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Um conto erótico de MattTaylor
Categoria: Homossexual
Contém 840 palavras
Data: 03/08/2015 23:29:48
Última revisão: 29/03/2017 23:55:27

Eu estava com raiva. Minhas tão aguardadas ferias seriam arruinadas por uma viagem horrível. Nossa, desculpa. Você começou a ler agora e foi recebido com um monte de reclamações. Meu nome é Matthew Taylor, tenho 17 anos, 1,65, pele clara, cabelo preto repicado na altura da sobrancelha. Nasci e moro na Inglaterra. Filho de uma mãe britânica e um pai brasileiro, as nossas viagens de ferias são sempre para um desses lugares. Ou visitamos a família do meu pai na serra do sul brasileiro, ou adentramos o Reino Unido para visitar a família da minha mãe.

Mas esse ano seria diferente. Pelo menos na teoria. Estávamos planejando fazer uma viagem para a Russia, com muita insistência da minha parte. Mas os meus planos mudaram, porque minha tia, irmã do meu pai, alugou uma casa no Rio de Janeiro e queria toda a família reunida para passar "um mês maravilhoso juntos". A ideia dela era entrosar os primos, ou seja, eu, os dois filhos dela, a minha irmã e as gêmeas do meu tio. Eu iria amar isso, se não fossem por três coisas que eu odeio: Calor, praia e multidões. E aonde você encontra tudo isso? Na Temporada de verão do Rio de Janeiro.

Não me leve a mal, eu acho o Rio um lugar lindo. Mas não no verão e principalmente não quando eu poderia estar indo para a Rússia, um sonho que eu tenho desde os meus dez anos. Portanto, eu estou com raiva.

—Filho, já arrumou a sua mala? — perguntou minha mãe, Karla. Ela é um amor, sempre sorrindo e brincando, me anima muito quando estou pra baixo. Extremamente metódica e perfeccionista (herdei isso dela), gosta de todas as coisas prontas dois dias antes da viagem. Ela é um pouco mais baixa do que eu, tem cabelos ondulados na altura dos ombros e é bem magra, como eu.

—Amor, a gente só vai sair na semana que vem — meu pai respondeu por mim — Deixa o moleque relaxar um pouco antes da viagem, aproveitar a semana a mais que conseguiu com muito esforço.

Meu pai, Eduardson, ou Edson, tinha mais ou menos o meu tamanho, um pouco maior. Cabelo preto curto, penteado para trás. Um corpo mais cheinho, mas nem gordo e nem musculoso.

O esforço a que ele se referia eram as minhas notas. Como melhor aluno da turma, eu ganhei o direito de poder ficar em casa na última semana de aulas, não precisando ir à escola. Meu pai aproveitou essa semana a mais para antecipar a nossa saída. É claro que minha mãe quase enlouqueceu com isso. Antecipar a viagem era um crime gravíssimo contra o cronograma do mês que ela fazia.

—As minhas coisas estão prontas mamãe! — Lucy, minha irmã de oito anos entrou na sala, arrastando uma grande caixa de brinquedos.

— Filha, você vai levar todos esses brinquedos?

— Sim mamãe.

— Mas é muita coisa filha. Vamos lá no seu quarto escolher só alguns, só os mais legais tá bom?

— Tá bom.

E as duas foram para o quarto. Meu pai, sentado no sofá da sala, olha pra mim, que estava no outro sofá.

— É filho, eu sei que essas não são as ferias que você queria, mas nós vamos aproveitar. — dizendo isso ele se levantou e foi para a cozinha, mas não antes de completar a sua frase — Talvez lá no Rio você encontre uma namorada

Esse tipo de frase sempre me incomodava. Eu nunca consegui contar pros meus pais que eu sou gay. Acho que tenho medo da reação deles. Estou tentando segurar isso até eu sair de casa. Mas não sei se vou aguentar.

A semana passou rápida como um raio, e logo chegou o dia de pegar o avião. Confesso que não gosto muito de aviões, pois a maioria dos que eu já viajei estavam sempre lotados. Isso me deixa nervoso. Por isso eu durmo a viagem inteira.

Chegando no aeroporto, estava quase na hora do voo. Tomei as minhas cápsulas de sono e fui me sentar. Pouco tempo se passou e já estávamos autorizados a embarcar. Entramos no avião e pegamos nossos lugares. Em cinco minutos eu já estava dormindo profundamente. Acordei com o meu pai me chacoalhando e dizendo que já tínhamos chego.

Entramos no aeroporto, pegamos nossas coisas e fomos procurar a minha tia, que ia buscar a gente de van. Dei uma olhada em um termômetro na parede e quase tive um treco. Estava quarenta graus! Isso explicava o motivo de eu estar suando igual um cavalo.

Encontramos minha tia perto da porta de saída. Ela usava um vestido florido largo, que ia até o joelho. Ela pulava e acenava para a gente como se não houvesse amanhã. Ao lado dela estava um rapaz que eu nunca tinha visto. Musculoso, usava uma camiseta branca e uma bermuda azul clara. Tinha um cabelo loiro escuro e um óculos azul escuro. Eu conhecia esses óculos muito bem. Mas a pessoa que estava usando eles não é a pessoa que eu me lembrava. Aquele era meu primo, Gabriel.

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