ABOOH : Amores Sobre-Humanos - Capítulo 7 : Parte 2 Recomeço

Um conto erótico de Dedé (」゚ロ゚)」
Categoria: Homossexual
Contém 2192 palavras
Data: 06/06/2015 00:51:11
Última revisão: 06/06/2015 01:23:27

Corri de volta pro pátio da escola e subi as escadas pro segundo andar. No corredor fui caminhando para a minha sala. Paro na porta e lá estava ele, sentado com a cabeça deitada na mesa coberta pelos seus braços.

Entrei bem devagar, me aproximei dele e peguei uma cadeira sem fazer um ruido sequer e a pus bem na frente dele e me sentei.

- Seja quem for, tem cinco segundos pra levantar e ir embora antes que eu afunde meu braço na sua cara. - ouvir isso me fez abrir um sorriso de canto.

- Isso não foi muito educado. - ao dizer isso ele se levanta rapidamente e me olha.

- Sai daqui, eu não quero confusão. - ele abaixa a cabeça novamente.

- Muito menos eu, só vim conversar. Sabia que eu corro o risco de levar uma advertência por ter saído da aula de educação física em pleno horário de aula?

- Problema seu. Vai embora, por favor.

- Pelo menos pediu com educação.

- Cala a boca e vaza.

- Eu não vou sair daqui, pode tentar me bater pode me xingar mas eu não vou sair.

- Sai daqui sua lagartixa, filho de uma puta velha e gorda, viado dá cu , vai lá na esquina dar pra aqueles bêbados que você ganha mais. - eu sorri, balancei a cabeça e peguei meu celular, abri uma foto da minha mãe e o interrompi.

- Essa parte de "Filho de uma puta velha e gorda" você errou feio. - estendi o celular pra ele com a foto da minha mãe - Essa aqui ao meu lado é minha mãe.

- UOU, tem certeza que não é sua irmã, nossa que gostosa. - dei um soco no braço dele, ele abre um sorriso. Pela primeira vez desde que vira ele eu nunca tinha visto ele sorrir, e pelo que a mãe dele disse ele não fazia isso frequentemente.

- Pode parar eim, sabia que eu quebrei três dedos de um garoto que chamou minha mãe de gostosa, quase fui expulso da escola. - abri um sorriso. Ele olhou pra mim e devolveu o celular - Obrigado.

- Aham. Fala logo, o que você quer?

- Por que fez aquilo? Me empurrou?

- Não sei, só me deu vontade. - ele abaixou a cabeça.

- Não importa, eu te perdôo. - depois de eu dizer isso ele levanta a cabeça rapidamente.

- O que? Não entendi direito, você o quê?

- Eu disse que te perdôo.

- Tu é doido, retardado idiota e lerdo. Ninguém me perdoaria por aquilo.

- Eu não sou ninguém. - eu estava pensando em um jeito de entrar no assunto do pai dele mas não consegui nenhuma abertura. - Ter magoa não vai me levar a lugar nenhum, muito menos se eu me vingar de você.

Ele me olhou curioso e ficou me encarando, senti um desconforto de ter alguém me olhando daquele jeito.

- O que foi? Tem alguma coisa no meu dente? - ponho a mão na boca e ele ri. Nunca percebi o quanto ele era lindo, seus olhos verdes turquesa estavam com um brilho diferente, seu sorriso era lindo e perfeito, duas covinhas apareciam nas bochechas dele, uma de cada lado, tenho que confessar que tenho uma queda por covinhas, mesmo sendo consideradas um defeito muscular, é o defeito mais lindo que já ví.

- Você não é normal. - ele olha pro chão.

- Ninguém é, ser normal é chato. Se você me acha anormal é porque você não conhece a Nath.

- Aquela menina marrenta que fica grudada com você?

- É. Uma vez na sétima série na nossa antiga escola, ela pediu pra moça da lanchonete uma porção de batatas fritas com muito sal, ficamos esperando umas meia hora a moça trazer o pedido, quando ela trouxe, Nath comeu uma e ela disse "Esse troço tá duro e sem sal!" - tentei ao máximo imitar a voz da Nath, acho que não deu certo porque ele riu. - Aí ela se levantou e foi lá na frente e chamou a mulher, disse que queria outra porção porque aquela estava parecendo que era de papelão, a moça fez cara feia e pegou a bandeja da Nath que falou "Se a outra porção vier sem sal e dura que nem uma estaca, eu enfio ela no seu nariz". Esperamos mais uns minutos até que a moça traz a porção de batata frita.

- Deixa eu adivinhar, ela enfiou mesmo a batata no nariz da mulher? - Guilherme deduziu.

- Pior, quando a Nath pôs a batata na boca ela estava murcha, sem sal e fria. Ela pegou o prato das batatas e foi atrás da mulher que estava sentada em frente ao balcão no celular. A Nath pegou o celular dela e pôs no balcão a mulher disse " Heeeiiii", Nath pegou as batata e ficou tentando enfiar no nariz as dela, a mulher caiu no chão e ela pegou as batata e enfiou na boca da coitada da mulher e gritou " Tá gostoso né vadia! Eu disse que essa porra tava sem sal e dura, agora tá murcha e continua sem a porra do sal" - tentei mais uma vez imitar a voz da Nath. Guilherme me olhava e escutava atentamente - Ela pegou as batatas e enfiou tudo na calça da mulher. Depois de ser levada pra secretaria pelo diretor, a mulher se levantou do chão e começou a tirar as batatas da calça uma por uma. Pelo jeito que tava difícil de tirar deve ter entrado na... Você sabe. - ele ria. Até que o Guilherme era legal, não é tão idiota quanto pensei.

- Nossa! Que maluquice. Então aquilo que ela disse de esfregar minha cara na parede até meu cabelo cair não era brincadeira?

- Provavelmente não, eu não irritaria ela se eu fosse você, ela é faixa preta em karatê, jiu jitsu, lutou boxe e sabe capoeira muito bem.

- Uau. Coitado do Rafa. - fiquei sério na hora.

- O quê?

- Meu colega Rafael, ele disse que ia fazer uma brincadeira com ela, ele iria se trancar com ela dentro do vestiário e pediria pra trancarem a porta por fora, e que só sairia depois de trassar ela.

- Então boa sorte pra ele, desejo uma morte rápida e sem sofrimento. - Guilherme riu da piada. - Ele não viu a cena de ontem não é? De como ela derrubou o Tommy sem nenhuma dificuldade?

- Não, ele matou aula, sem motivo algum, a mãe dele mata ele se ela descobrir.

- Então avise pra ele antes que ele tenha motivos pra matar uns três meses de aula. E também não vai adiantar nada trancar a porta do vestiário, ela arromba aquela porta fácil fácil. Talvez ela até use o corpo dele pra fazer isso. Coitado, tá fudido.

- Não vai dar pra avisar pra ele. - ele passou a mão no rosto.

- Por que?

- Porque ele vai fazer isso hoje. - nós começamos a rir.

Nesse momento uma idéias me surgiu. Tinha que chegar no assunto do pai.

- E seus pais, Como eles são? - o sorriso dele desaparece.

- Minha mãe é dona de uma empresa multimilionária, ela herdou do meu... Pai. - ele abaixou a cabeça.

- E seu pai? - perguntei tentando parecer o mais ingênuo possível.

- Ele morreu, não quero falar disso.

- Nossa, meus pêsames. Como ele morreu?

- Já disse que não quero falar disso. - o tom de voz dele mudou - É melhor você voltar pra aula, talvez o professor te deixe entrar.

- Não, vou ficar aqui até você falar, vamos, vai ser bom pra você desabafar. - tentei transparecer confiança naquele momento.

Ele me olhou e abaixou a cabeça novamente.

- Eu estava em casa quando recebi a notícia, eu tinha treze anos. Minha mãe entrou no quarto chorando e falou que tinha acontecido um acidente, e que meu pai tinha se juntado ao meu avô paterno. Disse que ele foi atingido por uma bala perdida. - uns segundos de silêncio - No enterro eu chorei muito, eu subi em cima do caixão e bati no peito dele e gritava "Acorda, acorda pai" - eu vejo seus olhos verdes brilhando e uma lágrima escorre pelo se rosto e para em meio a sua barba recentemente aparada - Meus tios me tiraram de lá e nem pude ver o final do enterro.

- Sinto muito. - pus minha mão sobre a dele na mesa

- Todos dizem a mesma coisa sempre. Dizem que sentem muito quando não sentem porra nenhuma! - ele disse quase gritando, ele retira sua mão de debaixo da minha.

- Nesse caso eu sinto mesmo, sinto como se fosse eu aí no seu lugar. - ele levanta a cabeça e pude ver seu rosto molhado pelas lágrimas.

- Como assim? - ele limpa o rosto com as costas das mãos.

- Quando eu tinha dois anos, meu pai me abandonou, junto com minha mãe que estava grávida do meu irmão, ninguém sabe o que aconteceu com ele. Eu nem lembro como era o rosto dele, eu e meu irmão fomos criados pela nossa mãe e pela nossa empregada que virou parte da família, a Jane é tipo uma segunda mãe pra nós.

- Sinto muito também. Nunca imaginei que outra pessoa pudesse ter passado por uma coisa parecida, no seu caso é ainda pior porque você nem conheceu ele direito.

- É. Mas tudo o que eu podia querer eu tenho com minha mãe, meu irmão e nossa fiel amiga Jane.

- Eu e meu pai eramos muito próximos, ele fazia tudo por mim, tudo o que eu pedia ele arrumava um jeito de me dar, sempre me levava pra passeios e viagens super legais.

- Minha mãe também fez tudo por mim e pelo meu irmão. Ela poderia ter contratado milhares de milhares de babás e empregados, mas ela não fez, preferiu cuidar de nós ela mesma. E você e sua mãe?

- Depois da morte do meu pai nós nos afastamos um pouco, eu não tinha motivos de me aproximar de mais alguém pra perde-lo de novo depois.

- Você deveria dar mais atenção a ela antes que chegue a hora dela, se não ela vai embora sentindo que foi culpa dela isso tudo. Ela pode estar precisando mais de ajuda do que você, ela perdeu um amor, uma paixão de anos, a pessoa que a ajudou a criar a coisa mais preciosa da vida dela... você Guilherme. - ( filosofei rsrsrs) se ele estava triste antes, agora piorei a situação do coitado, ele começou a chorar mais ainda, lagrimas pingavam do rosto dele.

Um silêncio enorme tomou conta da sala de aula. Ele levantou a cabeça devagar e limpou o rosto com as mãos. Me olhou com aqueles lindos olhos de uma mistura de verde e um pouquinho de azul, deu até pena de vê-lo daquele jeito.

- Me desculpe? Me perdoa? - ele pergunta sem piscar nenhuma vez.

- Pelo o quê? - ponho novamente minha mão por cima da dele, mas dessa vez ele não retira a dele.

- Por ter colocado o pé na sua frente no primeiro dia de aula, por ter te empurrado antes de ontem e por ter te xingado e te ofendido. Me perdoa? - ele aperta minha mão.

- Claro que sim - sorri e Limpei uma lágrima que insistia em cair do meu rosto.

Ele dá um sorrisinho de canto e olha pra baixo.

- Ei cara. - soltei a mão dele e abri os braços, ele ficou olhando sem entender. - Isso que eu quero fazer se chama abraço, as pessoas fazem isso pra demonstrar carinho pela outra, conhece? - ele continuava olhando imóvel. Revirei os olhos e peguei a mão dele e o puxei da cadeira com muita força, o cara é pesado pra caramba. - Nossa quanto você pesa? - ele dá um sorrisinho - Promete que vai dar mais atenção pra sua mãe?

- Prometo. - ele respondeu.

- Ótimo. Agora vem cá! - puxei ele e o abracei.

Demorou mas ele retribuiu o abraço, ele me apertou mais que o normal.

- Obrigado.

- Por nada. - respondo. - Isso é um recomeço?

- Talvez.

Ficamos ali abraçados por um longo tempo.

- Bom, agora vou descer pra quadra porque eu quero ver o que a Nath fez com seu amigo. - nos soltamos do abraço.

- Essa eu também quero ver.

- Então vamos juntos? - sorri pra ele

- Peraí, rapidinho. - ele passou as mãos no rosto pra limpar as lágrimas. - Dá pra perceber que eu chorei? Não posso perder a fama de durão né!.

- Hahaha, Você tá ótimo, vamos?

- Vamos. - ele sorri.

Saímos da sala e descemos as escadas, passamos pela área verde e chegamos até a quadra. Lá estava alguns alunos e o professor sentado na arquibancada.

Sentamos ao lado do professor, ele nos olha de cima a baixo.

- Você é dessa turma? - pergunta ele apontando o dedo pro Guilherme.

- Sim, sou. - responde ele.

- E você, por que saiu no meio da aula, eu poderia te dar uma advertência. Nem sei porque voltou.

- O motivo do por que de eu ter voltado o senhor já vai saber em alguns minutos. Só observe.

- Do que está falando?

Nesse momento um estrondo muito alto ecoa pela quadra, deu até pra sentir a tremida no chão————————————————

.

.

Tá aí mais uma parte. Já podem acalmar os nervos rsrsrsrs. Está começando a parte do sobrenatural na parte três em!!

Gente desculpa, eu iria postar hoje a tarde mas quando você pensa que os problemas estão acabando, vem mais um tsunami e fode com tudo. Estou com uns probleminhas familiares aí. Talvez, não sei, eu poste os capítulos dia sim e dia não. Vou ver se dá. Bjinhossss ( ˘ ³˘)❤

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Comentários

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Daria td pra ver a cena da Nat com o amigo do Guilherme kkk

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AAAAHHHHHh Amei esse cap emotionate!

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nossa!!! ta ficando muito bom a cada capitulo.eu ja li ate o capitulo 9 no wattpad e ja estou ansioso para o outro...e que seja logo.

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kkkkkkk essa nath é muito maluquet'h msm, o Rafa se ferro kkkkkk.Quanto ao Guilherme to gostando do rumo q ele ta levando, tambem vi a foto dele no wattpad e ele é MONSTER gatooooo.... :-* :-* <3

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