Me Apaixonei Por Um Babaca!! Final - Parte 1

Um conto erótico de *Luah*
Categoria: Homossexual
Contém 6296 palavras
Data: 04/09/2015 23:42:52

"Se exponha aos seus medos mais profundos. Depois disso, o medo não terá poder nenhum." - Jim Morrison.

Eu - Alô?

Antônio - Marlon! Como você está?

Eu - Como eu estou? Como você acha que eu estou? Onde está a minha mãe, Antônio?

Antônio - Não se preocupe, Marlon. Ela está bem, está em segurança... - ele fez uma breve pausa e depois sussurrou, como se tivesse falando com ele mesmo - ...pelo menos por enquanto... - senti um calafrio percorrer pelo meu corpo todo. Não sei se meu rosto transmitiu o meu medo ou se foi por curiosidade, mas o Pedrinho chegou bem perto e encostou a orelha no telefone tentando ouvir a conversa.

Eu - Esse não era o combinado! O combinado era você vir buscar o envelope e NOS DEIXAR EM PAZ! PORQUE VOCÊ SEQUESTROU A MINHA MÃE? - poucos segundos depois percebi que estava gritando, respirei fundo e tentei me acalmar ao máximo. Olhei para o Pedrinho e ele disse, sem sair som algum de sua boca: "Calma, Marlon. Vai com calma". Balancei a cabeça concordando e continuei. - Eu só quero saber o porquê?

Antônio - Simplesmente por precaução. Entenda, Marlon, eu tinha que ter alguma garantia de que você iria me entregar o envelope e... eu sei que você já leu todos aqueles documentos. Qual garantia eu teria de que esses documentos viriam para minha mão?

Eu - Antônio, não era para você ter metido minha mãe nessa história... - já estava me segurando para não mandar esse cara pro quinto dos infernos! "Calma, Marlon. É a vida da sua mãe que está em jogo", disse a mim mesmo. - Ok então, vamos ao principal: como ficamos agora?

Antônio - Você vai vir me encontrar, eu vou pegar meu envelope e você e sua mãe vão sumir da minha frente para sempre. - disse ele, pausadamente. Eu não sei se foi paranóia minha, mas eu podia jurar que tinha um pouco de ironia na voz dele.

Eu - Onde?

Antônio - Daqui à uma hora na casa da Gabriele. - espera um pouco, como ele sabe que eu sei sobre a Gabriele? Não consegui esconder meu espanto ao perguntar:

Eu - Na casa de quem?

Antônio - Não se faça de besta, Marlon, pois sei muito bem que você não é. Eu sei que ela te contou sobre eu ser o pai dela... - ele fez outra pausa e sua voz, que estava calma até então, ganhou um tom ameaçador - Lembre-se: eu sei de tudo o que acontece ao meu redor. - confesso que isso me assustou um pouco. Ok, Marlon, mantenha o foco!

Eu - Estarei lá. - ele desligou antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa. Respirei fundo e coloquei o telefone no lugar.

Tia - E então?

Eu - Eu vou me encontrar com ele. - disse com a voz mais calma que pude para não deixar ela nervosa, mas pelo espanto no rosto dela percebi que isso não deu muito certo...

Tia - Você vai o quê? Ah, mas não vai mesmo! Esse cara é perigoso, Marlon. Eu não me perdoaria se algo acontecer com você, sua mãe nunca mais me perdoria e... - ela parou de falar e desabou no sofá, soltando um longo suspiro. Eu fui até ela, me ajoelhei e segurei suas mãos.

Eu - Tia, se eu não for ele vai matar minha mãe e eu não posso deixar isso acontecer.

Pedro - Então eu vou com você!

Eu - Não, eu vou sozinho. - eles começaram a protestar, mas eu logo os interrompi - Olha, enquanto eu vou para lá, vocês chamem a polícia, os bombeiros, o exército ou sei lá quem... mas eu preciso ir sozinho, ele tem que pensar que eu estou sozinho. - ficamos uns segundos em silêncio, que foi quebrado pelo Pedrinho.

Pedro - Mãe, apesar de parecer loucura essa ideia, - ele enfatizou bem a palavra "loucura" - o Marlon tem razão. Se o Antônio desconfiar de que a polícia está envolvida, não sei do que ele é capaz de fazer com a tia Sara.

Tia - Vocês não entendem, meus meninos, vocês não entendem. Até a polícia pode estar do lado desse... desse... - do nada ela começou a chorar. Olhei para o Pedrinho e ele se ajoelhou ao meu lado, ficando também de frente para ela. Ela soltou uma de suas mãos da minha e segurou a do Pedrinho. - Meninos, tem uma coisa que eu tenho que contar, uma coisa que a muito tempo eu... escondi. Mas foi para o seu bem, filho, eu juro. - suas lágrimas ainda desciam quando ela disse: - Pedro, como você já sabe, seu pai era militar, e - ela olhou para mim - logo depois da sua mãe contar a história dela, Marlon, meu marido começou a investigar por conta própria e... o Antônio descobriu e começou a nos ameaçar, mas o meu marido não parou; quanto mais ele investigava, mais sujeira ele achava. E cada vez mais tudo aquilo foi ficando mais e mais perigoso, pois o Antônio era, e ainda deve ser, muito influente, principalmente com o pessoal da polícia; só que quando o Fernando descobriu isso já era tarde demais... - ela ficou em silêncio. Olhei para o Pedrinho e ele estava mais branco que um papel. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

Eu - Tia, o Antônio... ele...

Tia - ...Ele matou o Fernando... - disse num sussurro. Pedrinho se sentou no chão e ficou olhando para o nada. - Filho, filho olha para mim! - disse chorando, ele continuou olhando para o vazio. - Eu não podia contar isso antes, eu não tive coragem. Eu preferi não dizer isso para que você não carregasse esse peso como eu fiz durante todo esse tempo. O peso da impotência; não poder fazer nada! - ela começou a soluçar e chorar ao mesmo tempo. Acho que o Pedrinho despertou com o choro da tia e foi abraçá-la, os dois começaram a chorar e a consolar um ao outro. Resolvi sair da sala e deixar os dois a sós, não sabia o que dizer, fui direto para o meu quarto. Levantei o colchão e comecei a juntar aqueles malditos papéis; foi quando eu percebi que havia lágrimas no meu rosto, que eu logo tratei de secar. Minha ficha ainda não caiu, ainda não consigo acreditar que o Antônio tenha matado o seu Fernando, uma das pessoas que ajudaram minha mãe. Esse cara é um monstro! Juntei tudo e coloquei de qualquer jeito dentro do envelope. Não sei o que vai ser daqui para frente, não sei como agir. A única coisa que eu sei é que eu vou tirar minha mãe de lá. Quando voltei para a sala os dois ainda estavam abraçados, me aproximei e dei um beijo na testa da tia e outro na bochecha do Pedrinho.

Eu - Eu vou lá.

Tia - Você tem certeza disso, meu filho?

Eu - Tenho, tia. Não tem outro jeito.

Tia - Que Deus te guie, meu filho. - fui em direção à saída e já do lado de fora, antes de eu fechar a porta, uma mão segurou meu braço.

Pedro - Marlon, eu vou dar um jeito de ajudar você.

Eu - Pedro...

Pedro - Me promete que vai tomar cuidado? - perguntou ele, me interrompendo. Olhei bem no fundo dos seus olhos cor da noite e respondi com toda sinceridade.

Eu - Vou fazer o possível, eu juro. - ele me deu um abraço apertado, onde pude sentir toda a sua angústia. - Eu sinto muito sobre o seu pai. - ele apertou mais ainda o abraço e disse numa voz que saiu um pouco mais que um sussurro:

Pedro - Eu também, Marlon. Eu também. - ficamos mais um tempo abraçados; se eu pudesse, ficaria ali até que os problemas sumissem. Mas a realidade vêm a tona e eu sei que os problemas não irão sumir num estalar de dedos. Eu preciso agir! Como se estivesse lendo meus pensamentos, ele desfez o abraço e me deu um beijo na testa. Respirei fundo, olhei mais uma vez em seus olhos, dei meia volta, apertei o envelope junto ao meu peito e fui caminhando até a casa da Gabriele.

Ok, a casa dela não é longe, mas também não é logo ali na esquina. Deve ser um pouco mais de vinte minutos caminhando, mas decidi ir à pé mesmo para poder pensar no que iria fazer, no que iria dizer, em como eu ia sair de lá. Não tive nenhum plano brilhante; e durante todo o percursso até a casa dela, nada me veio à cabeça. A única coisa que vinha era se minha mãe estava bem, se ela estava machucada. Olha eu juro que se ele encostou num fio de cabelo da minha mãe eu... Meus pensamentos fugiram assim que eu percebi onde estava: em frente a casa da vagabriele! "Respira, Marlon, respira!", repeti à mim mesmo à cada passo que eu dava em direção à porta. Eu já havia estado ali antes uma vez, quando fui fazer um trabalho de escola com a vaca. Eu tinha achado a casa um luxo em seus dois andares, com piso de madeira e as paredes com cor de pastel; agora, a única coisa que me vinha à mente sobre essa casa era o quão rápido eu poderia entrar e sair dela. Cheguei até a porta e toquei a campanhia, pareceu que se passaram séculos até alguém atender a porta. E adivinha quem me atendeu?

Antônio - Entre. - encarei ele por alguns segundos. Ele estava de terno e sapato social escuro, sua boca estava curvada em um sorriso e me arrisco em dizer que era o sorriso mais sarcástico eu já havia visto. Seus olhos eram como olhos de uma águia olhando para sua presa. Medo? Confesso que senti... muito... "Marlon, foca na sua mãe!", pensei. Pressionei mais ainda o envelope no meu peito e passei por ele. Não dei as costas para ele, passei meio que de lado, e continuei encarando ele. Ele tirou seus olhos dos meus e olhou para o envelope. - Bem, você trouxe o que eu pedi.

Eu - Onde está a minha mãe? - ele voltou a olhar para mim.

Antônio - Como eu já disse antes, ela está bem. - ainda com seu sorriso no rosto, ele fez um gesto com as mãos para mim continuar andando. Meu coração batia feito um louco, mais parecia uma escola de samba na avenida. Como eu continuei parado, ele se aproximou de mim e parou ao meu lado. - Vamos? - perguntou. Sua voz continuava inabalavelmente calma, e era isso o que mais me irritava (e me dava medo também). Acenei com a cabeça e andamos lado a lado pelo pequeno corredor até a sala. - Deve estar ansioso para ver a Sara, não é mesmo? Sente-se, vou buscá-la. - disse, e sumiu por um corredor. Continuei de pé tentando controlar a minha respiração. A sala é bem espaçosa e juro que eu imaginei que, quando eu entrasse, ia ver um monte de brutamontes parados na sala; mas não, a sala estava completamente vazia, aliás, a casa estava tão silenciosa que eu podia ouvir meu coração batendo. Nesse tempo que eu fiquei parado ali, sozinho, pensei em como todo esse inferno tinha começado. Desde o momento em que vi o Antônio pela primeira vez, lá na minha casa com a minha mãe, até agora, na casa da Gabriele... Só em pensar nela me veio a mente a cena dela "dançando" e "cantando" (argh, credo!). "Marlon, acorda! Pensa em como vocês vão sair daqui!", olhei ao meu redor procurando alguma forma de sair. Janelas? Tem, mais tem umas barras de ferro nelas, então, não vai rolar. Outras portas?... Sim! Eu lembro de uma porta que eu vi quando vim aqui, fica na cozinha e dá para uma ruazinha que tem atrás da casa. Mas como chegar até ela com a minha mãe é que está o problema, e também tem outra coisa: e se ela estiver trancada? Sou tirado dos meus pensamentos por barulho de passos se aproximando. Na mesma hora eu olhei para onde eles vinham. Mas a voz do Antônio me alcançou antes que eu pudesse vê-los.

Antônio - Olha, Sara! Olha quem veio te ver. - décimos de segundos depois eles entraram nas minhas vistas e tudo parou por alguns segundos quando os olhos dela encontraram os meus. Faz apenas algumas horas desde que eu vi minha mãe pela última vez, mas ela parecia ter envelhicido décadas. Seu olhar transmitia angústia, seus ombros estavam caídos, ela estava meia curvada e sua boca estava inchada. Estremeci só de vê-la assim. O Antônio segurava seus ombros com força, o que me fez querer voar em cima dele.

Eu - Mãe... - gostaria que minha voz tivesse saído mais forte, queria transmitir à ela que tudo ia dar certo (mesmo que eu não acreditasse tanto nisso... Eu sei, eu sei, não estou sendo muito otimimista, mas tem que concordar comigo que é muita pressão para eu conseguir pensar em coisas positivas), mas minha voz não mais do que um sussurro.

Sara - Marlon... - antes que ela dissesse mais alguma coisa, ele a interrompeu.

Antônio - Ora, o que é isso? Não tem tanto tempo assim que vocês não se vêem. - e, de novo, ele deu aquele sorriso sarcástico. Eu tirei os olhos da minha mãe e voltei o meu olhar à ele.

Eu - Não era isso aqui que você queria? - disse, levantando o envelope. - Solta a minha mãe. - ele me encarou por alguns segundos e depois ele sorriu.

Antônio - Bem, já que é assim... - ele soltou os ombros da minha mãe e fez um gesto indicando para ela vir na minha até mim. Não estávamos tão longe um do outro, eram uns sete passos de distância mais ou menos, distância essa que foi logo diminuída pelos passos apressados da minha mãe. Ela veio até mim e me deu um abraço bem apertado.

Sara - Quando eu disser para você correr, você foge daqui. Me ouviu? - sussurrou ela no meu ouvido, enquanto estávamos abraçados. Desfizemos o abraço e eu acenei levemente com a cabeça. Ele se aproximou de nós, pegou o envelope das minhas mãos e conferiu o que estava dentro. Assim que ele olhou os papéis, ele sorriu e se afastou.

Antônio - Agora que eu estou com meu envelope e... com a minha família... já podemos nos preparar para a nossa viagem.

Eu - Ham? Mais do que é que você está falando? - comecei a me apavorar com aquilo. De que viagem ele está falando? - ele nos olhou brevemente. Quando voltou seus olhos para o conteúdo do envelope, disse:

Antônio - Marlon, nós três vamos à Madri, passar uns tempos por lá. - ele disse de uma forma tão natural que se alguém o ouvisse, diria que era só um pai querendo levar a família para tirar umas férias.

Eu - Esse não foi o combinado, nós...

Antônio - Shii - ele me interrompeu. - Chega de discuções! Nós vamos e ponto final.

Eu - Nós não vamos à lugar nenhum! - do nada, ele começou gargalhar e, segundos depois, tão inesperado quanto começou, ele parou de rir e voltou a nos olhar.

Antônio - Você realmente pensou que estava no controle da situação? Que viria aqui, me entregaria esses papéis - ele indicou o envelope - e iria simplismente embora com a sua mãe? - ele voltou a rir.

Eu - Mas o que...?

Antônio - Marlon, - ele deu um curto passo na minha direção. - você sabe quanto tempo eu demorei para encontrar vocês? - mais um passo curto... - Você não tem ideia do trabalho que deu achar vocês! - outro passo... - Depois do nosso último enconto, Sara, - ele encarou minha mãe. - eu tive que me afastar por um tempo. Digamos que a morte daquele policial não foi uma ideia tão boa... - eu continuei congelado onde estava, enquanto ele dava mais um passo. - Esse é apenas um dos motivos que precisamos ir embora. Eu sei que já faz bastante tempo que isso aconteceu, mas... eles ainda continuam me cobrando pela morte dele... e de alguns outros... - ele deu outro passo. - Sabe quanto custa manter pessoas de boca fechada? Muito caro! E, confesso, eu estou ficando sem dinheiro para mantê-los de bico calado... - ele estava à apenas dois passos de mim, mas eu continuei parado onde estava. - Não posso manter a boca dessas pessoas fechadas pra sempre. Eles sabem demais sobre mim, aqueles traidores! - não que eu não quisesse me afastar, mas algo me dizia para continuar ali (não sei se era o medo que estava me dominando ou uma coragem idiota na hora errada) - Então eu decidi que já é chegada a hora de sair desse país, pelo menos por um tempo até as coisas esfriarem. E, realmente, Marlon, esse não era o nosso combinado. Mas... - ele deu mais um passo. Eu podia sentir sua respiração sobre mim, já que ele é mais alto do que eu. - Eu resolvi que... devo levar a minha família junto comigo. - ele disse essas últimas palavras lentamente, como se ele estivesse tentando convencer uma criança a ir ao dentista.

Eu - Ah, claro! E como você acha que vamos mudar de país? Vamos simplismente ir ao aeroporto, pegar um avião e ser felizes para sempre? - era para mim soar calmo, afinal, era só para ganhar mais alguns segundos para mim poder pensar numa saída, mas o que saiu da minha boca era pura ironia. Ele deu um sorriso de canto de boca, esperou alguns segundos e respondeu:

Antônio - Não. Vamos para meu aeroporto particular e pegar meu jatinho. - tá, ok, eu realmente não esperava por essa! O cara não acabou de dizer que estava ficando sem grana?! Ele riu novamente - Marlon, você realmente achou que eu não tinha pensado nisso? Não daria uma oportunidade de deixá-los... - ele parou de falar. Acho que estava pensando numa palavra para dizer, quando minha mãe completou a frase.

Sara - Fugir. - ela estava ao meu lado, e tentou fazer com sua voz saísse firme, mas, por causa de sua boca inchada, saiu mais como um "fuir".

Antônio - Hum, acho que "fugir" é uma palavra muito forte, querida Sara. Eu diria que... "saírem das minhas vistas", seria uma forma mais gentil de se falar, não acha?

Eu - Antônio, olha, eu... - fui interrompido por uma batida urgente na porta da frente. Todos nós ficamos encarando-a por breves segundos.

Antônio - Eu espero que não tenha trago visitantes indesejados, Marlon. - disse ele sério, sem tirar os olhos da porta.

Eu - Eu vim sozinho.

Antônio - Sentem-se no sofá. - seu olhar de águia se voltou para nós, sua voz perdeu toda a ironia e ganhou novamente aquele tom de ameaça - E fiquem bem quietos. - ele abriu um pouco seu paletó e eu pude ver uma arma presa à cintura dele. Depois indicou o sofá com as mãos. Não fiquei nem um pouquinho apavorado com esse... ham... como dizer?... objeto? Nos sentamos e ele foi em direção à porta. Minha mãe, que esteve o tempo todo segurando minha mão, apertou-a e disse bem baixinho e bem rápido:

Sara - Uma oportunidade! Talvez a única que nós vamos ter. - ela olhou intensamente nos meus olhos - Nunca se esqueça que, aconteça o que acontecer, eu te amo e sempre te amarei. - suas palavras me arrepiaram da cabeça aos pés. - Quando eu mandar, você começa à correr. Não precisa me esperar, eu... eu te encontro quando puder. - senti um calafrio percorrer pelo meu corpo. Eu entendi mal ou suas palavras pareciam... despedidas? Ela se levantou e me levantou junto, enquanto nós ouvíamos a porta se abrindo, e chegamos perto do curto corredor que dava em direção à porta.

Antônio - Pois não? - dava para perceber pela voz dele que ele estava sorrindo. Sua voz era calma e serena. "Noooooossaaa, de onde ele tira tanta falsidade?", pensei. Mas meus pensamentos foram deletados na mesma hora em que eu ouvi a voz da pessoa.

Voz - Desculpe incomodá-lo a essa hora, senhor. É que eu vim de muito longe e o pneu do meu carro acabou furando ali na esquina. - segurei a respiração e espiei a porta por tempo suficiente para ver confirmada a minha suspeita: era o Léo! - O senhor tem um macaco para me emprestar?

Antônio - Bem... - eu vi ele hesitar por um momento - Infelismente, rapaz, eu não tenho um macaco. Boa noite. - o Antônio já estava fechando a porta quando o Léo a segurou, surpreendendo o Antônio.

Léo - Me desculpe, senhor, mas é uma questão de emergência. Minha esposa está no carro e a bolsa dela estourou. Eu preciso concertar o carro e levá-la à um hospital ou então... - ele parou por alguns segundos, sua voz ficou triste de repente - eu não sei o que pode acontecer. A gravidez dela é de risco, senhor. Se eu não conseguir levar ela à tempo... - sua voz estava embargada e, logo depois, um grito de dor, não muito longe daqui, ecoou em nossos ouvidos. Na mesma hora o Léo se desesperou. - Por favor, me ajude. Eu preciso levar ela à um hospital. - o Antônio não estava totalmente de costas para mim, então deu para ver no seu rosto que ele não estava completamente certo do que iria fazer. Veio mais um grito de dor e um chamado:

Mulher - PAAAAULOOOOO, ESTÁ NASCEENDOOOO!

Léo - Meu Deus! Senhor, por favor, não vai dar mais tempo. O senhor tem que me ajudar. - antes que o Antônio pudesse responder qualquer coisa, o Léo agarrou e puxou o pulso do Antônio . O que aconteceu depois foi tão rápido que eu demorei alguns segundos para entender: Assim que o Antônio pisou do lado de fora da casa, ouvi outro grito, dessa vez masculino, e algo bateu na cabeça do Antônio. Vi ele caindo pelos três curtos degraus que tem perto da porta, tonto, e tão surpreso quanto eu. Depois houveram chutes e socos e gritos. Uma raiva intensa ferveu no meu sangue por tudo o que ele havia feito com a gente. Não sou uma pessoa violenta, mas naquela hora, eu não estava me importando com isso. Me juntei aos dois e comecei a bater nele também, descarregando um pouco da minha raiva. E, segundos depois, ele estava imóvel no chão. Será que ele...

Sara - Marlon! Corre! - a urgência da voz da minha mãe me tirou de meus pensamentos. Senti sua mão no meu pulso e, quando percebi, estávamos correndo. Ainda sem parar de correr, olhei para o meu lado direito e vi minha mãe; olhei para meu lado esquerdo e vi o Léo e o Pedrinho. Quando já estávamos à uns quinze passos do Antônio, olhei para trás e o vi sentado com uma mão na cabeça e a outra na cintura... na cintura?... A ARMA! Olhei para frente e, à três passos de nós, vi a Lara sentada na direção do carro, com o motor já ligado, e com a porta traseira aberta. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ouvi um barulho ensurdecedor e todos nós nos abaixamos na mesma hora.

Antônio - Onde vocês pensam que vão?! - gritou. Olhei novamente para trás e o vi já de pé, cambaleando um pouco, com a arma apontada para cima, que foi onde ele atirou; logo em seguida, apontou ela em nossa direção. - É falta de educação deixar a festa sem falar com o anfitrião, principalmente se tivermos mais convidados. - ele olhou para o Léo, para a Lara e para o Pedrinho. Depois começou a andar (com um pouco de dificuldade devido a surra) na nossa direção. Meus pensamentos estavam a mil por hora tentando encontrar uma solução.

Pedro - Onde está a droga da polícia quando se precisa dela? - sussurrou. Ele estava entre mim e o Léo.

Eu - Vocês chamaram a polícia?

Léo - Sim, mas pelo visto...

Antônio - O que tanto vocês sussurram aí? Ei, você aí menina! Desliga o carro e fica aqui ao lado da Sara - ele agora estava à uns dez passos de nós. A Lara fez o que ele pediu. Então agora eu sei o que fazer: distraí-lo até a polícia chegar. "Tomara que cheguem mesmo", rezei.

Eu - Para com isso, Antônio. Seu plano não vai funcionar. - ele parou de andar e simplismente riu. - Olha, você já está com o maldito envelope, então vai logo, foge! Nos deixe em paz, você já nos fez mal o suficiente.

Antônio - Ainda não... não o suficiente. Não gastei tanto tempo e dinheiro para encontrar vocês, para sair de cena e deixá-los aqui.

Eu - Você diz que nós somos sua família, mas você só pode ser louco.

Antônio - Louco? Eu? - eu o encarei por alguns segundos. Seu olho esquerdo estava entreaberto e inchado, sua testa estava sangrando no mesmo lado e um filete de sangue escorria no canto direito de sua boca. Ele sorriu, e aquele sorriso sarcástico deu lugar à um sorriso meio... deformado, percebi estava faltando um dente da frente. Dei dois passos em sua direção, encurtando a distância entre nós.

Eu - Por acaso você acha comum sequestrar e agredir sua família? - tudo caiu num silêncio por um minuto completo. Quando ele abriu a boca para falar, ouvimos o barulho de sirene se aproximando. Nossa, eu realmente não entendo o porquê de os policiais usam essa merda de sirene. É para avisar os bandidos que está na hora de fugir? Antônio olhou brevemente para o fim da esquina, que era de onde o barulho vinha. Vi ele hesitar mais uma vez. - Foge, Antônio. Foge enquanto você têm chance.

Antônio - NÃO! EU NÃO VOU FUGIR DE NOVO! - seu grito supreendeu a todos nós. - ele estava ficando cada vez mais agitado, mas a arma continuava apontada para a nossa direção.

Eu - Sabe, você tem razão. Você não iria conseguir fugir, está todo... ahn... debilitado. - eu fiz um gesto apontando os lugares onde estava ferido. - Se entrega logo, Antônio. Você mesmo disse que não tem mais os seus "contatos", não é mesmo? Não tem como você escapar. - como que confirmando as minhas palavras, já era possível ver dois carros da polícia, cada um chegando de um lado da esquina. Olhei de volta para o Antônio e seu rosto estava mais uma vez sombrio. Seu olhar de águia estava mais uma vez sobre mim.

Antônio - Tudo isso é culpa sua, Marlon. - sua voz estava novamente estável. - Se não fosse o seu nascimento, nada disso teria acontecido... a Sara e eu estaríamos juntos, como sempre estivemos, e nós estaríamos trabalhando juntos.

Sara - Nós nunca estivemos juntos! Você me obrigava a estar com você, a trabalhar com você! - percebi pelo tom de sua voz que ela estava chorando. - Você me obrigava a engolir droga e viajar com ela no estômago!

Antônio - Mas bem que você gostava do dinheiro que recebia para isso! - ele disse. Aquilo para mim foi um choque, mas logo me lembrei do nome da minha mãe naquela folha que estava no envelope e entendi o que estava acontecendo.

Sara - Eu só aceitava esse dinheiro para poder alimentar meu filho! VOCÊ, QUE É O PAI DELE NUNCA DEU UMA MEIA SEQUER PARA ELE! - demorei uns poucos segundos para me ligar no que ela tinha acabado de dizer. Meu Deus me ajuda, ele é realmente o meu... PAI??!! Tirei meus olhos do Antônio e a encarei.

Eu - Mãe... ele... ele é... - ela abaixou a cabeça.

Sara - Sim. Infelizmente, sim. - ela fez uma pequena pausa. - Você não tem ideia do quanto dói te dizer isso, filho. Mas, sim, ele é seu pai. - voltei a encarar o Antônio e seu rosto estava petrificado.

Antônio - MENTIRA! - ele gritou - Você transou com vários homens, como você pode saber que ele é realmente o meu... filho? - ele disse a palavra "filho" como se tivesse que fazer um esforço tremendo para não vomitar. Minha mãe voltou a encará-lo.

Sara - Ambos sabemos que na época que eu engravidei do Marlon, eu não... não tinha me deitado com alguém. - ele parecia transtornado quando voltou a olhar para mim. Ele me olhou de cima a baixo.

Antônio - Eu até tinha pensado nisso antes... - ele voltou a me olhar nos olhos. - Só não achava que era... verdade. - ele, por um breve momento pareceu refletir no que estava fazendo. Até surgiu uma pequena esperança dele se entregar. Mas de repente seu rosto mudou de expressão, como se ele tivesse tido uma ideia. - Já que eu prefiro ir para o inferno do que ir para a cadeia, que tal eu levar você comigo? - ele apontou a arma para minha cabeça. Me senti congelar na mesma hora, meu coração batia decompassado.

Sara - NÃO! - ela gritou. Senti minha mãe dando um passo a frente, mas não desviei meu olhar do Antônio. - VOCÊ QUERIA A MIM, NÃO À ELE. DEIXE-O EM PAZ.

Antônio - Tarde demais, minha querida, Sara. Vou levar meu... filho... comigo para INFERNO! - sua voz era sombria assim como seu rosto, que estava disforme, mas ainda sim, sombrio. Pelo canto dos olhos pude ver as viaturas que pararam um pouco distante de nós, e dois policias saindo de cada uma delas.

Policial - VOCÊ AÍ, LARGA ESSA ARMA! - um deles gritou. O Antônio só abriu mais ainda seu sorriso e continuou me encarando. Pude sentir uma agitação atrás de mim, e soube na mesma hora que meus amigos e minha mãe ficaram sem saber o que fazer. - EU VOU FALAR MAIS UMA VEZ: SOLTA ESSA ARMA, AGORA!

Antônio - Pois é, Marlon. Você está certo. - disse ele, ignorando completamente a ordem do policial. - Não há como eu escapar! E como eu já havia dito: eu não vou para a cadeia de jeito nenhum!

Eu - Então, vamos ficar parados aqui até quando? - me forcei a dizer. Sabe quando você sente aquele aperto no peito? Aquele que você não sabe o que significa, mas sabe que com certeza não é uma coisa boa? É exatamente assim que eu me sinto.

Policial - LIBERTE OS REFÉNS! DEIXE-OS VIR COMIGO. OLHA, AMIGO. OLHA A SUA VOLTA. NÃO TEM COMO VOCÊ FUGIR DAQUI. POUPA O NOSSO TEMPO E SE ENTREGA. - ele fez outra pausa.

Antônio - Como eles são tolos! Acham mesmo que podem me persuadir. - ele gargalhou.

Eu - Você quer a mim? Então deixe eles irem. - fiz um sinal com a mão para indicar eles atrás de mim, mas continuei sustentando o olhar de águia do Antônio. - Você disse que vai me levar para o inferno, não é mesmo? - ele acenou com a cabeça. - Então realize pelo menos meu último pedido. - ele pareceu estar pensando em considerar no que eu estava pedindo.

Nossa, é estranho falar isso: "último pedido". Essa frase ficou flutuando na minha mente. "Último pedido"... Só então o peso dessas palavras caíram sobre mim. Como duas palavras podem ter um significado tão forte? Aquele aperto no peito se intensificou, me deu uma vontade louca de chorar e rir ao mesmo tempo. Senti o chão girar em baixo dos meus pés e fechei os olhos por alguns segundos. Minhas pernas estavam bambas, estava com um puta medo, mas sabia que já era hora de enfrentar ele. Só voltei a abri-los quando a voz do Antônio chegou aos meus ouvidos.

Antônio - Desejo concedido. - encarei aqueles olhos mais uma vez enquanto ele falava. - Vocês aí, saiam da minha frente. AGORA! - Eu me virei de frente para eles e encarei cada um deles, eles hesitaram.

Eu - Vão. Vai ficar tudo bem.

Sara - Não, não, eu não vou te deixar aqui. - ela olhou para o Antônio. - Me deixa ficar no lugar dele? Todo esse tempo você estava atrás de mim, então...

Antônio - Já chega! - senti ele se aproximando, logo em seguida seu braço passou em volta do meu pescoço e o cano quente da arma estava encostada na minha cabeça. Minha mãe ficou pálida, meus amigos estavam com os olhos arregalados. - SAIAM. DA. MINHA. FRENTE! - ele falou pausadamente. Ainda me segurando, ele foi chegando para trás, mas sem virar as costas para eles nem para a polícia. Enquanto nos afastávamos, um policial conduziu minha mãe e meus amigos para trás de uma viatura. Por um lado me senti aliviado, eles estavam a salvo; por outro lado, estava tentando me controlar para não pirar de vez.

Policial - Olha, - disse ele, começando se aproximar de nós. - Solta o garoto. Isso só vai piorar a sua situação.

Antônio - Eu acho melhor você não dar nem mais um passo.

Policial - Ok, tudo bem. - ele parou de andar e ficou a uns dez passos de nós dois. - Eu só quero conversar. - ele colocou a arma dele no chão e levantou as mãos como se tivesse se rendendo. Enquanto isso, os outros três policiais estavam com a arma apontada para ele, e ao longe, dava para ouvir outro barulho de sirene. - Eu estou desarmado, eu não quero o seu mal, só quero que você solte o menino.

Antônio - NÃO! - gritou. Depois ele voltou a estabilizar a voz. - Não vou soltá-lo, não vou ser preso! - seu corpo estava tenso, seu braço tremia um pouco em volta do meu pescoço. Quando voltou a falar, foi bem baixo, mas o suficiente para mim poder ouvir. - Pronto?

Fechei os olhos e então tudo voltou na minha cabeça. Num flash, vários momentos da minha vida passaram na minha mente; tanto bons quanto ruins. Sorrisos, lágrimas, abraços, zoeiras, brincadeiras, brigas, desentendimentos, perdões, coisas que eu ainda não havia resolvido, relacionamentos, até mesmo coisas da minha infância que eu nem lembrava mais. Cada sermão que eu levei da minha mãe, o momento que eu contei a ela que eu sou gay, o modo que ela me aceitou dizendo que iria me amar do mesmo jeito... Todos esses momentos me deram coragem, me deram uma vontade enorme de continuar vivendo. Eu NÃO quero morrer! Já que ele quer ir para o inferno, que ele vá sozinho! Percebi que ele estava falando com o policial, mas nem prestei atenção no que ele dizia. Ele gesticulava a mão que estava com a arma o tempo todo. Ora ela estava apontada para a minha cabeça, ora ela estava apontada para o policial. Respirei fundo três vezes. Agora já não sentia mais medo dele, senti ódio! "Agora é tudo ou nada!", pensei.

Eu - Antônio?! - chamei. Ele parou de falar. - VAI PRO INFERNO!

Com o calcanhar eu acertei em cheio o saco dele e na mesma hora ele soltou meu pescoço e se curvou um pouco. Comecei a correr em direção à minha mãe e os policiais em direção ao Antônio. Foi então que eu ouvi outro som ensurdecedor e senti minhas costas queimando. Minhas pernas bambearam, eu não aguentei mais continuar correndo e caí no chão. Rolei três vezes e então parei de barriga para cima. Outro som igual a esse e então alguém correndo na minha direção.

Sara - MARLON?!

Pedro - Negão! - senti alguém levantando meus ombros. Uma dor lancinante percorreu por todo o meu corpo e senti vontade de desmaiar, mas só fechei os olhos e gritei de dor.

Léo - Meu Deus! - abri os olhos e olhei para eles. Eu estava com a cabeça apoiada nas pernas do Pedrinho, que estava ajoelhado. O Léo e a Lara estavam ajoelhados do meu lado e minha mãe do outro lado, segurando o meu rosto.

Eu - Mãe... - minha voz saiu bem estranha, parecia que minha garganta estava com areia.

Sara - Shii, não fala nada. Fica bem quietinho aí. - meus olhos estavam pesados.

Eu - Estou com sono...

Lara - De jeito nenhum, me ouviu? Você vai ficar bem acordado! - olhei para ela e vi que estava chorando. Aliás, todos eles estavam chorando. Porquê?

Eu - Porquê vocês... - só então minha mente raciocinou direito. EU LEVEI UM TIRO?! Como confirmação outra dor me atingiu, me arrepiei da cabeça aos pés, um calafrio atingiu todo o meu corpo e mais uma vez eu gritei. "Nossa, COMO ISSO DÓI!". Mas não quero pensar mais nisso agora, não sei porque mas me deu uma vontade enorme dormir só um pouco. - Eu estou com sono!

Sara - Filho, olha para mamãe. - com um pouco de dor, virei minha cabeça em direção à ela - Por favor, não dorme agora não, tá? Por mim? - ela passou suas mãos trêmulas no meu rosto e beijou minha testa. Eu olhei para cada um deles.

Eu - O Antônio...

Pedro - Está morto. - ele completou. - Mas não se preocupe com ele agora.

Voz - Por favor, se afastem dele. - disse uma voz e eles se afastaram um pouco. Mas essa voz estava tão longe... ou eu estava ouvindo mal? Pisquei algumas vezes, pois minha vista estava ficando meia embaçada, e vi um cara de branco. Fechei os olhos mais uma vez. - Ei, tente manter seus olhos abertos. - disse com uma voz suave. Era comigo que ele estava falando? Abri os olhos e o encarei. - Eu sei que é difícil. Você deve estar se sentindo bem cansado, mas você tem que ficar acordado. - alguém segurou em meus ombros e outro nas minha pernas e me suspenderam do chão. Foi a pior dor que eu já senti. Fechei os olhos e gritei de novo. Quando abri estava em uma maca (eu acho) sendo levando para uma ambulância. Minha mãe, o Pedrinho, o Léo e a Lara estavam do meu lado. Olhei para eles e disse:

Eu - Eu amo vocês.

Fiquei feliz pela minha voz ter saído alta e clara. Me senti bem em ter dito isso, mais leve, sabe? E então não aguentei mais o cansaço, fechei os olhos e tudo a minha volta se transformou em escuridão.

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AMOREEES! Ai, como é bom voltar a escrever. Bom, mudança de última hora: decidi partir o último cap. em dois. Eu não queria, depois de tanto tempo sem postar, fazer um último capítulo corrido, tendo que cortar uma monte de partes (até porque, eu sou muito viciada em detalhes, confesso kkk). E também terá um capítulo especial, tipo um epílogo, que não vai ser narrado pelo nosso querido (e as vezes odiado kk) Marlon. Quem será que vai narrar?

Agradeço demais o carinho de vocês, meus amores. MUITO OBRIGADO MESMO!! Bem, o próximo capitulo devo postar sexta que vem, porque a filha da mãe da Vivo está comendo meus créditos na cara de pau, aí eu vou instalar o wifi aqui em casa e até sexta que vem eu acho que deve estar tudo direitinho por aqui. Críticas, comentários, palpites e votos serão muitíssimo bem vindos.

Ótimo final de semana e um bom feriadão para vocês.

Até sexta, meus amores 😉

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Comentários

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Estou pensando em escrever um final para esta história já que foi ignorada pela autora oq vc acham?

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Por favor conta o resto da história meu Deus do ceu que que é isso 😭😭

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Nossa amei,parabens😍👏👏 ja li td até agora.To ancioso pra outra parte👏👏

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Valeu a pena esperar... Primeira parte do final, está perfeita. Cada detalhe foi imprescindível para sentirmos tudo que o Marlon passou.

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que isso ein garota que bom que voltou, esse capítulo foi perfeito, você conseguiu nos transmitir vários sentimentos. bjo e espero o próximo.

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Nossaaaa gataaa tu voltou lacrando né adorei esse capítulo qe chegue a sexta logo to ansiosa pelo próximo e por favor não mata o negão não por favor ta Bjo❤️

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Tadinho do Marlon. Que bom que voltou, aguardo o próximo capítulo.

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Fora a vontade que tou de te matar por ter desaparecido (mas eu entendo que não da pra dar prioridade ao conto 24 hrs por dia, pois vc tem vida), mas fora isso eu amei esse cap, fiquei tenso, com medo, com raiva, surpreso, feliz, mais o pior de tido curioso, será que o marlom vai sair dessa, ou vai morrer, eita coração!

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Luh ate que fim voltou ja tava com saudade do pedrinho.. como ja disse uma vez ainda caso com ele.. demora a postar nao

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Estou sem palavras para descrever o que acabei de ler, eu senti medo, senti dor, senti raiva, senti tudo q o Marlon estava sentindo, meus parabéns, valeu muito apena esperar tanto tempo, te adoro garota, e amo amo amo o seu conto! Beijos

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