Eu Não Vou Desistir de Você 9° Capítulo

Um conto erótico de Ralph
Categoria: Homossexual
Contém 663 palavras
Data: 13/06/2015 23:10:27
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Tay foi balbuciando algumas palavras e seus olhos foram gradualmente fechando... Começo a chorar descompassadamente em meio aos policiais. Quando ouço a ambulância chegar...

Algumas horas depois...

Se passaram algumas horas desde o ocorrido. Estava no hospital esperando por notícias de Tay, na sala de espera, indo de lá pra cá.

- Onde está meu amigo?

Jorge entrou desesperado na sala de espera indo ao meu encontro. Enfiou o dedo na minha cara e repetiu:

- Onde está meu amigo?

Pedro saí correndo, entra na sala e segura a onda de Jorge.

- Tá louco, velho? - Disse pegando Jorge e o sentando na poltrona. - Mano, isso é um hospital.

- Desculpa. - Jorge começara a chorar. - Desculpa. Estou muito agitado, ele é único pra mim, meu melhor amigo.

Pedro consolou o amigo, mas quando reparou que os fitava, se levantou e veio até mim.

- Melhor do trauma, amore? - Pergunta me olhando com olhar preocupado.

- Foi tudo por minha causa, Pê - Disse começando a chorar.

Pedro me abraçou e disse:

- Calma nêgo. Você não tem culpa.

Como aquele braço era confortante. Não queria sair jamais daquele porto seguro. Enquanto Pedro me abraçava e beijava minha testa, Jorge nos fitava com ódio. Mas ignorei, pois estava no melhor lugar do mundo.

Um senhor de roupas branca entrou na sala:

- Quem está acompanhando Tayanderson Taquara Rocha Cunha.

- Sou eu - digo prontamente, indo em encontro ao doutor.

Jorge e Pedro foram junto á mim.

- Vocês são o que da vítima?

- Amigos - responde Pedro.

- Bom, fizemos tudo que podíamos mas não pôde ser feito. O colega de vocês veio a óbito. Lamento muito.

Pedro abaixou a cabeça em manifesto de tristeza. Jorge saiu da sala e eu comecei a chorar. Me senti, de fato, culpado. Era eu que devia ter morrido. Me sentei na cadeira e comecei a chorar intensamente. Senti um abraço bom, um calor de amizade e amor. Era Pedro. Retribui o abraço e chorei em seu ombro.

Tay era sozinho, seus pais haviam morrido em um grave acidente 2 ou 3 anos atrás. Sua única companheira era Alyne. Tinha que fazer o que havia prometido. Ia cuidar de Alyne e do filho que ela esperava. Era questão de honra e respeito ao meu amigo que se fora, em grande parte por minha responsabilidade.

Tinha que providenciar tudo para o enterro de Tay. Pedro ia levar Jorge para casa e me levar para a minha. Liguei para meus pais e os deixei a par de tudo.

- Que horror, minha filho - Meu pai estava com tom de voz de preocupação. - Você se ferir?

- No, papa, tô bem. Só estou muito triste - Lágrimas começaram a cair de meu rosto ao lembrar dos momentos de terror que acabara de viver.

- Venha para cassa. Seu mãe estar aflita.

- Já estou indo, pai.

- Beijos.

- Beijos.

Cheguei em casa, providenciei tudo. Meus pais arcaram o custo de todo o funeral em homenagem ao corajoso jovem que salvara a vida de seu filho.

Logicamente iria adiar minha viagem. Ia ainda falar com Alyne e cumprir minha promessa.

- Alô - Ouço sua voz enquanto a mesma assoava o nariz demonstrando que estava chorando - Quem é?

- É o Ralph.

- Ah sim. Muito obrigado por arcar com as despesas do funeral. Não teria dinheiro o bastante.

- Devia isso a ele. Mas, enfim, queria saber se você podia se encontrar comigo.

- Para que?

- Tenho uma proposta para te fazer.

- Sobre...?

- É importante... Amanhã lá naquele restaurante no centro, que Tay sempre ia.

- Eu ainda estou tris...

- Por favor Alyne. Faça o que lhe peço.

- Está bem. Amanhã?

- Sim. Ao meio-dia.

- Okay. Até Ralph.

- Até Alyne.

Me sentei na poltrona de meu quarto e começara a pensar minuciosamente nos meus próximos passos para o pagamento de minha dívida eterna... Precisava abstrair, peguei meu celular e disquei o número que mais ligava ultimamente.

- Alô - diz a pessoa.

- Oi, Pedro vamos sair mais tarde?

- É claro, meu príncipe. Te pego as 20h?

- Sim, meu bem.

- Okay. Beijão.

- Beijos.

Desliguei o telefone e saí da sala

Continua...

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