Amor de Oficina - Parte XXX

Um conto erótico de Nando
Categoria: Homossexual
Contém 1169 palavras
Data: 18/06/2015 11:44:58

Nat e Nick ficaram comigo até o fim de semana. Meu pai falecera em uma quinta feira.

Eu não fui nas aulas nesses dias, apenas de fiquei de luto, em casa, sem nada para fazer.

Na sexta feira de manhã, Nat me perguntou:

- Nick, agora que bem... Você não tem seu pai mais para cuidar, você vai voltar para Itajubá?

- Não sei Nat... De qualquer forma eu tenho que terminar o ano aqui... Eu perdi minha vaga lá...

- Que bad em.

- Pois é. Eu gostava de lá!

Na sexta a tarde, eu recebi a visita do advogado do meu pai. Ele viera me falar tudo o que eu tinha herdado do mesmo, já que eu era filho único e minha mãe abrira mão das coisas dele, quando se separam.

Dinheiro não seria problema nenhum para mim. Meu pai deixara alguns patrimonios para mim, como uma fazenda, algumas casas e uma parte de uma grande empresa da cidade. Como o meu era o principal sócio da empresa e eu não sabia administrar, meu advogado me aconselhou a vender por um preço justo. Foi o que eu fiz.

Minha vida a partir desse ponto passou a seguir um padrão. Eu estudava só a noite e faculdade não oferecia nenhuma atividade extracurricular que me chamasse a atenção. Mas isso por que eu não procurei direito.

Para preencher meu tempo eu entrei na academia, no alemão, no ingles e ainda sobrava tempo para eu jogar video game e andar a toa durante o dia.

Eventualmente eu fiz alguns amigos na faculdade. A maioria na verdade eram colegas, mas dois eu considero amigos de verdade. Mariana e Guga. Sim, aqueles dois que eu fiquei um tempão conversando, lembram? Então, eles viraram meus amigos.

Itajubá me ensinou a ser sociavel e a beber. Eu não era mais aquele garotinho perdido e timido do começo da história. Ainda era timido, mas bem menos. E outra: a cachaça liga você nas pessoas.

Quase todo final de semana Hugo e Marina iam na minha casa para a gente beber. Iam sempre mais algumas pessoas aleatórias. As vezes rolava algo, as vezes não.

Um ponto importante: Théo. Ele era da minha sala, mas nem olhava para mim. Ele simplemente passava do meu lado e fingia que eu nem existia. Isso me queimava por dentro. Isso ardia dentro de mim. Eu amava ele. Mas não havia nada que eu podia fazer.

Quando saia a galera da sala, ele me evitava ao máximo. Cada vez que ele fazia isso, quebrava meu coração em infinitos pedaços.

Mas isso sofreu uma virada. Cerca de um mes antes das férias do meio do ano eu estava na sala, esperando a entendiante aula de calculo começar. Nisso, chega um cara, que eu sabia que era do 4 ano.

- Cara, você é o Fernando? – Ele me assustou com a pergunta.

- Sim, esse é meu nome. Por que? – Perguntei curioso e desconfiado.

Ele tirou um exemplar da SAE Brasil (Uma revista fornecida pela Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade) e me mostrou uma noticia.

Nela mostrava uma foto do baja que eu e Nick fomos campeões nacionais. Mais em baixo uma foto minha ao lado de Nick, mexendo na suspensão do carro, na competição. Essa foto tinha sido tirada logo após uma das provas.

Era uma entrevista com o Nick. Ele contava sobre o projeto e como ela funcionava basicamente. Explicava o motivo da sua eficiencia e tudo mais. Mas o que me chamou a atenção foi quase no final.

Entrevistador: Deve ter sido realmente dificil projetar essa suspensão. Você fez isso com ajuda de mais quantos pessoas?

Nick: Não não não. Eu não fiz nada. Quem fez na verdade foi o Fernando. Ele idealizou o projeto quase que sozinho. Eu ensinei algumas poucas coisas que eu sabia e ele juntou tudo e fez a parte mais complexa do projeto. No fim, outros membros da equipe apenas verificaram tudo e a tornaram funcional de modo que encaixasse no carro. Se nós temos essa suspensão, é culpa do Fernando. Não minha.

Olhei assustado para o cara que me dera a revista.

- É verdade? É você mesmo?

- Sim mas... O que o Nick falou não é verdade. Eu não fiz sozinho. Eu tive muita ajuda. Muita mesmo...

- Mas mesmo assim, você participou disso? – O cara estava ansioso.

- Sim.

- Você pode ajudar a gente?

- Ajudar o que?

- Nossa equipe de baja!

- Vocês tem uma equipe de baja? – Perguntei assustado, eu nunca tinha ouvido falar de nada.

- Temos! Começou ano passado, na verdade. É pouco divugado... – Ele explicou.

- Pouco divugado não! Não é divulgado! – Ele me olhou envergonhado.

- Mas você ajuda?

- Ajudo... Quando é a reunião de vocês? – Perguntei. Eu vi naquilo uma oportunidade de preencher meu tempo livre.

- Hoje, depois da aula. Você pode?

- Posso sim!

- Então até lá, tenho que ir para minha aula...

- Até mais então! – Ele saiu correndo.

No fim da minha aula, o mesmo carinha estava na porta da minha sala me esperando. Ele se apresentou, pois até então eu não sabia o nome dele. Por curiosidade de vocês, ele chama Marcos.

Cheguei na reunião e um silencio se instaurou. Pelo visto as pessoas sabiam que eu era...

Marcos era o capitão geral. Ele explicou quem eu era, o que eu tinha feito, me mostrou o que eles tinham pronto. A estrutura já estava pronta, motor estava em fase de teste na bancada e suspensão estava montada na bancada.

- Você pode nos ajudar, Nando? Você quer fazer parte da nossa equipe? – Eu olhei e falei.

- Sim, eu posso ajudar. Mas não se iludam. Na Unifei eu tive 17 anos de erros antes de mim para ver o que eu podia e não fazer. Eu tinha membros antigos que ajudavam. Eu tinha apoio de dados coletados por uma equipe de eletronica. O que eu posso fazer é ajudar vocês a fazerem um básico funcional. E dar outros conselhos. Como por exemplo... – Enquanto eu falava, Théo entrou na oficina.

- Desculpe o atraso. Estava falando com um professor – Ele me encarava. Ele me olhava feio. Ele... não queria que eu estivesse ali. Mas isso não me abalou, não ao ponto de eu ter que sair dali. Dessa vez eu fui mais forte.

- Continuando, aquele tudo que sai do main hoop está errado de acordo com o regulamento. Todos leram o regulamento? – Apenas um falou que leu.

- Primeira coisa: regulamento tem que ser o livro de cabiceira de vocês. Todos tem que ler e reler o regulamento sempre. Ele é a alma da equipe. Se não fosse eu, vocês provavelmente não iriam competir esse ano. Por causa de uma linha, que fala que o tubo do main hoop não pode ter ligação direta com o front sem um tubo cruzando por ele.

Todos me olhavam assombrados. Eu terminei de falar. Falei mais algumas coisas básicas que eu havia aprendido na Unifei. Depois disso tudo, olhei para eles e perguntei:

- Quem é de suspensão? – Tres pessoas levantaram a mão. Uma delas era o Théo.

Isso vai ser mais dificil que o esperado.

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Comentários

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Cara teu conto é maravilhoso. Ele é verídico ou fictício? Só se de uma coisa, me amarrei nele. Abraços.

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Ai que susto, na parte que te procuram para mostrar a entevista do NICK para a SAE, eu pensava que ele iria dizer que fez tudo sozinho sem a sua ajuda, mas foi ao contrário HAHAHA. Isso vai dar babado, confusão e gritaria.

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Ainda aguardo o momento q o Théo deixe de ser esse babaca

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hehehehehehe ta ficando melhor ainda, quero saber mais!

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Agora o bicho vai pegar hehehe. E cara meus pêsames pelo seu pai. Não demora muito!

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Nossa hahahaha isso vai ser divertido isso sim, tomara que o Theo se ferre legal ahahahaha :)

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