Louco amor - metido a machão pegador 4

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 2757 palavras
Data: 22/07/2015 20:39:19

LOUCO AMOR – metido a machão pegador 4

Entrei no elevador e me sentei no chão antes que eu caísse. Não sei o que eu deveria sentir, felicidade? É, pode ser, eu beijei o cara que eu amava mas em contrapartida traí minha melhor amiga e não sei se ele gostou, ele agiu tão indiferente depois do que aconteceu. Ele era estranho e imprevisível e eu um cara totalmente sem noção.

Já estava chegando perto de casa quando avistei um caminhão de mudanças na casa ao lado, duas vezes maior que a minha e com certeza quem quer fosse morar ali tinha bastante grana. Entrei em casa e mais uma vez recebi um sermão da minha mãe por chegar em casa tarde quando ela havia me colocado de castigo mas graças a Deus ela não duplicou esse castigo por causa de meu pai que era mais de boa com a vida e soube me defender bem.

Subi para o meu quarto, arranquei aquele casaco insuportavelmente quente e mesmo em meio a toda confusão me permiti sorrir por alguns minutos.

Mas dois minutos após eu notei o quanto estava errado, o quanto estava sendo um filho da puta de um amigo, conhecia a Teresa desde a primeira série, até chegamos a ficar mas não deu certo, o que sentíamos um pelo outro era apenas um sentimento de amizade, contávamos tudo um ao outro ou quase tudo, o único fato de ela não saber que eu era gay, era porque não achava isso importante, estava decido até alguns dias atrás a levar esse segredo ao tumulo, pensava em levar uma vida “normal”, casar, ter filho, não estava pronto até o momento de levar o peso do preconceito da sociedade nas costas.

Como não tinha nada de muito interessante naquele dia empolgante de castigo para se fazer, fui estudar um pouco, e depois ver TV até a hora de dormir...

No outro dia acabei levantando bem mais cedo que o habitual, tipo umas 2horas antes da escola abrir mas mesmo assim me arrumei como se estivesse totalmente atrasado. A verdade é que estava muito ansioso para velo de novo depois do que aconteceu. Comi qualquer coisa lá em cima da mesa mesmo sobre os protestos de minha mãe para eu me alimentar melhor e blá blá blá mas ignorei, saí de casa e me sentei na calçada, eu sabia que a qualquer momento ele iria passar. Faltava 40minutos. Com o nervosismo eu acabava roendo as unhas, estralando os dedos, me levantava e sentava a cada 2minutos, andava de um lado a outro, e ficava atento é claro na esquina onde ele iria aparecer a qualquer segundo.

- Oi, está tudo bem? – falou uma voz atrás de mim me fazendo virar em um sobressalto.

Não era o Caio, mas era tão bonito quanto, era lindo, olhos azuis, loirinho, cabelo que caia aos olhos, barba por fazer apesar de ter uma cara de moleque de no máximo 16 anos, era um pouco fortinho, era da minha altura e provavelmente e infelizmente tinha algum tipo de câncer, sei lá, não entendia muito bem mas ele tinha uma cânula com um cilindro de oxigênio ao seu lado como aquele que Hazel Grace em “A culpa é das estrelas” usava.

- Está sim – falei tentando forçar a voz o mais natural possível.

- Eu sou seu novo vizinho, me mudei ontem. Fagner, prazer – falou me estendendo a mão na qual apertei prontamente, era muito macia.

Então era dele aquela casa – pensei

- Lucas. Seja bem-vindo ao bairro – falei sorrindo.

- Obrigado, estava lá no meu quarto – apontou para um cômodo no segundo andar de sua casa – aí vi você para lá e para cá tipo nervoso, está esperando alguém especial? – falou sorrindo me fazendo gelar por dentro.

- Ah não – falei rindo.

Menti

- Vai para escola também? – perguntou e só aí notei que ele estava com a farda da escola em que eu estudava.

- Vou sim e pelo visto você também.

- Sim, ainda bem que já tenho alguém para conversar lá.

- Gente é o que não vai faltar em cima de você lá – falei sem pensar ainda totalmente anestesiado pela beleza dele.

- Han? – falou sorrindo. Com certeza ele entendeu.

- há... Não... não é isso, é que sempre que chega gente nova lá, eles caem matando em cima. Carne fresca – falei nervoso

- Relaxa cara eu entendi – falou apertando de leve meu ombro – vamos?

Olhei por cima de seu ombro numa última conferida para poder ver se ele vinha mas nada dele aparecer.

- Vamos!

Narrado por Caio:

Que loucura deu em mim naqueles dois dias? Poderia até dizer que foi por causa das bebidas, coisa que é verdade, eu me transformo quando bebo, evito ao máximo bebidas, confesso que depois mais lucido gostei das lembranças de estar dominando, de estar em algo proibido, de algo que eu nunca sonhei em fazer. Já a parte do beijo, eu só queria, não sei porque, talvez experimentar para ver se era a mesma coisa de estar beijando uma mulher, mentia veementemente para mim mesmo, que não tinha sido melhor quando eu sabia que eu queria repetir a dose mas eu não podia e não iria fazer isso. Que porra, eu era macho e sei que ainda sou e não vai ser isso que vai me confundir. Maldita hora que fui beija-lo.

Já arrumado, desci, dei bom dia ao porteiro e segui para escola mas quando estava virando a esquina, me deparo com o Lucas conversando com um cara que nunca tinha visto na vida, me escondi rapidamente e fiquei numa atitude ridícula espionando o que estava acontecendo. Não dava para ouvir nada por causa da distância mas a conversa estava animada pois vez ou outra ficavam sorrindo.

- Será que ele está dando para aquele cara? – pensei e uma raiva avassaladora me inundou.

Que puto safado - murmurei

Raiva? Porque raiva?

Parei de espionar e me encostei no muro de uma casa e fechei os olhos, esperava ansiosamente que aquele sentimento seja lá qual fosse ele, fosse embora mas não foi e minha mente criou varias cenas do que eles poderiam estar fazendo naquele exato momento em que parei de olhar, então voltei a espionar e notei que eles já se distanciavam, então de longe segui os dois.

Será mesmo que iriam para a escola?

Meu Deus que paranoia, o que estar acontecendo comigo? – pensava

Narrado por Lucas:

No caminho descobri várias coisas a respeito do Fagner, ele na verdade tinha 18 anos e havia se mudado com o pai e a mãe do Rio de Janeiro para cá para ficar mais perto dos negócios da família.

- Faz que serie? – perguntei

- 3ªano e você?

- Legal, eu também – feliz da vida

- Tomara que fiquemos na mesma sala.

Tomara mesmo, mas achava difícil já que tinha 5 terceiros anos naquela escola.

Depois de alguns segundos em silencio finalmente tomo coragem para perguntar o que estava me matando de curiosidade mas fui interrompido antes mesmo de completar a frase:

- Não sei como perguntar mas...

- Câncer na tireoide com metástase no pulmão, é isso que tenho – falou nem triste nem feliz, é claro, mas com seriedade intensa que ele não tinha demonstrado ainda.

- Presumo eu que tenha cura não é?

- No meu caso não, já está muito avançada, só tenho mais ou menos 7 anos de vida.

Levei um baque naquele momento mesmo sem ter caído ao chão, 7anos?

- Nossa cara, como se sente em relação a isso? – perguntei angustiado pelo fato de ele tão novo e está lidando com aquilo, com a morte.

- Me sinto normal agora, depois de anos tentando me matar – sorriu – acho que tem alguém em outro plano que não quer me ver antes dos 25 – falou rindo

Era incrível como ele falava daquilo com a maior naturalidade possível, era como se estivesse falando de um resfriado qualquer.

- Mas afinal todos vamos morrer um dia, mas cedo ou mais tarde – finalizou

Não falei mais nada, entramos na escola e tive que deixa-lo na diretoria para falar antes com o diretor para saber qual seria sua sala e me dirigi a minha ainda com aquela conversa sobre ele não passar dos 25 anos na cabeça, querendo ou não era um fato bastante triste, o conhecia há apenas alguns minutos e já o admirava muito pelo simples fato de se mostrar tão forte e corajoso em relação a isso.

Entrei na sala e só aí me dei conta que não tinha visto Caio ainda, Teresa estava lá sentada. Conversamos banalidades até o sinal tocar e o Caio entrar na sala, me deu um oi seco e um beijo em Teresa na qual abaixei os olhos.

Ele estava me tratando mais estranho ainda, como se estivesse me evitando. Não duvidaria que ele teria vindo por outro caminho para não correr o risco de me encontrar. Como aquelas suposições me machucavam.

O professor entrou na sala e com ele veio o diretor e em seguida como já presumia, o Fagner, ele procurava algo na sala até parar os olhos em mim e sorriu e eu instantaneamente retribuí.

Narrado por Caio:

Eles realmente foram para escola. Entrei em seguida e vi que tinham se separado no pátio, menos mal, o cara deveria ser algum aluno novo e pelo visto estava com um pé na cova.

Encontrei alguns amigos na entrada e ficamos conversando até o sino tocar. Entrei na sala e vi minha namorada e ele conversando, me aproximei, lhe dei um oi e um beijo em Teresa e me sentei ao seu lado.

Minutos depois o professor entrou na sala e com ele veio o diretor e em seguida, AÍ MEU SACO, eu não acredito, sinceramente não tinha ido com a cara desse doente e para piorar vi na hora que ele sorriu para o Lucas na qual retribuiu, aquilo era tão: “Me come”. Patético.

Narrado por Lucas:

- Bom dia alunos – começou o diretor – esse ao meu lado é o Fagner, novo aluno aqui da escola, se apresente rapaz – falou se referindo a Fagner.

- Bom, meu nome é Fagner como já sabem... tenho 18 anos e vim do RJ para cá com minha família e tenho uma espécie rara de câncer que só me dá mais 7anos de vida.

Não sei porque ele falou aquilo de cara - talvez para não está repetindo a mesma coisa um a um – só sei que o clima ficou um pouco pesado na sala, as pessoas ficavam se olhando uma a outra com um olhar meio que de espanto e pena, o diretor percebeu e tratou logo de cortar aquele clima.

- Então seja bem vindo e espero que os trate bem, o Lucas – falou apontando a mim – ele é presidente do grêmio estudantil e tenho certeza que ele não vai se incomodar em te apresentar a escola na hora do intervalo. Pode se sentar em algum lugar por aí. Obrigado professor. Tchau turma

Falou e já foi saindo e o Fagner veio logo em minha direção, a cadeira ao meu lado estava vazio desde o primeiro semestre quando uma amiga e também ficante minha se mudou.

- Tem gente aqui?

- Não, pode se sentar – falei tirando a mochila que sempre colocava ao meu lado, percebi que o Caio deu uma olhada para mim e depois para o Fagner com cara de poucos amigos. Estranho. Nem deu tempo de pensar afundo nisso.

- Parece que dei sorte – falou sorrindo e se sentando.

- rsrs parece que sim mas logo, logo você se enturma, as pessoas aqui são legais.

- Parece que é popular por aqui, presidente do grêmio estudantil em, tá bem – falou sorrindo.

- kkk Nem sei como ganhei isso.

Encerramos um pouco a conversa para prestar atenção na aula mas vez ou outra trocávamos algumas palavras.

- Noivo? – perguntei assim que vi uma espécie de aliança em seu dedo

- Oh, não mais – falou rindo e tirando a aliança do dedo.

É isso Brasil? Isso foi uma cantada?

- Estou brincando – falou rindo – essa aliança é coisa de família, o homem sempre herda e dá a pessoa amada. Besteira, eu sei mas fazer o que né, não posso quebrar uma tradição de quase 50 anos.

- Huuum e isso não afasta as meninas de você?

- É isso o que eu quero.

Wats? Ele estava querendo me dizer que era gay?

- Não quero uma pessoa presa a um quase invalido, não quero ver ninguém sofrer depois que eu for, era para eu usar em outro dedo mais gosto dele aqui – falou com aquela expressão séria olhando para a aliança.

Queria ter falado algo incentivador mais eu não conseguir bom o bastante então resolvi me calar.

Narrado por Caio:

Eu sinceramente não sabia explicar o que estava acontecendo comigo, estava extremamente incomodado com aquele tal de Fagner do lado de Lu... atrás de mim tagarelando.

Eu tenho que parar com isso urgentemente, eu não posso está com ciúmes de outro macho, definitivamente eu não sou gay. Não posso ser gay.

- Está tudo bem amor? – Perguntou Teresa colocando a mão em minhas costas

- Sim, só um pouco de dor de cabeça – (mentira) falei me endireitando na cadeira.

A sensação de incomodo não foi embora de jeito algum e só piorou quando vi os dois saindo da sala juntos na hora do intervalo. Dei um perdido em Teresa e fui me distraí com meus amigos mas não ajudou, vez ou outra me sentia com a cabeça em outro lugar e me odiava por aquilo, então fui ao banheiro passar uma água no rosto mas quando cheguei a porta o Lucas estava lá e meu coração acelerou. Isso só pode ser um pesadelo. Ia me virando para ir embora mas ele já tinha me visto.

- Caio – chamou ele me fazendo estacar de costas para a porta.

- Sim – falei me virando.

- Acho que a gente precisa conversar. Agora.

- Meus amigos estão me esperando, não dá para deixar para depois? – Tentei fugir da conversa.

- Porque está agindo dessa maneira? – falou se aproximando de mim.

- De que maneira? – me fiz de desentendido.

- Como se nada tivesse acontecendo, me evitando. Um dia age de uma maneira e no outro de um jeito totalmente diferente.

Me pegou desprevenido, ele estava certo e diante daqueles fatos não havia muitos argumentos.

- Foi um erro aquilo, não coloco a culpa em você pois eu também quis mas acabou, eu já apaguei da memoria aquele dia esquisito, não quero repetir de jeito nenhum. – forcei o tom mais seco de toda minha vida.

- Esquisito? É isso que você pensa daquele dia Caio? – Falou com um olhar indignado.

Não falei nada apenas permaneci o olhando com uma expressão forçada de quem não estava nem aí.

- Falei que gostava de você. Não te intimei a ter nada comigo. Eu só queria parar com esse seu modo estranho de agir comigo. Iria dizer que estava tudo bem mas você é um verdadeiro idiota. Se acha o gostosão não é?

- Você que acha – debochei

- Ver se cresce – bateu no meu peito, quase me atropelou e foi embora.

Havia demostrado indiferença diante de suas palavras que na verdade me atingiram em cheio, me senti mal, eu queria muito ir atrás dele e pedi desculpas mas não fui. Era estranho o que estava sentindo no momento, já dei muitos foras em meninas depois de uma noite e não sentia remorso algum, já era algo normal e corriqueiro mas agora foi diferente.

- Eu preciso me afastar dele e é o que vou fazer – pensei recostado na porta do banheiro vazio.

Olhei para o pátio e não havia mais ninguém então corri para a sala de aula na qual o professor quase não me deixava entrar. O Lucas estava lá conversando com aquele Fagner, ele quase que não me olhava e quando o fez foi sem sentimento algum, um olhar magoado e vazio, aquilo me quebrou ainda mais por dentro mas eu tinha que ser forte.

- Vai ter que fazer um trabalho com o Lucas, o professor acabou de sortear as duplas – falou Teresa assim que me sentei.

CONTINUA...

Decidi inovar nesse cap. E coloquei aí a versão do Caio em algumas situações, não garanto que vai ter muitos pontos de vista dele no decorrer da história mas pretendo continuar. Claro se vocês aprovarem.

Martines: Talvez cara rsrs acompanhe e veras rsrs obrigado e até a próxima.

Danny Fioranzza: Depois que terminei o último conto infelizmente parei de ler outras histórias da casa mas agora estou retomando aos poucos. Quem é o seu namorado e o conto dele? E ah obrigado pelo carinho.

Maluco Apaixonado2: kkk fã? Espero ter gostado desse cap, Mui obrigado!

Aos demais peço que comentem pois me dá um gás inexplicável para continuar. Muito Obrigado!

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Comentários

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Oi? Sempre acompanho seus contos, mas apesar de nn ter uma conta aqui eu nn comentava, agr posso dar minha omiude opinião, acho Caio um verdadeiro otario, que gosta de brincar com os sentimentos do Lucas, e fica se corroendo de ciúmes por dentro, mas por fora fica se fazendo, eu sei que ele nn e assumido e ta namorando, mas pelo menos nn deveria tratar uma pessoa com tal ignorância como ele fez, indignado kkkk mas ta mt bom, espero que continue, não demore a postar, um abraço ;)

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Chega a ser curioso isso, e clichês são sempre bons, achei fofo eles o Caio ta inseguro e o Lucas não facilita nada, tipo ele namora a melhor amiga dele, cara isso vai dar merda, embora tenha achado o Fagner mais ou menos legal bem quero ver o final disso, parabéns autor

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Gostar foi pouco, eu amei, e o fagner fiquei morrendo de pena, bem q vc podia arranjar um jeito dele se cura, aí vc juntava ele e o Lucas... Vc se baseia em fatos reais? Pq parece muito... Beijos💋💋💋 continua logo...

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Gostei muito, alem de gostar demais da narração do Caio, e o Fagner que fofo, continua...

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O nome dele é Alisson Pontes o conto dele é "Eu me apaixonei por você e te quero sempre"

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tava muito bom o conto ate esse final de cliche de trabalhos.. eka

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