesar da insistência da Mari.

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Estou postando os 3 últimos capítulos de uma vez. No último, deixo uma nota de esclarecimento.

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