Quase Veludo — A identidade de uma escrava

Um conto erótico de Mastyorg
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2782 palavras
Data: 11/08/2015 12:01:56
Assuntos: Sadomasoquismo

Quase Veludo

Saí de casa pelo meio da manhã.

Alguma ansiedade galopando no peito. Tempo frio, nuvens de chuva espessa ameaçavam o céu. O nervosismo anunciava-se pela expectativa de ir viver um dia inteiro em que a luxúria ocuparia a pele, o corpo, todos os sentidos.

Na noite anterior, a isa, a minha escrava dedicada, submissa, cadela sempre às ordens do seu Dono, tinha concluído um conjunto de diligências que culminariam numa sessão completa de BDSM.

O processo desenvolvera-se ao longo de não mais do que uma semana, tudo muito rápido, decisão quase imediata.

Havia alguns meses que, nos canais, a apolónia, uma submissa em procura e descoberta da sua condição de escrava, falava com a isa, às vezes comigo, ainda que sem vislumbre de um interesse de realizar qualquer sessão connosco. Uma rebeldia indómita, que a própria se esforçava por esmorecer, não permitia que se esperasse concretização de algo para além da conversa agradável, um diálogo interessado.

Algumas vezes foi sugerido à apolónia que falasse ao seu Dono — o Senhor a quem ela sempre se referia com enorme ternura e desvelos imensos — para que fosse possível uma sessão conjunta. Mas nada fazia adivinhar uma qualquer concretude do desejo manifestado.

E, de repente, a isa recebeu da apolónia uma mensagem que transformava todo o tempo de demorada espera numa urgência de agora. Como é sua obrigação e hábito, a isa reenviou-a para mim com um comentário seu.

Aqui tem Meu Dono amado a peça de caça fresca e apetecível de que lhe falei, Senhor :)))

A sua cadelinha praticamente pouco fez :(( mas a apolónia decidiu-se a ser sua escrava numa sessão :))

Leia Meu Dono e Senhor... vai ver que vai gostar :)) Só espero que possa aproveitar, Senhor :))

A sua cadelinha fiel e sempre submissa,

sub{M}isa

A mensagem da apolónia era longa, plena de oferecimento e disposição para servir e gozar.

Tive então a ideia de aumentar ainda o interesse da sessão e, para isso, convidar para ela a presença sempre sabedora e amiga de DomP, um Mestre com grande experiência e com uma particular acuidade no que toca a técnicas, particularidades e mesmo com uma penetrante filosofia de BDSM.

Na manhã aprazada, a apolónia chegou no comboio que eu aguardava ainda dentro do meu carro estacionado num parque próximo.

Vi a composição chegar pontual e saí do carro, tendo o cuidado de o deixar acessível, não trancado e, dentro, sobre o banco, uma folha branca com a redacção de um contrato por um dia, inspirado num acordo de submissão mais alargado, que eu considerava particularmente belo, e que me foi anteriormente endereçado por uma outra submissa.

Contrato de "Submissão Sexual" com duração de 1 dia

"Serei, nesta sessão de um dia, toda entregue a quaisquer vontades e rendida ao domínio dos Senhores Mastyorg e DomP para que eu sinta apenas o momento que os Senhores desejarem oferecer-me.

Viverei este dia para adorar e satisfazer os Senhores sempre que o desejarem, como e onde quiserem.

Entregar-me-ei submissa, sem rebeldia de qualquer espécie e obedecendo cegamente às suas vontades e seus caprichos cada vez que os Senhores o desejarem ou exigirem ou sentirem vontade de me penetrarem e de que o seu sémen ejacule dentro de mim, na minha boca, vagina ou anus, fazendo com que os Senhores sintam o máximo de prazer.

Darei o meu corpo inteiro aos Senhores para trincar, morder, consumir e saborear sempre que o desejarem.

Cederei neste dia aos Senhores Mastyorg e DomP para violarem, possuírem e dominarem o meu corpo, assim como a minha mente, sem medo e com vontade de cumprir totalmente as suas ordens.

Quero venerar o sexo dos Senhores como parte essencial do meu corpo para sentir a felicidade que imagino ser possível adorando-os.

Serei uma submissa perfeita para os Senhores Mastyorg e DomP.

Agradecerei humildemente cada orgasmo que me autorizarem sentir e aceitarei todas as palmadas, chicotadas, chibatadas, utilização de cera ardente sobre o meu corpo, de algemas para me prenderem, cordas ou outros utensílios de bondage, e a introdução em todas as partes do meu corpo dos objectos que entenderem sem limites de tamanho ou grossura.

Serei depravada e meretriz para os meus Senhores deste dia.

Aceitarei sem nenhuma reserva os contactos físicos totais que me impuserem que tenha com a escrava isa - sub{M}isa - tendo e mantendo com ela relações lésbicas de sexo.

Sentir-me-ei grata e agradecerei de viva voz todas as torturas físicas e humilhações a que os Senhores queiram sujeitar-me e serei o animal ou simples objecto sexual e de prazer que os Senhores Mastyorg e DomP entenderem que eu seja.

De minha total e livre vontade assino este contrato de um dia.

Dia 11 de Março de 2002

Assinat..."

A apolónia desceu a escada que dava acesso ao parque. Nesse momento liguei para o seu telemóvel. Atendeu, cumprimentei-a... Era a primeira vez que falávamos. A voz dela era suave, quente, bem colocada.

Disse-lhe que seguisse pelo meio do parque, indiquei-lhe o meu carro, ordenei-lhe que entrasse para o banco de trás e se sentasse mesmo no meio com uma perna de cada lado da divisória central. Mandei que lesse o contrato. E desliguei.

Passados alguns minutos voltei a ligar. Perguntei-lhe se tinha lido e respondeu que sim, que tudo lhe agradava e que a única reserva se situava naquele ponto que referia a ejaculação dentro dela. Que não tivesse qualquer receio, sosseguei-a, já que praticaríamos sexo seguro, com uso de preservativo, e todos os cuidados necessários. Acedeu de imediato.

Depois mandei que colocasse uma venda nos olhos. A apolónia tinha trazido uma, negra e grande, segundo a indicação sugestiva da isa.

Dirigi-me para o carro, entrei e, ainda antes de arrancar, voltei-me para trás e impus-lhe que levantasse a saia. Assim o fez de imediato e sem hesitação. Vi que, tal como as minhas instruções prévias o tinham determinado, não trazia qualquer roupa interior. Olhei demoradamente a sua vagina completamente depilada, as coxas grossas e bem torneadas e a excitação que já sentia parecia querer estalar-me nas calças.

Seguimos pela estrada para fora da cidade.

Mais adiante, parámos debaixo de um viaduto que nos protegia do ruído da chuva que caía já abundante. Do banco da frente mandei que abrisse a blusa azul que trazia e desnudasse os seios pequenos que imediatamente apalpei com lentidão, e apertei-lhe os mamilos com a força dos dedos e abanei os seios com alguma violência. Cega ainda pela venda, pensei que ela sentia todo mistério de umas mãos que a exploravam sem pudor e que lhe arrancavam gemidos sussurrantes e excitados. Ouvi-a queixar-se, mais com o lamento sensual da voz do que pela dor que lhe infligia. Notava-lhe o tesão em crescendo. Abri-lhe as pernas, ela levantou toda a saia e mostrou a vagina completamente exposta. Com as costas da mão dei-lhe uma palmadas fortes sobre a carne tenra da vulva e obtive mais gemidos que me pareceram rondarem o prazer lúbrico da dor apetecida.

Disse-lhe que metesse dois dedos fundamente dentro dela e que os mexesse bem.

— Lambe agora — disse-lhe.

Ela chupou lânguida os dedos, saboreando-se como se delícia fosse o paladar, cheirou-os e disse que se fixava muito nos cheiros e odores do prazer.

Eu mesmo, depois, meti-lhe os dedos na vagina tão fundo quanto possível, enquanto lhe massajava o clitóris, numa masturbação que lhe provocava sons roucos na garganta.

— Como queres que te trate? — perguntei-lhe

Não compreendeu imediatamente e respondeu com o seu próprio nome.

Corrigi:

— Cadela?

— Ah, sim, cadela, cabra, égua...

— Puta? — voltei a perguntar.

— Sim — respondeu — puta... putinha, que nem sequer chega a ser puta, é ainda mais reles...

Concluí que a sua submissão ia também ao gosto fundo da humilhação abjecta e que isso lhe provocava muito prazer.

Uns minutos mais de aperto das coxas, umas palmadas nas pernas, na vagina e no seios e ela erguia o rabo do banco quando lhe esmagava a carne gemendo sempre de intenso gozo.

As minhas mãos escalavam-lhe a lascívia e senti uma coisa sublime: a pele dela, a carne por baixo da pele criava a sensação de ter nas mãos um caminho de quase veludo, suave e denso, um sentir enormemente agradável e que provocava um ardente deleite... algo de extraordinariamente bom...

Apreciei-a ainda mais por esse pormenor de tão aprazível recorte.

Seguimos. Os carros e camiões passavam a grande velocidade o que me fazia crer que nada viam da libertinagem que acontecia dentro de um carro parado na berma da estrada.

Mas retomámos o caminho. O dia adivinhava-se longo e prazenteiro.

Tomámos um café mais adiante e disse-lhe que antes de sair retirasse a venda.

Ela olhou-me pela primeira vez... e sorriu. Um sorriso lindo, suave e tranquilo, de olhar sereno, e lábios de carne a despertarem desejos inconfessados.

Pelo resto do tempo, fomos conversando, dando-nos a conhecer, falando do gozo, do tesão que nos provocava todo aquele jogo de domínio e submissão. Ela pareceu-me uma escrava muito obediente, preocupada com o extremo gozo do seu Senhor, e fazendo tudo para que o seu Dono de um dia atingisse o sublime prazer.

Jamais tomava uma iniciativa sem pedir se podia fazê-lo, repetindo, por exemplo, o pedido de se podia fumar, sempre que tomava o cigarro nos dedos.

Chegámos a casa da isa. Ainda no carro, ordenei que colocasse a coleira e a trela de cão, perfeitamente adequada à sua condição de cadela, naquele momento. Assim fez e cobriu-a com o casaco comprido, contra olhares indiscretos.

Penetrámos o apartamento comigo segurando a trela da apolónia e puxando-a como a uma cadela. A isa estava igualmente de coleira e trela. Entrámos e a minha escrava ficou de imediato nua — tinha-lhe dado a indicação de que estivesse somente de túnica — e ajoelhou para me beijar os sapatos, envolvendo-me as pernas num abraço terno e dedicado. Mandei que a apolónia fizesse o mesmo, não sem que antes ordenasse à isa que a despisse. Obedeceu prontamente e a isa, colocada por detrás da apolónia desapertou-lhe os botões da blusa envolvendo-a num abraço delicado, tocando-lhe os seios para eu ver, sabendo que assim me agradava.

De joelhos, as duas cadelinhas beijaram-me os pés. Segurei os cabelos de ambas e uni-lhes as bocas para que se beijassem.

Duas mulheres nuas, prostradas no chão sob as minhas ordens, unindo-se na carne segundo a minha vontade provocou-me um gozo imenso. Concluí ali mesmo, e mais uma vez, que a minha condição de Dom me realizava.

Depois foram variadas as formas de usarem as bocas nos sexos, chupando-se e lambendo-se mutuamente de acordo com as minhas instruções precisas que elas seguiam criteriosamente.

A apolónia lambeu demoradamente a vagina da isa com ela deitada sobre um sofá largo e ambas gemiam de tesão e volúpia.

Depois foi a vez da isa lamber calmamente a vagina da apolónia e mandei que lhe provocasse um orgasmo. Como este se demorasse, a própria ajudou masturbando-se e metendo os dedos na vulva húmida. Teve um orgasmo delicioso.

Eu assistia deleitado. Ajoelhei-as no chão e ofereci-lhes o meu pénis erecto que elas lambiam, uma de cada lado, unindo os lábios sobre o membro, passeando as línguas activas sobre a minha carne e beijando-se ao mesmo tempo, o que me provocava uma visão dos deuses.

Deitada no chão, a apolónia recebia de novo a língua da isa entre as pernas, a vagina toda aberta, enquanto eu macerava o rabo da isa com a longa trela de couro que a apolónia segurava no pescoço.

Momentos demorados de intensa sensualidade. As marcas vermelhas nasciam no rabo e nas costas da isa. E ela ia por vezes com as mãos à carne castigada que eu afastava para repor de imediato mais uma chicotada. A pele marcada crescia de prazer nos meus olhos.

Decidi depois que as duas viessem comigo à casa de banho. Ali, a apolónia sentou-se na sanita. De pé em frente dela, tentei a ingrata tarefa de urinar-lhe para cima, algo que se torna custoso devido à erecção que não me deixava sair o líquido quente.

Mas consegui. Ela mesma ajudou com o som da sua própria urina saindo. Olhava-me com um olhar ansioso e encorajador. Consegui. Mijei-lhe para cima num jacto rápido que ela sorveu de boca aberta, bebendo e saboreando com deleite. E deixou que o resto lhe escorresse pelos seios e pelo ventre, esfregando-se com visível consolo.

Depois do banho, mandei que se vestissem e saímos para almoçar.

Restaurante junto a um mar encapelado, pleno de ondas altas de espuma branca que varria a praia e o cais num espectáculo demolidor. O poder do mar na praia parada, quieta, submissa...

Voltámos mais tarde para casa, onde já nos esperava o DomP, o meu amigo Mestre de várias escravas, profundo conhecedor dos meandros mais complexos do BDSM.

Colocámos a apolónia nua sobre a cama de ferro. Elevámos-lhe as pernas sobre a cabeça e prendemo-las à grade da cabeceira.

Ali ficou as horas da tarde, cinzenta lá fora, cheia de cor dentro do quarto feito masmorra das escravas a torturar.

Usámos chicotes, chibatas, molas nos seios que arranquei mais tarde a golpes da chibata. Silenciei a apolónia com uma mordaça de couro e correia que tinha acoplado um pequeno pénis que ela metia na boca. Prendi a correia e via somente o olhar quase assustado da escrava. Mas era mais o gozo que o susto que se vislumbrava, na verdade.

Muito tempo esteve a apolónia assim presa, de pernas levantadas e bem afastadas, de vagina e anus completamente expostos. Bati-lhe com tudo quanto havia por ali. Até uma barra de madeira, fina e curta lhe deixou marcas dolorosas sobre a carne branca. Entretanto, a isa ia sendo chicoteada também, apalpada, sofrendo fisting vaginal, numa panóplia de práticas e gozos que nos alegravam.

Usámos a cera quente para deitar sobre a carne da apolónia e ela gritava surdamente por baixo da mordaça. Tinha na mão um pequeno objecto que deixaria cair, no caso de atingirmos o seu limite. Funcionaria esse gesto como safeword. Nunca o usou. Suportou estoicamente todas as violências e suplícios que lhe infligimos, enquanto a isa a ia lambendo na vagina e eu usava a minha escrava conforme o meu apetite mais torturador.

Na apolónia coloquei um plug no anus e, na vagina, um enorme pénis de borracha que a abriu estrondosamente.

Aguentou com os dois objectos metidos nos seus buracos durante a maior parte da sessão.

O DomP decidiu então tentar o fisting anal com a apolónia, enquanto a isa me chupava o pénis com gula e me lambia a carne demoradamente.

Assistíamos à cena deliciados e o DomP conseguiu introduzir quatro dedos inteiros no anus da apolónia. Ela revolvia o rabo de gozo e gemia. Lágrimas abundantes saíam-lhe dos olhos e, perante a nossa hesitação, com uma retirada momentânea da mordaça, a apolónia assegurou que eram lágrimas de prazer. E continuámos normalmente com as sevícias sobre a carne martirizada da escrava.

O momento do sexo, como culminar da excitação chegou pouco depois. Dei o meu pénis a chupar à apolónia ainda presa pelos pulsos à barra da cama e a isa dedicou-se a presentear o DomP com a sua língua ágil e experiente de volúpias e agrados de carne.

Desprendi a apolónia. Coloquei o preservativo e, com ela a oferecer-me o rabo, meti-lhe o pénis na vagina oleada. Usei-a alguns momentos assim. Depois, retirei e decidi introduzir-lhe o pénis no anus, o que se revelou fácil, provavelmente devido ao trabalho anterior do DomP no fisting anal.

Entretanto ele e a isa copulavam à nossa frente com intenso desfrute. Demorámos mais do que eles. Tentei prolongar o gozo de uma sodomia lenta e ritmada. A apolónia gemia sempre e continuamente revelando toda a sua luxúria.

O DomP e a isa acabaram com um orgasmo delicioso e, algum tempo depois de continuarmos, eu e a apolónia, no movimento prolongado de uma cópula anal suave e prazenteira, disse-lhe que estava quase. Retirei-me dela, removi o preservativo e ela veio chupar-me o pénis com uma mestria e um carinho extraordinários. Tive um esplendoroso orgasmo, cheio de gritos e ruídos de gozo que me levaram ao suave cansaço e à plenitude total.

A apolónia bebeu todo o meu esperma com um deleite inigualável. Descansou depois sobre as minhas pernas beijando ainda delicadamente o meu pénis que decrescia meigamente no contacto dos seus lábios ternos.

Deliciosamente fatigados, sentámo-nos os quatro sobre a cama.

Conversámos muito tempo ainda sobre o prazer que nos tinha provocado uma tarde tão aprazível.

A apolónia concluiu que estava cada vez mais afastada da rebeldia, face à sua condição de submissa e descobria progressivamente que a sua vida sem o bdsm nunca mais seria possível.

A realização íntima da apolónia-escrava estava a consolidar-se plenamente.

Mastyorg

(Rev. Agosto 2015)

mastyorg@hotmail.com

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Comentários

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E ja la vao mais de 13 anos...E tudo parece ter ainda passado ontem... O BDSM e toda a sua magia quando vivido na essencia dos seus principios e vivencias reais... tantas coisas passadas depois e sempre o mesmo prazer renovado..... Uma bela homenagem a duas belas escravas....Abraço

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